1. Spirit Fanfics >
  2. O som do coração >
  3. De volta à universidade

História O som do coração - De volta à universidade


Escrita por: beautiful_eyes

Notas do Autor


Menos de 24 horas depois aqui estou eu. Fala sério, por essa vocês não esperavam.
Espero que vocês gostem desse capítulo, eu adorei escrevê – lo.
Boa leitura!

Capítulo 11 - De volta à universidade


Lena’s POV

Durante o tempo que estive fora senti como se tivesse voltado aos meus vinte e poucos anos quando tudo era uma aventura para mim e nada fosse capaz de me parar. Todos os dias estávamos em uma cidade diferente apresentando um espetáculo completamente o oposto do anterior, nunca antes precisei pensar em um repertório tão variado e fato é que também nunca estive tão cansada.

Na última noite de apresentação recebi uma homenagem que me deixou extasiada, o maestro que eu acompanhava desde que me entendo por gente me presenteou com uma placa de honra e eu não preciso nem dizer que não consegui dormir naquela noite. Agora resta saber se eu não consegui dormir por estar tão animada com o status que eu havia alcançado ou se meus olhos se recusavam a fechar porque eu só conseguia pensar em Kara. Provavelmente era um pouco das duas coisas.

Se dependesse de mim nós teríamos voltado para casa assim que encerramos a última noite de espetáculo, mas todas as outras pessoas decidiram que queriam fazer uma festa de despedida e eu não queria ser a chata do contra. Fiquei para festa e durante todo o tempo que estive ali permaneci ensaiando mentalmente meus passos até o aeroporto e depois minha chegada em casa.

Quando o avião pousou já era noite, parte de mim queria ir para casa me recuperar dessas duas semanas que foram exaustivas, mas a parte que falou mais alto foi a que gritou para que eu fosse ver Kara. E eu fui. Assim que estacionei em frente ao prédio dei de cara com sua irmã e inventei uma desculpa que tinha um material importante que Kara precisaria no dia seguinte e a mulher que parecia apressada permitiu que eu subisse sem precisar me apresentar ao porteiro.

Toquei a campainha e esperei impaciente que Kara abrisse a porta, quando ela apareceu dei um pulo devido a maneira abrupta que ela surgiu. Encarei seu rosto por um tempo e não pude deixar de percorrer com os olhos toda a extensão de seu corpo, ela parecia uma criança se preparando para dormir. Depois de algum tempo pedi para que ela me deixasse entrar e sem falar nada ela apenas deu espaço para que eu passasse. A loira obviamente estava confusa por eu ter aparecido sem avisar e quis saber o que me levou a ir até ela tarde da noite. Não consegui responder, apenas choquei meu corpo contra o seu e tomei seus lábios nos meus com um desespero que era quase palpável.

Demorou um tempo para que eu conseguisse acalmar minha mente e esfriar meu corpo que estava em ebulição, mas quando consegui nos sentamos no sofá e contamos uma para outra o que aconteceu durante o tempo que eu estive fora. Ter Kara por perto me deixava feliz de um modo surreal, era estimulante e aconchegante ao mesmo tempo. Pouco antes de ir embora entreguei para ela o colar que eu havia comprado em uma joalheria de Nova York, ela agradeceu o presente e deixou que eu colocasse em seu pescoço onde eu deixei um beijo demorado. Fui para casa com a certeza de que a encontraria no dia seguinte e não teria como ser um dia ruim, pois eu a veria de novo.

...

Na manhã seguinte quando entrei na sala dos professores fui recebida por uma chuva de aplausos e pelo reitor que tinha um buquê de flores nas mãos. Todos me parabenizaram e o homem disse que era mais que uma honra ter alguém como eu trabalhando com ele. Cumprimentei e agradeci algumas pessoas, mas assim que pude corri para o teatro, minha primeira aula seria com a turma de Kara e eu queria muito vê – la.

O teatro ainda estava vazio o que eu agradeci mentalmente, gosto de preparar minha aula quando estou sozinha porque me sinto mais confortável. Tirei o salto e sorri quando meus pés tocaram o chão gelado, meu vestido longo se arrastava enquanto eu andava, mas não me importei. Afinei todos os instrumentos que pareciam estar da mesma maneira que eu deixei no último dia que estive por aqui, como se ninguém tivesse tocado ou sequer os tirado do lugar. Limpei o piano que estava empoeirado e decidi tocar alguma coisa enquanto esperava os alunos chegarem.

