Point Of Views Alicia Santoro Mendeleev
Ao sair da casa, Mel agarrou ao meu pescoço dizendo o quanto estava com saudades, a minha princesa me lambuzou de beijos e contou como foi seus dias na casa da avó, eu ouvia tudo com atenção, ela pareceu gostar e me parecia feliz, mas no momento que eu a deixei em casa para ir no hospital ver como Enzo estava, toda a sua graça foi-se embora em um estalar de dedos.
- Mas a mamãe nem chegou e já vai deixar a Mel sozinha – Ela disse cruzando os bracinhos.
- Mas a mamãe precisa ir visitar o tio Enzo, querida. Ele está muito dodói – Ela fez um biquinho, idêntico ao do pai, enquanto balançava a cabeça negativamente.
- Mas a Mel quer ficar com a mamãe – Seus lábios tremeram.
- Escuta meu amor – Me inclinei ficando da sua altura – Quando você num está dodói a mamãe não cuida de você até sarar?
- Sim.
- Agora quem está dodói e precisa dos meus cuidados é o tio Enzo – Eu disse a fazendo me olhar – Assim que ele melhorar a mamãe vem brincar com você. Por enquanto quem te fará companhia é o tio Luke – Ela o olhou e logo depois voltou suas íris escuras para mim.
- Tudo bem, mas só dessa vez – Ela se rendeu me fazendo sorrir e dar um beijo em seu rosto. Logo a garotinha corria pelo gramado indo em direção a minha casa e voltei para uma posição mais séria e encarando Luke – Qualquer coisa me liga. – Ele assentiu.
- Como eu faço para ela se distrair?
- Tudo que ela pedir você faz – Pisquei para ele e adentrei o carro, dei a partida em seguida e fui para o galpão.
Não eu não ia para o hospital ver Enzo, e sim para onde o homem que nos atacou em Washington estava, tudo bem, ele estava quase sem um braço e uma perna, mas até agora não soltou nada e a única coisa que ele disse foi que só contaria comigo lá, claro foi uma estratégia falha para ganhar mais tempo e tentar fugir.
Ao entrar na estrada de terra comecei a preparar minha arma e ao acelerar mais um pouco e dirigir por mais alguns longos minutos cheguei no local onde o galpão se encontrava. Coloquei o carro de qualquer jeito e sair do mesmo andando em direção a porta.
Pude observar o homem todo ensaguentado amarrado em uma cadeira de ferro, do outro lado do galpão estava Luis mexendo em seu computador, meu irmão provavelmente estava com Enzo no hospital.
- Acorda ele – Disse atraindo sua atenção enquanto ia pegar uma cadeira e colocar na frente do prisioneiro.
- O que vocês descobriram? – Perguntei vendo ele tirar o ferro, com a ponta vermelha, de tão quente que estava.
- Apenas o nome. Jacob McClan – Assentir e cruzei os braços vendo que Luis se preparava para colocar o ferro quente nas costas desnudas do homem. Sorrir ao ouvir o grito estridente cortar o ar silencioso e quado seu olhar parou em mim fiz um sinal para Luis tirar o ferro e assim ele fez.
- Acho que Jonathan está contratando homens gays para trabalhar com ele – Dei de ombros como se isso não fizesse diferença na minha vida, e realmente não faz.
- Vejo que a vadia chegou – Ele tentou sorrir, mas os cortes em sua boca o fizeram parar rapidamente, coloquei meus cotovelos nos joelhos, e meu queixo apoiado nas minhas mãos e o olhei.
- Sabe eu não tenho todo o tempo do mundo.
- Claro que não – Ele se remexeu nas correntes – Você tem que cuidar da ninfeta da sua filha – Fechei minhas mãos em punhos e quando vi já tinha pulado em cima dele, minhas veias estavam grossas pela raiva que me consumia, e eu podia jurar que os meus olhos estavam escuros. Minhas mãos fechadas em punhos acertaram seu nariz, uma, duas três vezes, mudei a direção dos meus socos intercalando entre ouvido, maxilar, nariz e olhos, fiquei assim durante alguns minutos e fui parando aos poucos.
- Nunca – Um soco no nariz – Mais – Um soco no olho direito – Fala – Outro soco no olho esquerdo – Da minha – Um soco em sua boca – Filha, desgraçado – Peguei o ferro ainda quente da mãos de Luis e enfiei na coxa do filho da puta fazendo seus olhos se revirarem pela dor.
- Matar? Ou vai querer saber mais alguma coisa? – Luis perguntou sorrindo maldoso para mim.
- Esse verme não sabe de nada é só mais um, no joguinho sujo de Jonathan – Olhei para o homem que agora derramava algumas lágrimas olhando para o ferro cravado em sua coxa. – O mate, corta todos os dedos, tanto dos pés quanto das mãos, quero perna e braço fora, mas antes de tudo corta a língua não quero ouvir ele gritando. – Luis assentiu indo até a mesa com os objetos de tortura. – Quem sabe depois a gente não transa em cima do sangue desse filho da puta – Pisquei para ele vendos seu sorriso se alargar.
- Eu vou adorar.
- Vocês são nojentos, ainda bem que a sua filhinha não vai estar viva para ver o que a puta da mãe dela é capaz de fazer – Ele disse quase inaudível. Fechei minhas mãos em punhos e travei o maxilar.
Com um chamado pelo rádio dois seguranças apareceram, sentei-me em uma cadeira enquanto observava o espetáculo na minha frente.
- Comecem, agora!
***
Quase duas horas se passaram e o homem se encontrava morto em minha frente, me levantei e caminhei até Luis que puxou minha cintura de encontro com a sua.
- Acho que ele estar morto – Gargalhei assentindo e olhei os dois seguranças para que eles começassem a trabalhar com retirada do cadáver.
- Acho que você tem que me foder – Sussurrei em seu ouvido, o sentindo arfar.
- Eu também acho.
Em um movimento rápido, eu estava em cima da mesa e sua boca explorava a minha com rapidez, minhas pernas entrelaçaram em sua cintura enquanto o trazia para mais perto fazendo com que nossas intimidades se chocassem, suas mãos rodearam a minha cintura me levando para mais perto dele.
- Gostosa – Seus dedos gélidos e sujos com o sangue do homem passaram por baixo da minha blusa e apertaram meus seios por baixo do sutiã – Gostosa do caralho – Ele sussurrou tomando meus lábios novamente.
- Hm… – Arfei ao sentir seus lábios em meu pescoço e revirei os olhos ao ouvir meu telefone tocar, tateei o bolso da minha calça e o peguei atendendo sem ao menos olhar quem era – A-Alô? – Fui deitada na mesa e minha blusa foi levantada para cima, fechei meus olhos ao sentir seus lábios ali.
- Nossa casa foi invadida – Me levantei rapidamente olhando para Luis que me encarava – Bruna, ela quase foi levada, se alguns homens não tivessem chegado e nos ajudado… – Sua voz foi cortada por um soluço.
- Já chego ai. – Desliguei o telefone e puxei Luis pela mão para fora do galpão.
Se algo tivesse acontecido com Bruna, meu Deus!
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