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História O sangue do quarto 503 - Traidores e torturas


Escrita por: DauriusHunt

Notas do Autor


Demorou mais saiu, espero que gostem da continuação, não darei mais datas de postagem então apenas aproveitem. Boa leitura

Capítulo 2 - Traidores e torturas


Fanfic / Fanfiction O sangue do quarto 503 - Traidores e torturas

Devo ter ficado desacordado por pouco tempo, abri os olhos lentamente vendo de um por um de meus companheiros me olhando com cara de espanto, assustado tentei me levantar esquecendo que havia uma barra de ferro cravada na minha perna.

- Mas o que foi isso? - perguntei - Onde nós estamos e vocês estão olhando o que?

Dito isto me ergui um pouco, mas fui parado pela mão do Dan que disse:

- Não, vai piorar a situação, olha a sua perna cara, a gente tem que te tirar daqui agora.

Ainda com a visão um tanto embaçada vi uma poça de sangue ao meu redor escorrendo pela minha perna, e quase entrando em estado de pânico comecei a me questionar:

- Ai merda então aquilo...aquele touro vocês...não...nós quase fomos...o que ta acontecendo? DROGA EU NÃO SINTO MINHA PERNA!

Helena se levanta e diz:

- Alguém acalma ele até que a gente descubra que lugar é esse e pra onde foi aquela besta.

Dália concordou dizendo que aquilo era realmente a prioridade enquanto Ana e Dan me mantiam em uma posição segura, Brun estava desacordado também, porém estava inteiro. Matt estava mais "animado" por assim dizer, não de sentava ou parava pra pensar nem por um segundo, ficava rodeando a área onde tínhamos caído tentando achar o touro não importa o quando Dália mandasse ele ficar quieto.

Devemos ter ficado quase meia hora naquela situação, apenas com a luz de algumas chamas espalhadas pelo local, tempo e silêncio o bastante pra Ana me contar tudo o que se recordava:

- Você é o Red, irmão dela certo? vocês não se parecem muito...não nos apresentamos direito então, oi

- Haha, oi Ana, aproveitando que aparentemente achei alguém pra conversar, da pra me explicar o que aconteceu?

- Bom eu vou tentar. Pelo que o seu amigo maluco disse...

- Ah, Matt

- Isso, vocês estavam cumprindo a punição de limpar a biblioteca quando ele abriu um livro que brilhou e do livro saiu aquela coisa, vocês saíram correndo até que esbarraram na gente.

- Só me lembro até aí, depois de esbarrar em vocês dó lembro de corrermos juntos até eu ser arrastado pelo bicho e então não me lembro mais de nada

- Tentei te pegar mas um cabo ou sei lá o que era aquilo no meio dos destroços prendeu na sua calça e você foi jogado pra parede, tinha uma barra solta e sua perna caiu bem no meio dela, só ouvi você gritar e ficar desacordado enquanto o touro vinha pra cima de mim...um pouco antes dele me acertar, ouvimos um barulho e tentamos correr mas um buraco gigante apareceu do nada e o Brun foi o primeiro a cair, a coisa foi se abrindo e todos caímos aqui, o touro sumiu e você acordou.

Assim que ela terminou de me contar a história Brun acordou em um susto gritando:

- MORREMOS! ELE QUEBROU NOSSAS COSTELAS E COLUNAS E NOS FEZ CHORAR! AAAAHHHH A PERNA DELE SAIU PRA FORA E...

Antes que ele continuasse a berrar Helena deu um tapa na cara dele e fazendo ele se calar, então disse:

- Da pra ficarem quietos, ninguém percebeu que aquela merda pode voltar?

- Ei chorões - Disse Matt voltando para o lugar onde eu estava - Não tinha mais uma guria aqui?

As garotas confusas se olharam e Dália respondeu:

- Ta falando do que? Só estávamos nós três no jardim olhando as marcas, nossa colega de quarto ficou dormindo.

- Acho que ela enganou vocês, enquanto todo mundo corria igual galinha com o c# em chamas, vi uma guria peituda saindo dos arbustos correndo com a gente.

- Guria peituda? - Perguntou Ana - AAAHHH PORRA ALICE, era pra ela ficar no quarto, onde essa vadia deve estar agora? Se ela não tiver morrido eu mato ela

- Silêncio

- Helena não me mand...

- EI! calados! ouvi alguma coisa, ei Matt, vem logo, eles ajudam o encapuzado com a perna fudida a se levantar e você e eu vamos ver onde esse túnel vai dar.

