1. Spirit Fanfics >
  2. O verdadeiro Izaya por trás de tudo - Yaoi >
  3. Um encontro para se desculpar

História O verdadeiro Izaya por trás de tudo - Yaoi - Um encontro para se desculpar


Escrita por: observerghost

Notas do Autor


Ei, fantasmas, cá estou mais uma vez para postar o próximo capítulo eeeeee, tá chega -.-
Esse é um capítulo simples, ok? Porém, o próximo será especial e acontecerá o que vocês tanto esperam, que eu nem preciso falar o que é né hehe
Boa leitura, espero que vocês gostem!

Capítulo 11 - Um encontro para se desculpar


Orihara, Izaya P.O.V.

Era uma quinta-feira fria e úmida, meus humanos já estavam preparados usando gorros e cachecóis. Shinra havia dito a mim que não era bom que eu ficasse sozinho, então logo depois que saí do hospital vim para a sua casa. Não gosto muito de ficar em uma casa que não seja a minha, mas o pervertido do meu amigo está fazendo de tudo para que eu me sinta bem. Não tenho do que reclamar.

- Iza! - Chamou Shinra, abrindo a porta do aposento o qual eu estava - Precisamos conversar. 

- Já percebi que é merda, fala!

- Ah... como é que eu vou dizer isso? - Ele olhou para o teto como se a resposta viesse de lá.

- Tenta - Dei de ombros.

- Tá bem... arranjei um encontro pra você - Ele fechou os olhos pronto parar levar um soco meu.

Pisquei os olhos várias vezes para me certificar de que eu não estava sonhando.

- Que?! - Gritei arqueando as sobrancelhas.

- Calma, deixe-me explicar - Apontou para a cama indicando para que eu me sentasse - Promete não vai me bater?

- Não! Com qual babaca vc me arranjou um encontro, Shinra?! - Perguntei sentando-me.

- Seu encontro vai ser hoje à noite, antes que eu me esqueça. 

- Shinra! - Levantei já perdendo a paciência com essa ideia maluca e repente de me fazer sair com alguém sem a minha permissão - Com quem?!

- Shi-Shizuo... - Respondeu hesitante. 

Senti uma ânsia acompanhada de muita raiva tomar conta de mim. 

- Q-Que?! - Não conseguia acreditar na loucura que aquele médico fez - Por que?! Mas que IDEIA FOI ESSA?!

- Ele disse que sente muito e quer fazer as pazes com você.

- Cretino! Eu não quero fazer as pazes com ele - Cruzei os braços desviando o olhar.

- Izaya... eu sei que você quer.

- Não, não quero! - Balancei a cabeça negativamente.

Ele se aproximou de mim e pegou o meu rosto - Olhe pra mim - Mandou.

- Por que você fez isso? - Olhei no fixamente para ele - Ele realmente disse que sente muito? 

- Sim, ele me ligou há umas duas horas atrás e contou tudo - Explicou.

- Por que ele mesmo não veio falar isso pra mim, em? 

- Do jeito que é, você não o escutaria e ele sabe disso. Se aceitar ir ao encontro, com certeza ele vai fazer muito mais do que apenas pedir perdão. 

- É... - Descruzei os braços - Tem razão. 

Ele abriu um largo sorriso e bateu palmas em sinal de alegria. 

- Seu encontro é daqui uma hora - Informou.

- U-Uma hora?! - Coloquei as mãos na cabeça desesperado - Mas eu nem sei com qual roupa vou e-e... aonde vamos?! Eu não sei o que fazer!

- Ei, se acalme! É só um simples encontro, vocês com certeza vão ir jantar em algum lugar legal, depois andar por aí e conversar - Presumiu.

- Ok, ok... eu vou tomar um banho e... vê se acha alguma roupa descente na minha mala - Peguei a toalha que ele me emprestou e corri para o banheiro.

A água quente corria por todo o meu corpo, porém minha ansiedade era tanta que nem aquilo me fazia relaxar. Só conseguia pensar em como seria aquele encontro e o quanto ele seria desastroso; ou não. Espero eu que não. Desliguei o chuveiro, enrolei a toalha na cintura e sai do banheiro as pressas. Entrei no quarto e me deparei com Shinra separando algumas peças de roupas e as colocando em cima da cama. Para um homem hiperativo e pervertido, ele sabia escolher roupas. 

- Como está muito frio, escolhi uma calça jeans escura que eu não sabia que vc tinha, um moletom preto meio justo, um sobretudo também preto e um tênis de cano alto de couro preto que eu também não sabia que você tinha... a maioria das suas coisas são pretas? - Perguntou ajeitando seu óculos. 

- Sim, eu gosto! Preciso me trocar, com licença - Pedi.

- Ah sim, sim! - Ele saiu rápido - Desculpa!

