1. Spirit Fanfics >
  2. O Último Domador Elementar >
  3. Primeiros contatos

História O Último Domador Elementar - Primeiros contatos


Escrita por: DrMister

Notas do Autor


Espero que gostem, 15 comentários é o próximo.

Capítulo 3 - Primeiros contatos


   Eu já estava alucinado, perdendo a cabeça. Cara, você tem noção do que é despencar de um penhasco? Aposto que não, se não você não estaria lendo isso aqui agora. Minha vida meio que tinha passado na minha cabeça em questão de um segundo— Beleza agora só faltava quatro segundos pra eu cair, já que geralmente nos filmes demorava cinco— eu me arrependi de ter feito cara feia pra Joseph sem motivo algum, ou até mesmo de não ter dado explicação alguma para meus pais. Imagina eles irem ao meu quarto e encontrar a cama vazia, e nunca mais verem seu filho adotivo— acho que seria o dia mais feliz da vida deles. Falando sério agora. A única coisa na qual eu pensei em fazer, foi me agarrar ao cinto de segurança, fechar os olhos, morder os dentes e rezar o pai nosso— tudo isso em cinco segundos—. Só que algo estava errado. Ou eu estava ficando louco, ou era tudo um sonho desde o começo, ou aquele penhasco era alto de mais. Só o que lembrei, foi isto.

   Onde estou?, pensei. Assim que abri os olhos, entrei logo em espanto e sentei-me, reparando que eu estava em uma maca. Olhei para o meu corpo e vi vários tubos ligados a um saco de soro. Arranquei todos e tentei me levantar. Uma mulher alta e loira barrou minha passagem, e algo na mão dela me fez ficar sonolento, querendo dormir uma eternidade e sonhar com flores. Chacoalhei a cabeça e voltei ao meu estado normal. Ela era linda, notei. Não hesitei, sentei-me novamente na maca. Ela pareceu chamar alguém, e então, dentre alguns segundos, um homem moreno e forte entrou na sala na qual só eu, ela e meia dúzia de garotos aparentemente da minha idade que estavam deitados assim como eu estávamos. Eu o reconheci de longe. Era ele o rapaz que teria aparecido em meu carro. Notei o anel que estava em um de seus dedos, era o mesmo no qual eu teria visto quando peguei na sua mão. Uma onda de raiva tomou meu corpo. Levantei-me bruscamente da maca. Dessa vez, não teve charme algum que pudesse impedir. Eu queria acabar com aquele cara. Mas ele pareceu prever o que eu iria fazer. Assim que eu parti pra cima, ele desapareceu, e incrivelmente, apareceu do lado da maca. Eu fiquei boquiaberto, nada era certo, mas parecia tão normal. A moça loira riu, e ele também acompanhou seus risos. Senti-me um idiota.

   —Não precisa se assustar garoto, na verdade, é normal que todos se assustem. — Ele ergueu a mão, como em um cumprimento – Prazer, Jimmy Lins. Eu fui seu tele transportador, agora não preciso mais me preocupar com você.

   Eu não ergui minha mão para apertar a dele, mas assenti, como se tudo aquilo fosse normal. Confesso que fiquei um pouco com medo.

   —Não precisa ter medo, garoto. O medo é bom, ele lhe mostra o limite.— Lentamente, ele voltou a sua mão para a posição normal, um pouco sem jeito.

   —Pare Jimmy. Você vai assustar o garoto. – Falou a moça, após cessar os risos — Desculpe-me, jovem, me chamo Amber Johnson e sou enfermeira aqui do instituto. Seja bem-vindo. — Ela não arriscou tentar me cumprimentar, mas passou a mão sobre os meus cabelos, que se arrepiaram. — E qual o seu nome?

   —James, James Lancaster, senhora.— Respondi ainda muito assustado.— Desculpe-me a interrupção, mas você disse que é enfermeira aqui do instituto...

   —Isso mesmo, James.

   —Instituto de que? E como assim bem-vindo? Aqui não é a upa? Eu não pretendo ficar aqui! E... a propósito... Belo truque ali o seu coleguinha.— a ficha tinha caído para mim.

   —Que truque? Esse?— O rapaz se intrometeu, e começou a desaparecer e aparecer de diversos lugares pra outros, o que me deixou bastante intrigado. Sabe aquele momento em que algo muito estranho acontece, mas que pra você, aquilo era o certo? Que aquilo era o normal? Pois é, era aquilo que eu sentia.

