1. Spirit Fanfics >
  2. Os Tronos Celestes - O Trono da Estrela >
  3. Capítulo 3

História Os Tronos Celestes - O Trono da Estrela - Capítulo 3


Escrita por: Pequenarosa

Notas do Autor


Olá, minha gente! Quem está acompanhando essa história já sabe, mas vamos repetir... Essa história está vinculada com "O trono da Lua" e "O trono do Sol". Então, para entendê-la melhor é necessário que ambas também sejam lidas! Deixarei os links dos livros citados nas notas finais. Boa leitura 😘

Capítulo 3 - Capítulo 3


Fanfic / Fanfiction Os Tronos Celestes - O Trono da Estrela - Capítulo 3

Durante todo o trajeto de nossa caminhada até o pub mais próximo, não conseguia parar de olhar com ceticismo para as duas figuras ao meu lado. A ruiva e a asiática que eu tanto desenhara em toda minha vida estavam agora presentes e por mais que eu tentasse negar o acontecido, não estava louca. Parecia um sonho ou um pesadelo.
      Quando finalmente chegamos ao local desejado, a ruiva com uma estatura mediana e com seus lindos cabelos na altura dos ombros pede uma bebida assim que adentra no bar. Sua escolha não poderia ser mais excêntrica solicitando um whisky Glen McKenna 50 anos. Uma bebida forte que eu não gostava muito.
      - Então…Vocês existem mesmo.- digo ainda estupefata pela situação.
      - É. parece que sim, Lucy.- A ruiva fala pragmática.
      - Como você sabe meu nome?- pergunto com os olhos arregalados por estar surpreendida.
      - Bem que eu gostaria de saber- A mesma respondia enquanto a garçonete trazia o Whisky tão aguardado.
      - Devo supor que você também sabe o meu.- a mulher de olhos puxados diz olhando diretamente para a ruiva. - Isso é bem esquisito… Amberlly.- E cada vez melhora pois nenhuma de nós conhecíamos uma a outra. E isso era estranho…
      - Acho que estou em desvantagem aqui.- falo colocando um pouco da bebida no meu copo. O que seria um eufemismo, pois não coloquei quase nada. Só queria molhar um pouco a garganta.
      desta hora em diante descobri que Amberlly tinha a mesma idade que a minha e morava no Estados unidos. Enquanto a asiática Kloe nasceu em Vancouver Canadá.
      Nós estávamos ligadas à algo que ainda não sabíamos. Algo muito incomum por assim dizer. Muitas perguntas foram feitas e cada vez mais percebiamos o quanto aquilo tudo estava fora do normal.
      Após esses descobrimentos, Amberlly implica com Kloe por esta ter nascido no Canadá. E vejo o desagrado de ambas uma pela outra. -Ótimo estou no meio de crianças que brigam por qual país é o melhor-. Farpas são soltas e as Interrompo para o que realmente interessa.
      -  Certo… você também tem 22 anos, suponho.- digo sem paciência..
      - Sim.- Kloe responde.
      -  Então, quando foi que começaram a bem….Vocês sabem…- me refiro aos dons peculiares.
      - Aos cinco anos - A canadense fala entendendo de imediato o que quis dizer e nem questiono a americana para saber a sua resposta. Com ela também foi assim.
      - Vocês entendem como isso funciona? Tipo… Toda essa maluquice? - Amberlly pergunta com uma certa agonia de toda aquela conversa. E querendo explicações…como eu.
      - Aqui. - tiro alguns esboços da minha bolsa desgastada de tanto usá-la e mostro meus desenhos antigos, aqueles os quais passei 22 anos da minha vida achando que eram coisas da minha mente, mas que hoje "essas coisas" tomaram forma e se tornaram concretas e reais.
      E como imaginara vi estranheza e surpresa em seus olhares. Havia desenhos que para elas diziam muitas coisas e para mim não eram nada. Elas até me perguntaram como eu fiz tudo aquilo sem ao menos conhecê-las. Entretanto, até eu busco a resposta.
      - Isso… Bem, não faço a menor idéia… A muitos desses desenhos não tem menor sentido pra mim.- respondo enquanto Kloe tateia mais desenhos até que se depara com um em especial.
      - Eu já vi isso… - ela fala olhando para o esboço - Em um sonho!
      - É, isso está ficando cada vez melhor. - A ruiva diz impaciente enquanto enche mais e mais seu copo. Meu Deus! Essa garota vai ter um coma alcoólico!
      - Isso aqui! Esse é meu tio.- a mulher com cabelo acinzentados exclama apontando para o desenho. O homem que a tanto tempo desenhei tinha uma pele morena e olhos verdes e não era nem um pouco parecido com Kloe.
      Noto o desconforto de Amberlly e sinto que ainda há familiaridade para ela. Mesmo que não queira, as recordações sempre estarão lá.
      - Mas isso é… - digo de repente ao perceber um cordão no pescoço da asiática. Um medalhão semelhante ao meu. Porém, o seu cotinha uma pedra branca com reflexos que me lembrava a lua, como se fosse formas irregulares. Olho para a ruiva e a vejo tatear algo em seu pescoço. Entretanto ela não quis mostrar. Só ficou ali pensativa e indiferente.
      - São praticamente idênticos. - Kloe pressupõe.
      - Isso é loucura demais. - Amberlly pronuncia e se ergue do seu banco após pedir a conta do bar.
      - O que está acontecendo? - olho para a mulher que se retira do acento.
      - Estou indo embora… Tenho coisas importantes pra resolver amanhã.- A ruiva anda em direção a porta de saída e faz pouco caso de nossos protestos.
      - Já chega dessa loucura, tenho um trabalho importantíssimo e não posso perder tempo com isso. Espero nunca mais vê-las.- Amberlly diz ao fechar a porta.
      - Aquela vaca!- Ouço a mulher de cabelos acinzentados lhe xingar. Não posso deixar de concordar.
      - Ela não pode fugir por muito tempo. Não se pode fugir de você mesmo. Eu sei por experiência própria.
      - Um dia ela volta. Só espero que de joelhos porque minha paciência já foi aos limites com essa garota! Quem já se viu?! A bonequinha de porcelana tem "coisas mais importantes pra fazer" . GRANDE MERDA! - Kloe exclama quase aos gritos e com os nervos à flor da pele. A cena é até engraçada, mas o acontecido me deixa um pouco temerosa.
      "Unidas elas serão mais fortes. Mas separadas são frágeis e vulneráveis. Quero que detenham-nas  agora mesmo" Ouço aquela voz esbravejante e amedrontadora gritar em meus ouvidos.
      - Ela tem que voltar, tem que voltar.- repito num sussurro como um mantra para me acalmar do som que ainda me perturba.
 
