- Aonde você vai?
- Na casa do Scott. Vou me encontrar com Amália e a Lydia. Depois vamos no cinema. Depois no Shopping e pra finalizar... Sorvete._ cantarolava o castanho enquanto terminava de se arrumar. Faltava apenas o tênis. E um pouco de perfume.
- Por que não fica comigo hoje?
- Porque fiquei com você a semana inteira. Hoje é Sábado. Quero curtir um pouco com meus amigos._ respondia Stiles pela milionésima vez, enquanto terminava de calçar o tênis e ia à direção do vidro de perfume.
- Pra vai passar perfume? Não vai sair com seus amigos?_ Theo interrompeu antes que as mãos do menor tocasse o vidro.
- Sim Theo._ bufou o castanho já começando a se irritar com tantas perguntas e tantos pontos de interrogação. Até parecia investigação policial. — Mas nem por isso preciso deixar de me cuidar e sair bem arrumado.
- Você me ama, não é?
- Amo.
- Não me convenceu._
“Ah! Pelo amor de Deus, o que você fumou garoto”_ a consciência de Stiles gritava para o namorado deitado sobre sua cama todo largadão. Ele estava lindo com aquele estilo badboy Fofo. Com passos rápidos, Stiles se aproximou do outro e o agarrou pelos cabelos, preenchendo os fios com seus dedos, e roubando um beijo rápido, porém intenso dele.
- Convencido?_ sorriu o castanho se levantando e voltando a se ajeitar no espelho.
- Talvez eu devesse ser convencido com muitos desses._ insistia Theo todo manhoso, revirando pela cama. E num surto de testosterona, arrancou a camisa ficando somente de tênis e calça sobre a cama.
- Não tenho tempo agora, pra te covencer, mas se quiser pode me aliviar, já que me deixou assim._ falou Stiles mostrando a recente ereção.
- Não. Vai pro seu programa._ o outro pegou a camisa e saiu todo chocho de sobre a cama e saiu pela porta do quarto cabisbaixo.
- Psiu! Ei?_ chamou Stiles antes que o namorado sumisse pela porta. — Te amo. Falou ele para Theo antes que o menor saísse pela porta.
- Meu Deus o que deu em você?_ perguntava o castanho a si mesmo.
- O que deu no Theo?_ perguntou seu pai aparecendo na porta. — Vocês brigaram?
- Não. Ele tá estranho ultimamente. Quando estamos sozinhos, ele fica distante, me afasta, e não quer carinho. Quando digo que vou sair com meus amigos, ele fica todo manhoso e me quer por perto. Não o entendo._concluiu o pequeno pegando as chaves do Jipe e a carteira.
- Toma cuidado._advertiu o xerife preocupado. — Precisa de dinheiro?_ pergunta John abrindo a carteira.
- Não. Eu tenho o suficiente.
- Ok. Mas cuidado hein._ advertiu pela segunda vez o maior acompanhando o filho até o jipe.
- Até pai._ despediu se o menor enfiando as chaves na ignição e arrancando a toda velocidade.
- Eu disse pra tomar cuidado!_berrou o xerife ao ver o filho dobrar na primeira esquina com mais de 70km.
“Esse Stiles”_sorriu o maior voltando pra dentro.
***
- Ei seu trapaceiros, namorados eram proibidos hoje._protestou o Stilinski ao descendo do jipe enquanto via Scott com os braços envoltos de Kira, e Lidya de mãos dadas com Parrish. Só Malia estava só. O que era um alivio, mas mesmo assim eles não iriam ficar segurando velas.
- É bom te ver também Stiles._ cumprimentou Parrish todo debochado. — Ou devo dizer: Cunhadinho.
- Não!_ interrompeu o castanho.— Futuro possível cunhado.
- Oi Stiles!- sorriu a jovem japonesa meio tímida.
- Oi Pikachu. _ sorriu Stiles ao se lembrar do apelido dado a raposa.
- Stiles deixa de ser amargo e vamos. Você faz companhia par com a Malia._ o menor olhou pra coyote e sem pensar duas vezes foi na direção dela e passou os braço por cima de seu ombro.
- Vamos nessa, amor._ Brincou o menor saindo na frente com a coyote.
Eles já estavam lá fora quando perceberam que não estavam sendo seguidos ambos se voltaram e viram os outros parados de pé ao lado do Jipe.
- Stiles?_chamou Scott preocupado.
- O que é?_ vendo as caras dos amigos o castanho voltou em passos acelerados. E dando de cara com seu jipe depredado.
- Mas que...
- Quem fez isso?
- Não faço ideia deve ser algum imbecil da vizinhança._respondeu Stiles chegando mais perto pra ver o estrago.
- Stiles isso são garras._ indagou Lydia preocupada.
- Tá tudo bem, vamos. Depois eu levo na oficina._chamou o castanho se levantando frustrado.
- Acho melhor não. Vamos desmarcar e resolver isso primeiro.
- Qual é Scott é só um arranhão.
- Vou ligar pro xerife._anunciou Parrish pegando o telefone do bolso.
- Qual é não precisa. Deixa-o ter a noite de folga em paz._protestou Stiles. — Somos seis pessoas, damos conta do que for isso. Vamos seguir o programa._insistiu o menor caminhando na direção do Shopping, mas nenhum dos outros foi atrás.
