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História O tempo pode apagar? - Traga-me de Volta


Escrita por: RakBlack

Notas do Autor


Eu ia postar ontem, mas tô sem internet T_T Tô roubando a internet do meu irmão pra postar pra vocês ^^
Não vou enrolar muito por aqui
Boa leitura ^^

Capítulo 27 - Traga-me de Volta


4 meses depois - Outubro de 1998

 

Lucius não queria admitir, mas estava perdendo as esperanças de conseguir trazer Sirius de volta daquele véu. Todas as tentativas tinham sido falhas até aquele momento e ele não sabia se conseguiria aguentar muito mais.

- Já disse que Aritmancia seria o melhor jeito de conseguirmos calcular o momento exato de fazer o feitiço, mas você é mais empacado do que uma porta. – a voz feminina estava deixando ele irritado. Não que não agradecia Raquel por ajudar e estar em cada etapa com ele, até mentindo para seus superiores sobre uma investigação para ajudá-lo. Mas ela era irritante quando queria provar que estava certa.

- E eu já disse que não entendo de Aritmancia... E, pelo que me lembro, você também não estava muito propensa a trabalhar com números, ou estudá-los.

Ela cruzou os braços, parecendo bem contrariada, o que fez Lucius se sentir satisfeito.

- Bom, eu tenho uma amiga que é muito boa com números, mas... Não sei se ela vai querer te ajudar, sabe... Ela é nascida trouxa e não gosta nem um pouco de você. Mas posso convencê-la que está fazendo isso por uma boa causa. – Raquel encolheu os ombros e abriu o livro que segurava.

- Então o que está esperando?

- Acha mesmo que tudo é de graça? Eu posso estar feliz em te ajudar, Malfoy, mas não me confunda com... Como vocês dizem? Ah, claro, não me confunda com uma lufana.

Era só o que faltava. Ela ia começar a cobrar pela ajuda agora? Lucius não sabia se sua paciência aguentaria tanto.

- E quanto você quer? – A voz soou fria, mas a moça não se deixou abalar, limpando os óculos enquanto parecia pensar em algo. – Sabe que sou rico e posso te dar quanto quiser, mas faça isso de uma vez.

- Não quero o seu dinheiro, Malfoy. Quero o seu prestígio. – ela sorriu, vendo que o outro estava confuso. – Sei que agora você não tem mais prestígio e poder, mas também sei o quão fácil o povo perde a memória quando tem o que querem, então logo você terá tudo de volta. – ela arrancou uma página do livro e fez uma careta, como se aquilo doesse nela mesma. – Assim que você voltar para sua posição de poder, quero que você exalte o quanto a escola de Salem é maravilhosa e que os bruxos formados lá merecem reconhecimento na Europa, como qualquer outra escola daqui.

Lucius achava um bom preço a ser pago, mas ainda estava confuso, já que Raquel havia se formado no Castelo Bruxo e não em Salem.

- Castelo Bruxo pode ter me dado o diploma, mas Salem me deu conhecimento e um lar, já que apenas lá eu pude compreender o que via e ser treinada adequadamente. Se não fosse por Salem, não estaríamos aqui.

Era verdade que se atrelar ao nome de uma escola americana poderia sujar ainda mais sua imagem junto aos bruxos ingleses, principalmente Salem, já que era uma escola sem prestígio e conhecida por formar bruxos extremamente charlatões e dotado apenas da capacidade de enganar os outros. Porém, Lucius não podia negar que a bruxa estava certa. Sem a ajuda de Salem, ele não estaria ali, com a chance de trazer Sirius de volta à vida. Ele devia e era seu dever cumprir com duas dívidas.

- Tudo bem, se eu conseguir Sirius de volta, Salem terá a propaganda mais forte que você já viu. E você ainda ganhará todos os créditos pelas descobertas que nós fizemos sobre esse véu.

Raquel sorriu, entregando a folha rasgada para Lucius e diminuindo o livro com um feitiço para guardá-lo no bolso.

- Então eu viajarei hoje mesmo para falar com a minha amiga. Enquanto isso prepare essas duas poções e espere uma carta minha. Quando eu voltar, traremos Sirius Black de volta.

As palavras dela foram fortes e renovaram as esperanças do loiro que já não estava mais acreditando em nada.