- Ta bom baixinha, eu vou na frente.

Fizemos como Helena disse, ela e Matt foram verificar o túnel e o resto de nós ficou pra trás vendo o que podia ser usado daquela pilha de destroços. Pude me levantar com muita dor e com a perna ainda sangrando, mas com a ajuda de Dan e Ana conseguimos seguir Hele e Matt pelo túnel, e tudo que pude fazer foi ser carregado enquanto tentava não reclamar muito da dor, Ana não sabia muito como lidar com aquilo então ficava tentando falar algo comigo pra distrair, o que realmente ajudou a me acalmar, mesmo que só um pouco.

O túnel ficava cada vez mais escuro e sujo, Dan já pensava em voltar e procurar outro caminho quando ouvimos Matt gritar:

- EEII! ACHAMOS LUZ...é uma área aberta, vão bora gente, corram, a gente tem que dar o fora.

- Cala boca seu imbecil - respondeu Dan - não é tu que ta carregando o Red.

Chegamos lentamente na tal área aberta, inicialmente era semelhante a entrada de um esgoto mas bastou que olhassemos direito que percebemos que mais parecia a sala do professor Carvalho, porém bem mais destruída e velha, sem falar no fedor. Brun estava atrás e ao pararmos, ele esbarrou na minha perna ferida e aquilo aumentou bastante minha dor que já não era pouca.

- AAAIIIIHHH FILHO DA...AAAHHH, droga Brun, da pra olhar pra onde anda, MERDA, isso dói cara, minha perna já não sofreu o suficiente?

- Foi mal foi mal foi mal eu to meio tonto da queda ainda e...

- NÃO DOU A MÍNIMA! só vai na frente e ajuda a sair daqui, que eu to doido pra dar na tua cara.

Dália mandou falarmos baixo, ela havia ouvido algo vindo por uma janela do outro lado da sala e não tinha certeza do que era, fizemos silencio imediato para ouvir também, mas estava tudo calmo. Em algum momento foi dito que as portas estavam muradas por fora e não tinha mais pra onde ir.

- Então a gente andou até aqui pra nada? - Questionou Dan - vão bora galera o Red ta sangrando demais.

- Dan ta certo - confirmei - to sangrando demais, não sinto minha perna.

Mais um minuto de silêncio enquanto olhávamos em volta, mas nada, absolutamente nada além de um espaço destroçado sem uma aparente saída e disse que podia me mandar de pé sozinho para deixar Ana e Dan livres para ajudar na procura pela saída, não sentia uma de minhas pernas mas tinha força o bastante pra usar uma madeira do chão como bengala, mesmo que fosse desconfortável era o mais útil no momento.

Seguimos procurando e jogando pedras e madeiras em cantos e mais cantos mas nenhuma saída nos era apresentada, a certo ponto em que nos juntamos novamente na entrada do túnel para voltar ao local onde caímos, concluímos que lá ficaríamos mais seguros.

- DÁLIA SUA PERNA! - gritou Brun - AS DE VOCÊS, CUIDADO.

Mas era tarde, o líquido escuro que passava por nossas pernas em um milésimo de segundo subiu até nossos joelhos e se transformou em concreto.

- NOOOOOOOOO - gritei louco de dor, enquanto o concreto passava queimando a carne desprotegida de minha perna. - AH FILHO DA PUTA MINHA PERNA, ESSA PORCARIA QUEBROU A BARRA.

Todos me olharam com o medo estampado no rosto, estávamos presos ao solo em um escuro quase absoluto sem ter a menor ideia do que estava acontecendo. Olhando para o lado contrário da sala Matt disse:

- A gente cuida disso depois, mas vejam, abriu uma passagem do outro lado, e tem alguém vindo.

Começamos a gritar por socorro, ou pelo menos alguns de nós, a essa altura já não tinha voz para gritar por ajuda, minha perna ardia como se houvesse lava fervente invadindo meu joelho, lágrimas escorriam pelo meu rosto e Ana estava logo a minha frente desesperada tentando se soltar.

- Ninguém vai ajudá-los.

Ao ouvir isso todos nos calamos e olhamos fixamente para a sombra que se aproximava.

- Conheço essa voz - disse Matt - tomara que esteja errado.

- Não Matt - comentou Dan - eu também conheço.

- Sim moleques, vocês me conhecem muito bem, para minha plena infelicidade.

