História O Secretário - Moça, essa mulher ainda é minha...

One Piece Corporation  - Robin POV'S ON

A hora do almoço já havia começado, mas sendo sincera, eu não estava com muita fome. Acho que isso não se compara com a cara de estranheza e raiva do Zoro, ele estava tão quieto que chegava a assustar. 

Suspirei longamente e fui até sua mesa, sentei ao seu lado e sorri de leve; 

— Oi... 

— Oi... -a resposta meio vazia e sem graça me deixou brava e agoniada também, mas eu não iria causar uma discussão desnecessária- 

— Está tudo bem? 

— Não. 

— Eu não sabia que ela é sua ex. Desculpe... 

— Não tem que pedir desculpas, afinal, eu nunca te falei sobre ela. 

— Mas te ver desse jeito me dói. -fiz bico e cutuquei seu rosto, ele riu de canto e me olhou de relance- hey, eu sei que a situação não é confortável no momento, só que você não pode ficar com essa cara o resto do dia. 

— Eu sei... só preciso de tempo pra digerir a informação. 

— Está com fome? 

— Não, e você? 

— Acho que não. -sorri um pouco e ficamos ali, um bom tempo calados. 

Não era um silêncio que incomodava, muito pelo contrário, eu estava mais que aconchegada nele. 

Quando passou de uma da tarde, achei melhor que fôssemos comer, senão, eu teria de fazer alguém trazer comida pra mim (não que eu não possa fazer tal coisa, mas eu recebo visitas constantemente e a todo momento, ás vezes sendo de urgência extrema, um dos motivos nos quais eu quase não saio da minha sala quando estou com papeladas pra assinar ou em período de reuniões muito chatas). 

O refeitório já estava mais vazio e assim pude ter mais tempo para conversar com o Zoro sobre outras coisas que não envolvessem sua ex-namorada; 

*

*

*

Durante o resto da tarde, Luffy me ajudou com uma papelada bem chata sobre algumas transferências e documentos que exigiam assinatura autêntica. Ele ainda parecia-me receoso em conversar depois do ocorrido de ontem e Hancock mal entrava na minha sala quando ele estava lá. 

Mas para minha sorte, Luffy é o tipo de pessoa que não se importa muito com certos fatos passados, ele tem uma memória meio curta (o que até me ajuda em várias ocasiões) e não demorou para falarmos sobre coisas bobas, como desenhos ou jogos em lançamento. 

— O Zoro parece chateado, não acha? -ele olhou à mesa vazia do meu, agora, Assistente Pessoal, o esverdeado fora entregar algumas pastas em outro prédio do Complexo. 

— Sim. 

— Vocês brigaram? 

— Não, nós paramos de brigar, Luffy. -sorri meiga- 

— Será que foi por causa da Agi? 

— Agi?... Espera, sabe algo sobre ela? 

— Ah, sim, foi uma das últimas namoradas que o Zoro teve. -o moreninho começou a tentar pensar (porque sabemos bem que acidentes podem acontecer quando ele pensa) — Quando eu me tornei vizinho do Zoro, ele namorava com ela, ele ainda morava com o pai, na época. 

— Então, vocês se conhecem faz tempo? 

— Um pouco, acho que... uns seis anos. 

— Entendo... -suspirei, eu sabia que seria errado invadir o espaço pessoal do meu namorado, mas como sou uma pessoa "nada" curiosa, acabei por fazer o que não deveria- Pode me contar mais sobre a Agi? 

— Ela fazia faculdade no mesmo lugar que o Zoro. Os dois não se viam tanto quanto eu achava... -Luffy continuava a contar ainda prestando atenção nos papéis- Só que... bom, o que me lembro é de um dia, o Zoro apareceu na minha casa, muito triste e revoltado, ele disse que a Agi fez uma coisa muito ruim, mas ele nunca me contou de verdade o que foi. 

Respirei profundamente, se nem mesmo Luffy sabe, com certeza foi algo de muito ruim, mas eu preciso dar tempo à ele para querer contar, não posso obrigá-lo a dizer... Seria cruel. — Robin... -ele me chamou de forma mais séria e fria, o que é incomum acontecer, prestei atenção em sua face- Haja o que houver, não deixe a Agi fazer nada de mal com os outros, principalmente com qualquer mulher que se aproximar demais do Zoro... 

— O quê? 

— Ela é bem persuasiva e sabe ser cruel também... Muito cruel. 

— Luffy... 

. . .

Desci até a Sala do Financeiro, Nami estava me repassando todas as informações que eu havia ido buscar, mas por um momento, algo me chamou a atenção. 

