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História O Segredo Nas Sombras - Morte e Cura


Escrita por: Liilyca

Notas do Autor


OI AMORES!!!!
VOLTEI!

devo avisar que esse é um dos caps que mais gosto dessa fic ;)

Boa Leitura ;*

Capítulo 4 - Morte e Cura


Fanfic / Fanfiction O Segredo Nas Sombras - Morte e Cura

POV WILL

 

Foi tão estranho que eu não pude desconsiderar.

Quando Nico passou por mim e nem ao menos me olhou senti que havia algo errado. Não importava como ou quando, Nico sempre conseguia me encarar.

O vi sendo convocado por Quiron no refeitório, mas havia decidido que não era da minha conta. Mas ver Nico passar naquele estado fez a lâmpada dentro de mim piscar em alerta vermelho.

Ele estava obviamente furioso e parecia perdido também. O acompanhei com o olhar vendo entrar na floresta. Ninguém pareceu notar, talvez porque ele era sempre assim, ou talvez porque não se importassem.

Bom, eu não sou do tipo que deixa as coisas de lado, então teimosamente fui atrás dele depois de lhe dar algum tempo sozinho.

Um pouco antes do almoço adentrei na floresta a procura do Nico, não sabia por que eu me importava tanto com ele, mas era algo além de mim, da minha própria vontade. Eu queria cuidar dele, o máximo que pudesse.

Caminhando um pouco comecei a chamar por ele.

- Nico? Nico!? – gritei sem resposta.

Eu estava muito dentro da floresta densa agora. Era verde escuro e havia tantos cheiros de flores que ficava difícil distinguir quais eram.

Enquanto andava gritando por ele percebi uma parte morta e estéreo no chão, fazia um circulo não muito largo e por sorte (ou não) não havia atingido nenhuma arvore. Agachei e toquei as gramas em cinzas com pesar.

Estava pensando se podia tentar curar a área quando uma voz soou:

- não desperdice seus poderes, não há concerto. – Nico estava encostado em uma arvore um pouco a frente do circulo.

Estreitei meus olhos para ele, estudando seu rosto levemente inchado. Havia vermelhidão ao redor dos olhos, mas era quase imperceptível, sua marra era a mesma de sempre. Uma mascara dura e resistente de indiferença.

Tentei sorrir sem muito sucesso quando me levantei e olhei em volta.

- as Ninfas não devem ter ficado felizes. – comentei o que foi muito idiota porque seu olhar vacilou em culpa. – mas já que não foram atingidas, então tudo bem.

Nico ficou quieto por um momento me olhando enquanto eu rodeava o circulo morto para mais perto dele.

- o que você quer Solace? Achei que estava bem claro que não é para ninguém entrar na floresta. – ele disse por fim me fazendo encara-lo.

- isso não inclui você? Quem sabe eu esteja aqui para te salvar da besta misteriosa. – brinquei com a verdade.

Ele fez uma careta.

- besta misteriosa? É assim que a chamam? – indignou.

Dei nos ombros me agachando de novo e tocando o solo ferido, eu podia sentir a vida fraca ali.

- é assim que eu chamo. – contei. – esse solo pode ser restaurado, vou falar com algum filho de Demeter depois. Talvez eu possa ajudar por enquanto... – fechei os olhos e canalizei os pequenos raios de sol entre as arvores transmitindo a energia para o solo. Quando abri os olhos e sorri percebi a terra mais amarronzada do que cinza.

Levantei-me rápido demais e cambaleei para o lado, Nico me segurou firme e percebi um pouco tarde como ele era frio, sua pele estava parecendo neve. O olhei de perto, seu rosto estava mais perto do que calculei e seus olhos travaram nos meus como eu já estava me acostumando.

De repente Nico deu um passo para trás e ofegou rapidamente antes de se recompor. Permaneci parado e confuso, ele olhou para tras de mim e deu um sorriso amargo.

- que bela dupla nós somos, hein? Eu destruo e você concerta. – Nico resmungou. – eu mato e você cura. – sua voz tinha mais dor do que sarcasmo.

Franzi o cenho em uma preocupação genuína.

- gosto que sejamos uma bela dupla, mas não de como o resto soa. – confessei também me recompondo. – prefiro pensar que somos parte da ordem da natureza. Nada relacionado a Gaia claro. Mas se você parar para pensar somos um pouco do mundo, e isso inclui a medicina e a morte. No fim esta tudo ligado.

Nico não pareceu apreciar minha breve filosofia. Ele se manteve quieto e eu me aproximei um pouco, mas seu olhar me alertou como se eu fosse perigoso. Travei no lugar.

- qual é o problema Nico? Você não vai me machucar. – falei cauteloso.

Seus olhos foram das folhas secas atrás de mim para os meus e ali fiou por um momento antes dele relaxar levemente.

- não vou. – murmurou mais para si mesmo. – não vou. Desculpe, foi só um...

- surto? – arrisquei e ele sorriu levemente o que era um grande avanço.

- algo do tipo.

