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História Os Tronos Celestes - O Trono da Estrela - Capitulo 7


Escrita por: Pequenarosa

Notas do Autor


Este livro é vinculado com "O trono do Sol" e "O trono da Lua". E para entender essa história melhor, ambas também devem ser lidas! Deixarei o link nas notas finais.
Boa leitura 😘

Capítulo 7 - Capitulo 7


Fanfic / Fanfiction Os Tronos Celestes - O Trono da Estrela - Capitulo 7

 Dou voltas no meu quarto de hotel, enquanto aguardo Daniel atender minha chamada de vídeo. Depois de todas aquelas revelações, não podia deixar meu irmão desinformado.  Como que nossos pais conseguiram esconder isso por tanto tempo?!
    - Você não tem mais o que fazer, não? São 03:45 da madrugada! - Daniel resmunga esfregando seus olhos. Apesar de saber que horário do médico é todo confuso por causa de suas escalas no hospital, tinha certeza que ele estaria em casa naquele dia, mas somente de madrugada. 
    Corro desesperadamente para frente da tela do notebook e me sento na cadeira.
    - Daniel, eu preciso falar com você… - digo um pouco relutante. Não sei se o que estava fazendo era certo, mas ele deveria saber! Afinal, ele também era filho deles…. Ou o único.
    - Ei, está tudo bem? Por que está com essa cara. Parece preocupada… - Meu irmão indaga já aflito. 
    - Nossos pais...- Sinto um nó na garganta por relembrar de tudo novamente… "sua mãe é Yannel Rous e não Ana Kanwey". - Daniel, Não sei como posso te dizer isso, ma, mas,- Gaguejo por estar nervosa. Entretanto, encontro forças de ir em diante sem parar para respirar.- Nossos pais nos enganaram! Durante todo esse tempo, e eles mentiram para mim... pra você! Eu não sou sua irmã, Daniel! Sou adotada!
    Vejo o rosto de meu "irmão" empalidecer e por um bom tempo, o mesmo fica sem reação. Até que ouço sussurros através do aparelho. 
    - Como você soube disso? Alguém te disse algo? Quem foi? 
    - É uma longa história…- Seria um pouco complicado explicar que sou uma princesa e que nasci em outro mundo. Se eu falasse de Aldin, teria que falar disso tudo. - Mas espera, você não parece surpreso… só irritado…- A face de Daniel demonstrava irritação e nada mais. Era como se não fosse uma novidade, como se já soubesse…- Me diga que você também não sabia, e que não escondeu isso de mim por todos esses anos! - gritei aos prantos.
    - Lu… eu não podia. Mamãe me fez prometer que jamais contaria. - O homem que passou 22 anos ao meu lado, diz a pior desculpa possível. 
    - Eu não acredito! - meu rosto além de estar quente de raiva, estava ensopado pelas lágrimas. Respiro fundo e abaixo um pouco a cabeça. E vejo o medalhão reluzente em meu pescoço.- E todo aquele papo de "quando você nasceu, mamãe disse que o céu estava estrelado", hum? Como ela poderia saber disso? ELA NÃO É MINHA MÃE! - Sei que não deveria estar gritando com ele, mas eu estava muito transtornada para me conter.
    - Lucy, por favor se acalme.- Se Daniel pudesse atravessar uma tela de computador, ele faria. Meu irmão estava muito angustiado com meu estado, e ficar de mãos atadas o deixava completamente aflito. Ouço um suspiro de cansaço vindo dele.- Nossa mãe perdeu sua filha no mesmo dia em que você nasceu. Ela ficou arrasada na época, mas depois de algumas horas, quando chegou a noite, Ana pediu para ver o céu na janela do seu quarto. Por incrível que pareça, ela sentiu uma paz imensa, tanta que chegou até sorrir. Ainda lembro de seu rosto dizendo "meu filho, olhe para o céu! Veja como está lindo" e em seguida "a vida sempre existe, ela continua". Nunca a vi tão forte. Mas, foi quando ,você Lu, chegou que ela realmente pôde voltar a ser feliz realmente. Não sei como veio parar em nossa casa, mas de alguma forma, mamãe já estava lhe aguardando. Ela simplesmente a pegou nos braços e disse que eu teria uma nova irmãzinha, nossa "pequena estrelinha".- Daniel faz uma pausa e continua com uma expressão convicta.- Quero que saiba que eu sempre te amei como minha verdadeira irmã. Nunca sequer pensei um amor menor por causa laços de sangue. Você sempre foi e sempre será minha maninha, Lu. - Seus olhos estavam marejados, mas ainda não se via uma lágrima. Coisa que só acontecia raramente, pois Daniel não costumava chorar…. Ele não teve culpa, eu sei disso. Mas, a dor e a mágoa não me faziam entender sua explicações. 
    - Eu, eu… preciso de um tempo, ok? Ligo para você depois. - Digo antes de abaixar a tela do notebook e ver seu rosto triste ao se despedir também. 
     Meu coração começou a doer. Entretanto, não era uma dor a qual um remédio pudesse curar. Era uma dor na alma. Lágrimas e mais lágrimas encharcam meu rosto até que meu pranto tenha fim.
     - Como posso salvar um povo se nem sei sobre minha própria vida? Talvez nem seja essa tal princesa que eles acham que eu sou.

