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História O verdadeiro amor. - Capítulo 1.


Escrita por: BiluDown

Notas do Autor


Minha segunda fanfic, espero que gostem, eu realmente fiquei muito inspirada nesse primeiro capítulo, e tudo vai acontecer meio rapidinho porque não pretendo fazer ela grande. Obrigada a todos que lerem.

Capítulo 1 - Capítulo 1.


A equipe de futebol estava toda reunida no campo, formávamos uma roda, onde meus parceiros reclamavam de coisas tão simples que resolvi apenas ignorar. Fazíamos isso toda sexta-feira depois do treino, para deixarmos todos cientes de qualquer coisa que estivesse aborrecendo nós mesmo ou o treinador. Era uma rotina sem fim para os jogadores da nossa escola. O mais engraçado era que inventavam histórias que nem haviam ocorrido apenas para gerar briga e acabar em ameaças, na verdade farsas, porque tudo o que diziam ali ninguém levava a sério.

 

Eu havia começado a praticar futebol esse ano, não tinha a menor vontade, mas meu pai me disse para tentar, pois eu tinha talento e poderia me tornar um grande profissional no futuro. Não adiantava falar que eu queria na verdade ser um arqueólogo, ele sempre iria implorar para que apenas esse ano eu participasse. Eu sabia que meu pai não queria que eu jogasse apenas pelo meu talento, mas também para se aproveitar disso, pois minha mãe sempre quis que ele fizesse de mim um bom jogador e ele nem ao menos tinha tempo, e quando ambos divorciaram ele viu a burrada que havia feito e agora estava tentando concertar tudo.

 

Eu nunca senti o amor e o carinho de uma família, tínhamos uma condição financeira maravilhosa, e meus pais achavam que era apenas aquilo que eu queria. Me adulavam com computador, com jogos, videogame, celular e várias coisas, como se aquilo fosse completar o vazio que eles deixavam por serem tão ocupados. No meu aniversário meu pai teve que viajar, minha mãe ficou em casa mas estava ocupada com os papéis do escritório que ela construiu em uma pequena sala da mansão em que vivíamos, ambos apenas me deram um xbox com vários jogos, nenhum parabéns ou abraço de felicidade por eu estar mais um ano ali.

 

Apesar da minha mãe ser uma mulher muito ocupada, ela sempre sonhou com a chance de eu me tornar um jogador profissional de futebol, até havia pedido para meu pai a ajudar com aquilo, mas como dito acima, ele nunca tinha tempo. Ela viu uma vez um noticiário em que dizia o quanto um jogador poderia ganhar por hora, e se tinha uma coisa que minha mãe matava e morria era o dinheiro. Sim, eu tinha a mãe mais oferecida e interesseira que um dia alguém pudesse conhecer. Ela gostava de ganhar, mas de maneira alguma gastava com bobagens, a não ser para me adular e achar que estava me fazendo feliz com aqueles presentinhos sem nenhum amor ou carinho.

 

Meu pai havia dito a ela que não dava para focar na minha carreira agora, que eu era muito novo e que não iria gastar dinheiro pois não nascia do céu, e minha mãe brava simplesmente terminou com ele e se mudou. Era óbvio que na relação dos dois não havia amor e sim interesse. Minha mãe além de trabalhar em empresas é escritora, com a primeira edição de seu livro ficou famosa, e meu pai ainda tenta a conquistar, pois viu o grande passo que ela havia dado e com uma "famosa" em casa poderia arrumar também uma boa fama, mesmo que seja pouca.

 

 

                                                                                          

 

Eu havia saído da reunião do futebol com o celular na mão, estava lendo algumas mensagens de um grupo que minha ex-namorada havia me colocado no whatsapp, sim, eu já tive uma namorada, mas ela não sentia nada por mim, só queria a pequena fama que eu recebia na escola por ser filha de uma escritora famosa, quando percebi isso terminei com ela na hora, não queria um relacionamento como o dos meus pais.

