História O tesouro de sabá - interativa - A Carta.

18 de setembro de 2016, Caracas, Venezuela.

PRAZADO SR. / SRA.

A empresa JP MORGANS está patrocinando uma caça ao tesouro, que ocorrerá no dia 25 de setembro de 2016, na ilha de Sabá, Caribe. Estamos aqui para parabenizá-lo (a) pois você é um dos 14 participantes que irá integrar este grupo.
Você só apertará o botão, que está dentro do envelope, caso queira realmente participar da caça ao tesouro, qualquer despesa que você tiver com a competição será paga pela JP MORGANS, por isso você receberá um cartão ilimitado, para usar na compra de passagens, alimentos, equipamentos de sobrevivência, etc. A Ilha de Sabá é conhecida por seus diversos perigos, tais como: Animais selvagens e peçonhentos, plantas venenosas, locais de difícil acesso, catástrofes naturais, entre outros. Contudo, após vários meses de pesquisa, acreditamos que os 14 competidores estão aptos a participar desta aventura. O prêmio equivale a 10 milhões de dólares para ambos os ganhadores, estes poderão utilizar o valor como bem entenderem. Caso você aperte o botão, terá 7 dias para se preparar para a viagem. No dia 25, as 8h00 da manhã você deverá estar no Porto de Caracas, onde irá conhecer o representante da nossa empresa e os demais competidores. É obrigatório trazer consigo uma mochila de sua preferência, dentro dela deverá ter tudo àquilo que você pensa ser essencial para a sua sobrevivência na competição. Atenciosamente JP MORGANS.

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Pietra Muller

Pietra segurava aquela carta como se fosse o objeto mais precioso da face da terra, depois de lê-la mais de três vezes a sua ficha ainda não havia caído por completo e um sorriso surgiu em seus lábios. Finalmente alguém havia reconhecido as suas habilidades e a sua inteligência.
Sem nem perceber pegou o maço de cigarro que estava em cima da mesa e pôs na boca , logo o acendendo com o isqueiro.
_O que aconteceu Pietra?_Questionou dona Rosalina, estreitando os olhos.
_Como assim mãe? Do que você está falando?_Pietra, ainda não havia se acostumado com o jeito observador de sua mãe.
_Se eu bem me lembro a senhorita acabou de fumar e não faz nem 10min, eu conheço a minha filha, você vira uma chaminé quando está nervosa.
_Ta bom mãe, você ganhou, leia essa carta que me mandaram._falou a loira entregando-lhe o objeto.
Depois de algum tempo lendo a carta, dona Rosalina finalmente olhou para sua filha, a garota percebeu que os olhos de sua mãe estavam arregalados e isso era um mau sinal.
_Pietra Muller, se você pensa que vai participar desta competição, você está muito enganada!_O tom de voz da senhora era cortante
_Mãe, o prêmio é equivalente a 10 Milhões de dólares, nós estamos precisando deste dinheiro. O Sr. Thomas deixou claro que se atrasássemos o aluguel mais uma vez ele nos despejaria.
_Menina pare de pensar bobagens, eu e o seu pai vamos dar um jeito na situação!
_Mãe, desculpe-me, mas eu não estou lhe pedindo permissão, eu tenho 22 anos e sei o que é melhor para mim. Você fala como se eu fosse alguém inexperiente, contudo, eu já viajei pelo mundo, escalei montanhas e picos, fiz trilhas e muito mais, esse prêmio é nosso mãe, acredite em mim.
A garota jogou os seus braços em torno do pescoço da mulher e lhe deu um beijo no rosto.
_Você sabe que vai ter que falar com o seu pai primeiro não é?_Perguntou a senhora retribuindo o abraço.
_Verdade, o papai não será tão fácil de convencer._Respondeu a menina sorrindo.

(...)

