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História O verdadeiro Izaya por trás de tudo - Yaoi - Vadia loira


Escrita por: observerghost

Notas do Autor


Capítulo simples.

Capítulo 13 - Vadia loira


Orihara, Izaya P.O.V. 

Acordei com um barulho insuportável de panelas batendo. Shizuo deve ter acordado mais cedo para fazer o café da manhã. 

Sentei-me, mas logo precisei deitar novamente, pois uma dor se estendeu do meu quadril a minha espinha. Havia esquecido que tinha sido fodido no sentido literal na noite que passou. Levantei de vagar, enrolei o lençol branco em meu corpo e me dirigi a sala cambaleante.

- Bom dia, Shizu-chan! - Sorri e ele se virou para mim sorrindo também.

- Bom dia, pulga - Depositou um beijo em minha testa - Dormiu bem?

- Tirando o fato de que estou quebrado... sim - Balancei a cabeça e o analisei - Já está vestido logo cedo, para onde vai? 

- Preciso ir a uma reunião - Respondeu, colocando a frigideira em cima da mesa. 

- Reunião? - Arqueei a sobrancelha - Desde quando você trabalha?

- Desde quando você considera o que faz um trabalho? - Rebateu - ... desde sempre, Izaya. 

- Por acaso essas reuniões são aquelas que tem mulheres ruivas e peitudas? - Estreitei os olhos.

- Incrível, eu nem terminei de contar o que vou fazer e você já está pensando em merda - Ele me encarou com um sorriso irritante nos lábios. 

- Só... estava perguntando, oras... - Me sentei vagarosamente, não conseguindo segurar grunhidos de dor - Aí, aí, aí! 

Ele gargalhou. 

- Não tem graça! - Repreendi bravo.

- Ah, tem sim! - Shizuo me serviu um pouco de leite - Eu preciso ir, te vejo mais tarde - Depositou mais um beijo em minha testa e saiu.

A preguiça estava impregnada em mim. Fiquei pelo menos uma hora tomando café. O que me tirou daquela mesa foi a curiosidade sobre aquela tal reunião. Isso está cheirando a traição. Tomei um banho de meia hora. Levei vinte minutos para conseguir vestir uma calça. Desci as escadas com uma lentidão tão grande que até uma tartaruga manca me ultrapassaria. Eu estava tão dolorido que até lacrimejei. 

A reunião de Shizuo não devia ser de grande importância, então provavelmente seria em um dos restaurantes simples no centro. 

Com a minha incapacidade de andar rápido, só depois de umas duas horas o encontrei sentado junto com uma loira. Não havia mais ninguém com eles. O sangue ferveu e eu entrei batendo os pés - morrendo de dor - e parei na frente da mesa onde os dois estavam.

- Olá, Shizu-chan! - Cruzei os braços. 

- Ah, Izaya?! - Ele abriu um sorriso - O que faz aqui?

- Não era pra você estar em uma reunião? - Fui direto ao ponto.

- E estou - Confirmou com a cabeça - A propósito está é... 

- Vorona, eu sei - Interrompi - Eu sei da existência de tudo e todos nessa cidade. Isso aqui não é uma reunião... É UM ENCONTRO! 

Shizuo bufou e colocou os dedos nas têmporas. 

- É sério? - Ele me olhou cansado.

- É bem sério! - Bati o pé no chão como uma criança mimada. 

- Sem infantilidade, por favor! 

- Se me permite dizer... - Ela começou com um sotaque forte - Estamos apenas conversan...

- Eu não permiti nada então fica quieta! 

Shizuo levantou furioso.

- Passou dos limites! - Ele agarrou o meu braço e me arrastou para fora do estabelecimento.

- Não ouse dizer que passei dos limites! - Tentei me soltar, porém, era inútil - Você disse que ia em uma reunião, não em um encontro com uma vadia loira! 

- Ela não é uma vadia - Ele segurou os meus pulsos - Ela é uma amiga, e sim, estamos em uma reunião, mas não vieram todos. Não quisemos dispersar o tempo e sentamos para tomar um café. Só isso! 

- Mentiroso! - Gritei me debatendo, mesmo machucado. Estar puto me faz esquecer da dor.

- IZAYA! - Ele apertou meus pulsos - Para com esse ciúmes ridículo!

- HA! - Soltei uma risada alta e falsa - Ciúmes?! HA-HA! Até parece, deixa de ser besta, Shizuo!

- Deixar de ser besta você! Acabou de me chamar de Shizuo, coisa que você só faz quando tem algo errado.

- Não tem nada errado... - Desviei o olhar.

- Então veio aqui por que se não tem nada errado?! - Ele arqueou as sobrancelhas provocativo.

Fiquei quieto. Eu não tinha resposta alguma na ponta da língua, algo que sempre tenho. Estranho... 

- Izaya, responda-me!

- ... - Continuei olhando para o lado - ... você disse que ia a uma reunião, poxa.

- MAS EU ESTOU! - Ele gritou e apertou ainda mais os meus pulsos. 

- Não é o que me pare... AÍ! Tá me machucando!

- Hã?! Que?!

- Você tá me machucando, me solta! 

- Só solto se você ir pra casa e pensar na merda que fez vindo aqui chamá-la de vadia.

- Tá defendendo ela é?! - O encarei.

- Claro! Ela não fez nada de errado.

- Eu vou embora! - Ele me soltou.

- É melhor mesmo - E depois colocou as mãos na cintura.

- Como é?! - Arregalei os olhos incrédulo com sua ousadia.

- É isso que você ouviu! Vai pra casa, e não tem nenhum problema aqui. 

- Tá, é assim?! É o que eu vou fazer, se quer saber! 

- Vai, pode ir, te encontro lá. 

Comecei a andar rápido, fingindo que não havia dor. Nem olhei para trás. Shizuo pediu que eu fosse para casa. Para casa dele, é isso que ele estava se referindo quando disse "casa", mas eu ia para minha casa. 

Se eu estou exagerando ou não, não importa. Ele disse que ia a uma reunião. Todos sabem como as reuniões são. A várias pessoas com ternos e papéis sobre a mesa. Sinceramente, todos esses anos observando pessoas, eu nunca vi uma reunião séria que tivesse apenas uma mulher e um homem conversando tão intimamente. Não há problema nenhum, ele pode conversar com mulheres sim e até com outros homens, mas não gosto que me façam de bobo. O que eu vejo ali, é um encontro. 



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