História O sol, A Lua e Sterek- 1 Temporada - Eu sou deles e também sou delas

Eu sabia. Desde o inicio eu sabia, e não me importava. Não me importava, por quê era apenas um detalhe, na verdade pra mim não é nada. É tão normal quanto trocar de roupa, ou como comer veado em forma de Coyote. Tudo começou depois da Echen House, nós nos envolvemos, ele foi minha âncora, meu apoio, minha segurança e minha motivação para seguir. Ele nunca deixou de me amar. Nenhum momento nos braços dele foi falso ou ilusório. Disso eu sei. Quando estávamos juntos, ele me beijava e me amava, mas ele não estava completamente em mim. Seu corpo e uma parte de seus sentimentos estavam em “NÓS”, e a outra parte estava bem longe, em outro lugar, talvez no espaço como um satélite em busca de seu alvo. Em busca do meu primo, Derek.

Eu não tenho magoas, ressentimento, raiva e nem nada disso. E queria muito que ele soubesse disso. É por isso que eu que estou parada na frente da porta dele, no entanto não sei se devo bater. Posso ouvir a voz deles lá dentro e ele está bem. Seu pai está dizendo que o ama e Derek está poluindo o ar com cheiro de felicidade e euforia. Respiro fundo mais algumas vezes e resolvo bater. Posso ouvir os passos pesados de Derek do outro lado, Caminhando até a porta. Ele sabe que sou eu. Eu sei que é ele, e de repente o ar está tomado por preocupação e em seguida alívio. A porta se abre.  Ele sorri sem jeito a me ver. Antes que ele diga qualquer coisa me adianto:

- Está tudo bem. Eu só vim por que quero conversar com o Stiles. Você pode chama-lo._ espero não ter parecido fria, na verdade palavras nãos são bem o meu forte.

- Malia, olha eu... É... Eu não sei o que te dizer!_concluiu ele, sem jeito e atropelando as palavras pra arranjar outras. Aquilo era divertido. Um Hale arrogante sem palavras.

- Não precisa dizer nada. Só chame o Stiles.

Neste meio tempo, Derek abriu mais a porta me dando passagem. Eu entrei e logo vi o Xerife sentado na sala assistindo TV. Stiles não estava mais na sala. Ele estava descendo as escadas, quando seus olhos se recaíram em mim, pude ouvir seu coração dar uma batida mais alta e forte e depois disparar.

- Está tudo bem Stiles. Eu só quero conversar, tá ok?_ ele olhou pra mim com aqueles olhos castanhos âmbar lindos, e ergueu uma sobrancelha em expressão de duvida

- Tem certeza._ assenti com a cabeça. - Só conversar, antes ou depois de arrancar minha cabeça com as garras?_ ele me fez rir.

- Sem garras. Só conversa!_ levantei as mãos em sinal de rendição, recebendo um sorriso de John que estava sentado com um...

- Stiles, por que o seu pai esta com um saco de gelo entre as pernas?_ perguntei me virando pra ele. Aquela cena era bizarra. Muito bizarra. Stil sorriu, o que pareceu irritar o pai e incomodar Derek.

- Longa historia. Vamos pro meu quarto, conversamos lá._ disse ele subindo as escadas, e logo em seguida eu fui atrás.

- E nada de super audição de lobo ouviu Derek. _ gritou ele quando já estávamos sentados sobre sua cama.

- Bom Stiles. Você me conhece então vou direto ao ponto. Eu sei que você e o Derek andam transando._ pensem em um pimentão. Só pensem. Agora imaginem seu rubor vivido multiplicado por... tipo mil vezes. Essa era a cor do Stiles. Isso antes de ele começar a tossir e engasgar com o oxigênio do próprio pulmão. Isso era engraçado. As caretas que ela fazia me dava vontade de rir e fazia com que eu me lembrasse do porque de ama-lo como eu o amei, e ainda talvez ame.

- Malia, você tá loca?_ os olhos dele estavam completamente carregados de lagrimas, e a expressão pós- infarto no rosto dele era mais que engraçada.

- Não. Eu não estou louca, você vai negar?

- Não. Eu não vou negar, mas dava pra falar de uma forma mais amena?_ eu sorri.

- Claro eu tipo... podia dizer: Stiles seu filho de uma mãe. To sabendo que você está trepando escondido com meu primo Derek. ASSIM TÁ MELHOR?

- Não. Prefiro o outro.