Considerei aquilo antes de perceber que o estava encarando descaradamente e soltei o lábio que estava preso entre os dentes.

Nico não deixou passar batido.

- você faz isso quando oprimi seus pensamentos. – observou.

- faço?

- sim. Você não é muito bom em se reprimir, não é?

Sorri sem jeito.

- nem um pouco, mas eu tento. O problema é que as vezes eu falo demais, e na hora errada, e muito rápido... – parei ao ouvir seu riso.

Foi breve, mas o som ecoou pelas arvores da floresta deserta como se pássaros correspondessem ao seu canto.

Nico estava sorrindo, e ele ficava absolutamente lindo sorrindo. Como um garoto que realmente era, juvenil e despreocupado, sua mascara dura retirada por um momento breve demais.

Ele me viu encarar e corou o que fez a lâmpada em mim querer explodir.

- você esta encarando. – ele disse.

Ri.

- é próximo a um fato histórico ver você rir. – provoquei o vendo me dar aquele olhar mortal que não funcionava comigo.

- que bom que aproveitou Solace. Agora vamos comer que estou com fome. – disse escondendo a diversão em seu sorriso, mas seu solhos não mentiam.

Então voltamos ao acampamento conversando. Eu gostava de provoca-lo e ele agia de uma forma tão imprevisível que me fazia rir.

Peguei-me pensando que gostaria de conversar mais com ele, conhece-lo melhor. Meses depois da guerra contra Gaia eu fui embora do acampamento meio-sangue então não tivemos tempo para conversar mais. Senti-me culpado por deixa-lo, por ele ter ficado e eu não.

Me obriguei a não ver esse sentimento como pena, era mais que isso, eu só não sabia distingui-lo ainda.

 

POV NICO

 

Alguns minutos. Ele só precisou de alguns minutos para tirar todo o pesar que eu estava carregando em meu peito. Apenas algumas palavras, provocações e sorrisos brilhantes. Will conseguiu por um momento precioso me tirar da escuridão total e me levar para o mundo cinza.

Era mais do que um progresso pra mim que havia desistido de tentar encontrar cores em um coração preto e branco.

Depois do almoço fui para a arena de esgrima sabendo que ninguém estaria la e eu podia fugir de Hazel e suas perguntas.

Bem, fugir de Hazel não significa fugir de Will. Não que eu realmente quisesse fugir dele.

Vamos com calma Di Angelo, você sabe onde isso vai dar. – meu subconsciente me alertou.

Hesitei, mas não o afastei quando ele veio tentar praticar comigo.

- você é péssimo. – provoquei vendo ele morder o lábio e avançar, mas eu estava preparado e o desarmei. – muito péssimo.

Ele riu rendido.

- o que posso fazer? Sou um curandeiro. – disse indo pegar agua e descansar.

Fiquei em pé encostado na coluna ao seu lado. Sem conseguir mais me segurar perguntei:

- você está cuidando do campista que foi atacado?

Will me olhou curioso e confuso, mas respondeu sinceramente:

- sim, na verdade eu só ajudo agora.

Assenti em entendimento.

- como ele está? – perguntei relutante.

- ele vai ficar bem. Está sedado e ficara um pouco grogue por um tempo por causa dos analgésicos, mas vai se recuperar. Esse é o preço que ele pagou por seu ego enorme. – percebi a pontada de irritação no final da sua frase.

- você viu os ferimentos? Como eram? Quero dizer, o que acha que é essa coisa?

Will pensou por um momento.

- algo com garras com certeza. Menor que um cão infernal como a Srt. O’Leary, mas maior que um lobo. Pode ser qualquer coisa, você sabe como é nosso mundo. Talvez devêssemos caçar essa coisa – ele considerou fazendo meu coração pesar – se está atacando campistas é porque está perto do limite da floresta. Não é como se os campistas não colaborassem também, mas de qualquer forma é perigoso. – ele se virou para mim. – você está bem? Está pálido.

Engoli em seco.

- estou bem, só cansado. – respondi me ajeitando para sair. – a gente se vê amanhã Will.

Ele pegou meu braço como mais cedo e me olhou fixamente da mesma forma, me fazendo perder o ar.

- vai escapar do jantar de novo? – brincou com a verdade.

Ele achava que eu não percebia o que ele estava fazendo, mas a verdade era que eu percebia e fugia disso.

Suspirei.

- não espere me ver durante a noite Will. – avisei me soltando dele.

- por quê? Você não gosta de ficar com a gente? Você não come? – ele questionou confuso, mas eu apenas balancei a cabeça me virando e saindo da arena.

Não se de ao luxo de uma gota de mel quando não pode ter a colmeia Di Angelo. – me adverti enquanto seguia para meu chalé.

 


Notas Finais


ooooooooooooooh nhonhonho!!! quero apertar essas belezinhas!!! <3
SOLANGELO IS LIFE <3333

ok parei o surto.

espero que tenham gostado e comentem o que acharam ;*

bj bj até a proxima ;)


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