Segui na direção da copa e vi algo que não deveria; 

*

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Tia Ella POV'S ON

Zoro estava de frente para Agi, que num sorriso cínico e maldoso, olhou-o fixamente. 

— Você entende, não é, Zoro? 

— Não me enche! -rosnou irado- O que é que você veio fazer aqui? 

— Ora, não é óbvio? -aproximou-se devagar, deixando dois de seus dedos tocarem levemente no rosto do esverdeado- Eu vim ver como você está... Afinal, uma vez meu, sempre meu. 

— Não comigo. -o Roronoa dera um forte tapa em sua mão, Agi rangeu os dentes não conformada, mas suspirou e sorriu de novo, roçando seus corpos, para o susto dele- 

— Tsc, não me obrigue a fazer a mesma coisa que seis anos atrás, Roronoa. Desta vez eu posso fazer muito pior... 

— Eu vou te dar um conselho... -ofegou mais frio e arrogante que nunca- Se ousar pensar nisso de novo, eu vou pra cadeia. 

— Você? E por que iria? -ironizou entre risos- 

— Porque eu vou te matar... Faço questão de ser o último rosto que você vai ver na vida. 

— Ah, que lindo! Até fazendo um juramento de morte, consegue ser fofo! -Agi lhe beijara o canto do rosto- boa sorte, imbecil. 

Num acesso de raiva, Zoro lhe afastara abruptamente, fazendo-a debater-se contra a parede oposta, ela gritou em dor, Robin abriu a porta de vidro espelhado da copa e encarou o Roronoa um pouco assustada, nunca o viu se comportar de tal jeito. 

— N-Nico-Sama... -a morena mais nova dissera em tom agoniado- ele... ele... 

— Eu sei bem... -respondera seca- Você me acompanhe, Roronoa. 

— Tsc... 

*

*

*

*

Residencial Nico

Zoro estava lá por pedido da namorada, mas desde o ocorrido na copa do Financeiro, não abriram a boca. A mansão Nico era grande e confortável, porém nem sempre lhe trazia calma; lembrava-se com frequência das vezes que foi obrigado a ver Law com sua namorada aqui. Na época, noiva do mesmo. 

— Eu trouxe gen maicha... -a Nico cortara os devaneios;

— Obrigado... 

— Quer ficar de folga amanhã? Vai ser melhor evitá-la por agora, não é? 

— Não, se eu não estiver lá, tudo piora. 

— Zoro... -Robin suspirou preocupada- O que ela te disse... Na copa? 

— Nada demais... -apenas pegara sua xícara com chá verde e bebericou com cuidado. 

Sentiu uma mão delicada e quente sobre a sua, olhou as orbes diamantinas da mulher ao lado. 

— Estou aqui pra você... -sorriu simples e humildemente- Eu te amo, Zoro. 

— Também te amo, Robin. -retribuiu-lhe com um beijo na testa. 

— Bom... -ela olhou qualquer canto e corou- você... 

— Sim? 

— Tem que voltar pra casa, não tem? 

— Quer que eu fique aqui? -Zoro largou a xícara em cima do criado mudo após beber o chá, encarou-a mais de perto, para espanto da Presidente. 

— N-não sei! -a resposta alta o deixou intrigado. 

Ao sorrir de canto, o Roronoa pensou em inúmeras possibilidades de conseguir uma resposta. 

— Uh, Nico Robin quer algo meu e não sabe como pedir?... Interessante. 

— P-Pervertido! -a morena olhou pro lado oposto, seu rosto totalmente avermelhado já dizia por si o que queria perguntar-

 Zoro sempre achou divertido vê-la constrangida, adorava a "carinha de tomate" dela, os olhos agoniados e ansiosos, a cabeça quase explodindo de tanto pensar a um milhão por hora e claro, as mãos delicadas tremendo levemente graças a ansiedade. 

— Sim... -respondeu num sussurro- eu tenho que voltar... -ouviu um suspiro pesado-  amanhã eu faço isso, hoje ficarei aqui e não irei te deixar em paz... 

Robin estava queimando em vergonha, ela de fato não sabia muito bem como pedir esse tipo de coisa para ele, mas na verdade, não se lembra de alguma vez, ter precisado pedir, simplesmente acontecia de acordo com as situações. 

Isso a fez quase endoidar com tantos pensamentos simultâneos, ainda que já o tenha visto sem nada muitas vezes, não é como se sempre fosse igual. Ela sabia que Zoro pensava o mesmo. 

— N-nesse caso... -sentiu seus olhos se desesperarem com a face pervertida dele- s-seja gentil... 

