História O romance impossível ( Camren) - Capítulo XVI

#Sra. Jauregui #

Já se fazia mais de 1 mês do ocorrido, Camila nunca mais veio me ver, e agradeço por isso, não sei até quanto iria conseguir guardar segredo, não acho que estou errada, acho que pra ambos os lados estou fazendo bem em guardar segredo, Camila não precisa saber e ela não quer que eu conte, então, não tem o por quê da minha preocupação, ela deve estar feliz com eu bebê, mãe pela primeira vez, é sempre bom, trabalhoso, mas bom, falando em mãe sinto falta de ser uma, faz tempo que não vejo Taylor, acho que ela precisa de mim.

Pego meu celular e disco seu número, depois de inúmeras chamadas ela atende.

- Oi mãe! Quanto tempo! - ela fala, consigo perceber o quanto surpresa que ela está em eu ter ligado.

- Filha! Me desculpe!

-O que houve?

- Nada, é que Camila estava quase fazendo com que eu falasse tudo !

- VOCÊ NÃO FALOU NÉ?!

- Mas é claro que não! - respondo à acalmando.

- Ufa! - ela suspira. - Mas então. .. qual foi o motivo da ligação? Foi só para falar isso mesmo ?

Confesso, nunca fui uma mãe perfeita, sempre Lauren foi minha "preferida", ela não se metia em brigas, diferente de Taylor, acho que quanto mais eu fazia isso, mais Taylor se afastava de nós e se sentia inferior, tanto que com apenas 16 anos ela saiu de casa, e nunca precisou de mim para nada! Sempre foi muito independente, e me orgulho disso, me orgulho dela, mesmo não demonstrando.

- Na verdade. .. Não! Vamos sair, não sei, almoçar talvez, a última vez que nos vemos foi na morte de seu pai, estou com saudades!

- É -eh... nossa! - pareceu ficar sem palavras.

- Isso é um sim?

- Po-pode ser ?!- saiu mais como uma pergunta.

- Tudo bem! Amanhã eu te busco ai às. .. 14:00, tudo bem?

- Tá ! - suspirou.

- Beijos! - falo esperando uma resposta mas o que tenho é uma chamada finalizada, não a culpo, é coisa demais para apenas um dia, vamos dar um tempo para ela, quero me reconciliar.

Bloqueio o celular e o coloco na mesa, vou até meu quarto e tiro um cochilo.

# Camila #

Tyler completara hoje 1 mês, ele já estava bem grandinho, e pesado, acho que agora estou dando leite demais, ele também está um completo capetinha em forma de miniatura, mas não consigo brigar com ele, mesmo ele colocando farinha no seu corpo todo como ele já fizera, ele é muito fofo e da uma risada gostosa quando tento brigar com ele, não aguento esse menino!

- Preciso da minha mãe! - pego meu celular e disco seu número, logo após ela atende.

- Mãe! Vem aqui por favor!

- Por que?

- Apenas venha!

Ela desliga o telefone e antes bufa como resposta.

Tyler estava em meu colo, eu o balançava tentando adormece-lo, mas parece que ele não se cansa, ele se balança em meu colo, ri, puxa meu cabelo, baba em mim, eu to acaba!

...

Escuto alguém bater na porta e vou até a mesma, já prevendo ser minha mãe, chegando suspiro aliviada por ser ela, destranco a fechadura e abro a porta, ela logo entende o por quê da sua vinda quando vê meu estado, ela estica seus braços e coloco Ty nos mesmos, fico aliviada pelo peso ter saído de mim, quando vou lhe dizer algo escuto um barulho estrondoso dentro de casa, pego um guarda-chuva que estava ao lado da porta e vou atenta olhando para os lados para dentro de casa. Eu estava parecendo aqueles jogadores de baseball, o guarda- chuva era o taco e minha posição era sarcasticamente engraçada, vou chegando perto e sinto um cheiro horrível de queimado, não acredito que fiz isso!

- Porra ...- largo o guarda-chuva no sofa e vou até a cozinha com passos apressados, quase correndo, quando chego na mesma coloco a mão na testa e penso em como posso ser tão burra!

A cozinha inteira estava suja, inteira não, uma boa parte, o teto acima do fogão, a porta ao lado do fogão, tudo próximo ao fogão estava sujo de feijão, detesto feijão por causa disso, nunca sei o tempo certo para deixar cozinhando na panela de pressão, agradeço por não estar na hora em que a panela explodiu, não iria apenas me matar, mas também Tyler!

- Ahhahahahahah! - minha mãe chega na cozinha rindo da minha cara e Ty a acompanha.

- Não tem graça! - falo rude.

- Lógico que tem! Você se fodeu! Qhahahahahaha! - ai que raiva.

- Lógico que tem graça para você, não vai ser você que vai limpar!- a respondo, e juro que me sinto poderosa, nunca respondi minha mãe, é mais que um alívio!

- Que?!- ela fechou a cara de repente e até Ty parou de rir, confesso que fechei o cu na hora.- Va pegar um pano para limpar essa caganeira de feijão, AGORA!

- Eu estou na minha casa e não sou obrigada a na..- sou interroumpida quando vejo um chinelo voando na minha cara.

- Me responde de novo para você ver! - fala na famosa pose de mãe e sai da cozinha com Tyler em seu colo.

Ponho a mão no rosto e meu nariz e minha testa estão ardendo, não acredito que apanhei da minha mãe na minha própria casa!

...

Depois de muito linpar aquela merda de feijão eu lavo a panela e me jogo no sofá, sentindo em seguida uma palmada na bunda.

- Isso é pra você aprender a prestar atenção no que faz!

- Mas eu..-

- " Mas eu" nada! Bem feito! Quem manda responder sua mãe, que vem 22:00 da noite em sua casa para cuidar do seu filho e ser tratada dessa maneira.

- Me desculpe, eu sou cabeça quente as vezes! Agradeço por ter vindo aqui !

Ela não me responde e em reação olho para meus pés como se fosse uma criança, ouço ela suspirar e pude escutar um silêncioso " tudo bem" Me alívio e olho para ela, que da duas palmadas em sua perna como se estivesse pedindo que eu deitasse ali, e assim faço, enquanto ela acaricia meus cabelos tento ao máximo deixar meus olhos abertos, mas a exaustão vence e adormeço em seu colo, como nos velhos tempos.