                       ★★★★★★★★★★★

   
    Estaciono meu carro alugado perto da galeria. Retiro minhas chaves e pego minha bolsa. Ao sair do veículo vejo uma silhueta masculina vir ao meu encontro.
    - Sabe, pra uma pessoa obtusa como você, seu soco é bom doloroso. - Vincent diz alisando seu maxilar. 
    - A obtusa aqui não tem medo de fazer de novo. - Retruco o ignorando por completo lhe dando as costas. 
    - Princesa Lucy. Peço que volte aos seus aposentos. Estará mais segura lá. - Seu tom era impaciente. 
    - Pare de me chamar de princesa!  E não me siga mais!
    - Sou seu guardião, não um perseguidor. meu dever é protegê-la - ele seguia meus passos insistentes. Até que retrocedo e o encaro seriamente
    - Deixarei bem claro pra você…não quero ter nada a ver com Méeridian ou qualquer coisa relacionada com essa tal profecia. Sua vinda aqui foi uma perda de tempo. - vejo seu rosto ser tomado pela fúria e seus olhos perderem aquela cor ávida. 
    - "Tal profecia", "nada a ver com Méeridian"?!- Vincent berrava apontando para mim, já que estava a poucos centímetros de distância. - É isso que faz quando alguém precisa de você? Joga a toalha fora e age como uma criança mimada? Está assim porque descobriu ser adotada? DANE-SE! ninguém se importa. Mas, abandonar um povo que passou anos de luta com uma única esperança, por simplesmente não querer "ter nada a ver".… Faça um favor para o humanidade e cresça! 
    - Você não me conhece, Vincent! Não diga coisas que não sabe! - Replico, apesar de estar tremendamente magoada por suas palavras. 
    - Realmente não sei. Tudo em você não passou de uma grande mentira. - O homem cujo olhos pareciam o mar, aparentava estar decepcionado e muito irritado. - Meu irmão morreu por você. Morreu acreditando nessa profecia. Morreu lutando por ela! Até seu último suspiro foi dedicado as "princesas de Méeridian". - Ele se afasta um pouco de mim mas não deixa de me encarar, e de repente retorna a falar debochadamente. -E veja ela aqui renunciado o seu dever! - Vincent batia suas palmas levemente uma na outra com um olhar ameaçador. Se aproxima novamente de mim até que nossos rostos fiquem quase colados.- Você é uma decepção para o nosso povo, princesa. - Ele murmura em meus ouvidos e depois se retira do local sem olhar parar trás. Me deixando completamente estupefata pelo acontecido. 
    - Babaca. - Sussurro. 
  

