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História O segredo de Molly Hooper - Três


Escrita por: JaneDi

Notas do Autor


A história está com uma determinada classificação, por favor, sejam atentos. Mas, se por acaso, alguém se sentir desconfortável é só dizer que eu altero sem problemas.

Ah... e não julguem a sra. Hudson, ela é uma mulher como qualquer outra ;)

Capítulo 3 - Três


“sexo, sexo, sexo tudo se resumia a sexo”

Molly piscou e a senhora Hudson suspirou.

Por duas vezes a boa mulher tinha vindo até o apartamento para checar Molly. Checar era uma palavra sutil para o que ela provavelmente estava fazendo, que era vigiando.

Quando ela percebeu isso, Molly se segurou para não cair numa crise de riso histérica. Aparentemente achavam que ela ia surtar sobre o fato de Sherlock ir caça vilões na madrugada de Londres.

Deus do céu, ela o conhecia há seis anos! Não era uma noite, sozinha em um apartamento que iria mudar tudo.

As pessoas acabam esquecendo que foi ela quem fingiu a morte de Sherlock por dois anos! Ela já havia visto o pior dele. Podem acreditar.

Se ela estava preocupada e nervosa, alisando freneticamente o pelo de Toby afim de acalmar seus nervos era por quer ela sabia que, quando isso acabasse haveria outra coisa. E mais outra e então, outra e farta disso, Molly iria embora. Apenas isso.

“Então fazíamos todas as vezes que brigávamos (o que era frequente) e em todos os lugares possíveis”

Mas enquanto isso não acontecia e a Molly foi dado o papel de princesa presa em uma torre, ela estava ali, ouvindo os feitos sexuais da proprietária do apartamento de Sherlock. Um pouco desnecessário (e constrangedor), por que ela só tinha pedido para saber como ela e o detetive tinham se conhecido afim de manter a conversa.

“Realmente sra. Hudson, eu não acho que...”

“Oh minha querida, mas veja um dia tive meu limite, pois uma mulher não sobrevive apenas de orgasmos, mesmo que sejam três ou quatro por dia” ela continuou depois de tomar um gole de seu chá, “então quando eu conheci esse menino na Flórida, eu pensei a princípio que ele era apenas um pouco fora da órbita...” disse ela com ternura.

“e acabou descobrindo que ele era totalmente fora de órbita” Molly sugeriu com um breve sorriso.

“Oh, sim! Nunca conheci alguém tão frenético, compulsivo, louco e impossível como ele!” Ela narrou depois de outro gole de seu chá. “Então, ele me fez esse grande, grande favor em mandar o maldito sr; Hudson para a cadeia” concluiu com um sorriso largo.

As duas ficaram em um silencio mútuo, cada uma pensando em Sherlock.

“E então voltaram a se encontrar em Londres e a senhora resolveu alugar esse espaço para ele?” Molly elaborou com carinho pela expressão doce no rosto envelhecido da mulher. Ela só podia especular o quanto a senhora amava o detetive, talvez mesmo como um filho?

“Exatamente e eu pensava que iria ser tudo calmo e bom, mas então eu estava profundamente enganada…”

Molly bufou, não escondendo seu riso divertido, “vieram os casos e os clientes?!”

“Oh, não. Isso não era o pior” negou balançando a cabeça, “Sherlock é tão impossível...”

Oh Deus, Molly se compadeceu, se ela, que estava um par de semanas com ele já não aguentava, imagina então aquela pobre e velha mulher de idade? “Os horários terríveis...”

“Ele anda praticamente pelado”

As duas disseram ao mesmo tempo e Molly se engasgou no chá.

“Cuidado minha querida, tome o lenço.... Sim, ele anda com aquele lençol pendurado no corpo como se eu não estivesse presente! ” Continuou indignada, “e Deus... Sherlock não tem a mínima consideração pelos meus hormônios! Aquelas calças apertadas, as camisetas que veste tão justada com aquele botão saltando” recitou balançando a cabeça, perdida nas próprias lembranças do detetive, enquanto Molly se estabelecia do choque, “e ele tem aquele traseiro que te dá vontade de....”