O esverdado a admirou por longos segundos e quase se derreteu ali, como poderia ser rude com ela? Aproximou-se de seu pescoço e inalou devagar aquele cheiro maravilhoso que emanava da pele mais branca que conhece, sorriu de canto. 

— Você também não facilita pro meu lado, Morena... -subiu uma trilha de beijos até seu ouvido- Pedir desse jeito não é uma boa ideia, sabe? 

— N-não me p-peça pra fazer de novo, eu n-n-não sei como pedir algo assim! 

— Hey, não precisa ficar nervosa, não estou te provocando, Morena... -mordera-lhe- ainda... 

Ela simplesmente remexeu-se inquieta, Zoro sempre amaldiçoava suas tentativas de ser menos tímida, era horrível! Segurou seus resmungos na garganta, seria fácil demais até para ele se já estivesse entregando os pontos, abster-se dele estava sendo uma tarefa muito difícil, quase impossível de cumprir, porém, como estiveram bastante ocupados nos últimos dias, não chegaram a ter um tempo apenas para os dois. 

Não era como se estivessem se evitando, apenas que o trabalho estava exigindo muita atenção. Robin deitou delicadamente, sentindo as mãos grandes e firmes do namorado transpassarem por sua cintura fina, ainda corada, prestou atenção em seus olhos, cintilando perante a situação de ambos.

Ao livra-los de todas as peças de roupas, o esverdeado a fez se levantar da cama enquanto ele sentava. — Será que pode cuidar disso, Robin? -apontou para sua ereção um tanto rija, ela apenas assentiu, pegando-a em suas mãos com todo cuidado. 

— Como queira... 

A morena o abocanhara, mordendo de leve aonde seus dentes de trás conseguiam alcançar, logo lambendo desde a base até a cabeça, repetindo o processo por alguns minutos. Com suas mãos, massageava o que estava mais abaixo, ainda dando a devida atenção ao olhar dele. 

— Pare. -Zoro dissera mais autoritário e a viu soltar-se de si- Senta. -Robin sentou- Ótimo, agora diga o que quer que eu faça com você. 

— Quero que me foda. 

— Tem certeza disso? 

— Se não tivesse, ainda estaria dando pro Law.  

Uma curva desdenhosa brotou nos lábios do atleta, que logo a puxou para si com certa raiva, sentando-a em seu colo e não se importando se a machucaria quando lhe penetrasse, começou a estocá-la com tanta força que somente quando a ouviu gritar e chorar, parou o que fazia. 

Deitou-a na cama novamente e continuou a estocá-la, Robin abafou um grito alto mordendo a própria mão (e com muita força), porém Zoro não parava e muito menos diminuía o ritmo; Ela sabia que o assunto Law o irritava profundamente, então, falar dele era como tentar provocá-lo com a pior das ofensas. Depois de muitos e muitos minutos, chegaram no limite. 

Foi apenas quando se retirou dela que o Roronoa pôde ver o tamanho do estrago que fez... Robin ainda chorava tanto pelo prazer quanto pela dor, mas tentava não ligar para isso, afinal, acabou por machucar a mão depois de mordê-la fortemente. 

Invés de dizer algo, Zoro penetrou-a de novo, puxou-a para si e sentou-os no colchão macio; 

— Que droga Morena, não fala dele numa hora dessas... Isso me deixa irritado! -apertou-lhe num abraço carinhoso e confortável- Desculpe, eu sei que está doendo bastante.

— Por favor, se mexe... -a resposta chorosa e doce o fez respirar mais devagar e sorrir- 

— Dessa vez vou ser gentil... -beijou a testa da Nico- prometo. 

As estocadas eram mais lentas, mas estavam causando dores nela, precisaria ser mais rápido e ao mesmo tempo, gentil, como prometera. Zoro teve o cuidado de sentá-la com as pernas mais dobradas, assim teria mais ganho na movimentação e poderia evitar mais dores em Robin. 

Esta por sua vez, abraçou-lhe o pescoço e gemia ao pé do ouvido, deixando seus dedos e unhas acariciarem deliciosamente desde a nuca até as pontas mais rebeldes dos fios esverdeados dele; rebolava sob seu colo e acabava estimulando aos dois em meio a isso. 

De fato ele fora mais gentil e ao gozar, retirou-se com delicadeza, deitando-a mais uma vez, agora para deixá-la descansar. Ajeitou os travesseiros e distribuiu incontáveis beijos pelo rosto de porcelana de sua Presidente. — Hey, me desculpe, eu realmente exagerei com você... 

