História O Tempo de Pinale - Aquela que a dentro de min

    As pessoas realmente reconheceram que não podem me forçar a ajudar varias pessoas de uma vez, já que não aguento tanto, hoje eu tomei conta das mulheres do palácio, e amanhã pretendo cuidar das grávidas do reino, pelo que eu sei já foram mandados convites para apareceram aqui amanhã, elas que vão contar ao resto to povo sobre minha existência.

-Tente...-Insistiu Mirela.

-Já disse que não vou usar espartilho!- Falei.

   Odeio estar gritando com a Mirela, ela é minha "Empregada" particular, ela é bem calma e paciente comigo, mas eu me recuso a aceitar algo assim.

-A sociedade de onde eu vim as coisas evoluíram, as pessoa passaram a se aceitar como são- Falei -Eu não vou dizer ao povo que sou uma mulher superficial que liga para esse tipo de coisa.

-Entendo esse pensamento, muitas mulheres vão admirar isso- Falou ela- Quer saber...não use, eu também não gosto de usar.

-Então não precisa- Falei- Mas já vou avisando que se tirar agora vai prejudicar seu corpo, já que ele se acostumou com o espartilho.

-Se minhas costas começarem a doer eu coloco de novo- Falou ela.

-Me ajuda a colocar esse vestido?- Falei.

   Ela me ajudou a colocar, eu vou demorar para me acostumar a isso, ainda bem que não é como aqueles extravagantes e pesados, é simples e lindo.

-Me leva até a biblioteca?- Perdi- Não estou afim de esperar o Thomás para ele me levar.

-Claro senhorita- Falou ela.

   Ela me levou por aqueles corredores que pareciam infinitos até a biblioteca, e tinham duas pessoas cuidando de lá com muito carinho para não estragar os livros.

-Aposto que veio ver aquela estante...- Falou um homem.

-Vim- Falei- Mas só avisando gosto muito de ler, vou vir bastante aqui.

-Que bom, a nossa futura rainha cultua com os livros- Falou ele- A estante é logo ali...vai notar como ela é diferente.

   Eu fui procurar e tinha uma estante bem afastada com uma fumaça em volta, com certeza é essa...quando entrei consegui ver todos os livros, olhei os com atenção e todos os livros que ocupação a ultima pratilheira eram da Layses, eu peguei o primeiro que ela fez e comecei a ler, ela era mesmo dedicada aos seus estudos, ela começou a tenha conhecer seu próprio poder com apenas quatorze anos, mas ainda sim tinha anotações muito boas, e também era meio que um diário para ela, algumas paginas eram totalmente fora das pesquisas, ela simplesmente falava do seu dia a dia, eu me matei de rir quando li "Aquele idiota do Thomás me rejeitou pela terceira vez! Ele só gosta de treinar?" , quando peguei nos livros achei que a escrita deles seria diferente, mas não é, são apenas realidade diferente afinal...estão no mesmo lugar, demorei mais finalmente sai de lá e a Mirela estava lá fora me esperando.

-Não precisava...- Falei.

-Já está na hora do jantar, vai querer alguma coisa?- Perguntou ela.

-Vou- Falei -Alguma coisa leve...

-Precisa se alimentar direito- Falou ela.

-Eu sei...- Falei.

  (...)

   Quando sai do banheiro fui me olhar no espelho e eu estava com o cabelo ruivo...

-Eu preciso do seu corpo- Ela falou com um sorriso maligno.

   Ela não vai sair não é?! Todo mundo aqui odeia ela...ela foi até a porta e a Mirela estava lá.

-Mirela! Chama o Thomás por favor, é urgente!- Ela imitou minha voz rápido e depois fechou a poeta.

   Ela tirou o pijama que eu tinha colocado e colocou um roupão sem nada por baixo..o que ela vai fazer?! Ele bateu na porta e ela autorizou usando minha voz.

-Você...- Falou ele a encarando.

