História O universo é você - Pânico

Me lembro que aqueles dias foram muito complicados. E tudo que eu podia fazer era, tentar torná-los menos doloridos para Sasuke. Não que eu conseguisse, porém eu tentava, todo santo dia eu tentava deixar Sasuke nem que fosse, um pouco, mais confortável, com tudo. E era o que eu estava fazendo.

- Você tem que pedir desculpas para ele Naruto. – Eu disse, Naruto enchia a boca de comida. Estávamos no restaurante do hospital.

Após a briga idiota deles, há uma semana atrás, na qual eu nem sabia o motivo. Eles não estavam se falando, e sabia que a presença de Naruto mesmo que irritante ajudava, um pouco. E todo pouco era valido.

- Eu não, foi ele que me soco primeiro - revirei os olhos

-Mas ele está em uma fase ruim – suspirei - estou te implorando fala com ele – o encarei, aquilo sempre dava certo, ele parou de mastigar engolindo seco a comida.

- Ele tem que parar de ser criança, e aceitar a vida. – bebeu um gole do suco – Cara ele está parecendo um lunáticos.

-Os pais dele morreram, não pode dar um desconto? – falei ríspida, Naruto já tinha aceitado coisas piores, não havia sentindo para aquele drama todo.

- Os meus também – meu coração apertou - e por um acaso eu sai socando as pessoas e? fiquei me embriagando por ai? Não, por isso não vou falar com ele. – senti uma tristeza. Como eu podia ser tão insensível com ele.

- Já faz uma semana que vocês não conversam, isso nunca aconteceu antes – disse preocupada - além do mais, eu to parecendo uma zumbi por ter que ficar com ele todo dia e trabalhar – suspirei

-Fica lá com ele por que quer – levantei batendo as duas mão na mesa com raiva, já estava no meu limite.

- Tudo bem! – quase gritei - quer ficar sem falar com ele ok, mas lembrasse que também vai ficar sem falar comigo. – Sai dali pisando duro deixando o loiro sozinho, sabia que ele não aguentaria ficar sem falar com nós dois, e logo ele falaria com Sasuke. O que me ajudaria muito, porque, depois do acontecimento épico de fúria de Sasuke eu não deixava ele muito sozinho, por sorte estava tendo ajuda de Juugo que estava de férias.

O dia se arrastou lentamente, mesmo com o caso de um homem atropelado que tomou muito nosso tempo, ficamos dez horas na sala de cirurgia. Meus pés estavam doendo muito, junto com minha coluna e minhas mãos, sai da sala de cirurgia e fui me alongar no vestiário, troquei de roupa colocando minha calça jeans e uma regata violeta e minhas botas de cano baixo marrom. Cheguei no apartamento jogando minha bolsa no chão ao lado da porta e fui direto no sofá. Escutei um barulho vindo do quarto da Ino então fui até lá.

-O que está fazendo? – perguntei me jogando em sua cama.

- Só arrumando umas caixas. – gritou de dentro do closet. – Nem ouvi você chegar – Encostou no batente da porta – E ai como foi a cirurgia?

- Um saco, Tsunade ainda está puta porque eu cheguei atrasada aquele dia – suspirei – Preciso de massagem marida – choraminguei olhando pra Ino.

- Vai sonhando, não faço nem no Gaara – Ela me emburrou fazendo eu ir para o outro lado da cama se deitando do meu lado.  – Conseguiu convencer o Naruto a falar com o Uchiha?

- Não – respirei fundo – Aquele lá é um cabeça dura, Minha sorte é que Juugo vai ficar com Sasuke hoje.

- Você precisa se distrair e esquecer um pouco esse garoto.

- Sasuke é uma boa pessoa, só não está em um momento bom. – fitei o teto

- Já sei! – Exclamou Ino batendo as duas mão ficando de joelhos na cama me olhando.

-O irmão do Gaara está chegando de Tóquio hoje, podemos marca um encontro em grupo.

-Não! Encontro às cegas nem pensar, da última vez você me fez sair com aquele tal de Hidan o cara era maluco, com rituais e o caralho a quatro. – Ino ria igual uma hiena – não ri imbecil.

- Há... me desculpa – tentava dizer entre risos – Não tinha como eu adivinhar que o cara era louco.

- Você só agrega com louco.

- O Shino era um cara legal

-Legal? Ele só ficava falando de inseto, sem falar que anda com um capuz sinistro que tampa o rosto todo. – Sentei, Ino fazia uma cara pensativa de certo estava pensando no nome de todos os caras que ela já tinha me arrumado um encontro.