Ouvi o burburinho de vozes que me eram familiares, mas não parei de tocar. Esperei que todos se ajeitassem em seus lugares e finalizei a música pouco depois. Mais aplausos calorosos.

- Obrigada pessoal – me inclinei agradecendo – mas eu gostaria de saber por que todos esses instrumentos parecem estar exatamente da mesma maneira que eu os deixei da última vez que estive aqui.

Os alunos me explicaram que durante as semanas que estive fora eles não tiveram nenhuma aula no teatro, todas as aulas foram na sala comum e todo o conteúdo foi teórico. As piores aulas que eles poderiam ter segundo um deles que parecia feliz por eu estar de volta.

Sem mais demora pedi que cada um escolhesse o instrumento de sua preferência, pois tocaríamos livres hoje, cada um tocaria o que lhe deixasse feliz. Percorri os olhos pelo teatro a procura de Kara, mas não a encontrei fazendo meu coração apertar dentro do peito.

Em resposta a aflição que senti a loira apareceu como mágica tropeçando no degrau da entrada arrancando risada de todos que ali estavam. Ela ajeitou os óculos no rosto e sorriu sem graça se desculpando pelo atraso, pelo que entendi o carro tinha morrido no meio do caminho e ela chegou aqui em um caminhão guincho.

Kara pegou o violino quando me viu sentada ao piano e sorriu sem graça, ela queria o piano. Ela e Winn tocaram juntos uma canção animada, eles fizeram uma versão clássica de uma música eletrônica e mais uma vez me surpreendi com seu talento e com a destreza de seus movimentos. Não consegui tirar meus olhos dela um instante sequer, era como se um ímã me atraísse até ela e todo o resto me repelisse.

Depois que todos tocaram e denominaram aquela que foi “a melhor aula dos últimos tempos” me despedi dos alunos e prometi que teríamos mais aulas como a de hoje. Percebi que Kara demorou um pouco mais que o habitual para juntar suas coisas e fiz o mesmo até restar somente nós duas ali.

- Está tudo bem? – perguntei enquanto juntava umas partituras que ficaram espalhadas.

Ela ajeitou os óculos que já estavam perfeitamente encaixados em seu rosto e sorriu, mas não foi aquele sorriso que eu tanto gostava e reconhecia a qualquer distância. Ela estava um pouco tensa e se afastou quando eu tentei tocar seu ombro, eu devo ter feito algo errado e não estou sabendo.

- Eu vi você de conversinha com aquela professora loira gostosa hoje mais cedo – ela disse irritada – a propósito o carro não estragou, atrasei porque estava no banheiro controlando minha raiva.

Foi impossível não rir da maneira que ela falou tudo de uma vez e minha risada serviu apenas para deixá – la ainda mais irritada. Seu rosto estava incrivelmente vermelho e sua respiração alterada, seu peito subindo e descendo rápido a condenava.

- Então quer dizer que a senhorita está com ciúmes da “loira gostosa?” – perguntei fazendo aspas com os dedos – ela é mesmo muito linda – provoquei.

Kara me deu as costas e andou em direção à porta, mas ela não foi muito longe. Segurei sua cintura e a virei de frente para mim, nossos corpos tão próximos que eu podia sentir seu coração batendo acelerado.

- Eu tenho aula agora, me solta – ela tentou se soltar, mas eu não deixei – Lena me larga.

Com uma das mãos a mantive por perto e com a outra acariciei seu rosto fazendo com que ela fechasse os olhos em resposta e soltasse um suspiro. Aos poucos ela parou de se debater e deixou que eu me explicasse.

- O que você viu foi uma colega de trabalho me parabenizando pela homenagem que recebi, assim como todas as outras pessoas que também estavam lá fizeram – beijei seu rosto lentamente e senti seu corpo amolecendo em meus braços – não precisa ficar com ciúmes, só tenho olhos para uma loira nesse mundo e ela está bem aqui na minha frente.

Kara sorriu e eu soube que sua manha tinha chegado ao fim, ela colocou seus braços ao redor do meu pescoço e beijou meus lábios afoita e eu correspondi na mesma intensidade.

- Você não está mentindo para mim? – ela perguntou e eu neguei com a cabeça – porque eu também só tenho olhos para você, Lena Luthor.

Ela se despediu com um último beijo e seguiu para sua aula me deixando hipnotizada pelo seu cheiro doce e sentindo minha boca formigar pedindo por mais. Pedindo para ter Kara sempre por perto.


Notas Finais


E então, como estamos? Comentem o que acharam desse capítulo surpresa e eu prometo tentar não demorar com o próximo.
Beijos no core sz


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...