O menino abriu seus olhos, fitou o teto. O local era completamente branco, chegou a pensar que havia morrido. Abriu um enorme sorriso besta, mas quando viu a mãe e o pai dormindo abraçados em uma pequena poltrona de couro que tinha logo ali, o sorriso sumiu.
"Será que estou em um hospital?" - pensou
-Sasuke? - reconheceu a voz da mãe. -Querido, veja! - ela sacudiu o marido até que o mesmo acordasse e visse o milagre de seu filho estar vivo.
-Sasuke? - o homem perguntou assustado. Permanceu um silêncio ameaçador. O menino sabia que levaria umas belas palmadas, é claro se não fosse pior.
-Por que fez isso filho!? - a mulher berrou. -Mamãe ficou preocupada! -disse já com seus olhos lacrimejando pelas memórias de 3 semanas atrás.
-M-mas m-mãe! - o menino disse com certa dificuldade, não sabia quanto tempo havia apagado. Só sabia que queria ficar sozinho e isolado agora que suas lembranças voltaram em um curto flash back. Então logo se lembrou, do celular e do colar... - CADÊ O COLAR E O CELULAR? - berrou, exigindo os objetos com certa urgência.
-O colar está aqui, tivemos que mandar limpar e o celular, bom você irá ficar sem ele. - o pai disse olhando o colar meio receioso de devolver. Mas o celular guardou no bolso bruscamente.
-Me devolve é meu! Foi Nii-san que me deu! É MEU! - fez birra
-Nananina não, o celular foi seu irmão que te deu, tem razão, é seu, mas ele te causou mal nas primeiras horas de uso, então estara confiscado, daqui a 3 anos podera pega-lo de volta. - o menino abriu a boca e ia reprovar a ideia do pai mas a mãe o roubou um abraço.
-Filho, relaxa, vimos o número de celular que você tinha telefonado. Ligamos para o tal número e descobrimos o dono. E sim, Itachi está bem. O médico passou para ele médicamentos e uma lista de coisas que poderia comer e coisas que deveria evitar fazer muito uso. - a mãe disse para o menino que se sentiu mais aliviado do que o normal.
Uma enfermeira abre a porta e vai até o menino com uma bandeija de frutas, suco de laranja e uma sopa de macarrão de letrinhas, batata e pedacinhos de bacon.
-Eu ouvi vocês conversando, então achei que o campeão tivesse acordado. Então creio que está com fome não é mesmo? - ela perguntou, o menino sentiu o cheiro da comida. Parecia deliciosa, ouviu sua barriga roncar, ficou com vergonha. Estava com fome mas não queria admitir. -Tudo bem, já ouvi sua resposta. - ela o ajeitou na cama e colocou a bandeija em seu colo. -Pode comer, não tenha medo, não tem veneno. - ela disse e saiu.
A última fala da enfermeira fizeram os pais do menino ficarem alerta. Pareciam gatos assustados.
-Isso está muito bom! - o menino disse aliviando os pais de tais pensamentos.
-Sasuke, fica quetinho mamãe e papai vão buscar café, ok? - a mulher perguntou meio receiosa de largar o filho sozinho, mas teve que ir mesmo sem a resposta do filho,pois a fome e exaustão falavam mais alto.
O menino viu os pais se retirarem. Pegou o colar, o fitou e o cherou. Estava fedendo a alcoól. Isso fez com que te desse uma leve tontura. O cheiro do alcoól com o cheiro da deliciosa sopa de letrinhas piorou sua situação. Tentou concentrar-se em um só cheiro, o que estava alegrando mais o seu olfato e sua barriguinha, o cheiro da sopa.
[ . . . ]
Quando faltava apenas 5 colheres para acabar sua sopa passou uma criança de longos cabelos loiros e olhos azuis em frente a porta do seu quarto. A criança estava disnutrida, parecia estar sendo tratada mas que ainda não teve efeito. "Ela" começou a encarar o seu prato de comida, o menino olhou para o prato e olhou para a criança que não sabia se era menino ou menina, mas ele imaginou ele ou o próprio irmão no lugar da criança loira. Então ele chamou a pequena criança e lhe deu o prato de comida. E a pequena criança sussurrou um fraco "obrigado!" e saiu contente do quarto.
O menino sorriu com a sua própria ação.
-Desculpe a demora filho, a fila estava enorme. - a mãe chegou já fazendo drama. ela observou e reparou que faltava o prato de comida. -Cadê sua comida filho?
-Dei para alguém que precisava mais do que eu. - disse se lembranado de sua ação.
-Tenho muito orgulho de você campeão! - a mãe sorriu, o sorriso mais lindo que o menino já tinha visto.
-Por que vocês estão me chamando de campeão? - o menino perguntou confuso.
-Por que você batalhou 3 vezes com a morte e ganhou! - a mãe abriu mais o sorriso
O garoto não entendeu nada e ficou com um ponto de interrogação na cabeça, e a mãe começou a explicar.
- Você fez um corte fundo, que causou uma hemorragia, lutou 2 vezes com a parada cardíaca e na terceira você quase morreu. Mas por sorte, uma bela menina ou menino não sei, de longos cabelos loiros e olhos azuis doou sangue para você. - a mãe disse fazendo o menino se espantar.
-O meu prato de comida l-lembra? - ele perguntou
-Sim lembro. - ela deixou o filho prosseguir.
-Eu dei para uma pequena criança de longos cabelos dourados e olhos azuis que parecia disnutrida. - ele disse se lembrando de seu ato.
-Então era essa criança mesmo! Ela ou ele tinha um problema de disnutrição, mas mesmo assim teve a bondade de doar sangue há você! - a mulher ficou feliz em reconhecer a tal criança.
-Senhora desculpe mas você vai ter que se retirar, seu marido a aguarda do lado de fora. - o médico entrou já dizendo para a mulher.
-Tudo bem, tchau bebê! - ela depositou um beijo na testa do filho e saiu da sala, aguardando notícias do lado de fora.
[ . . . ]
-Parabéns mocinho! Sua regeneração está quase completa! - o médico disse fazendo um cafune na cabeça do menino que sorriu.
-Meu bebê é fortinho, sempre come legumes e frutas! - a mãe entrou comemorando pela boa notícia.
-Parabéns filhão - o pai o abraçou.
-Está pronto para recerber sua alta? - perguntou o médico
-Eu já nasci pronto! - o menino disse com um tom de determinação deixando todos ali felizes pela volta da auto-estima do menino.
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