História O Sequestro - Temp. 1 - Namjoom em Perigo - Correndo por corredores

Anne estava perdida em meio a centenas de formulários, e o sono já pesava bastante também, para melhorar a sua companheira de serviço havia faltado, fazendo com que o sono ficasse ainda mais forte. Mas ela precisava terminar de organizar tudo aquilo antes de poder tirar uma folguinha. Animou-se e continuou a tarefa não levando muito tempo para conseguir terminar. Vendo que tinha conseguido olhou a hora. Eram 04:00. Ela decidiu fazer sua pausa, fechou o balcão de atendimento não se preocupando com nenhuma reclamação, para sua sorte não haviam muitas pessoas no saguão principal. E afinal ela só precisava de um pouco de café.
A máquina de café mais próxima era a que ficava no final do corredor de desembarque, era uma boa caminhada e serviria para acordá-la. Enquanto esperava o café ficar pronto percebeu uma movimentação estranha vindo do corredor. Parecia uma briga...

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Nanjoom se viu sem alternativas, mas precisava achar um jeito de fugir, precisava sair de perto daqueles dois esquisitos que agora o mantinham como prisioneiro. Ele precisava pensar, precisava de ajuda. O que faria, ninguém ali falava a língua dele, o que fazer? Chegaram ao corredor de desembarque, sua mente estava quase explodindo, o que fazer? Caminharam mais alguns passos, mais pessoas estavam no corredor fazendo com que eles tivessem que caminhar mais lentamente, causando ira em seus raptores por não poderem sair dali mais rápido com ele. Avistou o final do corredor ainda faltava muito até lá, mais pessoas se juntaram, não soube precisar em que momento planejou, mas simplesmente atacou um dos raptores com um soco e enquanto a confusão começava saiu correndo, sem olhar para trás, sem ver se havia machucado alguém, apenas corria o mais rápido que conseguia, nem mesmo conseguia ver o que estava em sua frente, apenas desejava chegar ao fim do corredor, sua mente estava explodindo novamente ele precisava sair ele precisava fugir....

- Ahhh
Foi grito que a garota soltou quando ele esbarrou nela, assustado e sem conseguir pensar em mais nada, apenas implorou:

- Me ajude!

Anne, não sabia o que pensar o jovem coreano simplesmente caiu em cima dela e pediu ajuda. Olhou o corredor e dois caras assustadores que vinham em sua direção. Não quis pensar em mais nada. Pegou a mão do jovem coreano e começou a correr com ele. Correram até o saguão principal, e então Anne percebeu que ali não seria bom, eles alcançariam o rapaz, voltou a correr, mas agora para uma área de funcionários, enquanto corria pegou o crachá com a mão livre, e mesmo estando tremula parou diante de uma das portas e passou o crachá de primeira. Entrou e fechou a porta. Ambos sem folego, cansados e assustados. Colaram os ouvidos na porta e esperaram.
Ouviram passos e gelaram, eram eles. Sabiam que eram eles. Prenderam a respiração e pediram aos céus para que eles não descobrissem nada.

- Pra onde ele foi?

- Eu não sei, apenas vi que ele tinha entrado nesse corredor. Anda continua olhando Se ele sair desse lugar estamos fritos.

- Vai por aí que eu vou dar a volta.

Logo em seguida veio o silêncio O coração de ambos estava voltando a bater mais lentamente, Anne respirou fundo e se deu conta de que ainda segurava a mão do jovem coreano, ele também percebeu e ambos coraram. Ele fez menção de dizer algo, mas ela fez sinal de silêncio com o dedo em frente aos lábios. Passaram mais alguns minutos assim apenas ouvindo o silencio do lado de fora da sala.
Depois de um certo tempo na sala, Anne abriu vagarosamente a porta e olhou pra fora, não havia ninguém no corredor e já tinha um bom tempo que não ouvia nenhum barulho. Anne diz ao jovem coreano para esperar ali. Ela iria verificar as coisas e voltaria para dizer-lhe se poderia sair. Ele assente com a cabeça e agradece a garota.
Anne sai e fecha a porta, suspirando longamente encostada a porta. Onde ela havia se metido? Porque aqueles caras estavam atrás do garoto? E o que ela iria fazer para ajudá-lo? Começou a caminhar em direção ao saguão. Caminhava o mais natural possível para que ninguém suspeitasse de nada. Finalmente chegou ao seu balcão. Não havia ninguém “Ainda bem.” Suspirou aliviada, olhou a hora 05:15. Ela estava perto do seu horário de saída. Resolveu terminar algumas coisas primeiro, 05:50, o jovem coreano deve estar preocupado. Pensou em ir falar com ele, mas antes que pudesse um dos caras apareceu em seu balcão, perguntando se ela havia visto um rapaz coreano de cabelos loiros passando por ali. Ela fez cara de quem se esforçava para lembrar de algo, enfim apenas meneou a cabeça dizendo que sim.

