História O Sequestro - Temp. 1 - Namjoom em Perigo - O Resgate - parte2

Pela enésima vez Téo e Namjoom dava voltas na sala, os garotos caminhavam de uma ponta a outra da sala, os dois sequestradores tinham dito mais cedo que alguém especial iria vir visitar Namjoom, então a cabeça dele estava a mil. Téo tentava encontrar um jeito de sair dali, já que por pura bondade os sequestradores deixaram que Téo lesse a matéria do jornal a respeito do resgate e ele nem tinha como dizer ao amigo que eles estavam perdidos e que os amigos dele devem estar na mesma situação.

Avistou os sequestradores, eles estavam conversando com alguém, talvez seja a pessoa que viria visitar o Namjoom. Téo bateu com a mão no vidro, eles estavam sem tempo, sem plano e praticamente sem esperança nenhuma. Era pedir muito um milagre?
Namjoom bateu no vidro chamando a atenção de Téo, o coreano indagava com o olhar o que Téo havia visto, Téo então apontou para onde os sequestradores estavam. Namjoom forçou a vista para tentar ver quem era mas os dois indivíduos tampavam toda a visão. Os garotos olharam-se tentando buscar alguma coisa que pudesse ajudar, um milagre no momento seria muito bom mesmo, eles não queriam morrer.

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- Acabei de receber a noticia de que os outros garotos conseguiram fugir... – Won Chan informa aos dois capangas com um olhar preocupado.

- Senhor, eles não vão nos encontrar aqui. – Carlos responde com sorriso de canto.

- É aquela garota, ela deve estar ajudando eles de alguma forma. Vocês deveriam ter pego a garota também, ou pelo menos ter acabado com ela de uma vez. Mas o que esperar de dois idiotas, não é?

- Pegamos o garoto, porque era nossa prioridade, uma menina não pode com a gente. E eles não vão nos encontrar aqui. – Jorge retruca.

- Precisamos correr, a BigHit provavelmente irá esperar até o último instante para pagar o resgate. Precisamos deixar tudo ajeitado. Se esses moleques aparecerem aqui. Apenas os mate. Afinal esse já era o plano mesmo. – Won Chan, ajeita o casaco branco e sai caminhando até onde está Namjoom.

Os garotos percebem a aproximação de alguém. Téo se mantém fixo na imagem do homem que se aproxima. Namjoom se mantém de pé, ele já sabe quem se aproxima, o cara que o colocou nessa situação ridícula. Acompanhou a chegada do assistente calmamente, o sorriso do assistente era visível mesmo de longe, aquele cretino desgraçado, iria pagar caro por tudo isso.

- Ora ora ora, se não é meu garoto...

- Não sou seu garoto. E você não vai sair bem disso.

- Não vou?? Hahahaha essa é muito boa garoto. Muito boa mesmo. Mas eu sinto em dizer a você que sairei sim. Quem não sairá são vocês.- Ele diz olhando fixamente nos olhos de Namjoom através do vidro.

Ambos ficam cara a cara, o vidro embaçado por conta da respiração de ambos sob o vidro era visível. Era a primeira vez que se viam desde a partida de Namjoom da Coréia.

- Você é um lixo de ser humano. Eu juro que você pagará por seus crimes.

- Humpf!! Veremos...

Ele se afasta do vidro, encara Téo por alguns segundos e se vira, seguindo em direção a saída do galpão. Téo observa atentamente os passos do assistente. Aquela saída era a única coisa que ele mais queria. Sairia daquele lugar a qualquer custo. Não seria diversão para uns japas loucos e metidos a besta não. Ele era Téo o cara que tudo via na favela do morro. Ele era o Téo, aquele que o pessoal da quebrada respeitava. Fechou os olhos e respirou fundo, ele podia tirar os dois de lá, era só ele se concentrar... Pensou, pensou, pensou.... Abriu os olhos e sorriu...

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- Aew falta muito pra gente chegar lá??
– J-Hope corta o silêncio no carro, desde a perseguição todos ficaram tensos na expectativa de reencontrar Namjoom e já havia trinta minutos que estavam seguindo sem trocarem uma palavra.

- Não muito, Anne respondeu, pelo GPS já estamos bem perto. – Ela para e encara os garotos, aponta para Suga e questiona. – Como alguém consegue dormir numa hora dessas??

- Ahh!! Ele é assim mesmo, não perde uma oportunidade de tirar um cochilo. – Jimin diz rindo da situação.

- Eu estou com fome, já tem tempo que saímos!! – Jin tenta mudar de assunto.

- Aishh hyung, isso é hora de pensar em comida?? – Kookie toca o braço do mais velho rindo.

Ao menos o clima ficou mais leve entre os jovens, Anne riu da situação, cada um tinha um jeito diferente demais um do outro, apesar da brincadeira, o maknae, como eles chamavam o mais jovem, era o mais tímido e só falava poucas palavras e ainda sim cheio de vergonha, era fofo. O garoto que dormia tinha um ar mais sério e normalmente era quem dizia as coisas mais cheias de sentido, um pouco grosso as vezes, mas dava para aguentar. O mais velho sempre se preocupando com todos, era quem tinha o sorriso mais doce também. Jimin, o motorista louco ria o tempo todo e sempre começava uma brincadeira, parecia ligado no 220v. Mas também era meigo e assim como os demais se preocupava com Namjoom. O garoto Tae não era desse mundo, ela conseguiu entender o porque do apelido nos últimos dias, ele vive no mundo da Lua, e J-Hope, era o mais expressivo, todos sorriam, mas J-Hope sempre sorria mais, ele realmente trazia esperança com aquele sorriso. Anne olhou pela janela, o sol avisava que era hora de partir, um laranja era visto ao fundo, era lindo, mais adiante ela avistou a rodovia Anhanguera, agora eles precisavam achar o galpão. Ela colocou a mão no bolso e pegou o cartão do policial de novo, ela o chamaria assim que encontrassem o galpão.