— Está doendo... 

— Sou horrível, pode me matar quando quiser. 

— Minha mão... -ela reclamou olhando para as marcas profundas de seus dentes na pele da mão- eu mordi muito forte e machuquei. 

— Hey, hey, por que fez isso? -ele levantou rapidamente, pegando algumas coisas no banheiro e voltando pra cama com todo tipo de material para curativos- Se quiser gritar, grite, mas não segure desse jeito a ponto de se machucar. Não quero que reprima nenhum barulho que fizer. 

— Mas o meu irmão-

— Sinto em dizer isso, mas... Foda-se se ele ouvir, não é como se o Sabo não soubesse o que é sexo e muito menos que você transa. Ele é um adulto, Robin, e ele vai ser pai! 

— Zoro... 

— Nunca mais me deixe fazer uma coisa dessas, só vai me prometer nunca mais abrir a boca pra falar do seu ex quando estivermos sozinhos. -ainda que estivesse falando sério, era extremamente fofa a careta de preocupação do Roronoa quando algo do tipo acontecia. Robin apenas sorriu meiga e concordou. 

— Prometo. 

— Então também prometo ser mais gentil na próxima vez... -sorriu de canto enquanto limpava os ferimentos na mão da Presidente- 

— Eu te amo, Zoro. 

— Também te amo, Morena. 

*

*

*

No dia seguinte, Sabo, Koala e Zoro já estavam tomando café da manhã, o cheiro da comida já não enjoava mais a grávida da casa, que no momento, se ocupava com um generoso pedaço de bolo de laranja (cortesia da Nami). 

— Robin, desça logo! -Zoro chamou de lá mesmo, não estava afim de subir até o quarto para fazê-la acordar ou levantar (mesmo que fosse seu trabalho). 

— Ai... -ouviram alguém resmungar no cômodo ao lado da sala de jantar- Deuses, como isso dói! -Robin apareceu no batente, com as mãos apertando a própria barriga e o andar desengonçado de forma meio dolorida - Eu tô tendo um filho aqui! 

— A grávida sou eu e quem tem o filho é você? -Koala riu- Não entendi. 

— Maldita cólica abdominal, me lembrem de nunca mais irritar o Zoro! -ela espatifou a cara na mesa- 

— Ainda bem que entendeu. -ele apenas bebericou sua caneca com café, Sabo fez uma careta engraçada. 

— Por Buda, vocês parecem dois coelhos no cio! Parem de transar desse jeito! 

— Se eu ficar grávida, juro que te mato, Roronoa! -a morena o fuzilou com o olhar, ele apenas riu de canto- 

— Não se preocupe, isso não vai acontecer... -bebeu mais café- ainda... 

— Juro que serei mais legal com o Luffy, vou dar mais atenção pra Nami, vou conversar mais com o Franky e tentarei parar de discutir com o Usopp, mas ALGUÉM PARE ESSA MALDITA CÓLICA! 

— Acha que ela vai ficar bem, Zoro-san? -Sabo olhou a irmã com preocupação, o esverdado assentiu- 

— Foi apenas um castigo por falar o que não se deve na hora errada. Além disso, é só tomar chá de jasmin que melhora. 

— Eu vou ficar uma semana sem sentar direito! -Robin reclamou mais uma vez-

— O que aconteceu com a sua mão? -Koala olhou os curativos com atenção- 

— Um infeliz incidente agregado ao ocorrido de ontem. 

— Deuses, dois animais acasalando dentro de casa! 

— Falou a grávida! 

— A vida traz consequências... 

— Bebê, que você não puxe nada da sua tia além de beleza... -Sabo suspirou entre risos- 

— Vou te matar, Sabo. -a Nico bufou- 

— Tente matar sua cólica primeiro e aí voltamos a conversar. 

— Eu não posso morrer agora, sou muito nova pra isso! 

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One Piece Corporation - Robin POV'S ON

Desde a hora em que sentei na minha cadeira, minha coluna e meu útero não pararam de doer, Zoro ficou mesmo ofendido com aquele comentário... 

Fiquei um tempo deitada no sofá para ver se a dor passava e até agora, estava funcionando. Nami havia ido levar alguns relatórios para mim e até o momento, está me dando colo apenas para passar um pouco do tempo. 

— Então quer dizer que a Agi é ex-namorada do Zoro? 

— Sim. -suspirei- não sei o que fazer para não deixa-los se matarem, Zoro quer meter uma bala na cabeça dela. 

