1. Spirit Fanfics >
  2. Os Tronos Celestes - O Trono da Estrela >
  3. Capítulo 2

História Os Tronos Celestes - O Trono da Estrela - Capítulo 2


Escrita por: Pequenarosa

Notas do Autor


Essa história está vinculada com o "trono do sol" e o "trono da lua". Deixarei o link abaixo de ambos. Boa leitura 😘

Capítulo 2 - Capítulo 2


Fanfic / Fanfiction Os Tronos Celestes - O Trono da Estrela - Capítulo 2

        Minhas malas já estavam empilhadas uma na outra. Depois de horas tentando escolher quais roupas e sapatos levaria, finalmente pude organizá-las. É claro que tive um pouco de ajuda. Sem a nossa empregada Dina, eu não conseguiria nem começar.
        - Por que a gente só percebe o tanto de roupa que tem quando viaja?- falo em quanto limpo o suor em minha testa e coloco mais malas em cima das outras.- De onde eu tirei tudo isso?
        - Se você não estivesse tão distraída comprando tudo o que vê, saberia o porquê. E quando volta de suas viagens, tem sempre que arrumar um espaço no armário ou comprar outro pra colocar mais.- Dina dizia com um sorriso astuto.
        - Certo. Eu tenho culpa no cartório.- levanto minhas mãos para cima para enfatizar minha rendição.- Mas eu não sou tão consumista assim…ou sou?
        - Já vi piores.- foi a simples resposta dela.
        - Dina!- tento mostrar indignação, mas acabo caindo na gargalhada.
        Dina Clark é nossa empregada desde meus 15 anos. Na verdade, ela é mais do que isso. Eu a considero como minha segunda mãe. E Tem sido essencial em todos esses anos. Até no momento mais difí­cil da minha vida Dina esteve lá. Mesmo sem me conhecer no iní­cio, ela sabia  como dar conselhos. Se não fosse por ela eu não saberia o que seria de mim e Daniel.
        - Interrompi algo.- meu irmão diz ao abrir a porta e se depara com os risos.- Vejo que sim. Por que não me convidaram pra festa?- ele fingia estar sentido.
        - Porque você estava ocupado demais olhando para alguma enfermeira com seios avantajados.
        - Ei! Eu levo meu trabalho muito a sério, mocinha. - Daniel se aproxima com aquele sorriso canalha no rosto.
        - Eu sei disso. Vejo seu potencial.- ironizo.
        - E então, já acabou de arrumar suas coisas?
        - Graças a Dina, Sim.
        - Que bom, por que eu preciso falar com você.
        - Eu vou ver se o ensopado já está pronto.- Dina diz se retirando do quarto.
        - Algo que devo me preocupar?
        - Não é nada demais. Só queria te dar uma coisa- Ele coloca a mão no bolso direito da sua calça e retira uma caixa branca detalhada com pedrinhas e aquarelas.- Encontrei isso no porão.- ele entrega a pequena caixa, e quando abro vejo um medalhão de uns 60cm circular com uma linda pedra azul parecendo o céu cheio de estrelas e era todo detalhado em ouro velho.
        - É lindo, Dan.- olho para o objeto deslumbrada.
        - Que bom que gostou. Mamãe lhe daria isso no seu aniversário de 15 anos, mas…
        - Não precisa continuar. Eu sei o que aconteceu- falo ao recordar do empecilho disto ter sucedido.- Mas por que me dar agora?
        - Não foi algo planejado. Como eu já disse, encontrei no porão. Estava procurando brinquedos pras crianças aí encontrei isso. Me fez recordar da nossa mãe falando que quando você nasceu o céu estava muito lindo. Estava completamente sem nuvens  e as estrelas brilhavam como nunca em contraste com a Lua. Ela costumava te chamar de "meu pequeno céu" lembra?
        - Lembro. - digo nostalgicamente.- Sabe onde ela comprou?
        - É uma jóia da família. Deve ter passado de geração em geração.
        - É tão lindo- repito sem parar de admirar a peça peculiar.
        - Experimenta, logo.- Daniel tira o medalhão de minhas mãos e o coloca no meu pescoço. Sinto uma leve familiaridade com o objeto. Como se já o conhecesse.  E tudo pára novamente…
        "O mundo sucumbirá e as trevas prevalecerá. A luz não vencerá a escuridão. E o poder crescerá."
        - Está tudo bem, Lu? Você ficou tão pálida de repente.- Meu irmão perguntava preocupado com meu estado.
        - Só estou cansada. Essas malas pesam…fique tranquilo! Não é nada demais.- minto para não alertá-lo. Porque se eu dissesse o que acabo de ouvir estaria mais paralisado e apavorado do que eu.  Aquela voz era suave, porém decidida. Nunca a tinha escutado antes e preferia que depois da primeira vez não houvesse outras. Uma angústia tomou conta do meu ser repetindo e repetindo aquelas frases em minha mente. Era como se fosse um enigma que eu deveria descobrir.  Ou um aviso sobre algo que está por vir.

