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História O Último Domador Elementar - O Baile


Escrita por: DrMister

Notas do Autor


Moçada, preciso de um nome para esse instituto. "Kings" não dá. Sugestionem aí nos comentários por favor.

Capítulo 5 - O Baile


   Quando acordei, lembrei-me do que teria ocorrido, e então agradeci por tudo ser apenas um sonho, pelo menos, era o que eu achava. Quando me levantei, animado para ligar para Joseph e desculpar-me, tropecei em um monte de fios, caindo no chão, em seguida fui surpreendido por gritos.

   —Ah não, cara. Eu não acredito. Filho da mãe, eu tava quase zerando e nem tinha salvado o jogo, mano. Agora vou ter que começar tudo novamente. Argh — por um instante pensei que fosse Joseph, mas olhei para a parte de cima do beliche e notei Bruce, que estava jogando, bem que já diziam que toda alegria é passageira. Ele saltou do colchão do beliche de cima e conectou novamente a tomada em um dos encaixes perto da gaveta, que provavelmente eu tinha arrancado ao cair.

   —Olha cara... — quis desculpar-me, mas não estava com saco para isso — Quer saber? Esquece.

   —Tá, tá, tudo bem. Mas olha lá da próxima vez — ele voltou pra cima do beliche e começou a se entreter em uma pilha de eletrônicos. Subi as escadas do beliche e notei diversas fatias de pizzas jogadas pra um lado, caixas pro outro e tive um pouco de nojo, desci novamente e peguei o bilhete da universidade que se encontrava em cima da gaveta, lembrando-me do tal baile.

   —Ei, que horas são? — perguntei ao garoto, pensando se seria necessário ir a esse baile.

   —São oito horas da noite, por quê? — o ouvi dizer lá de cima — Vai pro baile?

   —Não sei exatamente se quero ir — deitei-me na cama de baixo do beliche — Na verdade acho que não vou n... — nem deu tempo para terminar a frase quando Bruce colocou a cabeça entre o espaço do meu colchão e o dele.

   —Como assim você não vai pro baile? Cara, tá maluco? Vai ter comida, mulher e tudo de bom, fora que iremos conhecer mais ainda o instituto e se divertir muito cara. Vai ser de mais, não sabe o que tá perdendo.

   —É, eu sei. Mas só em pensar em pegar toda aquela escadaria... Passar pelas colunas A, B, C e D tudo novamente, fora mais cento e cinquenta e cinco dormitório até chegar lá em baixo é difícil. — suspirei, não querendo lembrar-me da experiência passada.

   —Como assim? Velho, é só pegar o elevador que você já dá de cara com a coluna E a partir do centésimo quinquagésimo dormitório. Vai me dizer que você pegou a escada desde a coluna A? — ele desceu do beliche, depois me encarou. Em seguida se jogou no chão e começou a gargalhar. — Eu não acredito! Você é muito trooouxa.

   —Ah, que merda. — sentei-me sobre o colchão. — Ok, se quiser ir temos que nos apressar, vamos logo tomar banho e se arrumar.

   —Como assim tomar banho? Já tô pronto, oras.

   Olhei para Bruce com certo espanto, em seguida fui até o banheiro e tomei uma ducha, aproveitando também para escovar os dentes. Mas eu não sabia como ir a esse tal baile. Afinal, nem roupas eu tinha. Foi quando me lembrei da mochila de iniciante. Assim que a abri, parecia mágica. Uma roupa formal estava lá bem na minha frente. A peguei e vesti.

   — Vamos? — dei duas batidinhas no beliche de cima, alertando o garoto. Ele deu um salto e fomos juntos para o corredor, o que fez ele me mostrar o tal elevador. Senti um pouco de ódio, e então descemos até o salão principal.

   Velho, quando falamos em baile, eu esperava mais algo formal, principalmente porquê no convite tinha dizendo para vestir um traje formal. Mas não foi o que pareceu. Parecia mais uma balada. Luzes que não se acabavam mais, uma mesa de bar gigantesca, com várias bebidas nas prateleiras e muita, mas muita mesmo comida. Vários jovens aparentemente de minha idade e também de idades maiores que eu, dançava e se requebravam feitos doidos. Alguns casais optaram por se agarrar em um canto do salão, enquanto em um ponto mais alto, uma mulher de aparentemente setenta anos estava sentada, junta a outras pessoas com mais ou menos a sua idade, exceto por um jovem charmoso que também estava ao seu lado, que deveria ter por volta uns quarenta anos. O som estava extremamente alto, até sorri um pouco, mas quando olhei pro lado, vi Bruce com seu celular em mãos, dedilhando sem parar.