— Não duvido muito, pelo que eu ouvi do Sanji-kun... -a ruiva disse "sem querer" e logo pôs a mão na boca, eu a encarei séria e tentei levantar, mas estava difícil- 

— O que ele disse, Nami? 

— B-bem, eu acho que é melhor o Zoro dize-

— Ele não vai me contar, então, desembucha! 

— Ok... -ela pediu calma- bom... -suspirou- Agi o humilhou na frente de muitas pessoas uma vez, foi logo após uma competição de kendo... 

— O que aconteceu? 

— Ele ia pedi-la em casamento... -Nami entristeceu mais- Mas por conta da separação dos pais, do acidente da irmã e da condição financeira em que ele se encontrava na época, Agi riu da tentativa dele e disse coisas horríveis pro Zoro. Todos os atletas que estavam lá, inclusive um dos "amigos" da equipe dele, riram compulsivamente da cena... Zoro não aguentou aquilo, nunca mais participou das competições nacionais, ele conseguiu fazer uma prova que lhe permite participar diretamente das Olimpíadas. Desde então, evita muita gente que conhece e claro, não queria mais saber da existência da Agi. 

Fiquei sem ar nos pulmões, eu não achava que fosse tão sério assim, mas... Agora entendo porque demorou tanto tempo para ele voltar a se relacionar; suspirei pesadamente.

— Eu não sabia disso... 

— Claro, ele jamais teria coragem de contar, foi tão humilhante e traumático que Zoro nem olha nos olhos dela, sente um nervoso enorme só em ouvi-la por perto. Tê-la aqui será um problema pra ele, Sanji-kun ficou muito preocupado quando soube que Agi conseguiu vir pra cá. 

— E com razão... eu não deveria deixar ela ficar aqui, mas... -fiquei pensativa- ela acabou de chegar, não posso simplesmente demiti-la, tem menos de dois dias que ela começou a trabalhar na empresa. 

— Não pode transferi-la para outro setor? 

— Infelizmente não, Agi é formada em Gestão de Pessoas e Segurança do Trabalho, não posso mandá-la pra outro lugar. 

— E nem para uma filial? 

— Até posso, mas no momento, ela tem que cumprir os primeiros 30 dias de sociabilidade na Sede-Mãe. 

— Então... -ela me olhou triste- Zoro vai ter que aguentá-la por um mês inteiro? 

Eu também não gostava da situação, se eu soubesse antes desta história, jamais teria deixado-a ser contratada para ficar nesta Sede, eu a mandaria pra França ou para Bélgica. Qualquer lugar que fosse longe do Zoro. 

Eu me levantei, não me importando com a dor, olhei a mesa dele, que estava organizada e limpa, o Roronoa estava na sala do meu irmão, olhei minha ruiva mais uma vez. 

— Nami, acha que eu posso mantê-los afastados um do outro até o final desse mês? 

— Sim, é claro que consegue! 

— Na verdade... 

— O que foi, Robin? 

— Ontem, aconteceu uma coisa muito estranha. 

Comecei a contar pra ela tudo o que vi na copa no dia anterior, e sobre a conversa que tive com ele depois do turno; foi difícil conseguir uma resposta do Roronoa - e claro, eu ainda nem a tenho - não adiantou muita coisa, ele só me disse que não era nada demais. 

Nami levantou e me segurou gentilmente pela cintura, me dando um beijo simples e gostoso, não tive como reagir tanto. 

— Eu não sei como te ajudar agora... Mas vai ficar tudo bem. -seu abraço caloroso e amável sempre faz eu me sentir melhor, sorri de canto e me sentei novamente no sofá, agora, sentindo sua língua pedir passagem para explorar minha boca. 

Eu concedi prontamente, os lábios dela tem um gosto vicioso de laranja! 

— Moça, já te falei que essa mulher é minha! -Zoro falou ao entrar na sala, não rompemos o toque só por causa dele, na verdade, eu mesma dei continuidade ao beijo. 

Chupei sua língua e mordi seu pescoço, deixando uma marca pequena de chupão em sua nuca (e foda-se se o Law ver isso, antes dele eu cheguei primeiro e ela ainda me pertence! - estou sendo irônica agora). 

— Obrigada por me fazer companhia, Nami-chan. 

— Não agradeça... -senti um beijo em minha testa e voltei pra minha mesa. 

— Tsc, me trocando pela Nami? Vou ficar chateado. 

— Nunca te troquei por ela, você só chegou depois. 

— Nossa... -ele fez bico- esculacha, mas não ofende! 

— Eu te amo mais! 

— Espero que sim! 

Comecei a rir, mesmo me castigando, eu não consigo deixar de amá-lo.