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História O shaolin perdido - O juramento


Escrita por: thiaghost25

Capítulo 2 - O juramento


Aécio ainda se questionava sobre o motivo de ser ele o escolhido pelo mestre Inagata, suas mãos suavam e seus pelos se arrepiavam constantemente, sabendo ele que iria ficar longe de sua família, e sendo acusado De um crime que ele não cometeu.
Ele jamais pensou que sentiria tanto a morte do amigo Pedro, a companhia que estava com ele já há três anos, e era a única pessoa com quem ele costumava falar, a não ser de vez em quando alguns bons dias dados aos seus visinhos, um casal de idoso e uma família que morava em um prédio em frente a sua antiga casa.

Durante um tempo pensando no acontecido ele ainda estava parado de pé com Daniel Leão as suas costas, ele só estava de short e com o seu tênis branco de caminhada, mestre Inagata rompeu o silencio

-Não tem outra opção, você é o nosso tigre branco – disse o mestre Inagata com firmeza – sei que você ta pensando na sua família, no seu amigo e na sua vida a partir de agora. Meu caro Jovem, o shaolin antigo tem poderes especiais cedidos pelos Deuses antigos da guerra, nós temos o que outras pessoas não tem, vemos o que outras pessoas não vêem, sentimos o que outras pessoas não sentem. Diferente do que conta nos filmes ou o que os livros retratam, as Arte Shaolin assim como outras artes marciais não foram feitas para paz, ou para filosofia, a guerra existe e é muito antiga.

A mudança repentina na vida de Aécio o assustava, ele aceitou a nova vida com questionamentos internos que o perturbará pelo resto de sua vida.
Ele se sentiu puxado para fora da sala do mestre pelo braço forte de Daniel leão, e caminhou com ele até a saída do templo; os dois já estavam sentaos nos primeiros degraus de pedra que existia na escada de entrada.

-você agora é um de nós – Disse Daniel leão – Nós somos os dignos do templo do shaolin perdido.
-o templo do shaolin perdido? – questionou Aécio
-Sim, mas é o mestre Inagata que vai te explicar melhor depois
-você ta aqui há muito tempo?
-Sim, há uns Dez anos. Jun Dragon, tem uns Quinze ou Dezesseis anos.
-Eu entrei agora, será que eu aprenderei rápido todas essas coisas?
-Não, com certeza não, Nós demoramos muito também, o mestre Inagata é muito exigente e pouco explicativo.
-Quem vai me treinar?
-Nós, eu e o Jun, vamos treinar sua parte física assim que ele voltar da missão!
-Que Missão é essa?
-Ele lhe contará quando chegar!
-Mas você também nunca responde nada, eu quero saber de tudo, já que eu vou viver aqui agora.
-Eu te disse meu nome, te disse que iria treinar sua parte física, e te apresentei a o mestre Inagata. Você pergunta de mais!

Houve um breve silêncio entre os dois, Aécio observava alguns tocos de maddeiras enterrados no chão de barro batido, dois dos tocos eram bem quebrados e velhos, e o terceiro ainda tinha aparência de recém plantado com o barro que o rodeava mais vermelho que os outros. Até que Daniel rompeu o silencio

-Está olhando os tocos, eles são para treinarmos, nós batemos neles para deixar nossos punhos mais rígidos – Disse Daniel leão
-O que? Eu vou ter que bater naquilo?
-Sim, mas com o tempo você se acostuma, e nem sente mais – Daniel leão falou mostrando as mãos encaliçadas, seus dedos tinham calos que pereciam bolas de gude e eram ressecados parecia que a casaca da arvore tinha se esculpido nos dedos de Daniel.

Mais uma vez os dois olhavam para o centro do que parecia mais um sítio com grandes arvore, e um terreno grande vazio onde aconteciam os treinos, um calor tomava de conta agora que já estava próximo do meio-dia. A fome apertava e Aécio não via a hora alguém o chamar para almoçar.