   —Ei, você quer parar um pouco com isso? — em um movimento veloz, tomei o celular da mão do garoto e ele tentou meio que pegar de volta.

   —Me devolve, devolve cara.

   —Você não disse que queria vir pra ver mulheres e se entreter? Você não vai conseguir conhe... — quando me dei conta, ele estava com outro celular em suas mãos, e então suspirei — Esquece.

   Largando Bruce de lado, fui até a mesa do bar, relembrando os momentos no bar que eu costumava ir com Joseph, e como de costume, sentei em uma das cadeiras do balcão. Não demorou muito e uma mulher morena e baixa colocou uma bebida na minha frente.

   —É... me desculpe, estou sem dinheiro hoje. Talvez outro dia. — tentei recusar a bebida, afastando o copo um pouco para o lado.

   —Deve ser novo por aqui... não costumamos cobrar. — ela empurrou o copo novamente em minha direção.

   —Ah, então... sendo assim... — de vez, virei o copo na boca, secando o copo. Eu não estava acreditando naquilo. Era álcool. Não só álcool, mas álcool puro. E eu era menor de idade. Nossa aquela seria das fortes.

   — Vai com calma, calma. Quer outra?

   — Isso é vodka cara? — indaguei, arqueando uma de minhas sobrancelhas.

   — Você achou que era o quê? Danoninho? — ela respondeu, como se já tivesse costumada a dar aquele tipo de resposta.

   — Mas eu sou de menor. — justifiquei

   — Não aqui. Com dezesseis anos aqui você já é considerado um adulto, vai querer outra ou não?

   Já ia me levantando do banco, mas aquela senhora que estaria em um ponto alto do salão bateu em uma taça, que incrivelmente, mesmo com a música alta, foi possível ouvir. Logo a música cessou e todos os jovens olharam pra ela, muitos não surpresos, mas outros, assim como eu, morrendo de curiosidade de como ela tinha feito aquilo.

   —Novatos e veteranos... — ela continuou a falar, sua voz era doce e ecoava por todo o salão. —É com um imenso prazer que venho aqui anunciar que nossa equipe administrativa e nosso corpo docente têm o prazer de dar as boas-vindas ao instituto Kings!

   O silêncio se cessou e todos aplaudiram, eu segui os outros, também aplaudindo.

   —Nesse ano, iremos desejar a todos um excelente ano letivo, lembrando aos veteranos que a aula inaugural é depois de amanhã, com o nosso professor Jack Carter.

   O rapaz que eu tinha falado pra vocês de aparentemente quarenta anos deu um passo a frente, e todos gritaram, assoviaram e aplaudiram.

   —Não irei interromper muito a festa de vocês, por isso, aproveitem pois esse ano teremos regras rígidas em relação a brincadeiras, inclusive, está proibido o uso de qualquer magia nos corredores e em partes da escola. De sua querida diretora, Judith Kristophe. 

   Todos estavam gritando alto até a parte que ela citou a nova regra. Pareciam ter ficado desanimados, mas após ela concluir sua fala, voltaram a interagir como antes. Eu saí da mesa do bar tentando encontrar Bruce, até que me esbarrei em algo e me segurei pra não cair no chão. Quando notei, uma garota loira e alta havia caída ao chão, a ajudei a levantar, em seguida fui me desculpando.

   —Olha por onde anda, garoto — ela falou, fazendo me sentir um pouco culpado. Menos uma garota na minha lista de meninas que eu poderia ficar.

   —Desculpa, foi mal mesmo. Não foi minha inten... — quando olhei diretamente nos seus olhos, senti certa atração. Ela era de fato, linda. Parei de pensar naquilo imediatamente — Enfim, foi mal.

   — Tá, tudo bem. Só toma mais cuidado. — ela passou ao meu lado, trombando no meu ombro. O seu cheiro era divino.

   Decidi que a festa tinha chegado ao fim para mim. Saí do salão principal e peguei um dos elevadores, indo até meu dormitório. Joguei-me na cama e peguei logo no sono.

   Tudo rodou em minha cabeça, de repente, Joseph estava caído morto ao chão, uma garota gritava e eu ouvia um homem dizendo “você me decepcionou”. Levantei-me rapidamente e deparei-me com Bruce me olhando. Provavelmente, havia sido apenas um pesadelo.

   — Ainda bem que você acordou, e então: Pão com creme ou pão com nutella? 

 


Notas Finais


Algum erro ortográfio, cronológico ou do gênero? Relate nos comentários.
Quer aparecer na história? Comente nos comentários o nome, personalidade, dom (n mto apelativo), idade e cargo do seu personagem.


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