Ruby Courtney

Ás 22:00 em uma casa no subúrbio da França havia uma garota pulando e dançando em sua sala estar, qualquer um que a visse poderia achá-la um pouco estranha, mas com certeza Ruby Courtney não se importaria, afinal ela é uma garota sem regras, que faz àquilo que tem vontade na hora que sente vontade, sem se importar com a opinião alheia.
Mas nesta noite Ruby tinha um motivo especial para dançar, ela estava comemorando, pois havia sido escolhida a dedo pela maior empresa do mundo, JP MORGANS, a participar de uma caça ao tesouro, só de pensar no tesouro, Ruby, suspirava de um jeito alegre e sonhador.
Ela estava tão agitada que necessitava contar a novidade à alguém, sem pensar duas vezes foi até o skype e chamou Isaac para uma videoconferência.
_E ai chiclete, o que conta de novo?_Perguntou Isaac sorrindo de um jeito afetivo.
_Isaac você não vai acreditar, a JP MORGANS me chamou para participar de uma caça ao tesouro, na ilha de Sabá, Caribe._Os olhos da garota estavam brilhando de tanta alegria.
_Ruby, você sabe que a ilha de Sabá é muito perigosa não é? E essa história está muito mal contada, a JP MORGANS. está promovendo uma caça ao tesouro e não botou isso na mídia? E como você foi escolhida a participar desta competição se não se inscreveu em nada?_Isaac estava com uma expressão cética enquanto falava, tinha certeza que a amiga estava sendo enganada.
_Nossa, não faça tantas perguntas de uma vez só, bem a carta que eu recebi parece ser autêntica, está carimbada e tudo. A empresa talvez não queira que a mídia se meta._Ruby então parou para pensar na última pergunta que o menino lhe fiz, Isaac sabia a dificuldade que ela tinha em se concentrar e fazia várias perguntas de propósito._Na carta eles disseram que passaram meses procurando as pessoas mais qualificadas para participar desta caça ao tesouro, afinal como você mesmo disse, a ilha de Sabá é perigosa, nem todos conseguiriam enfrentá-la.
_Se é assim, eu que deveria ter sido escolhido e não uma garota fraquinha como você, Ruby, você nunca foi acampar, não sabe nem armar uma barraca, como vai se virar em uma competição desta magnitude?
_Isaac, cala a boca, antes que eu te mande longe. Eu posso não saber essas coisas, mas compenso com o meu amplo conhecimento em plantas, sei suas funções e suas utilidades, além de saber um pouco sobre primeiros socorros, aposto que isso me faz uma competidora muito forte!
_Você que sabe chiclete, mas por favor se cuida.
_Pode deixar.

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Diego Borges

_Vó, o Pedro vai jantar aqui em casa hoje, tudo bem?_Diego gritou logo que passou pela porta, os dois amigos estavam pingando suor, pois acabaram de voltar de um jogo de futebol bem disputado.
Diego estranhou o fato de sua avó não ter lhe respondido, mas deixou isso de lado e foi até o seu quarto.
_Cara, você jogou muito bem, sério, alguém deveria ter gravado aquele gol de voleio que você fez no final do jogo._ falou pedro dando um tapa amigável no ombro do amigo.
_Sabe, isso nem foi o melhor, o que eu gostei mesmo foi ver a cara daqueles idiotas quando o nosso time ganhou o jogo._Respondeu Diego enquanto jogava mochila em sua cama.
Os dois então se dirigiram até a cozinha, e se depararam com a dona Jane lendo uma carta,
_Filho, isso chegou para você essa tarde._ falou a senhora se referindo a carta que estava em suas mãos!
_Quantas vezes vou ter que dizer para você não me chamar de filho, minha mãe é a única que poderia me chamar assim, e se eu bem me lembro ela está morta. E por favor não mexa mais em minhas coisas._Respondeu o garoto tirando o objeto das mãos da senhora com brutalidade.
_Cara, não fala assim com a sua avó._Pediu Pedro de um jeito tímido, porém sério.
_Pedro, isso não tem nada a ver com você,então não se meta._Diego estava obviamente irritado e saiu da cozinha sem falar com ninguém, a última coisa que ele ouviu foi a sua avó falando.
_Por favor, não fique bravo com ele, Diego é um garoto bom, porém complicado.
Um nó se formou na garganta do garoto e ele sentiu seus olhos ficarem marejados, mas resolveu esquecer este sentimento e se voltou para a carta, após lê-la com atenção, Diego, viu ali a chance de mudar a sua vida.

(...)

