História O submisso segunda temporada - Prólogo -Ken Kaneki

Ken Kaneki
Dias atuais

Meus olhos ardem devido a fumaça de café queimado.
Tento abaixar o fogo do fogão mas acabo jogando água nele para a água parar de borbulhar junto com café estragado.
Droga Kaneki, seja mais esperto.
Estava surpreso por Touka ainda não ter vindo me xingar de todos os nomes possíveis, ela sempre reclamava do modo como eu era desastrado, mas durante esse tempo, nesses últimos dois anos juntos, tudo ficou melhor do que eu esperava.
Já conseguia me controlar e caçavamos suicidas como a anteiku fazia antes, nós dois achamos isso melhor já que eu não me sentia capaz de matar um humano.
Depois de jogar o bule na pia com o café estragado me encaminho até a frente da cafeteria, Touka está rindo servindo nossos antigos colegas da anteiku, até mesmo Nishiki está aqui.
Começo a escutar um zumbido estranho e balanço a cabeça achando que só podia estar cansado demais.
A porta da cafeteria cai no chão devido aos pombos que entram aos montes gritando "mãos na cabeça ".
Nishiki grita e se joga na frente da namorada, mas recebe três balas no peito caindo encima dela.
Touka libera sua kagune e faço o mesmo, então sou jogado contra o chão por algo grande e segurado lá firmemente.
Escuto Touka gritar quando uma kagune em forma de espada atravessa o peito dela.
Começo a gritar sentindo meu coração quebrar em bilhares de pedaços quando Touka cai no chão sendo levada embora por outros pombos que chegam.
Começo a morder a kagune que me prende, mas ela me solta e vejo um pombo sorrindo pronto para atacar.
Apenas pulo encima dele e começo a rasgar sua garganta com minhas mãos, ele grita alto, o sangue saindo pela boca e pelo rasgo no pescoço me fazem rir ouvindo Rize rir na minha cabeça.
Balanço a cabeça e saio pra rua a procurar de Touka, mas ela não está mais aqui, assim como os pombos.
Meus olhos se enchem de lágrimas, mas não tenho tempo de gritar quando um helicóptero começa a atirar na minha direção, começo a correr em direção a cafeteria entro e vou para os fundos, onde sempre havia uma mochila de emergência.
A pego e ando até a geladeira, a empurro pro lado e vejo a saída que construí anos atrás para o caso de o CCG nos achar um dia.

Meus pés me guiam na escuridão em direção ao esgoto.
Quando o cheiro de peixe podre fica mais forte corro mais rápido e me jogo contra a luz caindo na água e me mantendo lá.
Escuto gritos vindo da superfície e passos de botas,o ar começa a me faltar mas eles acabam indo embora me deixando aliviado.
Saio da superfície com dificuldade, sentindo uma grande dor na barriga,chego na margem do rio e me encosto num pneu velho, abro minha camisa e vejo que uma bala atravessou meu estômago.
Enfio os dedos na barriga e retiro a bala choramingando.
"Parece que alguém não mudou mesmo... "
Soco minha própria cabeça fazendo a voz de Rize sumir por algum tempo.
Respiro com dificuldade nervoso.
Mas que diabos.
Como nos acharam?
Eu havia cobrido nossos rastros durante meses, Touka precisava de segurança para ter o bebê.
O bebê.
Meu estômago gela ao pensar no que farão com ela, com nosso filho.
Começo a tremer involuntariamente rindo, Rize parece gritar dentro de meus ouvidos.
"E isso que dá brincar de ser humano, que ridículo, há há há há há, você não é mais humano, você é só um merda que não consegue nada...."
-Para....
"Parar?! Você merece isso,vão abrir sua querida Touka ao meio e vão tirar seu bebê e mata lo, depois vão matar a Touka e usar a kagune dela como palito de dente... "
-Cala a boca maldita... -Tampo os ouvidos me balançando para ver se ela parava.
"Pobre Kaneki, não sabe nem defender a própria família, é por isso que todos vão morrer lentamente... "
-Chega!!!
-Está louco é?
Olho pra frente vendo una garota morena sorrir para mim,seus olhos são de ghoul,mas ela me lembrava o gerente e seu sorriso doce.
-Quem é você? -Falo levantando.
-Uma amiga...
-Não tenho amigos!
-Kaneki Ken, meu pai o Yoshimura gostava muito de você. Mas é claro todos o conheciam por gerente...
-O gerente...
Ela então levantou sua mão para me comprimentar.
-Meu nome é Aline, mas todos me chamam de o rei de um olho só.

Continua...