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História O Sombra - Legado Cobiçado


Escrita por: R4p0s4

Notas do Autor


Ajudem a encontrar termos difíceis ou estranhos. Se houver algum erro grave, pode escrever nos comentários que vou arrumando. Neste capítulo introduzo uma terceira linha de história, espero que não seja complicada de acompanhar.

Capítulo 6 - Legado Cobiçado


Fanfic / Fanfiction O Sombra - Legado Cobiçado

 Todo este caos começou quando o chefe morreu. O famigerado Barão Boldest sofreu um ataque fatal e venenoso de uma flecha desconhecida. Ele estava dentro da mansão, o que ignorava qualquer possibilidade do fato ser consequência de um rival. O ataque foi ação interna.

Devido a isso, somente nos restou saber os últimos desejos do nosso pai. A leitura do testamento foi bastante ruidosa, o que gerou críticas e acusações. A guilda se dividiu. Dois grupos lutavam pelo direito de liderar a guilda e a leitura do testamento gerou ainda mais discussão.

O testamento dizia mais ou menos assim: 'A mansão deve continuar com suas funções atuais. Convoco Athos como meu sucessor na coordenação e operação da mansão – que se consolide sua liderança. Todos os moradores da mansão o respeitem e que não exista divergências quanto ao seu poder ser igual aos meus em vida. Aqueles que não se sentirem confortáveis, que sejam neutralizados por aqueles que acatarem minha ordem. Todos os bens aqui na mansão que são de uso continuado de alguém, este o poderá manter – todas as demais peças passam a ser de uso do grupo, mas de dominância de Athos'

Obviamente, aqueles que eram amigos do Sombra acharam formidável. Mas uns e outros que foram uma pedra no seu sapato ou apenas divergentes logo se viram em uma difícil situação.

Como é? O treinamento? Não, não acabou ainda. Espera! Em breve eu termino ele. Sei que você deve estar com tamanha ansiedade para terminar e saber como foi, mas tenho de explicar o que me fez pausar. Parei porque houve alguns… imprevistos. Já mencionei alguns, mas não faz sentido simplesmente falar os imprevistos sem explicar devidamente o que levou até esse momento. Então, vou prosseguir explicando como o Sombra se tornou o líder completo e sem disputas.

Inicialmente, eu e Carroça (meu pupilo na arte da espada) cuidamos da defesa pessoal do Sombra. Os outros três da minha maior confiança tomavam conta dos recintos vizinhos. (Caldeirão, Prático e Pirata). Sombra tomou uma atitude genial: ele sairia na calada da noite pela janela e traria um material especial. Naquele momento eu não sabia o que ele faria, mas posso garantir que foi realmente impressionante. Enquanto ele estivesse fora, deveríamos manter o seu quarto fechado e guardado, como se ele ainda estivesse ali. Ele bateria na porta (sim, eu também não tinha entendido na hora) quando chegasse da rua.

Ele saiu com sua roupa especial, e apenas a espada negra nas mãos. No começo, achei que seria loucura ele sair sozinho, mas eu confiava em sua habilidade como infiltrador. Deixei-o ir e realizar seu plano. Eu e Carroça estávamos lado a lado em frente à porta quando três dos outros membros da guilda deliberadamente contra a liderança de Sombra se aproximaram. Eles eram Corrente (coletor de informações), Cicatriz (lutador) e Vaso (infiltrador meio ruim, ganhou o nome por derrubar um durante um de seus primeiros trabalhos).

Cada um deles carregava uma besta armada nas mãos. Vaso tomou a liderança e disse:

- Onde está o Sombra, dono da mansão?

- Ele está no quarto e não quer receber ninguém. - respondi.

- Viemos perguntá-lo se ele mesmo possui um testamento.

- Ele tem sim, e vai demorar para ser lido. Agora quanto ao seu… Basta se aproximar da porta.

- Mais respeito para comigo! Minha besta não precisa de proximidade para acertar-te.

- Se um quadrelo fosse o bastante, você seria conhecido como Besta, não Vaso. Senhor desastrado.

- Somente quero falar com o Sombra, Terremoto. - atalhou Vaso, já bastante amuado.

- Ele não quer ser incomodado, Vaso – assumiu Carroça.

- Estou falando com seu mestre, e não com o pupilo.

- Pupilo que não é tão desastrado quanto alguns rebeldes que eu conheço.

- Abra esta porta antes que os ataque!

- ABRA A PORTA! - ouviu-se o Sombra lá dentro – Pode abrir, Terremoto e feche a porta em seguida.

Pensei muito. Como ele pôde? Será que ele já chegou? Ele saiu a menos de uma hora. A essa altura eu já confiava cegamente no Sombra. Abri a porta e permiti a entrada dos três. Eles entraram em carreira e rapidamente. Fechei a porta em seguida e tudo o que ouvi foram alguns gritos e algo que me marcou profundamente: “Por minha senhora, dama da noite!” Foi uma voz gutural, nada comum. Uma voz cavernosa que lembrava vagamente a voz do Sombra.

Ao abrir a porta novamente, instantes após o término de uma cacofonia de vozes e brandir de espadas, três corpos segurando bestas foram encontrados decapitados no chão. Eu e Carroça não vimos o Sombra, e os corpos dos três estavam espalhados, longe um do outro, no recinto. O sangue se encontrava em todo o chão e seu cheiro começava a tomar conta do ar. Carroça fez um gesto dizendo que estava com vontade de vomitar e saiu do recinto. Eu continuei lá dentro e temo confessar que um pouco assustado. As cabeças estavam sumidas, e os corpos me pareciam estranhos de alguma forma.