                    ****************
                                 

        - Já está tudo no taxi, Maninha. Pronta?- Daniel perguntava em quanto eu colocava meus desenhos em minha bolsa.
        - Quase.
        - Seus quadros podem até ser estranhos, mas quando se trata de rostos você capricha.- ele dizia ao perceber uma pintura de uma ruiva com olhos claros. E outra de uma mulher asiática com os cabelos acinzentados. Ambas eu nunca havia conhecido, mas suas faces sempre estiveram presentes em meus desenhos.
        - Lindas, não?
        - E muito! Quem dera minhas ex fossem assim…
        - Continuariam sendo ex, seu bobalhão.- bato de leve em sua testa e continuo. - E não pense que deixei passar o "seus quadros são estranhos".- bato novamente só que com o punho em seu tórax com um pouco mais de força. Até demais, pois ouço um gemido vindo dele.
        - Quando você aprendeu a bater com tanta força? Pensei que os pintores tinham mãos delicadas.- Ele falava acariciando o local da dor.
        - Eu tenho um dom.
        - E seria me bater? O que você é? O Huck?
        - Muitas perguntas, maninho. E nenhuma resposta. Vou deixar você aí com suas dúvidas.- pisco para ele e me retiro do recinto.
        - Pistoleira.
        - Eu ouvi isso, hein! - gritei no corredor
        - Eu sei!
        Depois de ter chegado no aeroporto para fazer o check in, me despeço de meu irmão.
        - Qualquer coisa é só me ligar. Vê se fica bem e não chore muito por mim.- falo rindo mas ao mesmo tempo com um nó na garganta.- Sabe que eu te amo, né?- me desvencilho do abraço para fitar seu rosto.
        - E eu amo você. Se cuida e boa sorte no seu trabalho.- Daniel diz e beija minha testa.- Que mamãe e papai protejam você.- Joseph e Ana Kanwey morreram quando eu tinha 14 anos num acidente de carro. Era de noite e a neve encobria qualquer um, até mesmo um caminhão, o qual bateu no carro deles e capotou. Foi uma perda muito difícil, mas meu irmão sempre me dizia que eles Continuariam conosco. Na época ele ainda tinha seus 19 anos. Daniel praticamente me criou desde então, com a ajuda da Dina, é claro. Mas vi esse menino que se tornou um homem, amigo e um pai pra mim.
       - Não me faça chorar, Daniel Kanwey!- o repreendo limpando os olhos cheios de lágrimas.
       - Posso dizer uma última coisa?
       - Claro. 
       - Você está parecendo uma melancia.- E aí o clima foi quebrado.
       - Não fale mal da minha roupa, seu idiota!- falo aos risos olhando para o meu look. Uma blusa de listras horizontais com uma calça preta e uma bota da mesma cor. E por cima estava meu sobretudo verde folha. Em minha cabeça só continha um gorro vermelho.
        - Seu. Sempre e somente seu, maninha.- ele se aproxima de novo para beijar minha bochecha esquerda.
        - Eu tenho que ir.- digo já saindo de seu alcance mas dou uma volta e corro em seus braços.- Vou sentir saudades.
        - Eu também, maninha. Eu também.

               
                   ****************
 
        Finalmente chego no meu hotel depois de horas no avião. Aparentemente o lugar é bem organizado e limpo como diz no site. A decoração é simples mas linda. Do jeito que eu gosto. Tiro minha roupa e vou direto para banheira relaxar meu corpo na água quente.
        Após alguns minutos de relaxamento decido dar uma volta na cidade. Coloco uma roupa simples e confortável. Uma calça no tom vinho com uma blusa cinza de mangas longas, e por cima, sobretudo preto e cachecol da mesma cor. Pego minha bolsa preta transversal preferida que tem muitas manchas de tintas e cheia de bottons de pintores e suas obras. Alguns deles me inspiravam no meu dia-a-dia por isso gostava de ter-los por perto.
        Ao chegar em uma pracinha não muito movimentada, tento descansar em um banquinho para admirar uma fonte e desenhá-la. Ela era tão bela com suas esculturas dramáticas jorrando água. Fico fascinada pela imagem em minha frente e começo a abrir minha bolsa para começar a obra, mas um vento forte leva minha folhas e quando corro para pegá-las, dou de cara com algo que jamais esperaria ver.
        - Vocês…então vocês são mesmo reais.


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...