   
                          ★★★★★★★,★

    - Vamos, não tem nada demais. Só algumas bebidas, uma boa música e um pouco de curtição, se é que me entende. - Hiraly, a recepcionista da galeria me induzia.
    - Ok, ok. Eu vou. Mas não vou ficar por muito tempo.- Depois de começar o dia com "aquela presença" estressante, fui convidada pela recepcionista para ir a uma balada. Apesar da mínima intimidade, acho que ela percebeu que eu não estava nos meus melhores dias. E é claro que eu nunca frequentei  esses lugares, mas seria legal mudar um pouco. Tirar certas coisas da mente ajudaria muito. 
    Após termos finalmente chegado ao local desejado, passo pela entrada junto com Hilary e dou de cara com muitas pessoas dançando loucamente ao som de Lady Gaga e com luzes piscando para todos os lados
    - Acho que vou ficar no bar. Preciso beber algo! - grito para Hilary pois o som estava exageradamente alto. Ela acena para mim já entrando na pista de dança acompanhada por um estranho.
    Depois de pedir mais de 4 coquetéis para o barman, acho que estava mais que bêbada. Acho que subestime o poder daquela bebida doce. 
    As luzes que vinham do teto incomodavam meus olhos, mas a música que começara a tocar me envolve por completo. Danço freneticamente até que sou abordada por alguém. 
    - O que pensa que está fazendo? - Vincent indaga irritado. 
    - Curtindo, olhos azuis. Curtindo.- digo ao risos sem parar de remexer o corpo ao som de Wonderland. 
    - Pare com isso, Lucy. Não está segura aqui.- ele segura meu braço com força e me puxa para a saída
    - Ei, me larga! A música ainda não acabou… Hahaha vem dançar comigo! 
    - Você não tem limites?! - Vincent grita raivoso. Mas isso só acarreta uma grande gargalhada em mim. Me aproximo vagarosamente dele até eu sentir sua respiração. Fito seus grandes olhos azuis e sua boca sedutora e faço o que deveria ter feito a muito tempo. Selo meus lábios ao dele e sinto um leve gosto de whisky. No começo eram só os lábios, mas quanto ele começou a retribuir o beijo, nossas línguas se encontraram diversas vezes. Fazendo assim, ambos perderem o ar. 
    - Gosto mais de você calado, guardião.

                            ★★★★★★★★
    

    Abro meus olhos e sinto uma dor horrível na cabeça. E para piorar, a luz do sol estava mais reluzente que nunca. Fazendo com que minha cabeça latejasse mais e mais. 
    Saio sem muita pressa da minha cama e calço minhas pantufas ainda cambaleante. 
    - Meu Deus, que ressaca horrível!- murmuro colocando a palma da mão em minha testa.
    - Não teria ficado assim se tivesse ido embora, como pedi. - Um estranho se pronuncia de supetão.
    - Haaaaaaa. - Grito antes de olhar quem havia falado. - Como, como chegou aqui? Por acaso nós fizemos alguma coisa? - pergunto ao perceber que Vincent estava sem camisa e eu… bem, estava com minha roupas de dormir de sempre. Só de imaginar nessa tremenda besteira que talvez tenha acontecido, me trás agonia. 
    - Fique calma. A única coisa que aconteceu foi entre você e a privada. A bebida não te fez muito bem, sabe…- O riso frouxo do rapaz me irrita e ele com toda sua "simpatia" me oferece panquecas com frutas vermelhas. 
    - Precisa comer algo. Seu estômago deve estar vazio. 
    - Bem, já que insiste…- ataco a mesa composta de guloseimas. Pego uma jarra com suco de laranja e despejo no meu copo. Mas, me distraio ao observar Vincent com seus cabelos soltos e úmidos, sem falar no corpo… 
    - Ai! - Grito depois de ter esbarrado no copo de vidro e ter feito ele cair. Além de conseguir conseguir cortar minha coxa, feri um pouco a ponta do dedo tentado catar os cacos. 
    - Espere aí. - Meu guardião pede e sai correndo para algum lugar. Quando volta, vem com uma caixa branca com uma cruz vermelha no centro. Ele me leva para o sofá da sala, senta ao meu lado e abre a caixa de primeiros socorros. Primeiro pega um pouco de algodão com um remédio líquido e passa levemente na minha coxa. Ele estava concentrado em sua tarefa, enquanto eu só prestava atenção nos movimentos de suas mãos. Vincent era tão dedicado… igual naquele beijo… Espera. O beijo! 
    - Vincent.- O homem de olhos azuis pára de fazer o pequeno curativo e me encara. Olho profundamente para ele. Como se pudesse ver a sua alma. Como se ele pudesse ver a minha. - Sinto muito por ontem. Sinto muito pelo beijo… pelo seu irmão, sinto muito por tudo. Não estava nos meus melhores dias e acho que não soube lidar com tantas revelações em um dia. Desculpe decepcionar Méeridian. - Sua face era um posso de  seriedade. Aparentemente ele não demonstra nenhuma reação significativa. Entretando, um sorriso destaca seu rosto. 
    - Ninguém nunca pediu desculpas por me beijar. Na verdade já até agradeceram. - O guardião já tinha finalizado o curativo da coxa e só colocou um Band-aid no meu dedo após ter limpado. - Momentos de crise sempre existem, princesa. Mas, não pode deixar que a fraqueza te consuma. A fragilidade é um pedido para a derrota. Seja forte, Estrela. Pelas princesas, por Méeridian. 