-Eu sinto tanta falta de você...- Ela foi para perto dele e passou as mãos pelo seu pescoço.

-Será que não pode deixar ela em paz? Me deixar em paz...- Falou ele.

-Acho que vai querer saber de uma coisa...- Falou ela- Eu morri de velhice.

-O que...- Falou ele-E a execução?

-Acha mesmo que eu morre tão fácil?- Falou ela rindo- Morri oito meses depois daquelas falsa execução.

-Mas você nem era velha...- Falou ele.

-Outra tempinale me matou- Falou ela- Ela ainda está viva e preciso que cuide dela...

-Por que eu faria isso?- Perguntou ele.

-Lembra naquele dia?- Ela levou as mãos dele até minha cintura- Você esvaziou a prisão e ficamos só nós dois, e finalmente você me deixou ser sua...

   Ela abriu o roupão e ele fechou os olhos.

-Olhe, o corpo dela é tão parecido com o meu...- Falou ela.

   Não! Ele não vai olhar, não dei permissão para isso.

-Esse corpo não é seu! Será que pode dizer o que quer?- Falou ele.

-O que acontece com uma mulher que dá a luz a um tempinale?- Falou ela.

-Você...- Ele abriu os olhos para encara-la, mas não se atreveu a olhar para baixo.

-Escute bem- Ela ficou seria- A nossa filha sugou todo o meu poder para ela, ficou com mais do que ela já tem...podem ter passado duzentos anos, mas ela ainda tem sete anos, por algum motivo estranho ela não envelhece mais que isso, e ultimamente ela perdeu a memória então é apenas uma criança perdida, não a julgue por ela ter me matado, não tenha raiva...me prometa.

  Ele respirou fundo.

-Prometo -Falou ele.

-A Línea sentiu a conexão com a Atella assim que a viu, elas são primas- Falou ela- Consegue entender?

-A Atella?- Perguntei, pensei que não ia sair pela minha boca, pelo jeito o tempo dela com meu corpo acabou...

-A Atella é minha filha? Chama a Layses de novo! Preciso falar com ela...- Falou ele um pouco desesperado com a mão nos meus ombros.

-E você queria deixar a Atella na rua não era?- Falei um pouco frustada- Pode deixar que cuido da minha prima.

   Reparei que o roupão ainda estava aberto e Fechei, senti minhas bochechas queimarem, lembrei que tinha de falar um coisa para ele, por mais que estivesse com vontade não mandei ele sair.

-Vem aqui- Falei.

   Ele me seguiu até a sacada.

-Consegue ver esse domo que cerca a cidade?- Perguntei.

-É.. De noite ele sempre aparece- Falou ele.

-Tem uma parte falha ali, um buraco...- Falei - E naquela área que achamos a Atella.

-Se ela conseguiu abrir aquele buraco..do que ela é capaz?- Ele falou intrigado.

-É sua filha...- Falei -Mas vou te ajudar a descobrir, posso conseguir alguma coisa nos registros que a Layses deixou.

-Línea...- Falou ele.

-O que?- Perguntei.

-Se concentre em não morrer por hora...- Falou ele.

-Não vou morrer!- Falei.

-Se for preciso pegue o pode da Atella para você e viva...não deixe isso nas mãos de uma criança- Falou ele que se virou para sair.

-Ei...espera- Falei.

-O que?- Perguntou ele.

-Eu pareço com a Layses?- Perguntei.

-Fisicamente são idênticas- Falou ele - o povo do palácio ainda se assusta quando vê seu rosto.

-Por que será que...- Falei.

-Pergunte a ela- Falou ele -Só ela vai saber responder.

   Ele saiu, coloquei uma roupa de novo e me joguei na cama, hoje eu tive sorte de usar um vestido que não marcava meu busto, mas precisa apresentar o sutiã as mulheres daqui, vou mandar o Thomás ir comprar alguns amanhã.