“Tudo bem, acho que entendi sra. Hudson” Molly berrou antes que ela pudesse continuar, o rubor escaldante subindo pelo seu rosto.

O olhar da proprietária caiu sobre a médica e Molly viu, o olhar de pena, de compadecimento.

“Eu só quero dizer que eu sei o efeito de Sherlock pode ter sobre uma mulher, minha querida” Disse puxando as suas mãos.

Ah não... Molly pensou fechando os olhos, ela sabia o que veria.

“A questão é que ele é tão isolado e, bom, talvez ele simplesmente não goste de meninas... ou de meninos, haja vista John e ele nunca terem dado certo...” completou inclinando a cabeça para o lado.

Molly fechou a boca em uma linha fina e negou com a cabeça, “sra. Hudson eu não acho que...”

“Talvez essa coisa de amor não é com Sherlock” finalizou a olhando nos olhos.

Sim, realmente essa não era a área dele, não é mesmo? Por isso a confusão desse último mês. Por isso sua raiva e o fato de estar escondendo seu segredinho. Tudo por causa do homem impossível que é Sherlock.

Ela fechou os olhos com força e então tudo veio sobre ela, as lembranças e o seu grande erro!

Boca e seios pequenos é a mãe!

E sobre a questão de ser virgem? Quem é que acreditou nessa mentira?

A questão é que Molly Hooper é uma mulher adulta. 35 anos para ser exato e muito adulta de fato.

Ela teve seu grau conquistado em Oxford, com louvor!

E ela era nada mais nada menos que a patologista escrivã mais jovem do prestigiado e renomado Hospital de St. Bartholomew.

Com todas essas evidências, como é possível então que isso foi acontecer?

Oh, ela sabia muito bem... pegue uma Molly Hooper levemente decepcionada com a vida, melancólica e triste em uma véspera de natal.

Adicione uma (tudo bem, duas) taças de vinho e acrescente um incrivelmente sexy consultor detetive.

E então sim... a coisa estava feita.

E antes que alguém apareça para julgar a médica sem os devidos dados é necessário explicar o contexto da situação.

Molly havia superado Sherlock. É verdade. A mais pura verdade.

No entanto, isso não a impedia de se preocupar com ele, afinal, por todos os meios ela ainda era sua amiga e uma coisa que Molly Hooper é, é ser leal com aqueles que estão ao seu redor.

E por mais que Sherlock possua toda essa máscara de arrogante, frio e sem sentimentos, ela sabia que bem lá no fundo ele era um bom homem. Ele tinha mesmo fingindo a própria morte para proteger seus três únicos amigos no mundo.

Então foi terrível ao ver que ele estava afundando na própria máscara que criou. Realizar aquele teste de drogas sobre ele foi uma decepção tão grande, e ela sentiu tanta raiva, que ela não pode evitar e a face esquerda de Sherlock agora sabe o quão forte a pequena mulher pode ser.

A próxima vez que ela o viu, Sherlock estava inconsciente em uma cama, baleado e a dama de honra do casamento de John publicava nos jornais que tinha tido um caso com ele.

Tudo para um caso, ele havia dito. Claro, sempre era para um caso.

E então ela pouco o viu desde então. Dentro dela, aquela parte que guardava para ele tinha se quebrado. Molly se convenceu que tinha que seguir sua vida, definitivamente, sem ele, pois nada, nada viria de Sherlock Holmes para ela.

Então, naquele fatídico dia, quando já tinha tomado seu pijama e estava assistindo a reprise do especial de natal de Mr. Bean ele chegou.

E sob circunstâncias normais, Molly poderia ter previsto que algo não ia bem, primeiro de tudo por Sherlock ter tocado a campainha. E Sherlock nunca toca a campainha, ele simplesmente aparece, geralmente invadindo pela janela do quarto ou do banheiro como se fosse dono do lugar.

Mas não naquele momento. Com um olhar desolado ele pediu gentilmente para que entrasse e oh, Molly reconhecia ‘aquele’ olhar. Era o mesmo que havia visto dois anos antes quando ele pediu sua ajuda para falsificar sua morte.