                        ★★★★★★★★★

    Depois de 3 dias que se passaram após descobrir ser adotada, finalmente resolvi retornar para o hotel de Aldin junto com meu guardião. É claro que as meninas nem sentiram tanto minha falta, mas logo que cheguei pedi mil desculpas para o senhor Aldin por minha atitude incompreensível. Quando realmente me instalei no local me juntei com Kloe e Nilus em suas pesquisas com pilhas e mais pilhas de livros. Me traio por um bom tempo com essa fonte de conhecimento. E tanto Nilus, quanto Vincent me  ajudaram muito sobre quais seriam as leituras necessárias, as que realmente me interessaria. 
    Olho de soslaio e reparo a intimidade que Kloe tinha com seu guardião. Pareciam amigos de longa data. E observo sua determinação em conhecer seus passado com extrema animação . E quanto a mim que só soube questionar….
    Como eu pude ser tão egoísta pensado só em mim, quando elas se dedicam por completo por um povo que mal conhece?
    Apesar de minhas repreensões mentais, estava focada em minha leitura, até que Aldin e em seguida Mateo e Amberlly adentram no local. 
    - Boa tarde Amberlly. -  falo simpaticamente.
    - Boa tarde Lon… Lucy. - Era perceptível que o "Londres" estava na ponta de sua língua, mas ela o segura. Estranho…
    Em alguns minutos ouço Kloe exclamar em auto e bom som que achou algum livro. E bom, pelo seu entusiasmo acredito que o objeto em questão seja muito valioso. Ela começa a conversar sobre algo com Amberlly, até que uma imagem lhe chama a atenção. 
    - Espera um pouco… Eu conheço essa moça. - A asiática diz. 
    - Sonhou com ela? - A ruiva indaga.
    - Ela estava em um tipo de caverna e falava com Nilus, Mateo e Vicent. Acho que ela é um tipo de general da resistência ou coisa assim.
    - Ela é uma general? - Amberlly estava curiosamente interessada naquilo tudo.
    - Está tudo bem? Você parece que vai começar a chorar ou coisa assim… Coisa que eu duvido que você tenha sentimentos pra fazer… - Ouço Kloe murmurar para Amberlly. 
    - Ela é a minha mãe… Eles são meus pais verdadeiros. Anthony e Heléne…
    - Seu sobrenome é Virtusolis? - Kloes pergunta já sorrindo.
    - É horrível né?! - A ruiva diz brincalhona. 
    - É… Um pouco. 
    - Me desculpe. Eu só… Desculpe. Eu… Tenho sido uma vaca com a Lucy e principalmente com você…- A mulher de cabelos avermelhados lamenta. E Kloe concorda completamente com sua afirmação. Logo, vejo as duas caírem na risada e não me contenho para me juntar a elas.
    - Aí meu Deus… Vocês estão rindo ao invés de estarem discutindo…  - As observo uma por uma. Estupefata. - Isso é muita loucura.
    - Somos princesas de outra dimensão e estamos destinadas a salvar um planeta das garras maléficas de um feiticeiro do mau. - A ruiva fala pragmática. - Isso daqui não é tão estranho assim.
    - Acho que tem razão. Quem são esses? - indago olhando para a figura de um lindo casal, mesmo sabendo quem eram por ter escutado um pouco de sua conversa. 
    - Anthony e Heléne Virtusolis… Meus pais verdadeiros. - Amberlly responde.
    - Seu sobrenome é Virtusolis? - brinco novamente com esse tal sobrenome estranho. E todas caímos na risada.
    - É, é sim.
    - Então é isso, somos… Tipo amigas agora… - A asiática pressupõe.
    - De acordo com toda essa situação acho que isso seria inevitável. - A ruiva responde acarretando mais gargalhadas.
    - Bem, não tem nada nesse livro aí sobre os nossos pais? - Kloe pergunta esperançosa.
    - Eu não cheguei a ver nada… - Amberlly fala folheando o livro atentamente. 
    - Então, só tem relatos sobre os seus pais? - Indago. Já estava na hora de conhecer minhas origens. De saber quem eram meus verdadeiros pais. 
    - Obviamente que não minhas doces crianças. - Aldin nos Interrompe. - Venham. - o senhor nos convida a segui-lo e obedecemos.
    Nós somos o começo para uma nova história, e a revelação de uma profecia. Somos o passado, o presente e o futuro. Somos as princesas de Méeridian. 


Notas Finais




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