- Sério? E pra onde ele foi. Você chegou a ver?

-Hmmm ... Tenho a impressão de que ele desceu para entrada, acredito que ele tenha pego um táxi, mas isso já faz alguns minutos.

- OK. Muito obrigada.

Anne parou de respirar enquanto o cara se afastava e falava com o outro que o esperava, pareciam discutir algo. Depois de 2 minutos saíram do aeroporto. Ainda os observava quando Jacira chegou.

- Bom dia!! Como foi a noite? Tranquila?

-Bom dia “CI”. Humhum foi sim – Disse forçando um sorriso. Bom vou aproveitar que você chegou e vou indo já. Tenho um compromisso agora cedo. . .

- Claro Anne. Pode ir sim.

Anne terminou de arrumar suas coisas e foi encontrar o jovem coreano novamente. Ao abrir a porta encontrou um rapaz sentado no chão de cabeça baixa. Assim que ele a viu abriu um sorriso de alívio. Ela havia voltado e pelo visto era seguro pra ele agora.
Anne entra na sala e entrega a ele algumas roupas do achados e perdidos e diz pra ele se trocar. Enquanto ele se troca Anne o espera do lado de fora. Não demora muito ele bate na porta e Anne a abre novamente. Ele tinha ficado bem calça azul larga, blusa de moleton de capuz cinza e um boné verde limão. Ele coloca o boné e o capuz e segue Anne para a saída.

- Bem, eu acho que seria melhor não andarmos juntos, eles podem estar lá fora. Vamos caminhar um na frente do outro. Você vai na frente.

-OK. Obrigado. Você me salvou essa noite. Serei sempre grato. Mostre-me o caminho para sairmos daqui.

-Hum não foi nada. Você tem alguém aqui em São Paulo para ajudá-lo?

- Na verdade não. E aqueles caras ficaram com a minha mala e meus documentos. Até meu celular ficou com eles. Não sei onde devo ir primeiro.

- Entendi. Nesse caso, vamos fazer o seguinte. Vou levá-lo até a minha casa e lá depois de descansarmos um pouco decidimos o que iremos fazer. Tudo bem?

Namjoom sorrio e assentiu com a cabeça, concordando com aquela garota. Ela sorrio de volta e isso o deixou feliz. Quem diria que em meio a uma situação dessas ele teria uma garota tão bonita para ajudá-lo. Anne explicou detalhadamente o caminho pra ele. Ficando alguns passos atrás dele, para não perceberem nada. Viu quando ele parou no ponto de ônibus indicado por ela. Ficaram em silêncio durante todo o tempo que esperavam, até que Anne fez sinal para o ônibus e ambos entraram. Assim que sentaram Anne olhou pra ele e disse:

- A propósito, meu nome é Anne.
-É verdade... Não nos apresentamos, sou Rapmonster.

- Rapmonster?? Isso é um nome mesmo?

- Ahh é assim que meus amigos me chamam. Meu nome mesmo é Namjoom.

- Hummm e seus amigos onde estão?
-Eles estão na Coréia. Eles precisam saber o que aconteceu comigo e precisam tomar cuidado. Preciso falar com eles o quanto antes.

- OK. Nós daremos um jeito. Você vai ver.

Eram 9:00 da manhã quando finalmente Anne e Namjoom chegaram. Subiram a escada e Anne abriu a porta da cozinha. Já sentia o cheiro de café, sua avó estava acordada, entrou e deu passagem a Namjoom que como costume tirou os sapatos e deixou na da cozinha. Anne pede para que ele entre e siga em frente pelo corredor até a sala.

- Me espere na sala. Vou falar com a minha vó primeiro.

- OK.

Anne vai até o quarto da vó, bate na porta e ouve um “entra” meio sonolento.

- Bom dia vó. -beijo- Posso conversar com a senhora?

- Bom dia querida. Claro que pode, desembucha... (Risos)

- Eu trouxe um amigo pra casa. Ele esta com problemas...

- Hummm. O que aconteceu?

Anne conta toda a história para a vó. Que ouve atentamente, mas parece não gostar de nada do que esta ouvindo. Anne começa a se preocupar, se a vó não deixar Namjoom ficar, ele ficará sozinho e só Deus sabe o que pode acontecer...