História O último crepúsculo - Desejo afrodisíaco

- Alô? - sussurou a outra pessoa ao telefone, uma voz pálida porém fácil de reconhecer, era Katy:

- Oi...- respondi meio desconfiado, o que Katy queria?

- Caius! - em tom de desespero ela desabou a chorar -Caius...

- Katy o que foi, está tudo bem? Aconteceu alguma coisa? - que pergunta idiota, com certeza era por causa do que aconteceu na escola:

- Caius por favor, venha aqui em casa....eu..eu preciso muito de você...

Ela podia ter feito a pior coisa do mundo mas ainda era minha melhor amiga, a garota com quem passei a minha vida inteira, que fez meus dias alegres quando passava por grandes tempestades, eu não podia ser egoísta e deixar Katy quando mais precisava de mim. Assim que desligue o telefone sai correndo e entrei no carro, gritei por alto que estava indo ver Katy para minha mãe. Chegando na esquina da rua, avistei Katy sentada na calçada e uma ambulância rodeada de pessoas e enfermeiros, estacionei o carro de qualquer jeito e logo fui de encontro a ela, Katy estava em prantos, a abracei forte:

- Calma, vai ficar tudo bem, não se preocupe! - sua cabeça ruiva entre meu peito se aconchegava, o choro ia sessando, levei Katy para dentro e dei um copo da água para ela, um dos socorristas me chamou para explicar a situação, o irmão de Katy desesperado me pediu para ficar com Katy, pois ele iria passar essa noite no hospital, não tinha como eu recusar. Katy vivia com seu irmão Bryan, ele tinha 24 anos e fazia faculdade, de vez enquando ele parava em casa, e com sua avó, que beira os 70 anos, mas aparenta ser muito mais jovem, e é uma senhora saudável, como pode ter esse princípio de infarto... é enlouquecedor.. 

Katy estava muito abalada, ficamos abraçados por um bom tempo sentados no sofá até ela se acalmar:

- Quer que eu prepare chocolate quente? - tentei animar Katy, ela sorriu levemente ascenando que sim com a cabeça, e lá fui eu fazer meu famoso chocolate quente com marshmallow, voltei pra sala Katy estava olhando pro nada, com uma expressão de raiva, como se algo a incomodasse, mas logo notou minha presença e sua expressão mudou, me sentei ao seu lado sem fazer questionamentos a entregando sua caneca de chocolate quente, ela sentiu o aroma, sorriu, logo em seguida tomou do mesmo:

- Faz muito tempo que você não me faz chocolate quente. - disse em um tom triste, mas logo sorriu - gostaria que fizesse mais vezes! - retribui seu sorriso, ela corou:

- Sim senhora! - fiz sinal de continência e rimos, ficamos à maior parte do tempo relembrando nossa infância, até que Katy caiu no sono, a peguei cuidadosamente para que não acordasse e a levei até o quarto, a deixando na cama e me sentei ao lado dela, uma mecha de cabelo caia em seu rosto, então a tirei delicadamente. Katy parecia um anjo dormindo, ela era linda, um ar meigo que transmitia, sorri a admirando enquanto acariciava as bochechas rosadas de Katy, parei imediatamente quando me lembrei do beijo com Diana, eu não podia misturar meus sentimentos, confundi-los seria a morte do meu ser. Levantei delicadamente dando de costas a cama, quando repentinamente Katy me puxa com força pelo braço fazendo eu cair encima dela...."aí não", pensei comigo mesmo, ficamos à centímetros de distância, nossos rostos estavam muito perto um do outro, eu estava ficando preocupado de não conseguir sair dali...:

- Eu gosto de você..- sussurrou Katy interrompendo meus pensamentos - Eu gosto de você desde quando éramos crianças! Desde quando bateu nos garotos do maternal que me chamavam de bruxa, lembra? Você sempre esteve aqui comigo e eu sempre tive medo de me declarar, sempre tive medo de ser rejeitada por você...

- Katy...- a interrompi, eu não queria magoar a minha amiga, eu estava totalmente perdido:

- Não diga nada Caius, só me dê a oportunidade de mostrar como me sinto! - Seus olhos brilhavam, ela passou as mãos por dentro do meu cabelo e segurou minha nuca, me puxando pra perto de seus lábios e selando os meus com delicadeza, me deixei ser levado pelo calor do momento é retribui seu selo, logo nosso selo se transformou em um beijo caloroso e cheio de emoções empregadas por ela, eu me sentia fraco e mesquinho, mas como eu temia, não consegui sair dali. Nossas línguas entrelaçavam e íamos nos empolgando a cada minuto, sua mão que estava pousada em minha nuca desceu ate as minhas costas, por um momento tudo se apagou da minha mente, e o tesão tomou conta da minha consciência, minha mão parou em seu seio, nossas pernas estavam juntas e eu sentia o fogo subindo entre minha espinha, ela começou a me despir, será que eu deveria parar agora? Sim, óbvio...mas porque não consigo? Ela olhou pra mim e tirou seu vestido, ficou apenas de calcinha na minha frente, não tinha como eu ignorar, não tinha como eu parar, seu corpo era perfeito, seus seios me chamavam, os segurei com força, repensando nos meus atos. No final de tanto pensar, transamos...E certamente isso foi um tiro no meu peito, ela se aconchegava no meu peito, mas eu não conseguia parar de pensar na Diana, não conseguia parar de pensar que depois disso, alguém sairia ferido, e provavelmente eu sairia ferido de qualquer forma...eu estava totalmente perdido.