Mas dessa vez ela não se ofereceu. Não se deu para o que ele precisasse. Antes disse umas boas e amargas palavras para ele.

O bastardo ainda teve a ousadia de argumentar. Dizer que teria sido estritamente necessário.

“Co-como usar uma mulher e fingir que era apaixonado por ela foi necessário?” ela questionou amarga, se odiando pelas lágrimas quentes fugindo de seus olhos.

“e as drogas?! Também foram ‘necessárias’?” perguntou com raiva.

“você não entende Molly” ele respondeu de volta.

E oh, foram mais e mais argumentos, mas Molly não se deixar levar. Ele queria uma espécie de perdão, de aceitação pelo que havia feito. E então, talvez, ele vendo que ela estava irredutível Sherlock a segurou em seus braços, sua língua varrendo sua boca, e ele preencheu a lacuna que havia entre os dois.

O aroma familiar de Sherlock, seu corpo quente e sólido inundou as veias de Molly de desejo, como uma droga. E então ela não pensou muito a seguir. Suas mãos voaram tirando casaco, camiseta... ela estava apenas de pijama, o contraste não parecia justo.

Foi louco. Cansativo. Cheio de raiva e tristeza e ainda... paixão.

Fora tanta paixão envolvida que ela sentiu uma pontada crescente que dizia que Sherlock definitivamente havia estragado qualquer homem para ela a partir de então. Como ela poderia esquecer os seus beijos intensos, as mãos firmes, decididas e seu olhar sobre ela, como se ela fosse única... como se ela importasse.

Tudo sobre sexo com Sherlock gritava bad boy. Mas ele era tão suave, tão delicado... Molly se sentiu perfeita, naquela noite era como se as estrelas brilhassem tão intensamente que o seu próprio mundo, pequeno, cinza... se expandisse e ganhasse novos tons, dimensões e tamanhos. Ela não lembra em que ponto dormiu, apenas que Sherlock a segurava como se fosse a própria vida e então, naquele momento ela pensou que sim, poderia haver um futuro feliz que ela sempre sonhou.

Idiota da sua parte.

 

Pela manhã, era como se a noite não tivesse acontecido. Ela acordou para uma cama vazia ao seu lado, onde tudo indicava que nenhum homem havia feito amor com ela ali, mas o cheiro persistente dele que havia ficado em seus lenções dizia outra coisa.

E ela não chorou, apenas levantou, lavou o rosto e tomou um belo banho, alimentou seu gato e continuou sua vida.

Durante todo aquele mês e o seguinte ela não soubera de Sherlock. Sem visitas a Barts, aos laboratórios e ao necrotério.

Ele havia sumido. Mais uma vez.

E sua mente, já cauterizada, a alertava apenas para uma coisa.

Não que fosse possível.

Pelo amor de Deus!

 E mesmo que eles tivessem feito sem qualquer proteção (idiota, idiota, idiota da sua parte se levar pelo momento), Molly tinha sempre tomado anticoncepcional desde quando era adolescente por causa do seu problema hormonal.

Seu ginecologista havia mesmo dito, isso anos atrás, que seria praticamente impossível Molly engravidar devido aos seus ovários terem um problema genético.

Então qual seria a probabilidade? De verdade?!

Anticoncepcional, problemas hormonais e apenas uma noite?

Numa terça feira a noite, administrando o próprio exame no laboratório ela teve o resultado.

Confie apenas no único detetive consultor do mundo para quebrar qualquer estatística.

Como Sherlock Holmes conseguia fazer essas coisas?

Molly Hooper estava grávida.

 

Ela não entrou em desespero, ao contrário, parecia apenas que o mundo de repente ficou mais lento, mais devagar. Trabalhou ainda todo o resto da semana normalmente. E era como se a ficha não tivesse caído.

Mas quando o fez lagrimas grossas caíram sobre seu rosto. Molly se enterrou na cama e lamentou a terrível sina da sua vida. Ela ia ser mãe?!  MÃE, ELA? De um filho de Sherlock Holmes.