Amanda Levog

Contas, contas e mais contas, quando será que isso vai acabar?_Pensou dona Rose em voz alta, passando as contas até avistar um envelope._Um envelope para a Amanda?_Sua filha nunca recebia nada pelo correio, isso deixou a mulher extremamente curiosa, porém ela se controlou, Sabia que Amanda não gostava quando alguém mexia em suas coisas.
Após deixar as contas em cima da mesa, a mulher foi até o quarto de sua filha, a garota estava mexendo em seu computador e dona Rose nem precisou olhar para saber o que ela estava fazendo, Amanda, adorava testar seus conhecimentos com jogos de raciocínio lógico. Rose não pode deixar de sorrir quando viu que a filha não percebeu a sua presença, a garota estava realmente concentrada.
_Meu bem, chegou esse envelope para você!_falou a mulher de um jeito doce, ela adorava mimar a filha, não excessivamente, só o suficiente para que a garota soubesse o quanto era amada. Para dona Rose, Amanda, era o seu maior tesouro.
_Envelope, para mim? Que estranho!_questionou, Amanda, já estendendo a mão para pegar o objeto.
Amanda tirou de dentro do envelope uma carta, quando leu as seguintes palavras: JP MORGANS seus pequenos olhos se arregalaram, a menina já tinha ouvido o suficiente sobre a JP MORGANS para saber que qualquer coisa relacionada a esta empresa era de extrema importância.
_Então querida do que se trata?_Perguntou a mulher com curiosidade.
_É um convite da JP MORGANS, eles querem que eu participe de um campeonato ou melhor dizendo uma caça ao tesouro que acontecerá perto da Venezuela, o ganhador levará o prêmio de 10 milhões de dólares e suas despesas serão todas pagas pela empresa._Amanda achou melhor deixar de lado a parte que dizia que a competição se passaria em uma ilha perigosa, sua mãe era protetora demais, e acabaria surtando caso soubesse.
Dona Rose soltou um grande assobio, obviamente impressionada com o prêmio.
_Você vai participar filha?
_Claro que sim mãe, e eu prometo à senhora que depois que eu ganhar está competição, nunca mais iremos nos preocupar com contas e nem andar com dinheiro contado.
_Eu acredito em você minha filha._falou dona Rosa enquanto abraçava a garota.

(...)

Olivia Paxton

Olivia estava tapada dos pés a cabeça e a única coisa visível era os seus cabelos ruivos escapando pelo cobertor, a garota teve uma noite complicada, ela tomou uma das decisões mais difíceis até o momento.
Charles havia passado dos limites! Quem ele era para sair com uma "amiga" sem informar sua namorada? Liv não era boba e não agiria como como tal.
A ruiva terminou o namoro com um sorriso no rosto, porém o seu coração estava apertado, mas isso, Charles nunca saberia, Liv foi forte o suficiente para esconder as suas emoções do início ao fim, contudo, ao deitar, no escuro do seu quarto, permitiu-se chorar até pegar no sono.
TRIMM... Tocou o despertador da menina, Olivia se levantou rapidamente, não gostava de ficar muito tempo deitada depois que o despertador tocava, pois sempre sentia vontade de voltar a dormir.
_Como foi a noite da minha modelo favorita? Dormiu bem querida?_Perguntou Mariane com um sorriso digno de um comercial da Colgate.
_Mariane, por favor, não crie falsas esperanças, não sirvo para ser modelo e sobre a minha noite, foi estupenda! Dormi muito bem, obrigada._Disse Olivia antes de morder uma maçã, ela amava comer frutas em seu café da manhã.
_Como não serve? Você é uma das melhores, minha filha, pode ter certeza!_ Olivia nem se deu ao trabalho de lhe responder, sua mãe era tão cabeça quanto ela._Liv, chegou um envelope para você, deixei em cima do armário.
Após fazer o seu desjejum a garota pegou o envelope e foi até o seu quarto, ela leu a carta com atenção e por fim, ali estava a sua chance de mostrar a todos que não era uma garota frágil.
ela então ouviu o seu celular vibrar, pegou o aparelho e viu que era Charles, ele havia lhe mandado um SMS.
Charles: Amor, volta para mim, não sei viver sem você.
Liv: Desculpa, mas a minha vida está tomando outro rumo e você não se encontra nele.

(...)