Fitei as roupas por um tempo. Como eu ficaria nelas? Eu nunca uso outras roupas além do meu casaco de pelos e minha calça preta. Shizu-chan gostaria de um Izaya diferente? Se ele não gostar, o problema é somente dele, estou indo nesta bosta de encontro só para esclarecer e resolver todo esse desaforo. Essa é minha intenção. Se ele tem outras intenções, ele que as ponha em prática.

Me vesti e me olhei no espelho que tinha na parede do quarto. Para um sujeito esquisito que possui baixa autoestima, eu estava muito bem. Ajeitei meu cabelo e passei o perfume que sempre uso. Um Dior Fahrenheit Cologne. Esse é o meu cheiro, eu diria. 

Saí do quarto e encontrei Shinra tentando agarrar sua amada Celty. Infelizmente, ele falhou e acabou levando um cotovelada da Dullahan. Esse médico é realmente um ser humano engraçado e azarado. 

- Pombinhos, estou pronto - Avisei.

Celty pulou surpresa com a minha presença.

Celty: o que você está fazendo aqui? 

- Longa história - Olhei para Shinra - Pensei que tinha contado a ela que eu estava aqui.

- Eu iria contar logo, mas eu esqueci porque...

- Porque você estava tentando agarrar ela, eu vi - O interrompi o poupando de mentir, porque é isso que ele faria.

Shinra ficou mais vermelho que um pimentão. 

Celty: CALE A BOCA! 

- Enfim... estou saindo, e Shinra - O chamei indo em direção a porta - Preciso falar com você.

- Tá bem - Ele acenou com a cabeça e saímos para fora do apartamento ficando no corredor do prédio - Fiz algo errado?

- Não - Neguei com a cabeça - Quero lhe agradecer por ser um ótimo amigo. 

- Ah, não foi na... - Antes que ele pudesse começar o falatório lhe dei um abraço.

- Obrigado, de verdade - Shinra apertou mais o abraço - E se um dia você precisar de alguma coisa, estarei aqui para te ajudar como você me ajudou.

- Você mudou tanto, Iza - Ele me fitou por alguns segundos - Gosto de você assim, fico feliz que... - A pele do médico se tornou como um pimentão novamente. 

- ... que? - Arqueei a sobrancelha.

- Que você tenha reconhecido nossa amizade, tenho que admitir que esperei por isso há anos - Ele estava com um grande sorriso no rosto - Porque dói muito ter um único amigo que não se importa com você. 

- Eu sempre me importei com você, Shinra, mas antes eu era um idiota e deixava o meu orgulho sobressair - Esclareci - Bem, agora eu preciso ir para esse encontro doido que você me arranjou. Aproveite seu tempo sozinho com a Celty, só não quero ter que aturar daqui a nove meses uma criança me chamando de Tio Izaya, tá?! - Eu ri.

Ele fez a famosa "cara de cu".

- Eu te amo também, Izaya - Disse irritado - Shizuo estará te esperando lá em baixo.

- É, eu acho que também te amo, Shinra .

Entrei no elevador e pude escutar os gritos de Shinra pela Dullahan. Coitado do Shinra, olhem quem ele foi achar como namorada... e olhem quem eu fui achar para se apaixonar. Uma loira de farmácia de quase dois metros de altura que é dez vezes mais forte que um elefante. Shinra e Izaya, os homens mais azarados do planeta terra. Ele, porque ama uma motoqueira sem cabeça que possuí poderes sobrenaturais, e eu, porque amo um homem que quando perde o controle pode destruir metade de uma cidade. Façam um favor a nós dois... NOS MATEM. 

(Quebra de tempo)

Fiquei sentado o tempo suficiente para minha maravilhosa e branca bunda ficar quadrada, ou seja; fiquei quase uma hora esperando o palhaço do Shizuo naquele frio de lascar o coco. Tá, eu não sei onde aprendi essa expressão, então não me perguntem. 

- Izaya - Uma voz grave me chamou.

Meu coração pareceu parar por alguns instantes e senti vontade de vomitar, porém, eu tinha que ser forte. Tinha que superar esse medo de levar um fora de novo. Virei na direção que eu não esperava que ele viesse. 

- S-Shizu-chan? - Levantei das escadas rápido - Estou p-pronto - Esse nervosismo todo estava me deixou gago.

- Eu sei que está, pulga - Seus olhos castanhos me ponderaram - E você está muito bonito hoje, se me permite dizer.

- O-Obrigado - Agradeci sentido meu rosto arder - Você não está nada mal para um monstro - O elogiei do meu jeito. 

- Muito obrigado, Izaya-kun - Ele me agradeceu e estendeu seu braço para que déssemos as mãos - Vamos?

Apenas fiz que sim com a cabeça e dei minha mão a ele. Sua mão era extremamente quente. Aquilo de certa forma me aqueceu. E como ele, não pude deixar de reparar em suas vestimentas. Shizu-chan usava uma calça jeans clara, um tênis preto e um sobretudo marrom escuro. Como ele estava elegante, quase esqueci o que tinha acontecido de tão perfeito que ele estava, mas não podia ceder assim tão fácil. 