Depois desse primeiro susto ela ficou em uma guerra particular sobre o que fazer em seguida. Não tinha pais vivos, assim não tinha que comunicar ninguém exatamente. E depois de muito pensar e pensar, procurou Sherlock, não que precisasse de alguma espécie de permissão e consentimento, nada disso. Apenas queria informa-lo, pois era um direito dele saber disso, pois mais que os dois tivessem cometido um grande erro, ele era parte de uma vida agora.

Mas o celular do detetive só dava fora de área. Foi até o 221B, mas a senhora Hudson havia informado que desde o natal Sherlock não punha os pés em casa. Assim, sem mais ninguém a quem procurar ela decidiu seguir com sua vida e sua nova transformação.

Claro que tudo virou de cabeça para baixo quando o falso Moriarty apareceu em todas as tvs e dispositivos de mídias do país e tudo voltou, inclusive Sherlock que saiu desesperado de seja lá onde estava para saber se ela estava segura.

Só então que ela se deu conta do quanto a vida com Sherlock era perigosa e que seu pequeno bebê, mesmo antes de nascer corria risco de vida.

Assim, ela tomou uma decisão.

Seria seu segredo.

Um particularmente difícil dada as circunstancias e as pessoas envolvidas. A pessoa envolvida de fato.

Mas uma coisa que a maioria das pessoas não sabiam sobre Molly Hooper era que ela é valente e feroz. E ela muito bem sabia guardar um bom segredo.

Mesmo tinha participado do suicídio de Sherlock por dois anos inteiros e sem consequências.

Claro, John, que era seu bom amigo, ficou bastante bravo com ela. Mas foi só Sherlock o salvar de ser queimado vivo em uma fogueira gigante rodeado de pessoas desavisadas que ele o perdoou e a ela em seguida.

E até aqui ela tinha conseguido, certamente poderia ir até o fim.

Não poderia?

Sherlock nunca mencionou o fato que dormiram juntos. Muito pelo contrário, agiu como se nada estivesse errado e até se tornou mais distante. Ótimo! Perfeito!

Ela não se permitiu chorar. Não se permitiu se lamentar e se desesperar pelo fato dele ter esquecido. Ter a ignorado.

Decididamente isso a ajudava a seguir em frente e a esquecer o que tiveram. O filho seria apenas dela, como se o detetive nunca tivesse existido.

“Molly querida?” Sra. Hudson cortou seus pensamentos e a patologista se sobressaiu, voltando sua atenção para a mulher mais velha, “está tudo bem?” Perguntou com preocupação sincera.

Molly acenou rapidamente, “claro... claro, só sabe... pensando em tudo um pouco” abanou as mãos sobre a cabeça e fingiu um sorriso para ela.

Sra. Hudson não pareceu convencida, mas uma leve batida na porta do térreo interrompeu a próxima fala da mulher.

“Oh, parece que chegaram! ” Molly disse rapidamente se levantando e indo em direção a porta. Mas logo em seguida estagnou, algo estava errado.

Duas, três pessoas estavam subindo de maneira silenciosa e rápida. A tábua do décimo degrau rangeu.

Molly só teve tempo de voltar e pegar na mão da senhoria de Sherlock quando a porta se abriu num baque sólido.

“Olá, olá senhoras!” Um homem, de terno e bem vestido entrou juntamente com outros dois. Acenando uma arma com silenciador, ele se voltou para elas com um sorriso pequeno no rosto, “Molly Hooper se encontra? ” O que parecia ser o líder perguntou. Mas retoricamente, pois ele já olhava diretamente para ela.

Seu sangue gelou e Molly sentiu as pequenas e macias mãos da sra. Hudson apertarem nervosa as suas.

Deus, onde estava Sherlock Holmes?


Notas Finais


Claro que o filho era dele!!!!!!!!!!!!

E apesar do meu crush na série ser John Watson (eu amo de coração aquele homem~~~suspiros naquele jeitinho dele de andar), eu entendo completamente a 'coisa' sobre Bento de Sherlock Holmes, por isso os pensamentos da sra. Hudson ;)

hahha, espero que tenham gostado e sinto muito pela demora na atualização, me diverto horrores com os comentários, não há melhor feedback do que esse.

Obrigada por acompanharem =)


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