Orihara, Izaya P.O.V.
Escutei batidas na porta, e a intensidade delas foi aumentando à medida que eu me recusava a abri-la.
- IZAYAAA! - Gritou o ser do lado de fora.
- O que você quer? - Disse, com um tom de tédio.
- Dá pra abrir essa merda?!
- Não dá não, eu esqueci como se abre portas de repente - Brinquei. Era bem arriscado fazer isso.
- Você quer mesmo que eu quebre tudo isso, não é? - Ameaçou.
Abri a porta rapidamente.
- A culpa não é da porta... - O encarei - A culpa é sua, Shizu-chan!
- Para de ser exagerado! - Ele entrou me empurrando - Eu não estou te traindo!
- Eu nunca disse que estava... - Fechei a porta e cruzei os braços - Estou bravo porque me disse que ia fazer uma coisa e estava fazendo outra!
- Já te expliquei o que aconteceu, Izaya-kun! - Shizuo se aproximou com passos pesados - Vou ter que explicar de novo, é?
- Não, não vai! - Neguei com a cabeça - Não sou surdo, eu ouvi tudo e entendi sim!
- Então, qual é o problema, caralho?! - Ele colocou as mãos na cabeça.
- Eu já te falei qual é o problema... - Agora, fui eu quem me aproximei - Você mentiu pra mim!
- NÃO MENTI! - Berrou - Eu não sabia que o resto das pessoas não viriam, entende?!
- Aé? Quando você percebeu que eles não estavam chegando... porque continuou lá? - Ergui o queixo.
- Nós não queríamos desperdiçar o tempo gasto e... tomamos um café ali mesmo, ué - Explicou.
- Aham... uma reunião e todos não vieram? - Olhei para o lado e depois o encarei novamente - SÓ VOCÊS DOIS?!
- Izaya...
- VOCÊ ACHA QUE EU SOU IDIOTA?!
Eu estava tendo um surto. Nem sabia mais o que estava dizendo. Minha mente e meu coração estavam a mil por hora. Só voltei a realidade quando Shizuo me deu um tapa dolorido, já que ele possui uma força tremenda.
- Você não fez isso... - Coloquei uma das mãos onde doía - Seu...
Fui interrompido pelos lábios dele se juntando aos meus de repente. Shizuo me trouxe para mais perto, deixando nossos corpos colados. Eu podia sentir o seu calor.
- Esqueça isso... - Sussurrou em meu ouvido, me causando um arrepio tranquilizador - Por favor...
Eu queria gritar e espernear, brigar ainda mais, porém, o poder que ele tinha sobre a minha mente e o meu corpo era tão forte e invencível.
- Eu jamais faria isso com você, minha pulga... - Continuou a dizer, me afagando os cabelos - Eu te amo!
Apenas fechei os olhos e concordei com a cabeça. Não tinha nada para dizer, mas muito para sentir e aproveitar. Não quero admitir, e nunca vou; é incrível como Shizu-chan pode me fazer mudar de ideia tão rápido só para poder me deliciar com suas carícias. Senti uma fraqueza tomando conta de meu ser. Meus braços e pernas amoleceram. Não estava entendo essa reação estranha e relaxante do meu corpo. Encostei minha cabeça em seu peito, podendo sentir as batidas de seu coração.
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