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História O Sombra - O Fim de uma Vida


Escrita por: R4p0s4

Notas do Autor


Esta história foi escrita há muitos anos e agora está em processo de desenvolvimento e aperfeiçoamento. Sinta-se livre para requisitar melhorias ou criticar erros, mas por favor aponte-os para que eu os note mais facilmente.

Capítulo 1 - O Fim de uma Vida


Fanfic / Fanfiction O Sombra - O Fim de uma Vida


Chove. Vi a escavação do início ao fim. Não me viram. Pensei nunca conseguir ser bom nisso! O caixão está descendo, ao mesmo tempo que uma lágrima rola em meu rosto. O Sombra era um bom rapaz. Muito mais que isso: era um ladrão formidável. O quê?? Surpreso? Sim, éramos da mesma guilda. Ele já foi envelhecendo, e seu porte já não era o mesmo. Talvez você não entenda agora o que quero dizer, mas não sou muito bom nisso, essa tarefa de escrever, e devo fazer isso para ficar bem de vida.
    Deixe-me explicar: Athos, o Sombra (isso lá é nome de gatuno?) ficou esclerosado depois de sair da fortaleza do Lorde Boffing. Fez um testamento maluco que pedia aos membros da guilda para ficar com alguns de seus objetos e a mim para escrever a vida dele. O Sombra era um camarada generoso. Deixou para mim sua casa e seu dinheiro, desde que escrevesse e publicasse sua vida trágica e gloriosa.
    Bem, Athos é seu nome de comerciante. Para nós, da guilda, ele sempre será Sombra, o nosso valioso Sombra.
    O que está pensando? Fechar agora? Não acredito que você é destes que não gostam de ler o final primeiro. Veja, o importante é o meio; este deixarei para o final.
    Estão jogando a areia no caixão. Digo, sobre o caixão; já falei que não sou bom nisso. Mas se sei ler isso, é graças ao reverendo Augusto, que me fora apresentado pelo Sombra. Que pena, nem direito a uma lápide ele teve. Cemitério de indigentes. Ele merecia algo melhor. Mas fazer o quê? Ele foi morto em serviço. Eu o vi morrer. Antes indigente ele que eu sem meu dinheiro. Ah! Só me faltava essa! Você acha que éramos grandes amigos? Acorde, sou um salteador e assassino, você acha que se soubesse do testamento já não teria matado antes? Sofreria menos, sou bom no que faço.
    Já foram embora. Coveiros chatos. Precisam ficar santificando o corpo dele? Demoraram muito. Bem, vou sair desta greta. Ufa! Quase fiquei entalado. Olho em volta. Poucos guardas fazendo a ronda. Sinto falta de meu parceiro. Sim, onde um ia, o outro ia junto. Questão de segurança. Acho que você não entende. Ele tinha um corpo frágil. Eu sou um ótimo lutador. Ele tinha a língua afiada. De afiada, só havia minha espada. Volto para minha casa. Me pergunto se você está entendendo o porquê disto que está lendo.
    Ao final deste livro você perceberá que não apenas ele era um homem rico e poderoso. Ele era um ser louco pela fama. Fama essa que nunca atingira em vida.

    Nossa. Ah! Como é bom acordar bem, após um cochilo. Em minha escrivaninha vejo meus companheiros de guilda lá fora. Olham para mim como se tivessem sido roubados. Eles que se metam a besta a vir me incomodar, verão como se balança uma espada.
    Oh, desculpe-me! Átila. Sob o manto negro da guilda, Terremoto. He-he; quando me aproximo, balançam as bases, bambeiam as pernas. Sou muito forte, habilidoso com o uso de armas. Eu não era tão bom ao me esconder, ou ao tentar fazer o serviço em silêncio. Para mim era tudo muito simples: eu saco a espada e avanço contra alguém - é a vida ou o dinheiro. Se fosse uma pessoa odiável, eram os dois.
    Nunca fui casado apesar de oportunidades não me faltar. FaltarEM. Argh. Mulheres bonitas, escuras, ruivas, morenas, escuras. Nenhuma era difícil para mim. Meus olhos azuis e meu físico avantajado, combinados aos meus cabelos ruivos eram irresistíveis. Até Sombra já se invocou certa vez com minha beleza. Coitado, era feio. Mas tinha uma língua muito habilidosa. Há mulheres que gostam, outras não.
    Bem, não estou aqui para contar minha história. Tenho de contar a história de Sombra: o mais safado e astuto infiltrador que conheci. Nas próximas páginas não contarei ainda a história de Sombra. Contarei a história de Athos das Videiras, produtor de vinhos de quinta qualidade. Creio que se você ler adequadamente, entenderá a situação dele.  É como o reverendo Augusto sempre me diz: "a insanidade pode vir da mente ou do coração". Não vire a página com tanta pressa... Ele não nasceu ladrão. Nem mesmo eu nasci com 328 mortes nas costas. Mas aconteceu. Tudo tem um motivo. Lícito ou não, foi o caminho que escolhemos para enriquecer. Acredite: tenho sempre mulheres, me esbaldo em vinho e sempre tenho roupas novas. Sou rico e nunca senti remorsos dos outros não o serem comigo.
    Talvez as pessoas não se sintam bem fazendo o que eu faço, por isso me pedem para matar parentes e inimigos políticos. Talvez seja fácil demais para mim dizer que todos os babacas que matei merecessem a morte. Talvez eu seja rico e os outros não. Ou serei menos banal que os outros? O tempo dirá.



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