- Ahhh... essa cidade me fascina...-Morte- pode se encontrar de tudo neste lugar.
- senhor, seu café - garçonete.
Esqueci de dizer que me disfarçar não é um problema. Os humanos podem me ver de diversas formas, mas a minha preferida é a de um homem de 25 anos, de cabelo castanho e de barba não muito longa.
- obrigado, ponha na minha conta senhorita Safira. - agradeço pegando o café.
- como o senhor sabe meu nome?- garçonete Safira.
- sou bom de adivinhação...- respondo enquanto bebo meu café.
-hum... está bem e como o senhor se chama? - ela pergunta com cara de curiosidade.
-primeiro anote a conta depois o nome, fale com o dono do estabelecimento e diga que é o seu amigo. - eu respondo.
Ela se vira e vai em direção ao Marcelo, dono da cafeteria, que estava cuidando do caixa.
Ele acena pra mim e eu aceno de volta, Depois disto a garota volta para a minha mesa.
- está feito... agora o seu nome- ela diz curiosa.
- você pode me chamar de Alex, apenas Alex e nada mais que isso. -eu digo apertando a sua mão delicada.
-ui! Apenas Alex, belo nome mas me diga, a forma em que você descreveu esta cidade faz você parecer um turista mas a forma com que você conhece o pessoal, faz você parecer que mora aqui. Então me diga, turista ou morador excêntrico? - ela diz olhando para os meus olhos.
- um pouco dos dois, eu costumava passar mais tempo aqui mas devido aos meus negócios, eu agora só venho aqui para poder relaxar. - respondo apreciando a bebida e a beleza urbana através da janela da cafeteira.
- hum, que tipo de "negócios" você trabalha? É advogado ou algo do tipo? - ela me perguntou enquanto se ajeitava na cadeira.
- não, não sou advogado. Não posso dizer muito, mas sou um sujeito de grandes negócios e estou constantemente saindo para o exterior à trabalho.
- ui! Um homem misterioso, quando tira folga? - Safira me pergunta olhando para janela junto comigo.
- eu quase nunca folgo, normalmente só folgo em alguns sábados e depende da ocasião. -respondo me levantando da cadeira - foi um prazer te conhecer Safira, tenha uma boa sorte na sua cadeira da faculdade e não se preocupe, tudo vai dar certo. - digo cumprimentando-a
E dando um leve abraço.
Saio da mesa e ando em direção à porta até que ela me chama.
- Ei Alex! Eu nunca disse pra você que estava na faculdade, como você soube? -ela pergunta muito curiosa.
Eu abro a porta e me viro na sua direção e respondo.
- eu sou bom em adivinhação lembra?
E saio do local e me misturo com a multidão da rua.
Havia um lugar que precisava da minha atenção total, na Realidade não era um lugar e sim uma pessoa. As vezes mortos dão mais trabalho que os vivos, é o que a minha irmã sempre me diz quando digo que estou ocupado.
Um tempo depois em outro lugar...
- olá Tommy Stuart Rodrigo del Costa, ao que parece você teve um acidente de carro.
-quem é você!?! E porque eu estou vendo eu mesmo?!?!
Ah, eu esqueci de dizer à vocês leitores, apenas seres que já estão mortos podem ver a minha verdadeira forma sem que eu tenha que mudar para ela.
Eu também peço desculpas, pois não me descrevi para vocês, então vamos à minha descrição.
Eu sou alto, uso luvas de couro marrom escuro com estampas de flores coloridas no estilo mexicano e elas são furadas nos dedos, a minha touca é semelhante às dos executores da idade média, a minha caveira possui uma forma arredondada nos dentes de forma que fique mais agradável e divertido ao olhar, meu manto é negro e nas suas costas tem um par de asas cinzas "desenhadas". Não carrego foice pois eu mesmo consigo transformar meu corpo, ou qualquer parte dele, naquilo que eu precisar.
- eu sou a morte, não me leve como seu inimigo, eu só estou fazendo o meu trabalho e você está vendo você mesmo porque eu acho que você morreu... só acho...
- mas eu tinha a vida toda pela frente, não era minha vez de bater as botas!- ele diz irritado.
-UOU CARA! calma ai, eu checo na lista pra você.
-parari pararu parara... AHA ACHEI! é verdade... não era sua vez... opa...
-como assim "opa" ? EU TO MORTO QUANDO ERA PRA ESTAR VIVO, DROGA!
-calma cara, me diga uma coisa, qual sua religião?
- E O QUE ISSO TEM HAVER?!?!
-olha se eu souber isso eu posso resolver seu problema com o cara certo, o que me diz ?
- eu sou católico, tá!
-ESSE É O ESPÍRITO!! Me de 5 minutos e eu resolvo isso com O Cara Lá de Cima. - eu digo criando um celular com a minha mão direita.
- alô, é O Cara Lá de Cima?
- oi! Sou eu Alex... É o anjo da morte... É isso!
- bem, acontece que temos um pequeno problema, temos um humano que aparentemente bateu as botas antes da hora... Aham... Isso!... É O QUÊ?!?!?!
- COMO ASSIM ELE SOBREVIVEU?!??! EU TO VENDO ELE AQUI NA MINHA FRENTE!!!
...
- EM COMA!!! TU SÓ ME DIZ AGORA QUE ELE TÁ EM COMA!!!! E O QUE EU FAÇO COM A ALMA DELE AGORA?! HOJE ERA MEU DIA DE FOLGA !!!
...
- Está bem... aham... okay, mande abraços pro JC por mim. - desligo o celular e minha mão volta ao normal.
-olha cara, tenho duas notícias!- eu digo com um sorriso.
- ae? quais? - Tommy
- a primeira é que você está vivo mas em coma.
- isso é melhor do que estar morto né? - Tommy
- sim, claro. PORÉM você não tem previsão de acordar do coma tão cedo e terá que ficar comigo até nova ordem - respondo tentando sorrir.
-É O QUÊ?!?!!- Ele grita surpreendido - E O QUE VAI FAZER COM MEU CORPO?!?! ELE TÁ ALI TODO ESTATELADO NO CHÃO! - ele grita apontando pro corpo.
- ah deixa ai, daqui a pouco os médicos vêem com uma ambulância pegar ele... digo você... quero dizer, o corpo.
- apenas me acompanhe durante esse tempo e tudo ficará bem, entendido? - eu pergunto estendendo a mão.
- aff, está bem - ele responde segurando à minha mão.
- Ótimo! Então vamos!!
Continua...
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