Finalmente teria Sirius. Poderiam conversar e se acertar como homens adultos e longe das lembranças da guerra.

Finalmente teria seu companheiro de novo e poderia ser feliz.

 

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1 mês depois – Novembro de 1998

 

- Eu pensei que traria a sua amiga com você. O que faz aqui sozinha?

Ele não podia negar que estava irritado pela longa espera e, ainda mais, por encontrar Raquel sozinha o esperando na entrada do Departamento de Mistérios.

- Ela disse que nunca pisaria no mesmo lugar que um Comensal da Morte tão nojento como você, a não ser que fosse pra te matar, então eu preferi que ela ficasse no Brasil e apenas me desse as informações que precisamos. – A ironia era palpável na voz da bruxa que, agora, tinha os cabelos em um loiro escuro. – E sim, eu pintei o cabelo de novo, me julgue. – ela revirou os olhos e abriu a porta, esperando Lucius entrar.

- Eu não disse nada... – ele segurou o riso, já que era comum alfinetar Raquel pela constante mudança de visual. Ele até pensara que ela era uma metamorfomaga, mas depois descobrira que ela mudava a cor dos cabelos da forma trouxa. – Mas daqui a pouco vão dizer por aí que somos parentes.

Ela o encarou de cima a baixo e encolheu os ombros.

- Na verdade é bem provável que sejamos. Minha família tinha sangue puro até a minha mãe, e tenho bruxos tanto da Espanha quanto da Itália como antepassados, então não é difícil que tenhamos algum parentesco, Malfoy.

Fora a vez de Lucius revirar os olhos com a resposta, já que ela adorava acabar com suas brincadeiras explicando a situação de forma lógica. Aquilo era irritante, mas não podia negar que já estava se acostumando com o jeito da mulher que parecia uma adolescente na maior parte do tempo.

- Mas o importante é que ela me deu todas as instruções do que temos que fazer e o horário certo pra colocarmos o feitiço em prática. Trouxe as poções? – eles caminharam sem muita pressa até a sala do véu.

- Sim. Uma de sono sem sonho e outra para estabilizar os sinais vitais, caso ele volte com algum problema. – ela se sentou no chão de forma displicente e abriu os pergaminhos, organizando as informações e chamando Lucius para perto. – Tudo está pronto e temos mais algumas horas para colocar em prática, mas temos um problema que nem ela tem uma solução, então eu preciso da sua certeza antes de qualquer coisa.

- O que pode acontecer? Você não disse que teríamos algum problema, por que agora temos? – Lucius estava irritado agora, e deixava transparecer. – Eu juro que se...

- Não me ameace, Lucius Malfoy. Não ouse me ameaçar ou eu acabo com a sua vida com a mesma eficiência com a qual estou tentando te ajudar. – a ameaça soou tão perigosa que Lucius se calou. – Eu não sou sua seguidora, sua esposa ou o seu animal de estimação. Não me confunda com você mesmo quando trabalhava pro Voldemort.

Ela era perigosa e Lucius acabara de perceber que o ar infantil e debochado, na maioria das vezes, escondia uma faceta fria e ameaçadora.

O silêncio caiu entre eles enquanto se encaravam, pela primeira vez, com animosidade. Lucius sabia que era aquele que tinha mais a perder se tentasse algo contra a outra, então foi o primeiro a respirar fundo e refazer a pergunta, mas sem pedir desculpas ou se mostrar arrependido.

- O que pode acontecer?

- Sirius vai voltar mais novo. Pode ser alguns dias ou alguns meses, para que não saia de lá após o efeito da Maldição da Morte. Ele vai envelhecer com o passar dos dias, mas minha amiga não conseguiu precisar se ele vai parar de envelhecer pouco depois ou se vai continuar até o “dia da morte” e, se continuar, se ele vai ou não morrer por causa do reflexo da Maldição.

- Isso significa que... Que ainda existe chances dele morrer? – Lucius perguntou, retoricamente, com a voz rouca.

- Sim. – a resposta veio cortante, como se Raquel quisesse se vingar das palavras anteriores de Lucius. – Claro que as chances são menores de isso acontecer, mas preciso que saiba dessa possibilidade antes de qualquer coisa.

Agora estava sem saber o que fazer. Se a Sirius morresse poucos dias depois de todo aquele esforço, tudo teria sido em vão. Mas ainda assim...