- Sombra, é você? Sou eu, Átila.

Ele sempre me chamou pelo nome, desde que o descobriu. Disse sempre que meu apelido representava um desastre, o que não condizia em fidelidade. E como ele era meu parceiro de serviço, logo me acostumei com o uso do meu nome por ele. Não ouvi resposta ao meu chamado, o que me assustou mais ainda, mas, em seguida, ele me tocou o ombro e me chamou.

- Não tema, meu amigo Átila. Ninguém me matará nessa mansão!

- Temia por sua vida. Como você pôde com esses três rebeldes, companheiro infiltrador?

- Com um feitiço simples de minha dama. Você já deve saber que Catrina é feiticeira.

Sim, nessa época eu já sabia. Mas eu falava apenas “bruxa”.

- Muito antes de você me dizer.

Catrina, a vadia, mostrou ao nosso colega seus poderes sombrios. Aí, naquele momento, eu entendi como tudo se encaixava. Meu parceiro estava enfeitiçado na ocasião em que nos conhecemos. Aquela vagabunda (não a chamo de prostituta mais porque soube que ela não exigia pagamento para fazer o que fazia) tomou a mente de Sombra.

- Ora, Átila! Não se esqueça de que eu a amo.

- Você está certo em utilizar dos poderes dela para seu bem, mas não está em depender dela.

Pelo que ele me descreveu em seguida, havia uma força mágica que o deixava tão forte quanto eu. E que esse feitiço duraria algumas horas. Genial, mas não gostei. Nunca confio em Catrina.

Sombra precisaria descansar, então resolvemos utilizar de intimidação para conter futuros avanços como os desses três. Então, para fazê-lo, eu e Carroça colocamos seus corpos descabeçados um a um em frente ao corredor em que ficavam nossos quartos, pela parte que os outros poderiam ver de frente. Colocamos cada um segurando sua respectiva cabeça no colo.

Depois daquele dia, o nome Átila foi escrito num pergaminho indicado a punho pelo Sombra para receber a mansão onde moro. Nessa época eu ainda não sabia, mas temo afirmar que se soubesse antes… deixa. Passado não pode ser alterado! Sombra consolidou-se como líder da guilda Manto Negro. Durante longos dez anos ele foi um líder atuante. E todos gostaram do modo como ele agia.

Ao longo dos próximos capítulos eu vou contar o que aconteceu antes dessa rebelião e, claro, a nova rebelião que está em andamento. Creio que algumas coisas desses dez anos eu devo tocar em algum momento, mas não sei o quanto. Como você já deve estar imaginando, a morte do Sombra criou um vácuo na pirâmide de poder, e a minha indicação para ficar na liderança não foi tão bem-aceita. E como todo sonho, a época de paz e sucesso foi interrompida.

O que foi desta vez? Eu sei, eu ESTOU contando a história do Sombra. Ou eu estou focando outra pessoa? Deixa eu fazer o que deve ser feito, pois o tempo é precioso! Reverendo Augusto, assim como eu, odeia ser interrompido e aprendi com ele a não tolerar interrupções inúteis. Aprenda com ele. Cale-se! Você quer que a história seja contada do seu modo, do seu jeito, na ordem que te apetece? Sou eu quem está contando, logo EU escolho de que maneira a história vai ser contada. Se lidar com 3 momentos do tempo é difícil para você, pena. Fique na curiosidade então.

Creio que você já entendeu que métodos ele se utilizou para ser o líder da guilda. Ele usou de exemplo, confiança e sinceridade para sê-lo. Eu presenciei sua morte. Foi algo súbito e ineesquecível. Mas falaremos sobre isso mais tarde. Após o enterro (e o começo dos momentos em que venho escrevendo este livro), começou uma segunda rebelião interna aqui. E desta vez não temos os engenhos e o carisma de Sombra a nosso favor.

Tudo isso porque ele deixou esta restrição: eu teria que escreve este livro em até três meses ou perderia o direito a essa mansão e que os outros membros da guilda teriam de escolher um sucessor. E o sucessor teria mais três meses para escrever, e assim por diante.

Bem que Sombra disse: “um dia tu ainda precisarás das letras, Átila”. E eu estou aqui escrevendo graças a ele. Faz um mês e meio que estou escrevendo (para você parece que foi há bem menos tempo, não ?) e os outros membros da guilda, velhos ou novos, estão ficando impacientes.

Como você já percebeu, a guilda está bem maior que há dez anos. Mas dezessete membros tiveram um fim em minhas mãos. Temo que terei de matar ainda mais, mas eu não gostaria de agir desta forma. Eles já foram como meus irmãos, mas antes um irmão morto do que um irmão assassino (principalmente se for você o assassinado).

Se Sombra desejava-me líder, assim agirei. Eu fui leal às suas ações e sempre agirei de acordo com seus pedidos. Afinal ele confia a mim tudo que era seu. Ele me considera muito e merece minha retribuição. Continuo a escrever e busco contar a história gloriosa e trágica de Sombra.


Notas Finais


Quaisquer termos estranhos estarão aqui. Se não estiver, me avise que os coloco aqui

quadrelo - seta de ferro com quatro faces para ser atirada por besta ou arma similar.


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