 

Estava andando distraidamente quando me esbarrei em alguém, prestes a xingar levantei minha cabeça, e pude ver dois pares de olhos castanhos focados exatamente em meu rosto, o que me fez corar violentamente. Era um garoto, estrutura média, cabelos loiros e olhos castanhos, nunca havia visto algo tão lindo igual aos olhos dele. Fui tirado do meu devaneio quando escutei os sussurros saindo de seus lábios, como uma melodia calma que me deixava relaxado.

 

— D-Desculpe Akira, não foi minha intensão esbarrar em você. — Ele dizia como se eu fosse mal o suficiente para começar a dizer coisas ofensivas e abaixar sua autoestima. Suspirei pesadamente.

— Tudo bem, aliás, como sabe meu nome? Não me lembro de ter conversado com você. — Perguntei, era estranho um desconhecido saber meu nome, será que era algum tipo de stalker? Não! Impossível.

 

— É difícil não saber quando você é a pessoa mais popular e falada na escola. — Ele disse meio sem graça, colocando a mão na nuca.

 

Tentei ignorar aquilo, eu sabia o quão era falado, mas saber isso através dele me fez sentir um pouco maior, talvez um degrau a mais do que todos daquela escola.

 

— Certo... Pensei que era algum tipo de stalker... Você é do terceiro ano? — Perguntei, alguma coisa naquele menino me chamava atenção, seus olhos talvez. Tenho que dizer, o castanho dos olhos dele era mais bonito que toda a imensidão do mar.

 

— Sim, você é do segundo, não é? Tenho que dizer, lá na minha sala você é assunto entre as meninas. — Ele riu.

 

— E dos meninos? — Perguntei sem ao menos me tocar a gravidade da pergunta, envergonhei-me e fiquei o olhando, a única coisa que ele fez foi rir novamente, e eu desviei o olhar, tentando entender a graça.

 

— Talvez. — Eu sorri de canto como se aquilo fosse uma notícia boa. Mas logo me toquei que eu parecia um gay, e eu não era, gostava de meninas e deveria ficar feliz ao saber que eu era assunto entre elas. Ajeitei minha mochila nas costas e continuei o olhando.

 

— Vou indo, o sinal já vai tocar e eu não quero me atrasar para a próxima aula. — Saí andando, acenando para ele. Alguma coisa dentro de mim fazia meu coração quase pular da minha garganta, e eu tinha certeza que o motivo não era o menino que eu havia conhecido. Aliás, qual era mesmo o nome dele? Voltei até onde estávamos e o vi lá, parado, como se tentasse entender alguma coisa. Coloquei a mão em seu ombro e sorri, mostrando meus dentes esbranquiçados.  — Aliás, qual é seu nome? — Perguntei.

— Haru. — Ele falou. Simplesmente dei um beijo na bochecha dele, sem pensar, vi novamente a gravidade de meus atos e saí correndo, indo para a sala.

 

Como era possível? Eu acabei de o conhecer e dei um beijo em sua bochecha! Não é possível, eu sou homem, homem não beija homem, não é? Mas ele é tão... Lindo, e juro, queria muito ver a reação dele depois daquele beijinho carinhoso. O quê eu estou dizendo? Você acabou de o conhecer! Terá que pedir desculpas ao vê-lo, você vai pedir! Mas ele deve ter entendido, eu sempre dou um beijo nas bochechas das meninas quando elas me cumprimentam, será que ele entenderia? E se ele inventar que sou gay pela escola? Droga, preciso falar com ele, como pude baixar minha guarda dessa forma?

 

Me sentei em uma cadeira da sala de aula, coloquei a mochila no chão e deitei a cabeça na mesa, esperando o sinal tocar e pensando em inúmeras desculpas que poderia dar para que Haru não pensasse em nenhuma merda.

 


Notas Finais


Boa noite!


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