- O kiba – apontou o dedo para mim – ele era bonitão

-Só falou de cachorro o tempo todo – E mais uma vez ela gargalhava.

- E o Sai ? – suspirei

- Se parece demais com o Sasuke, e vai por mim um já dá trabalho de mais. – ela revirava os olhos enquanto eu falava.

- Fala bem a verdade o bom mesmo é o Sasuke-Kun – Revirei meus olhos. – que te ignora, que só liga para você quando está numa furada – apontou o dedo para mim – e você trouxa larga tudo e vai.

-Não é verdade – cruzei meu braços em frente ao busto.

-Desse jeito vai morrer virgem esperando pelo Sasuke. – Arregalei meu olhos e senti meu rosto ficar vermelho.

- Eu não estou esperando pelo Sasuke - me levantei indo para cozinha, mas logicamente eu não ficaria em paz.

- Está sim, semana retrasada quando você estava cheia de tequila ficou ai pelos cantos falando do Sasuke – Abri a geladeira fingindo procurar algo.

- Mentira -  fechei a porta encarando ela parada na porta. Escutamos a campainha tocar.

- Deve ser o Gaara – caminhou até a porta e eu a segui – E é verdade sim – Ela abriu a porta.

- O que é verdade? – Perguntou entrando na casa, mas não era Gaara era Sasuke, ele estava com a barba feita e os cabelos penteados e isso seria um alivio se não fosse o cheiro forte de bebida que invadiu o lugar junto com ele.

- Nada – respondi rapidamente me sentando no sofá.

 Ino fechou a porta e se virou para mim com um sorriso diabólico nos lábios indo pra seu quarto. Liguei a TV colocando em um canal qualquer, Sasuke caminhou lentamente se sentando do meu lado.

- Está fedendo a Álcool – Reclamei

-Whisky – corrigiu -  Glenrothes na verdade. – revirei meus olhos.

-Tanto faz! – me virei para ele. Esperei que me falasse o que estava fazendo aqui, mas nenhuma palavra saiu de sua boca. Ele estava com o olhar fixo no carpete verde que ficava no meio da pequena sala. Respirei fundo.

- Sasuke – chamei, ele me ignorou – Sasuke? – toquei em seu ombro.  

Suas mão tremia e seu corpo estava suando frio, coloquei as duas mão em seus ombros chacoalhando um pouco, ele subiu seu rosto olhando para mim e meu coração parou, sua respiração estava descompensada, vi ele ficando cada vez mais pálido.

-Não sinto meu rosto – seus olhos estavam tremendo um pouco o que me assustou.

-INO – gritei, logo a loura estava do meu lado. Deitamos Sasuke no sofá mesmo, o chamei uma, duas, três vezes e nada.

-Pega agua – Ino falou rápido e eu corri até a cozinha, quando voltei para sala Ino estava dando leves tapas no rosto de Sasuke.

-Sasuke – ela chamou – respira fundo – então ela respirou demostrando – e conta até cem – ele balançou a cabeça lentamente. Quando ele devia estar no número sessenta por ai observei sua respiração melhorar. Ino o ajudou se sentar novamente, entreguei o copo de agua e ele bebeu um pouco.

Voltei para cozinha e Ino veio atrás de mim. Me sentei na cadeira apoiando meus braços na mesa de madeira redonda no canto.

-Ele está bem – ela disse se sentando do meu lado tocando em minhas mão.

-Eu...- tentei falar, senti minhas lagrimas umedecer meu rosto.

-Ele já teve uma crise assim? - ela perguntou.

-Não... pelo menos eu não vi – limpei meu rosto com as costa da mão.

-Ele vai ficar bem – ela levantou-se tocando em meu ombro – talvez, devesse levar ele numa consulta com o Shikamaru – levantei meu rosto, Sasuke jamais iria e isso eu tinha certeza, respirei fundo. Ino saiu indo para seu quarto, me levantei e fui até Sasuke que estava em pé olhando a rua pela janela.

-Eu preciso ir – ele disse indo atravessando a sala.

-Espera! – segurei seu braço – você veio aqui por algum motivo!

-Esqueça, não era nada – suspirei

-Eu vou com você – disse pegando minha bolsa que estava no chão.

-Não precisa.

-Você bebeu muito – abri a porta – as chaves – estiquei a mão, a contragosto ele me entregou.