Entramos em um restaurante grande de luzes fracas. Era realmente muito aconchegante, o tipo de lugar que eu dormiria fácil; não desta vez. Sentamos em uma mesa para dois. Me senti hiper desconfortável por estar em um encontro com o homem mais forte de Ikekuro, ainda por cima, sentado na frente dele. As pessoas nos olham incrédulas. Suas afeições mereciam uma foto.

- Está com fome ou prefere começar com um vinho? - Perguntou.

- Podemos começar com o vinho - Respondi.

- Como quiser, Izaya - Ele olhou para garçom que estava preparado para anotar o nosso pedido - Um vinho, por favor. 

- É pra já! - Disse o garçom indo rápido buscar a bebida.

- Gostei daqui - Comentei - Nunca tinha parado pra pensar o quanto esse lugar é confortável.

- Fico feliz que tenha gostado - Disse ele com um sorriso - Eu não fazia a menor ideia da onde trazê-lo.

- Tudo bem, as pessoas têm dúvidas ao meu respeito. 

- Aqui está, senhores - Disse o garçom nos servindo. 

Agradecemos e bebemos. 

- Izaya... - Me chamou com a cabeça baixa - Eu fui um idiota.

- É, eu sei. - Confirmei curto e grosso. Ué, a verdade era essa. Ele foi um baita de um idiota, o que eu posso fazer? Não vou "passar a mão na cabeça".

- Me perdoe, eu... - Ele esfregou o rosto com ambas as mãos indignado com si mesmo - Eu estou me sentido um lixo e...

- Eu também me senti um lixo - Interrompi. 

- Izaya, por favor - Implorou por minha misericórdia. 

- Tá, me desculpe, mas porque você tem tanta vergonha de mim? - Questionei a ele. 

- Você é orgulhoso, Izaya, e eu também sou, porém, para coisas diferentes - Shizuo me olhou sério. Estávamos conversando como adultos. 

- Mas... eu não tenho vergonha de você, Shizuo. 

- É o que eu acabei de falar, tente entender. E não é questão de vergonha, é questão de orgulho mesmo. Admitir que ama a pessoa que você sempre fingiu odiar é a mesma coisa que ser um hipócrita mentiroso - Comparou. 

- Viu, você está preocupado com o que vão pensar de você, ou seja; você tem vergonha!

- Izaya! - Puniu ele, e algumas pessoas nos olharam assustadas, mais uma vez, julgando pelo costume.

Shizuo estava certo, eu não podia negar. Nós dois somos orgulhosos demais, porém, cada um para uma questão em específico. Ele não consegue admitir aos outros que me ama, e eu, também tenho que admitir que possuo um complexo com Shizuo e me recuso a dizer que perco uma luta com o mesmo. Nós somos o tipo de casal que a frase "vamos superar nossas diferenças juntos" se encaixaria muito bem. É clichê, no entanto, é a mais pura verdade.

- Tá bem, tá bem... - Cedi - Desculpa. Só que doeu, Shizu-chan, doeu!

- Me perdoa, por favor, Izaya, por favor! - Implorou. Seus olhos estavam aguados. Lágrimas prontas para rolar rosto a baixo. 

- Eu... - Mais uma vez, estou brigando com meu ego - Eu... te perdoo, mas prometa que nunca mais vai fazer isso de novo - Ordenei - Me prometa!

- Eu prometo, pulga, eu prometo - Disse com convicção.

- Uma pergunta, Shizu-chan.

- Aham? - Ele franziu a testa.

- Você me ama, Shizuo? - Perguntei olhando no fundo dos seus olhos. 

- Sim, Izaya, eu te amo - Confirmou com firmeza.

- Ótimo, nos beijamos depois, quero aproveitar o vinho - Sorri faceiro e bebi um pequeno gole do vinho.

- Sério isso? - Shizuo me olhou com uma cara de quem comeu e não gostou. 

- Sério - Ri - Vamos deixar a pegação pra depois, eu quero curtir o encontro, já que você vai pagar.

Ele riu também. Shizuo parecia não estar se importando com o meu jeito de ser e isso tirou todo o meu desconforto. Nós conversamos por horas apenas bebendo. Falamos de variados assuntos como: quais eram os nossos gostos para comida e roupa. Dissemos nossas músicas, livros e filmes favoritos. Contamos alguns segredos e rimos bastante. Ele disse umas três vezes que eu era um palhaço e que adorava minhas piadas. E eu, que adorava sua risada rouca. Não sei quantas vezes corei, mas foram muitas. Nos beijamos. Sim, nos beijamos algumas vezes. Seus lábios eram quentes e me esquentavam. Ele também acariciou meu rosto e minha coxa, me proporcionado arrepios longos. Tudo isso em público. Shizuo parecia não sentir mais vergonha de mim. Parecíamos nunca ter brigado nas ruas. Era um recomeço. Eu esqueci, pela primeira vez na minha vida; o meu orgulho invencível. E também esqueci; que existia um "fundo do poço".

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...