- Vamos fazer.

- Eu imaginei que diria isso. – o sorriso, aberto e assustador, voltou ao rosto dela.

As horas seguintes se arrastaram, ainda mais com o silêncio pesado entre os dois ocupantes da grande sala.

Era visível que a pequena discussão anterior balançara os dois lados, mas Lucius não podia deixar de admirar a bruxa por continuar ali ao invés de largar tudo.

- Pronto. Vamos começar.

Os dois feitiços eram bem complexos e compostos por encantamentos e mais encantamentos. Teriam que ser feitos ao mesmo tempo, por isso que, ali dentro da sala, Lucius tinha sua magia de volta, mesmo que fosse obrigado a usar uma varinha qualquer para isso.

Eles começaram, entoando os feitiços como se fosse uma música antiga. Sem nunca vacilar, Lucius se aproximou do véu e o tocou, conseguindo afastar o tecido esfarrapado e ver, através dele, uma confusão de cores. O barulho também não era baixo e nem claro, mas Lucius podia identificar uma voz mais alta, gritando de fúria. Era Sirius.

Raquel se aproximou, segurando o tecido também e deixando o caminho livre para Lucius conseguir entrar e continuar dizendo o encantamento. Ela não fechou a cortina, apenas observou o loiro sumir em meio ao amontoado de informações. Eles sabiam que Lucius deveria ser rápido, ou poderia se perder ali também.

Sem grande surpresa, não demorou para que Lucius viesse caminhando com um corpo em seus braços. Um corpo muito mais jovem do que Raquel esperava ver, é claro, mas ainda assim já era alguma coisa.

Quando Lucius tinha seus corpo de volta a sala do véu, os dois se silenciaram, olhando para o jovem adulto desacordado entre eles.

- Você disse... Você disse que seriam apenas alguns meses! – Lucius não sabia o que e como se expressar.

- Foi o que ela me disse também... Eu... Esse é Sirius Black? – a pergunta veio atropelada em meio a confusão.

- Sim. Esse é Sirius Black com 22 anos de idade. Eu o encontrei em uma rua trouxa totalmente destruída, rodeado de aurores. Ele estava revivendo o momento em que foi mandado para Azkaban. – Lucius colocou o corpo de Sirius no chão e despejou na boca dele a poção do sono sem sonho. Era isso ou ter que acordá-lo do feitiço estuporante que tinha sido obrigado a lançar em Sirius para trazê-lo de volta.

Raquel olhava as páginas furiosamente, não querendo aceitar que tinham errado alguma coisa. A única explicação era que outra pessoa tinha errado aqueles cálculos.

- Se ela pensa que essa traição vai ficar por isso mesmo, ela está totalmente enganada. – a voz furiosa voltou a soar e Lucius estava feliz que não fosse ele o responsável ou o alvo daquela raiva. – Eu ficarei aqui por mais um mês. Quero acompanhar o andamento de Sirius pelas próximas semanas com você, mas depois disso voltarei ao Brasil. Tenho uma bruxa pra ensinar que ninguém me trai sem ter volta.

Lucius concordou, vendo Raquel se acalmar e se aproximar de Sirius, o olhando com calma.

- Eu o levarei para a Mansão Malfoy assim que tivermos mais detalhes do que pode acontecer com ele, mas enquanto isso preciso pedir que ele fique com você, como combinamos que seria.

Ela apenas concordou, se levantando e pedindo para ser seguida.

Lucius entendeu a deixa, pegando Sirius no colo mais uma vez e caminhando em direção à saída.

O momento ainda era de tensão e Lucius não se permitia comemorar. Mas, ainda assim, seu coração dizia que tudo ficaria bem agora. Tudo voltaria a ter cor e sabor á sua volta.

Não importa o que tivesse que fazer, Lucius manteria Sirius junto a si daquela vez.

Daquela vez, Lucius e Sirius teriam a sua merecida segunda chance.

 

Continua...


Notas Finais


E aí? Gostaram? Gostaram?
Me desculpem pela demora em responder os comentários T_T Correria total essa semana.

Ah!! Sirius está de volta!!! Ainda não está tudo certo, mas já temos boas notícias, né? kkkkkkk
Bjs *-*


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