   —Na verdade, você vai ficar aqui mais do que imagina, James. Eu não posso lhe contar muita coisa, o seu guia lhe explicará melhor, o meu trabalho já está feito! Você sente alguma dor?— Completou a enfermeira.

   —N-n-não. – Respondi.

   —É, então está feito. — Ela finalizou e me direcionou até a porta, em seguida, ela se fechou automaticamente e lá estava eu, sozinho novamente. Em um corredor imenso, com diversas portas.

   Fui caminhando lentamente, curioso, ao mesmo tempo assustado. Um sinal semelhante a aqueles sons de sirenes escolares que servem pra indicar o intervalo de uma aula pra outra tocou, e não foi só o som que teve semelhança. Assim que tocou, várias portas se abriram, e diversos garotos de tamanhos e aparências variadas saíram em disparada pra diversas direções, gritando, uma empurrando as outras, como num colegial. Eu fui levado pela multidão. Em poucos segundos, um homem de meia-idade e com uma tremenda cara de mau-humor veio em minha direção.

   —Olá, filho. Eu sou Andrey Aquino e irei lhe guiar por um dia pelo instituto. Primeiramente, você deve ter um monte de perguntas a fazer, mas eu irei responder cada uma delas. Vamos começar do início.— Ele começou a andar até uma sala, e então eu achei melhor segui-lo.

   —Espera, cara. Eu tenho vida fora daqui. Tenho amigos, famílias. Você não entende?

   Ele me ignorou, e então entramos em uma sala escura, com várias televisões de todos os tamanhos iluminando o local. Nas televisões, diversas filmagens que pareciam estar sendo gravadas com câmeras. Até que ele pegou o controle, apertou alguns botões e voa lá! Lá estava eu, em um dos televisores. Deitado em minha cama, todo coberto.

   —Você nunca esteve no bar, você nunca esteve aqui. Pelo menos não o seu android. Esses são nossos androids 2.0 generation, eles tem a função de agir como você, comer como você come, andar como você anda, falar como você fala, enfim, ser você. Fora, que tem uma aparência irreconhecível. O que diferencia você dele, são apenas seus dons. Eles foram criados para não notarem sua falta e nem a de nenhum outro aluno. Agradecemos a Área 51 por isso.

   —Como se fossem notar. — Completei.

   —Continuando, aquele que lhe trouxe pra cá, tem o dom de se tele transportar, geralmente, pessoas com esse dom aqui no instituto, tem esse cargo. Eles têm a função de trazer mutantes para o instituto, como você. Ninguém está aqui em vão. Todos têm um dom, e são devidamente empregados de acordo com eles. Eu só estou lhe guiando porque sou um veterano aqui no instituto. Há anos que eu já fui como você, caro. Acredite um dia você se acostuma. Prosseguindo... Assim como em uma escola, você terá aulas, horários e essas outras coisas chatas. Acredito que já sabe qual é o seu dom, e então, me diga. Eu sou curioso em relação a essas coisas.

   —Não tem essa. Eu não tenho dom. Não sei nem por que estou aqui. Eu vou é me mandar! Tudo isso aqui é surreal. – À medida que eu ia falando, lágrimas sairiam de meus olhos. Eu era tão brincalhão que não conseguia falar nada sério com mais de quatro frases para alguém que eu respeitasse que já começava a chorar, mas não chorar de se acabar, apenas algumas lágrimas saindo sem que você percebesse, como nos seminários em escolas.

   Ele puxou do bolso um lenço e me entregou, eu peguei e enxuguei minhas lágrimas.

   —Acontece isso com a maioria das pessoas, acredite.

   —PARA DE AGIR COMO SE TUDO ISSO FOSSE NORMAL, EU DEVERIA ESTAR MORTO. – Dessa vez, tive que aumentar o tom.

   —Ok então, acho que você já sabe tudo o que tinha que saber. O seu dormitório é o 156 coluna E. Cada dormitório ocupa duas pessoas. Ou seja, você terá um colega de quarto. Ou ele já está lá, ou ainda irá chegar. Sua mala com suas roupas e objetos que você considera importante já foram trazidos magicamente, então não precisa se preocupar. Eles estão na porta de seu dormitório. E junto a eles, tem uma mochila, com a chave, horário e coisas básicas aqui do instituto. Tenha um bom dia, e tchau.

   O homem então, se foi me deixando sozinho novamente. Acreditem, mas aquele foi o único momento da minha vida que eu estava levando as coisas a sério.


Notas Finais


Algum erro de ortografia, cronológico ou algo do tipo? Relate nos comentários


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...