Point Of Views Alicia Santoro Mendeleev
Aquela mulher não estava me descendo, por que será que todas as vezes que meus olhos se encontram com o dela eu sinto um arrepio, não no sentindo bom, passar pelo meu corpo. Até Luis estava desconfiado daquela diaba disfarçada de anjo.
- Você não está a engolindo né? – Ele perguntou ao perceber o quão longe meus pensamentos estavam. Neguei com a cabeça e olhei para o retrovisor vendo que mais dois carros me seguiam e em um deles se encontravam a família Santana, seria a oportunidade perfeita para Jonathan atacar, por que diabos eu fui abrir a boca mesmo?
Virando a esquina duas BMW X6 começaram a nos seguir, puta que pariu Jonathan só podia estar de brincadeira com a minha cara, um ataque atrás do outro? Esse homem não tinha amor a vida, só pode, porque, ah vai tomar no cu.
- Desgraçado, filho de uma puta – Grunhi ao sermos atingidos pela traseira, os vidros eram blindados, claro que seriam, porque se não a nossa cabeça já estavam perfuradas pelos tiros que estavam nos acertando. Eu não estava preocupada, daqui a pouco esses carros já vão estar capotados em algum lugar dessa pista.
Liguei o rádio passando o controle do volante para Luis, e assim que ouvir o chiado anunciando que já tinha sido atendida resmunguei.
- Manda dois carros para a avenida Atlântica – Disse desligando em seguida e preparando a arma – Eu odeio essa merda.
Escutei apenas Luis rindo o mandei diminuir a velocidade para o carro da família de Luan passar na frente, quando isso foi feito o carro da minha direita tentou o seguir, mas fui rápida o bastante para atirar em seu pneu e ver aquela belezura capotar três vezes na pista, minha mira era boa e eu não gostava de errar, perder nunca foi meu forte e ganhar de Jonathan vai ser o meu maior prêmio.
Antes que pudesse colocar meu braço para dentro novamente sentir uma ardência no mesmo, resmunguei alguns palavrões e abrir a porta luva do carro onde peguei uma pequena bomba, que era apenas para emergência, e bem, isso não era uma emergência, mas esse filho de uma puta me irritou. Tirando o arco que ativava a bomba eu joguei o mais longe possível de mim, claro que perto o bastante do carro onde aqueles homens se encontravam, eles iam morrer carbonizados, sorrir vendo pelo retrovisor o carro explodir e alguns segundos depois dois carros chegando, nossos reforços.
***
- PORRA, CARALHO – Gritei batendo a porta do carro com força – Esse homem está passando de todos os limites, aquele arrombado do cacete – Chutei raivosa os pneus do carro.
- Calma gatinha – Luis chegou perto alisando meu rosto – Você está precisando relaxar.
- Relaxar é o caralho – Tirei suas mãos do meu rosto violentamente.
- Meu Deus Alicia, você está sangrando – Luan disse repreensivo apontando para o meu braço.
- Já vou resolver isso – Murmurei – Isac hospede eles e faça a merda toda, não deixe Mel vim até mim, chame Luke preciso ter uma conversa com ele – Disse e sair do jardim entrando dentro de casa, Mel estava brincando na sala e Luke estava todo maquiado, repreendi uma gargalhada e subir sem chamar a atenção dos dois.
Tirei a minha blusa a jogando no chão do meu quarto, fui até o espelho e respirei fundo vendo que a bala só tinha pego de raspão, mas que essa porra estava ardendo, estava. Dois minutos depois a porta foi aberta e pelo cheiro do perfume não era Luke, caminhei para o banheiro para pegar o kit de primeiros socorros e os passos pesados de Luan me acompanharam, como eu sei que era ele? Seu perfume o entregava.
- Que eu saiba você não é o Luke – Disse abrindo a caixa depois de colocá-la em cima da pia.
- Mel não deixou ele subir, disse que não tinha acabado de maquiá-lo para seu desfile – Gargalhei balançando minha cabeça negativamente.
- Mel sendo Mel – Mordi meu lábio inferior ao passar o soro na ferida – Porra – Gemi e peguei mais uma gaze para limpar aquela merda, sentir mãos fortes tirarem elas de mim e me virar, sem dizer mais nenhuma palavra Luan me pegou pela cintura e me colocou em cima daquela pia que era muito espaçosa, eu estava sendo errada em ter pensamentos com esse homem me fodendo aqui em cima?
- Eu não lembro de ter pedido a sua ajuda – Disse encarando aquela boca abençoada por Deus.
- Cala a boca e deixa eu fazer essa merda – Ele disse balançando sua cabeça negativamente e terminou de limpar, pegou uma pomada e passou logo enfaixando meu braço.
- Pronto. Já pode ir – Disse saindo de cima da pia, mas quando fui sair do banheiro sua mão que eu almejava em meu corpo segurou o meu pulso me virando para ele e me prensando na pia.
- O que você tem com esse Luke – Sua boca estava a centímetros da minha, e é nessas horas que eu tenho que ter o meu autocontrole, porque puta que me pariu viu.
- Isso não diz respeito a você – Eu disse e percebi quando seus punhos se fecharam e apertou o meu pulso com força. Porra.
- Você foi para a cama com ele? – Sua voz era cheia de raiva e frustração, ele buscava em minha feição algum sinal resposta para sua pergunta.
- E se eu tiver ido? – Perguntei levantando as pontas do meu pé e ficando mais ou menos da sua altura – Eu fico com quem eu quiser, eu dou pra quem eu quiser, eu estou livre, solteira. Só não entendo por qual motivo você está assim.
- Porque – Ele vacilou um pouco, o homem parecia possuído porque olha, seus olhos não tinham mais o brilho de antes – Você é minha Alicia, sempre foi e sempre vai ser, outros homens não podem a tocar apenas eu, entendeu? – Ele disse me apertando mais contra ele – Eu não vou deixar ninguém mais te tocar, eu sei o que você estava fazendo com Luis antes de chegar la em casa – Abrir um sorriso malicioso o que fez ele se enfurecer ainda mais – Eu não quero saber disso, me fiz claro?
- Claríssimo papai – Ironizei o empurrando com tamanha força para ele me soltar, quase gemi de frustração por não sentir mais suas mãos em mim, mas me contive e sair do banheiro, ele pensa que é quem? O cara tá casado e tenta bancar um de namorado pra cima de mim, não podia deixar ele com esse sorrisinho arrogante.
- Pena que eu nunca fui de seguir regras – Mandei-lhe uma piscadela e sair do quarto indo direto para o escritório.
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