-Daniel, qual o horário que vocês almoçam?
-Ah, Quase me esqueci, vamos!
-Pra onde?
-Para os nossos quartos, o almoço é servido lá!
-Não vou nem perguntar como!

Os dois rumaram para seus quartos, Daniel esperou que Aécio abrisse logo a porta dele, e falou,

-Não se assuste – disse Daniel Alarmante
-Com o que? – Disse Aécio já abrindo a porta

Ao abrir a porta, algo no quarto estava diferente, agora no lugar de suas coisas no quarto existia uma mesa com vários tipos de comida e bebidas, desde carnes, molhos, folhas, cereais e tudo que se podia imaginar para um almoço.

-Não é só isso – Disse Daniel – Se você também desejar Sobremesa, é só fechar os olhos por dez segundos, e não vale abrir só um, ou ficar com o olho quase fechado, a mágica não acontece se você tiver olhando, é como um tipo de truque de Mestre Inagata. Bom Agora vou indo que eu também estou com fome.

Era muita comida, ele nunca tinha tido tanto em sua mesa, nem em patos nem em Sousa, ele pegou varias colheres de feijão e arroz, grandes bifes e molhos de todos os tipos macarrões, tudo era muito delicioso, e ele não cansava de comer, a mesa já estava quase vazia, ele pensou que não iria conseguir comer mais, mas de alguma forma ele ainda sentia fome, como se toda comida que ele tivesse comido sumisse de sua barriga; ele resolveu fechar os olhos e desejar a sobremesa, ele pensou em abrir os olhos, mas resolveu não arriscar. Ele abriu os olhos após os dês segundos, era inacreditável, todos aqueles bolos, tortas e sorvetes que enfeitavam a mesa.

“isso é muita loucura”

Ele devorou alguns pedaços de bolo e finalmente estava cheio, sua barriga pesava, ele precisava descansar, seus olhos pesavam o sono era muito forte, ele não conseguia imaginar como iria dormir em um cenário de cozinha sentado em uma cadeira e deitado em um bolo de chocolate, era muito estranho seus olhos o forçavam a fechar-los, após alguns segundos ele recobrou o domínio sobre seus olhos, mas o sono ainda era grande, mas o cenário agora era do seu quarto ele estava sentado no colchão, olhando para o teto um relógio que marcava doze horas e quarenta minutos, o tic-tac pareciam muito altos e seus olhos tornaram a fechar.


“os seus passos eram longos, sua visão estava rente ao chão, o capim raspava em seu peito e seus pés quase não tocavam o chão, ao longe ele via um bode, ele o espreitava, e de repente de um salto ele agarrou e mordeu o pescoço do bode e o trouxe para a sua caverna, largou o corpo do bode e sentia sangue em sua boca, o bode parecia morto, uma mordida muito funda se via em seu pescoço, mas algo não estava certo, o bode o olhava se pondo de quatro patas e com a voz de Pedro ele falava – Aécio acorda, Tigre preto, Acorda cara.

Daniel Leão estava em seu quarto, ele acabara de acordar, eram seis e meia da manhã, o café da manhã estava na mesa a sua frente, sua cama novamente havia dado lugar a cadeira de madeira, instintivamente ele pegou o pão e mordeu, mastigou e tomou um gole de chá para acompanhar, e ainda de boca cheia falou:

-O que houve? -  perguntou assustado engolindo um grande pedaço de pão
-O café é servido às seis horas, já são seis e meia, nosso tempo é contado, você tem que se apressar, Jun Dragon chegou, e Mestre Inagata quer ver nós três.
-Será que se eu fechar os olhos minhas roupas se vestem sozinhas?
-Não sei, faça o teste

Aécio desejou que sua roupa se vestisse nele, mas nada aconteceu

-Pode sair Daniel, encontro você ai fora – disse Aécio se levantando, e indo em direção a parede, mas não se via mais o armário de suas roupas
-Não se esqueça de desejar seu quarto, se não você não vai trocar de roupa. – Daniel Leão saiu pela porta batendo

Seu quarto tornou a o normal, ele vestiu as únicas peças de roupa que estavam na porta do seu guarda roupa, uma cueca, um shorte, uma túnica, uma longa vestimenta que mais pareciam pedaços de panos bem coloridos, em um espelho sujo ele se viu, e pensou “será que eu também tenho que desejar minhas roupas?”, ele amarrou uma fita em sua cabeça e uma longa faixa branca em sua cintura, ele não sabia como, mas mesmo assim o fez.