                
                         ***********************
  
      Depois de me despedir de Kloe, fico meditando sobre o que ouvira a pouco tempo no caminho. Quantas vezes mais essas vozes estariam presentes na minha vida?! E o pior é que eu nunca conseguia compreender, só sentia que não era algo bom.
      Ando por um bom tempo até chegar ao meu hotel. Ao adentrar no local sou interrompida de meus devaneios com um toque. Um som familiar. Abro minha bolsa e vejo 10 chamadas perdidas e 3 mensagens por SMS de Daniel.
      - Droga! Esqueci de avisar que cheguei. Ele deve estar maluco de raiva.- digito seu nome e logo seu número correspondente aparece. Retorno à ligação para ele e então atende.
      - LUCY KANWEY THOMAS, espero que tenha uma justificativa muito boa para recusar 20 Chamadas minhas!- meu irmão gritava no telefone. Bom, em uma coisa eu estava certa…ele realmente está com raiva, muita, pra dizer a verdade.
      - Ham... Desculpa, Dan. Estava ocupada com algumas coisa aqui e acabei esquecendo de te comunicar a minha chegada.- tento despistá-lo. Mesmo sabendo que só foram 10 chamadas e mais 3 tentativas mal sucedidas de mensagens. Um leve exagero de Daniel, pra variar.
      -  Meu Deus, Garota. Você não tem desculpa melhor, não? Eu fico aqui parecendo uma mãe maluca atrás de você e a bonita me diz que esqueceu!?- Daniel diz irritado.- E depois vem come essa de "eu sei me cuidar".
      - Daniel, não pira. Eu só não liguei! Fica calmo. EU ESTOU BEM- Falo mais perto do celular para minha voz ficar mais nítida e alta.- Não aconteceu nada comigo. Continuo com todos os ossos e membros do corpo, senhor "eu sou responsável"- debocho da sua cara mesmo diante da bronca. E pelo jeito só quem estava rindo era eu.
      - Você ainda age como uma criança idiota! minha preocupação pra você só pode ser piada, né.    
      - Dan… por favor. Não piora as coisas…não fiz por mal e você sabe disso.- falo me referindo sobre a ligação esquecida.- Juro que não foi intencional… me perdoa, vai.- amenizo minha voz e ouço seu respiração voltar ao normal.
      - Okay. Dessa vez eu deixo passar. Acho que o estresse está me consumindo. Estou a noite toda sem dormir, sabe… mas tudo bem. Agora me conte mais sobre o que fez aí. - Daniel me indaga e sinto um calafrio ao recordar do dia estranho que passei hoje. Um tapa da realidade me faz questionar se aquilo tudo aconteceu mesmo. Entretanto, ainda sinto o gosto amargo daquela bebida forte que eu nunca pediria na vida.
      - Aconteceu algumas coisas…- jogo no ar.
      - Certo. Seja mais específica.
      - Lembra daqueles quadros de umas meninas lindas que você até elogiou? Então… eu não sei como, nem por que. Mas eu as conheci hoje, Daniel.
      - Vindo de você eu não desconfio de nada.- Ele fala rindo.
      - Daniel!
      - Bom, estou sendo sincero, maninha. Quando se trata de você nada é comum… mas gostei de saber da notícia. Elas são muito gatas para estarem somente em um quadro.
      - Seu grande idiota! Eu aqui falando de uma coisa séria e você querendo flertar com as meninas! E aliás, por que está aceitando tudo isso de boa?
      - Desde seus cinco anos, já sabia que era diferente, Lu. E cada ano era um descobrimento em relação a você. Só me arrependo de não ter aceitado isso de fato antes de…
      - Tudo bem. Você não teve culpa.- Interrompo antes de ouvir o resto. Não quero relembrar aquele momento de novo.- Foi algo muito estranho, Dan. Estranho até pra mim. Era como se eu as conhecesse durante muito tempo.- digo mudando de assunto.
      - E elas sentiram o mesmo?
      - Não sei. - essa é a minha simples resposta. Porque eu realmente não sabia o que aquelas pessoas tão familiares, mas tão distantes sentiam ou pensavam sobre mim. É como eu sempre digo "muitas perguntas, poucas respostas".

    

     

   


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...