- Quando te conheci, eu não tinha nada, e você também não. Não naquele momento, mas mesmo assim você me deu tudo. Quando o meu olhar se encontrou com o seu olhar pela primeira vez, lá no fundo. Bem lá no fundo, eu sabia que era real. No entanto a raiva falou mias alto, e eu logo te dei um soco._ lembrar-se do episódio nos fez rir. — Depois daquilo eu passei a ficar cada vez melhor e mais maravilhada. Em queda livre, sabe? Eu simplesmente me joguei em seus braços de uma forma que eu nunca me imaginei fazendo, mas por você, por mim e por nós... Eu fiz. Pode até ser porque era pra ser, mas o mais importante de tudo, é que eu te amei. E eu sei que não estou louca em dizer que você também me amou, porque é verdade. Nada do que vivemos foi irreal, nada foi uma ilusão. Tudo foi tão... Como é que você dizia mesmo?_ perguntei a ele, me recordando do apelido que ele colocava nos casais. Não eram quais queres apelidos, eram nomes vindos da junção do nome original de ambas pessoas do casal. Shippers. Este é o nome.

- Stalia? Isso. Tudo foi tão... Stalia._ ele sorriu confirmando, e me diverti com o sorriso no rosto dele. Enquanto ele sorri de forma leve e quase que infantil, me lembrei de algo:

- Stiles?

- Sim._ disse ele se virando pra mim, seus olhos brilhantes se fixaram nos meus, e com aquilo pude entender o porquê de eu o ter amado tanto.

- Você está feliz?

- Sim.

- Stiles?_ seu olhar ficou mais intenso dessa vez.

- Fala Malia.

- Sua felicidade é o que mais me importa. Eu sou fã numero 1 de Sterek_ e ambos sorrimos. Ele se aproximou mais de meu rosto. Seu sorriso mais radiante do que nunca, e quando seus lábios estavam tão próximos dos meus ele sussurrou:

- Obrigado. Obrigado por me amar_ e ele conclui deixando um selinho sobre meus lábios como um último beijo. Como um adeus. E depois se afastou sorrindo travesso.

- Não pense que só porque você é gay que você vai poder ficar arrancando casquinhas de mim, ou vai me ver sem roupa, tá legal?_ falei olhando o com a expressão séria, mas com o sorriso estampado nos olhos. A careta dele me fez de rir.

- Três coisas pra você: 1º_ Eu já arranquei todas as casquinhas possíveis de você. 2º_ Eu já te vi sem roupa, na verdade grande parte dessas vezes fui eu mesmo que as arrancou. E 3º_ quem disse que eu sou gay?

- O que?_ senti meu corpo saltar sobre a cama. Tipo, como assim cara? ― Você não é gay?

- Não. Eu sou deles e também sou delas. Eu sou Bissexual._ morri de rir com o que a cara que ele fez, acho que na tentativa se ser sensual, ele acabou sendo fofo. Culpa das sardinhas em seu rosto que o deixava adorável.

- Esta ouvindo isso?_ as mãos dele se firmaram sobre meu braço, mas eu não estava ouvindo nada.

- Não. Eu não estou ouvindo nada não Stiles. O que você tá ouvindo?_as mãos dele ficaram mais fortes sobre minha pele, seu rosto estava ficando pálido e seu coração diminuindo os batimentos rapidamente. Seu ouvido começou a sangrar e comecei a ficar preocupada.

- Stiles?_ ele não me ouviu.

- Parece... Ahhhh...

***

As coisas aconteceram do nada, num instante Stiles estava sorrindo, brincando e completamente falante, e no outro ele estava com as mãos cobrindo os ouvidos e se contorcendo pelo chão gritando de dor.

- Por favor, faz parar. Diz pra ela parar. Diz pra ela paraaarrrr..._ nesse meio tempo Derek subiu as escadas arrombando a porta, e logo atrás dele vaio o xerife. Ambos olharam do menor rolando no chão, para a coyote sentada na cama completamente paralisada. A garota não sabia o que fazer, ela não sabia do que ele estava falando e nem sabia o que fazer.

- Malia o que você fez?_ perguntou Derek correndo para perto do menor o abraçando, e tentando acalma-lo, enquanto não tirava os olhos da prima.

- Eu não fiz nada.  Estávamos conversando e do nada ele começou a gritar e a tampar os ouvidos._ a coyote não sabia mesmo o que estava acontecendo. Stiles não parava de gritar e aquilo parecia machucá-lo.

- Por favor... Por favor... Por favor... Diz pra ela... Diz pra ela calar a boca._ como se automaticamente, Derek pode ouvir, no mesmo instante Malia também.  No entanto aquilo não os afetava tanto, era somente um agudo penetrante, mas suportável. Stiles havia parado de gritar, sua garganta e seus pulmões pereciam não ter mais força. Seu corpo estava perdendo lentamente a consciência enquanto Derek tentava mantê-lo acordado. As únicas palavras que se foram ouvidas antes do menor perder completamente a consciência foram:

- Diz pra ela. Diz pra Lydia.