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História O Tempo de Pinale - Sou diferente?


Escrita por: Litera

Capítulo 1 - Sou diferente?


Fanfic / Fanfiction O Tempo de Pinale - Sou diferente?

     Todos os dias foram...estudar, tirar boas notas para uma boa faculdade, satisfazer meu namorado e é claro a mim mesma, mas esse inferno acabou, a formatura passou e esse é só o começo de nossas vidas, eu não vou começar faculdade agora por diversos motivos, mas ainda sim meus amigos não se afastaram de mim e hoje o Samuel, meu namorado , vem com o caminhão do seu pai para levar a gente para uma cachoeira onde vamos passar o dia com os mosquitos.
  
-Não vai fazer nada pra ele não! Se não ele bate o treco e a gente morre- Falou Yuri.

-Ta achando que vou fazer o que?- Falei.

-Bo.bo.bo...- Yuri começou mais eu só mostrei o dedo do meio e ele riu.

   Eles ficaram na caranga atrás e fui no banco da frente, quando entrei já lhe dei um beijo.

-Como ta sendo dividir o apartamento com uma velha?- Perguntou Samuel.

-Ela fede, mais é legal comigo- Falei- Então... Ta tudo bem.

-Já está todo mundo lá atrás?- Perguntou Samuel.

-Yuri, Agatha e Sandro...ta sim- Falei.

-Convenci aquele meu amigo isolado vir com a gente- Falou Samuel.

-O que trabalha em uma loja de relógios? - Perguntei e ele fez sinal de sim com a cabeça.

-Sempre quis conhecer esse amigo que você tanto fala.

-Eu falo muito dele?- Perguntou Samuel rindo.

-Não... É que você já me contou várias vezes como conheceu ele e como foi engraçado...- Falo sem muito entusiasmo.

-Vou parar- Falou ele.

   Seguimos pelo caminho e uma hora descido colocar metade do meu corpo para fora que nem cachorro já que não tinha nenhum outro carro na pista, ele deu um tapa na minha bunda que ardeu e me sentei de novo.

-Ai!- Falei- Seu agressivo.

-Não consegui me segurar- Falou Samuel rindo e eu apenas sorri.

   Faz três anos que estamos namorando, eu não sinto mais o que sentia antes, ele só parece me amar cada dia mais, não quero deixar ele ruim e terminar, quero tentar ama-lo como ele me ama.

-Chegamos- Falou ele.

   Observei e do outro lado da sua vi uma loja de relógios, todos estavam parados, mas por que? Fiquei admirando tanto os relógios que só reparei no amigo do Samuel quando ele bateu a porta.

-Oi- Falou ele sem jeito.

-Thomas, essa é a Línea, Línea, esse é o Thomas- Apresentou Samuel.

-Prazer- Falei.

-O mesmo- Ele estendeu a mão.

    Quando apertei sua mão comecei a ouvir barulho de ponteiros se mexendo, quando eles começaram a ir mais rápido eu soltei sua mão assustada.

-Ta tudo bem?- Perguntaram os dois.

-T-to...- Falei.

  Me arrumei no meio dos dois e fiquei quieta a viagem inteira, quando saímos do caro Thomas se familiarizou com os outros, pegamos as coisas e caminhamos um pouco até a cacheira que estava vazia, Yuri foi o primeiro a tirar a camisa e pular na água, eu tirei minha calça e minha blusa e fiz o mesmo, eu já vim com sutiã por baixo...estava todo mundo se divertindo, mas tudo que eu conseguia era sorrisos falsos, o que ta acontecendo comigo? Me sinto tão estranha.

-O que posso fazer para minha namorada linda ficar feliz? - Perguntou ele.

   Tudo que eu conseguia pensar fez surgir um sorriso malicioso na minha face.

-Gostei...- Falou ele me entendendo.

   Ele começou a me beijar, e quando levei a mão ao seu peito comecei a ouvir aquele barulho de relógio de novo, no começo ele estava alto e com o tempo ele foi ficando fraco, ouvimos um grito e paramos o beijo, os outros olharam curiosos também.

-Foi o Thomas- Falou Agatha.

-Aconteceu alguma coisa?- Perguntei.

-Claro que sim- Falou Samuel preocupado- Nunca vi ele gritar desse jeito.

   Todo mundo foi atrás para procura-lo, eu também estava ajudando, mas do nada alguém colocou a mão na frente da minha boca e me puxou para atrás, era forte então não consegui me soltar, ele me levou para um lugar longe mais ainda dava para ver meus amigos.

-Línea- Era o Thomas- Sei que vai parecer loucura, mas olha para o peito do Samuel.

   Eu olhei e percebi que tinha uma tatuagem de relógio e os ponteiros estavam se mexendo, mas como...

-Você ouviu o barulho do relógio não foi?- Falou Thomás e estou impressionada com o tanto que ele acertou, o que ele é? -Te trouxe aqui para mostrar, você deve ficar longe dele.

   Eu respirei calma então ele me soltou.

-Por que?- Perguntei.

-Reduziu o tempo de vida dele- Falou ele- Pode parecer loucura eu sei... Qualquer ser humano não resiste a um toque igual ao seu, ele vai morrer.

-Não parece loucura- Abaixei minha cabeça com vergonha- Acha que ele tem quanto tempo?

-Ele teve sorte de não ser uma morte instantânea- Falou Thomas- No máximo algumas horas.

-O que?!- Falei.

-Ou...minutos- Falou Thomas olhando fixamente para um local.

  Eu me virei e vi o Samuel caido no chão e os outros tentando ajuda-lo, eu queria saber mais, só que não agora, preciso ajudar meu namorado...corro para ajuda-lo e o Thomás também.

(...)

    Eu cresci em um orfanato, as outras crianças tiravam sarro de mim só para se sentirem superiores, mas eu nunca chorei...não tanto quanto agora, o Samuel era a única pessoa da minha vida, o único realmente importante, nas então ele morre por minha culpa! Ele morreu de infarto, mesmo sendo tão novo, quando sua mãe apareceu no hospital ela já estava pálida e desmaiou no colo do marido antes mesmo de receber a noticia, e esse tempo todo fiquei lá, sem comer...sem tomar banho...eu matei ele!
   Sinto uma mão no meu ombro, me viro, é meu sogro.

-Ta na hora de ir para casa não tá?- Falou ele- Sei que pra você é difícil.

-Eu...- Olho paro os lados perdida.

-Eu te levo- Falou ele com um sorriso triste, afinal, seu filho acabou de morrer.

   Ele me levou para casa e ainda continuei meu estado de depressão profunda, eu sou um mostro ou alguma coisa do tipo? Só monstros matam pessoas, eu preciso ir atrás do Thomás para ele me contar o que ta acontecendo comigo, com certeza ele sabe...tomo uma banho depois de dias, coloco uma roupa e tento me recompor.

-Línea, você consegue- Falei me olhando no espelho.

   Eu vou de ônibus mesmo, ainda bem que decorei onde ficar a loja de relógios, quando cheguei fiquei observando um pouco os relógios expostos, pareciam ser feitos de um jeito que ninguém mais conseguia copiar, eram relógios simples mas especiais, quando entrei ele estava no balcão consertando um.

-Licença...- Falei, ele levantou a cabeça e olhou direto nos meus olhos.

-Quer saber mais não e?- Perguntou ele.

-Eu sou diferente não sou?- Perguntei.



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