Orihara, Izaya P.O.V.
Despertei com Shizuo afagando meus cabelos carinhosamente. Fui abrindo os olhos devagar, a imagem do quarto demorava para se formar.
- Bom dia, minha pulga - Disse o meu loiro com um grande sorriso no rosto.
- Boa tarde... - Falei também - Boa tarde?! - Exclamei, assustado com o tempo que dormi.
- É, você apagou mesmo - Riu.
- Mas é claro que apaguei! - Me sentei rápido - O que foi aquela merda que você me deu para tomar ontem à noite?
- Não interessa - Deu de ombros e logo depois se dirigiu a porta - Não era nada de mais, você está bem, não está?
- Sim, mas eu tenho o direito de... - Afirmei, e antes que pudesse continuar, fui interrompido.
- Ótimo, então cale a boca e vista-se! - Mandou.
- Me vestir?! - Questionei - Pra que?
- São quatro horas da tarde - Informou - Quero comer em uma lanchonete na esquina - Dizendo isso, saiu do quarto.
Suspirei, tentando "colocar minha mente no lugar". Eu estou cheio de perguntas para fazer ao protozoário, porém, não tenho condições de fazê-las. Estou completamente perdido. Me levantei com dificuldade. Minhas pernas brancas e finas estavam bambas. Demorou para conseguir certo equilíbrio, e só depois de uns dois minutos "acostumando" com o meu peso, fui para o banheiro tomar um banho. Eu estava super atordoado e dolorido, minhas partes íntimas então...
Ao terminar, enrolei-me na toalha e voltei ao quarto. Penteei o cabelo e o sequei com a toalha, e não fiz questão de pentear de novo. Ficaria todo bagunçado, não estou com paciência para estética. Vesti uma calça preta de moletom meio justa e um casaco, também de moletom, bem largo. Óbvio que, essa roupa era do Shizu-chan. E por fim, calcei um tênis preto.
Fui para sala. O encontrei sentado em sua poltrona favorita.
- Achei que tinha morrido - Brincou, porém, meio impaciente.
- Eu estou completamente fora de mim, dá um desconto - Falei - Foi você que me deu aquela coisa que me deixou assim, então a culpa é sua!
- Tá, tá... - Ele revirou os olhos e me fitou, e de repente, mudou de expressão - O que aconteceu com seu cabelo?
- Nada! - Falei grosso - Absolutamente nada!
- Está nervosinho? - Shizuo se levantou da cadeira e venho em minha direção
- Não, não... imagina!
Ele agarrou minha cintura e me beijou calmamente. Não queria ceder, mas eu não tinha forças para lutar contra aquele beijo gostoso e acabei deixando escapar um gemido longo.
- Vamos logo - Disse - Estou morrendo de fome! - Shizuo me empurrou para fora e fechou a porta.
Por estar tonto, e de minhas pernas não obedecerem ao meu comando, tive que ir puxado, se não demoraríamos trinta minutos apenas para ir na lanchonete da esquina.
No caminho, Shizuo comentou o assunto que discutíamos no dia retrasado. E foi com uma pergunta, que percebi, que não sou o único ciumento da história.
- Izaya... - Chamou-me.
- Hã? - Murmurei - Que?
- Esse... esse lance de você e a... e a Namie fazerem... "coisas" é verdade? - Questionou fingindo intenção.
Soltei uma gargalha estrondosa, no entanto, parei rápido porque perdi o ar. Eu fiquei tão fodido depois dessa punição sexual, que nem dá pra respirar, porra!
- O que você acha? - Respondi com uma pergunta, coisa que sempre faço e que todo mundo detesta.
- Se não for o que eu acho... - Me fitou - Te mato!
- Não vai precisar me matar...
Ele arregalou os olhos, e depois de um tempo se conformando que eu não era uma pessoa tão má assim a ponto de traí-lo; sorriu, e eu, retribui.
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