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História O Sombra - Fortaleza de Treinamento (continuação)


Escrita por: R4p0s4

Notas do Autor


Agora o Átila termina de explicar o treinamento. E em breve começará o primeiro grande trabalho do Sombra.

Capítulo 7 - Fortaleza de Treinamento (continuação)


 “Olho a pedra entre minhas mãos. Como ela é radiante. Vi entre os brilhos da gema o rosto de meu amor, Catrina.”

A vagabunda, não se perca no caminho! A feiticeira maligna e amaldiçoada que inutilizou meu colega de serviço.

“Leio a mensagem em vermelho novamente. Pergunto a mim mesmo, ativar ou não a água? Sem ela, cairei feio, como na semana passada. Posso tentar. Se eu cair com a água, posso morrer afogado. Saber nadar não é algo comum para um fazendeiro. Estou sem o pé-de-cabra, e abrir a porta pode demorar. O assalto é depois de amanhã, prefiro não me ferir. O meu braço esquerdo não se deu muito bem naquela queda. Arriscarei. Piso com os dois pés na parte do chão que ativa o derramamento de água. Espero começara encher a sala abaixo.”

Esse pensamento longo e contraditório se deu em pouco tempo, porque o tempo final foi curto demais para que ele tenha vacilado. Ele explicará como conseguiu, o sortudo.

“Esperando o encher da sala de baixo, reamarro o conjunto de ferramentas à minha cintura, enquanto olho lá para baixo, já imaginando como é que eu vou destravar a tranca da porta que segue. Pulo.”

Digo que se não fosse a sorte, ele poderia ter morrido neste teste. A função original do teste era aprender a cair na área, e não em ser mais rápido que a inundação para destrancar. Louco.

“Caio em plena água, rolo, me molhando todo. Com a água aos joelhos, me aproximo da porta com as gazuas em punho.”

Será que o final poderia ser diferente? Qual seria? Um enterro na chuva? Veremos… Acho que já comentei que ele morreu próximo a mim, não é? Perde a graça a história assim, não é?

“Para minha surpresa, a porta estava já destrancada. Eu a abro boquiaberto, e subo as escadas com extrema rapidez, aproveitando que o conjunto de ferramentas se encontra já amarrado em com as gazuas na mão, já mexo na tranca da última porta, no alto da longa escadaria.”

Sombra, Sombra. Eis que sua fraqueza se revela: demorou cerca de uma hora e alguns minutos.

“Após abrir a porta, vejo Terremoto e o Chefe, ambos de braços cruzados, mas com o semblante festivo.”

Fiquei satisfeito com meu mais novo e descartável infiltrador. Creio que o chefe tinha a mesma opinião. Ninguém ainda tinha conversado com os treinadores. Ele não passaria de um iniciante.

“Fomos descansar.

Na véspera, tínhamos que revisar os mapas e descansar. Tentei falar com o chefe a respeito da gema. Nada adiantou, pois ele pareceu ocupado em todas as ocasiões. Sem o conjunto de ferramentas, que fora deixado para trás, acho difícil realizar arrombamentos sem elas. Será que o chefe vai fornecer as ferramentas?

No grande dia, eis que Terremoto e eu fomos ao campo de treinamento. Há uma mesa no canto do campo. Sobre ela há um conjunto de ferramentas, um pé-de-cabra, uma espada, um porrete e algumas maçãs. Olhei um tanto ingenuamente por alguns instantes, mas já olho com uma certa maldade.

- Está vendo essas coisas na mesa, novato?

- Sim, Terremoto, vejo. Para quê servirão?

- Para que você use para nosso serviço.

- Todas elas?

- Se você puder comprar…

Olho com certa malandragem. Tiro a pedra do bolso e mostro a Terremoto.

- Será isso suficiente?

Ele olha com calma para a pedra, sem remover o sorriso dos lábios.

- Obviamente não, novato. Mas poderá escolher o que quer levar.

Brevemente negociamos valores. O valor conferido à pedra poderia comprar vários dos itens presentes na mesa.

- Para quê as maçãs?

- Brinde. Leve. Conselho do Chefe.

- Então eu vou levar o porrete, as ferramentas, o pé-de-cabra e as maçãs.

- Então você vai ficar devendo ainda algumas moedas de ouro. Mas tudo bem. A espada já é muito cara mesmo.

- Será que esta noite eu pago o equipamento?

- Com certeza. Com dinheiro ou com a vida.

Engulo em seco. Terei de trabalhar bem. Ou posso morrer. Tenho medo. Terremoto foi bastante direto.

- Trabalharemos juntos, não é? - tentei manter o foco do assunto em algo menos perigoso.

- Sim. Você será o infiltrador, enquanto eu dou cobertura e limpo o caminho.

- Como devo chamar-te então?

- Terremoto.

- Mas por que tu és chamado assim? Não tens um nome?

- Sou chamado assim porque eu abalo tudo quando me aproximo. Quanto a um nome, tenho sim.

- E qual é?

- Pra quê saber meu nome?

- Não conseguirei trabalhar com alguém com um nome igual a um desastre!

- Ora! Me deixe!

- Como devo chamar-te, então?

- Terremoto.

- Assim não te chamo.

- Ah, novato. Se você morrer, que leve meu nome com você.

- Certo.

- Pode me chamar de Átila. Mas avise que qualquer outro que me chamar assim vai se ver com minha espada.

-Tudo bem, avisarei a todos que ouvirem.

Confesso que fico bastante abalado… O que o nome Átila pode significar? Por que estaria ele descontente com um nome? Será que conseguirei arranjar os quadros?

O resto da noite foi para relembrar os exercícios de remoção de pinturas e de entubamento. Terei de levar quatro porta-mapas nesta empreitada. Logo ao amanhecer sou liberado para poder dormir. Acordo no meio da tarde, e ficamos nós agora conversando, Átila e eu.

- Do que se trata a invasão? Algo pessoal? É só pelo dinheiro? Como assim o chefe tem uma coleção?

- Fica quieto, pergunta demais. O chefe pediu, então devemos fazer. Ainda mais tu que deves a ele.

- Ainda sobrará algo pra nós, Átila?

- Criatura, como podes? Sobrará para todos na guilda. Todo achado pertence a todos nós! - disse olhando para os lados ao ouvir seu próprio nome.

- Se algum outro, então, “achar” algo, isto será nosso também?

- Claro, garoto.

- Interessante. Então terei que arrancar muito daquela mansão, ou então não terei o dinheiro de que preciso.

- Precisa de tantas moedas pra quê, garoto?

- Presentearei uma distinta dama.

- Dama? Distinta? Esqueça. Mulheres distintas não precisam do dinheiro de um gatuno.

- Eu ainda a preencherei com joias.

- Bah. Vamos nos arrumar. Temos de ir a pé, cavalos chamam muito a atenção."


Notas Finais


QUALQUER dúvida, qualquer coisinha, comentem que arrumo/explico/ajudo


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