- Ah, galera qual é._ Stiles resmungou se virando. Para encara-los. Eles realmente estavam preocupados.
- Stiles isso não é brincadeira. Eles arranharam seu carro, mas poderiam ter cortado os freios, ou coisa pior._ foi Parrish quem indagou dessa vez. — Sinto muito, mas preciso ligar pro xerife._ concluiu o loiro levando celular a orelha.
- Ótimo. Lá se vai minha noite de curtição._resmungou o castanho se sentando no chão e esperando seu pai chegar. O que não demorou muito.
Em menos de vinte minutos, o Stilinski estava saindo do carro avoado na direção do filho, enquanto Natalie ia a direção da filha.
“E Lá vamos nós.” _pensou o menor olhando a confusão que se formava diante de um simples arranhão no carro.
***
“Quem podia ter feito isso?”
“Não havia cheiro nenhum no local.”
“Ele está em perigo?”
“Vamos ter que vigia-lo o tempo todo a partir de agora.”
“É real garras de lobisomem?”
- Meu Deus, parem de falar um segundo, por favor_ Stiles não suportou mais, era gente demais falando o mesmo tempo, e sempre as mesmas coisas. Todos pararam e o olharam espantados com a explosão.
- Gente. É serio. Não deve ser nada.
- Stiles, se é pra falar asneira, continua calado e deixa com a gente._alertou o xerife nervoso e passando as mãos pelos cabelos.
- Ok! Resolvam e eu vou pro meu quarto._ avisou o menor se levantando do sofá e indo pro quarto. E já lá dentro, ele levantou a camisa e se virou de costas pro espelho, olhando o roxo ainda presente em suas costas.
FLASHBACK ON
Não enche._ o corpo do garoto foi arremessado com tanta força contra a parede que sentiu o impacto tremer todo seu corpo. Por um tempo, ele ficou lá, parado com as costas contra a parede, esperando a dor passar. Enquanto o outro se aproximava dele assustado.
-Stiles?_ chamava ele desesperado.— Stiles me desculpa. Me desculpa, era uma brincadeira, não era pra ser tão forte. Stiles, desculpa._ insistia o garoto enquanto segurava o castanho, levando o de volta pra cama.
- Tá tudo bem Theo. Sei que não foi por querer._ respondia o castanho enquanto sentia a dor irradiar por seu corpo. Por sorte parecia não ter quebrado nada.
- Tá tudo bem Cara?_ Scott entrou de uma vez dentro do quarto, e por pouco não via o que o castanho estava fazendo.
- Sim está._ respondeu o menor arrumando a camisa enquanto caminhava em direção da cama.
- Você anda muito pensativo. Tão distraído._ comentou o alpha, se sentando ao lado do amigo.
- Não é nada. Nada demais._ sussurrou o castanho afastando o corpo pra cima, e depositando a cabeça no colo do amigo. Scott recebeu o amigo de bom grado e envolveu sua cabeça com as mãos.
- Vai ficar tudo bem Still; vamos cuidar de você. Pode ficar tranquilo._ sussurrava o moreno pro amigo.
- Podemos contar ao Theo também. Ele pode ajudar. Ele com certeza vai ajudar._ enquanto Scott falava, Stiles aos poucos ia fechando os olhos e tentando esquecer tudo aquilo. Ou na verdade só tentando enganar pois não queria ouvir, mais nada.
***
Vou contá-los algo. Uma coisa que não contei a ninguém, mas pretendo cotar a vocês. Vou contá-los, pois sei que essa mensagem estará segura contigo.
Por um tempo, tudo estava bem. Tudo estava completamente diferente e real, eu tinha o corpo dele abraçado ao meu, eu sentia suas mãos acariciarem as minhas. Era real, era gostoso, e era familiar, mas como todos os sonhos bons, há sempre uma hora de acordar, há sempre o dia e o momento em que as coisas acontecem e tudo vai pro alto.
Vocês querem saber qual era a realidade? A realidade era o sol forte batendo contra a janela. A realidade era saber que tudo estava prestes a terminar, que talvez nada pudesse ser com antes. Que eu dormia e acordava todos os dias ao lado de Theo, sentindo seus toques, mas a magia havia passado, — ou estava passando, não sei— a mágica concedida pela varinha de condão, parecia ter se dissipado ou enfraquecido, e ele estava de volta, ou talvez ele nunca tenha ido.
Queria que vocês ficassem sabendo, o quanto eu sinto por ter me enganado. Queria que vocês soubessem que por mais que as minhas escolhas erradas tenham me levado a mundos e braços errados, lá no fundo eu sabia, minha consciência gritava e se debatia me avisando e falando aquilo que meu corpo já sentia: Meu mundo e minha felicidade são os braços dele... São a vida e o calor de Derek Hale.
Se algo me acontecer, por favor, digam a ele se eu não puder, gritem o mais alto possível até fazê-lo escutar. Digam, por favor: que eu o Amo e que nunca, nunca mais em minha vida eu amei ou amarei a outro alguém que não seja ele. Gritem pra ele assim como estou gritando agora:
“ EU TE AMO DEREK HALE! EU TE AMO SEMPRE!”
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