Quando ele saiu do seu quarto viu Daniel Leão esperando-o quase vestido do mesmo jeito, a tira na sua testa era laranja, e um detalhe circular vermelho que se parecia com um sol de sangue, os dois rumaram para fora, e lá estavam O mestre Inagata e um homem mais forte que Daniel Leão, sua pele era morena e seus cabelos eram longos na cintura.

-Venha, Tigre Preto, Daniel leão, se aproximem, tenho que falar com vocês Três. – Disse o mestre Inagata

Os dois desceram a escada, Aécio parecia nervoso, mas não parava de encarar Jun Dragon. A o chegar próximo dos dois, Mestre Inagata se afastou,estendeu sua mão e deixou cair duas sementes no chão rapidamente cresceu uma arvore enorme com quatro lados quadrados. Mas Antes que qualquer um pudesse falar qualquer coisa, Mestre Inagata tornou a falar com eles se aproximando.

-O juramento sagrado dos ninjas do clã do dragão negro, a verdadeira guerra se aproxima, em suas vestes tem um pergaminho, por favor, peguem!

Os três pegaram pedaços de pergaminhos com algumas palavras escritas, o pergaminho parecia antigo com pedaços rasgados, porém onde as letras estavam se lia muito claramente

-Eu quero que os três encostem sua mão direita na arvore e com a esquerda segurem o pergaminho, eu colocarei minha mão também, escolham seus lados e quando estiver prontos eu começarei – Disse Inagata

 Os três encostaram suas mãos direitas na arvore, com a esquerda seguraram o pedaço de pergaminho e Avisaram juntos

“Pronto”

-Pois bem, Começaremos, quando eu terminar de falar vocês iram ler tudo que está escrito; ao final fechem os olhos e mantenham as mãos na arvore, não abram os olhos até que passe o efeito, uma coisa eu aviso, vocês sentiram varias coisas, espíritos gelados tocaram em vocês, não abram os olhos, nem tirem as mãos da arvore só quando escutarem o meu comando. Entenderam?

“Sim Mestre” – Os três responderam quase automaticamente

-Agora, ouçam minhas palavras; Oh grandes Deuses da guerra, iniciaremos nossas batalhas, coloco o destino desses três Guerreiros em suas mãos, ouçam o que eles diram! – Inagata terminou sua parte e os três irromperam o silencio:

“Deuses da Guerra, Nós somos os guerreiros místicos do templo perdido, guerrearemos com nossas vidas, daremos nosso sangue, derramaremos sangue inimigo, reconstruiremos nosso império, seremos irmãos de batalhas, viveremos e morreremos pelo bem de nosso povo, A partir de agora, nossa alma é sua, nossa espada e todos os nossos instrumentos de guerra, agora e até a nossa morte”

Os três fecharam os olhos e brisas geladas começaram a circular, mãos frias tocaram as costas de Aécio, algo muito gelado o puxava para fora, ele tentava manter a mão na arvore, ele sentia algo sair dele, o gelo congelava seu sangue, barulhos de galhos se movendo era o único som que ele escutava, e a voz de Inagata finalmente podia se ouvir

-Abram os olhos – disse Inagata

Os três caíram no chão, ofegando, Aécio perghjuntou:

-Nossas almas foram tiradas de nós?
-Sim Jovem – Respondeu Inagata – vocês fizeram o grande juramento, vocês agora são uma irmandade, nada nem ninguém poderá derrotar vocês, somente quem tiver a mesma força e espíritos iguais conseguirão.

 



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