Então saindo das sombras vimos alguém que para nossa surpresa, era algo que dava medo ao invés de sensação de segurança, era o Sr. Carvalho porém mais sujo e com os olhos ardendo em fúria enquanto girava três pedras de concreto na ponta de seus dedos.

Dália tentou pedir ajuda, mas foi interrompida quando o Carvalho lançou uma das pedras em sua cabeça, deixando-a com a testa sangrando.

- Não - gritou Helena - professor o que deu no senhor? deveri...

Mas também foi interrompida com uma das pedras que acertou sua bochecha.

O resto de nós ficou paralisado de medo, todos confusos com o que estava acontecendo diante de nossos olhos, com exceção é claro desde rapaz que voz fala, que estava ocupado demais enlouquecendo com a perna banhada de sangue.

- Imagino que isto seja bem desconfortável para todos.

- Velho idiota - interrompi - vem logo aqui e tira isso da minha perna pra eu meter a porrada na tua cara seu traidor imundo.

- Cuidado com a língua sr. Satierf.

- Cuidado é com o chute que eu vou dar nessa fuça com minha perna sangrando, tira logo essa porcaria de mim.

Olhando em minha direção com um olhar penetrante, seus olhos começam a adquirir uma coloração escura demoníaca e a última pedra que ele girava na mão entrou em chamas roxas, e devo admitir que apesar de a dor ser maior que o medo, foi neste momento que aquele velho conseguiu me deixar sem palavras, não saía um único sussurro de meus lábios, simplesmente congelei.

- Agora sugiro que tenha mais cuidado com sua língua Sr. Satierf, antes que ela fique como sua perna...fora de seu corpo.

E com apenas o movimento de um dedo, lançou a pedra em chamas que girava em sua mão em direção à minha perna e ao encostar em meu sangue a pequena pedra transformou-se em uma lança que partiu meu osso, minha perna havia sido arrancada de mim, meus olhos tremiam sem acreditar no que acontecia e tudo que pude fazer foi gritar desesperado com o pouco de voz que ainda me restava, quase desmaiando novamente mesmo sendo incapaz de cair com minha outra perna ainda presa.

- Para por favor - disse Ana ainda tremendo - Por que ta fazendo isso?

- Ah obrigado por me dirigir a palavra sr. Lispencer, afinal apenas você que me interessa nesse momento.

- Faço o que for pra sair daqui mas diz logo, ele vai morrer, fala logo eu faço qualquer coisa.

- Venha comigo, aquele pedaço de lixo imundo ensanguentado atrás de você não tem o que quero, pois o que quero é o sangue puro de uma bela mortal, sem isso como poderia esse pobre arauto felicitar seu mestre não é mesmo.

- Ana não escuta ele - dizia Matt.

- Calado mortal ridículo! Apenas a moça a quem permito falar pode escolher o que fazer em meu território.

Suando Ana pergunta por que ele precisaria de seu sangue e por que tudo aquilo estava sendo nos feito mas nenhuma resposta lhe foi dada, pois o Carvalho apenas dizia:

- Não seja tola, já fui bondoso lhe oferecendo seu direito de escolher entre morrer pela chance de sobrevivência de seus companheiros ou recusar meu generoso convite e ser torturada assim como eles até que eu tenha o sangue de todos vocês sendo queimado em tochas metálicas, NÃO OUSE ME DESAPONTAR FAZENDO PERGUNTAS! ESCOLHA.

Matt interfere dizendo que Carvalho estava fora de si, e que Ana não deveria escuta-lo não importando o que acontecesse, e eu com o pouco de força que ainda tinha confirmei.

- Não me chamem dessa forma, mas quem diria, deixei que todos falassem mas onde estão meus modos não é mesmo? permita-me minha jovem que me apresente, Carvalho nunca passou de um corpo frágil e nojento de um velho, meu nome é Lockard, e exijo uma escolha.

Ana se recusou a fazer o que o velho pedia, era como se nós tivéssemos feito um pacto de silêncio, ninguém abriu a boca para falar absolutamente nada para Lockard, até que o "arauto de concreto" como se referiu a si mesmo desiste de esperar pela resposta e começa a fazer ameaças, dizendo que apesar de estar sem tempo adoraria fazer um "joguinho" com a gente para ver quem ficafia calado ou ao menos vivo por mais tempo.

- Tudo bem, já que apesar de não serem todos amigos resolveram todos se unir para sofrer, ah como os humanos são ingênuos e ao mesmo tempo tão interessantes, meu amo irá amar ver as cabeças de cada um rolando por este chão frio. Façamos um jogo...