- Estamos chegando Anne, É por aqui, fica de olhos aberto desse lado que eu fico de olho do outro lado. - Rodrigo diz a ela.

- OK. É para procurar qualquer coisa suspeita né?

- Isso garota...

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Téo fez sinal de silêncio para Namjoom dando uma piscada para o amigo de sequestro, foi até o final de sua sala e veio correndo de encontro ao vidro se jogando com tudo. Ouviu-se o barulho do vidro quebrando, Namjoom entendeu a ideia e fez o mesmo, Carlos e Jorge vinham correndo para ver o que acontecia, mas já era tarde os garotos estavam livres e cada um estava com um olhar mais furioso do que o outro.

- Agora, vamos brincar. – Téo diz sorrindo.

- Vocês vão morrer. - Gritou Jorge.

Os  dois gigantes foram pra cima dos garotos, mas Téo estava preparado ele se jogou no chão dando um rasteira precisa no maior, deixando o mais baixo de boca aberta, Namjoom acertou um soco em cheio no cara caído, fazendo com que ele saísse da briga. O outro mesmo assustado com a audácia dos meninos seguiu para cima de Téo, não tendo tempo de o atingir Namjoom puxou a perna dele ao mesmo tempo em que Téo desferia um chute potente no rosto do pobre infeliz.

Os garotos sorriam e comemoravam, Téo foi até mais a frente a procura e cordas para amarrar os dois que ficariam desacordados por um tempo. Voltou correndo assustado para perto de Namjoom, ele tinha visto pessoas do lado de fora correndo, não sabia ainda mais seus amigos tinham vindo buscar eles...

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- Ali !!

Anne grita dentro do carro apontando o dedos para um armazém encostado na rodovia, Jonathan avista o local e afirma com a cabeça, vira o carro em direção ao local, a euforia volta a tomar conta de todos. O brilho no olhar dos garotos dizia exatamente o que sentiam, iriam pegar o líder de volta e se alguém se metesse iria acabar mal, muito mal.

A van para Anne presta atenção nas recomendações de Rodrigo e Jonathan, ela repassa aos meninos, iam se dividir em três grupos, Anne com Suga, J-Hope e Jimin. Rodrigo iria ficar com Kookie e Tae. Jonathan seguiria com Jin.

O primeiro grupo iria pela direita, o segundo grupo pela esquerda e o terceiro grupo ficaria mais atrás seguindo os s grupos e entraria pela frente. Ao chegarem próximos ouviram barulhos de vidro estilhaçando, e logo em seguida ouviram de novo. Apesar do susto continuaram seguindo. Tae fez sinal de silêncio, ele tinha ouvido algo, pelo sinal Rodrigo entendeu e preparou sua arma. Continuaram seguindo em frente quando viram Jin e Jonathan correndo em direção as salas do fundo. Sem alternativas levou seu grupo para o mesmo local. Anne, Suga e J-Hope continuavam do outro lado ainda sem perceber nenhuma movimentação.

Namjoom e Téo terminaram de amarrar os dois sequestradores, agora a intenção era sair dali, Téo colocou as duas mãos na cabeça para poder pensar em algo quando novamente viu uma movimentação, alguém se aproximava. No entanto, antes que pudesse chamar a atenção de Namjoom puderam ouvir os gritos.

- Rapmon!! Rapmon!!

Namjoom olhou para trás, aquela voz... Só poderia ser...

- Jin!! Aqui, aqui!!!

- Wow!! Rapmon!!

Jin correu ainda mais quando ouviu Namjoom responder, era ele e estava bem, seu coração parecia cada vez mais acelerado Jin já não sabia mais se era porque corria ou se porque estava prestes a rever o amigo, o irmão, o líder. Seus olhos já estavam cheios de lágrimas, ele precisava abraçar o amigo e ter certeza de que não era um sonho. Ele precisava saber que tudo era real e que estariam juntos de novo, a distância diminuía, Namjoom também corria, em segundos os amigos se abraçaram, era como se tivessem saído de um pesadelo, de um filme de terror, o alivio tomava conta dos dois, o abraço apenas confirmava o que sentiam, o abraço apenas aliviava os sentidos, Jin chorava agarrado ao amigo, Namjoom o segurava com todas as forças, por um momento achou que nunca mais veria o seu grupo de novo.

- Rapmon!! - Hoseok gritou

- Rapmon!! Uhuuu!! – Suga gritava enquanto corria.

Os olhos de Namjoom brilharam, seus amigos tinham vindo até aqui por eles, muitos poderiam achar que é loucura, que uma amizade assim não existe, mas ele tinha os melhores amigos do mundo, logo os dois que corriam e gritavam se juntaram ao abraço, Jin ainda não havia soltado então só se uniram em um abraço só. Para Namjoom apenas aquilo já era suficiente, ele e os amigos choravam, mas enfim Namjoom olhou para frente de novo, viu mais três rostos especiais, viu mas três pessoas que ele amava.
Tae e Kookie correram, Anne por mais que quisesse acompanhar não era tão rápida, Kookie chegou primeiro pulando por cima dos outros, Tae chegou logo em seguida fazendo o mesmo, Anne parou, era tão bonito de se ver que ela apenas observou, desejou tanto que esses meninos se encontrassem, apesar das lágrimas que cobriam seu rosto ela sorria, ela via pela primeira vez em três anos uma nova definição para a palavra “familia”.