Katherina Miller

Katherina, como de costume, acordou mais cedo do que todos na casa, por alguma razão a garota sempre acordava antes das 5h00 da manhã, o que era ótimo, pois poderia arrumar as os materiais e a lancheira de Caio sem pressa.
A garota tomou um café da manhã farto, com: pães, ovos, bolachas e suco. Cat caprichava em suas refeições, pois detestava se sentir fraca e isso sempre acontecia quando ela não se alimentava corretamente.
_A minha gata arisca já está de pé, acordou com o galo cantando minha filha?_ Questionou Paulo de um jeito divertido, a garota ficou feliz em ver que era seu pai e não sua mãe que estava ali, ela não queria ver dona Marina nem pintada de ouro depois da briga que as duas tiveram na noite anterior. Marina não parava de implicar com os cabelos curtos e com a vestimenta de sua filha.
_Não sei o porquê deste apelido pai, eu sou tão mansa._Brincou a garota.
_Cat, você poderia pegar o jornal para mim?_Perguntou seu pai enquanto passava a mão pelos cabelos da filha, Paulo sempre foi um pai amoroso, ele queria ter a oportunidade de passar mais tempo com os seus filhos, mas infelizmente ele tinha que se matar trabalhando para poder pagar o tratamento de Caio.
_Tudo bem pai, e para você ver que eu não sou arisca vou ir sem reclamar._ Antes de sair, Cat mostrou a lingua para o seu pai e este apenas sorriu.
Katherina pegou o jornal que estava na frente do pátio e aproveitou para ir até a caixa do correio e para a sua surpresa havia ali um envelope com o seu nome. Cat então entrou novamente em casa e entregou o jornal ao seu pai e aproveitou para abrir o envelope, após ler a carta que continha ali dentro, katherina sentiu uma lágrima escorrer pelo seu rosto, ali estava o milagre que ela havia pedido.
10 milhões caso vencesse o torneio, com esse dinheiro ela conseguiria pagar todo o tratamento de seu irmão e ainda sobraria, seus pais não precisariam trabalhar tanto, poderiam dar a atenção que Caio merece.
A menina passou correndo por sua mãe que estava indo em direção a cozinha.
_Garota louca!_Cat ouviu sua mãe dizer, porém só parou de correr quando chegou ao quarto de Caio.
Ela andou suavemente até a sua cama, ele dormia como se fosse um anjo, a garota estava chorando, mas de felicidade, pois agora ela poderia reverter a situação, seu irmão teria um futuro saudável.
_Garotão, a mana vai vencer esta competição por você.

(...)

Heloiza Salvini.

_Bernardo, o que você está fazendo no meu quarto?_Falou Heloiza enquanto batia a porta do quarto, ela estava muito cansada, o dia foi duro na faculdade e o que ela menos queria neste momento era lidar com o seu irmão idiota.
_Isso é jeito de falar com o seu irmão preferido maninha?_Perguntou o Garoto fingindo estar magoado.
_Bernardo, eu estou sem paciência hoje, será que você poderia dar o fora daqui, para que eu possa tomar meu banho em paz?_ questionou a garota já largando a mochila em cima da escrivaninha.
Seu irmão, então se levantou da cama e mostrou para a Helo um envelope. Ele estava com um sorriso Bobo em seus lábios.
_Se eu der o fora daqui, não vou poder te contar a novidade, está vendo este envelope? Foi a JP MORGANS que lhe enviou, não está curiosa Lolô?
_ Me de esse envelope agora, seu entrometido. E se você tiver amor a própria vida eu te aconselho a não me chamar mais de Lolô, entendeu?
_Nossa, você é muito brabinha maninha, relaxa um pouco.
O garoto abriu a boca para dizer mais alguma coisa, contudo não conseguiu, Helo já havia pego o seu braço e o botou para trás de um jeito bem desconfortável, ela sabia imobilizar uma pessoa como ninguém.
Seu irmão soltou um grunhido de dor e Helo sorriu de um jeito um tanto quanto maligno.
_Vai continuar me chamando de Lolô maninho?_Perguntou a garota forçando ainda mais o braço do irmão
_Heloiza, me solta._gritou Bernardo.
_Bom menino, agora me de o envelope e eu prometo não quebrar o seu braço.
Helo soltou o garoto e pegou o envelope de sua mão, antes de abri-lo deu uma última olhada em Bernardo, o garoto acariciava o próprio braço com uma expressão de dor, ela não pôde deixar de rir da situação.
Depois de ler a carta o sorriso da garota aumentou ainda mais.
_Você vai participar do torneio, não é?_Perguntou seu irmão agora sorrindo;
_É Obvio e digo mais, vou ganhar essa competição