Dizendo isso, aproximou-se de Brun e retirou o concreto que o prendia ao chão e o ergueu pelo pescoço, ameaçando quebrar um osso a cada vez que falasse conosco sem ouvir o que gostaria.

- Está confortável aí sr. Dudle? Espero que esteja, se vai ou não continuar assim vai depender somente do que seus companheiros irão dizer...você primeiro Lispencer, diga-me onde está a esmeralda que guarda seu sangue? e não tente me enganar, não há como passar para este plano sem uma das relíquias de Rockay.

- Do que está falando? - pergunta Ana.

- AAH NÃO - grita Brun ao ter sua barriga perfurada.

- Senhorita Lispencer, vai mesmo fazer ele sangrar como seu amiguinho ali? não seja tão tola. Vou tentar perguntar ao seu colega de quarto engraçadinho sr. Dudle...Mattew você está a mais de três minutos sem me interromper com algo idiota não é mesmo? que tal me dizer onde está a esmeralda.

- Eu entendo essa de vilão traíra, você mandou o touro ou sei la que porcaria era aquela pra nos trazer até aqui seja la onde aqui for e agora quer fazer jogo mental.

Antes que Matt continuasse, o olho de Brun foi furado.

- MATT CALA A BOCA - gritou Dan - Isso não é hora pra ser idiota.

- Alguma ideia melhor Dan? alguém aqui por acaso sabe alguma coisa melhor pra dizer?

- PAREM! -gritou Ana - Solta todos, me leva, pega meu sangue e deixa a gente sair daqui.

- Lamento mas você já me deixou excitado Ana Camren Lispencer, agora não desejo mais seu sangue, pretendo levar cada pedaço de carne de vocês ao meu mestre.

Em meio a medo, nervosismo, dor intensa, lágrimas e sangue, qualquer esperança de sobrevivermos sendo ao menos capazes de entender a situação havia se perdido, mas a gota d'água foi pensar por alguns minutos que poderíamos nos tornar mais iguais ao Lockard quando Brun parou de gritar e sussurrou:

- Você quer ver sangue, você quer poder não quer? ninguém aqui sabe do que você fala, mas se também ninguém sabe como sair significa que vão descobrir tudo o que você quer, deixa eles irem e me leva, me deixe como você, me deixe forte desse jeito, me mostre a sua realidade e serei leal a você, me mostre a dor e me deixe capaz de mata-los se for preciso.

Pode compreender nossa cara de espanto ao ver um velho amigo, para alguns de nós quase um irmão, se rendendo ao homem que o fazia sangrar apenas implorando para deixa-lo mais forte, o poder que o fazia sangrar agora ele desejava para si mesmo. Por alguns minutos pudemos ver os olhos de Lockard brilhar enquanto lentamente colocava Brun no chão dizendo que talvez tivesse encontrado um aliado valioso para um ser fraco como um humano.

- Se é o que quer, sofrer para deixar seus amigos vivos para em breve mata-los...você terá o que quer, e assim me dará o que quero.

Mas enquanto dizia isso, um forte vendo chega vindo da direção do buraco que se abriu na parede, junto a uma flecha esverdeada que acerta as costas de Lockard revelando sua outra face, por alguns segundos enquanto ele sentia a dor pudemos ver sua face pálida com olhos amarelados sem lábios com os dentes todos a mostra como um sorriso permanente, e com um rugido de dor o arauto vira-se e grita:

- Quem ousa atacar-me?

- A mesma que se atreve a expulsa-lo deste lugar, Sylveon Thrandur, a elfa assassina de arautos, tire suas mãos dos humanos antes que minha flecha tire sua alma do corpo.

E em um pulo Lockard agarra Brun e posso jurar que o vi se transformar em uma névoa escura em chamas saindo rapidamente do local enquanto a elfa se aproximava de nós, foi então que apaquei novamente, sentindo minha morte vir me buscar, a última coisa que ouvi foi:

- Acalme-se Lord Darius, seus amigos serão salvos, tenho alguém o aguardando em meu refúgio para tratar de seus ferimentos.



Notas Finais


Espero que tenha gostado e não esqueça de ficar de olho no seu spirit para ver quando sai os novos capítulos, e pra finalizar gostaria de dizer que a partir do capítulo 5 irei potar algumas histórias fora da série principal como algumas curiosidades sobre personagens por exemplo.


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