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História O verdadeiro Izaya por trás de tudo - Yaoi - Adeus Ikebukuro


Escrita por: observerghost

Notas do Autor


Chegamos ao fim! 😔

Capítulo 20 - Adeus Ikebukuro


Orihara, Izaya P.O.V.

Saio do banho. O vapor da água quente preenche o banheiro. Enrolo-me na toalha e passo a mão no espelho para tirar as gotículas. Vejo as olheiras enormes que circulam meus olhos. 

Termino de fazer toda minha higiene. Me enxugo e seco meu cabelo com o secador. Visto uma calça jeans, uma camiseta de manga comprida e calço um sapato de couro preto. E por fim, coloco um sobre tudo preto. 

Vou para a sala e vejo três malas de diferentes tamanhos perto da porta. Olho para a parede de vidro. Há uma garoa fina e irritante caindo lá fora. O dia hoje está mais escuro do que todos os outros do ano. Pelo menos pra mim.

- Namie-san! - Chamei-a. 

- O que? - Ela estava na cozinha. 

- Tome conta do apartamento pra mim. As chaves estão em cima do balcão. Vou ficar fora no máximo um ano. 

Namie apenas balançou a cabeça.

- E a senhorita vai me ajudar a levar as malas. 

- Que saco... - Ela revirou os olhos e pegou uma das malas. 

 Passei os olhos pela sala pela última vez. 

Nós descemos de elevador. Me despedi de Namie, e sentei em cima de uma das malas. Chamei um táxi. 

Mandei uma mensagem para Shizuo. 

"Podemos pelo menos nos despedir? Vá no aeroporto me encontrar."

Depois de um tempo, o táxi chegou. O senhor que dirigia o veículo me ajudou a colocar as bagagens no porta-malas. 

- Pro aeroporto, por favor - Falei.

No caminho, através do vidro respingado, observei as ruas e os prédios. Não deixei de reparar nos humanos que passavam. São Petersburgo é bem diferente de Ikebukuro. As construções, as pessoas e os costumes. Lá também deve haver mistérios. Mas aqui é mais intenso. Ikebukuro pode te ouvir. E tudo que nela aparece; desaparece no mesmo dia. Essa cidade é o lugar perfeito para um informante como eu. 

Ontem, tentei contar ao Shizuo sobre a viagem de um ano para Rússia, mas ele nem tentou compreender. Porém, não o culpo de nada. Pela primeira vez, entendo o seu lado. Ninguém quer ouvir do namorado, de uma hora pra outra, que vai viajar por meses e meses para um lugar tão distante. 

É incrível como tudo muda drasticamente. A pouco tempo, estávamos brigando por causa daquela vadia loi... por causa de Vorona, e agora estamos de mal por causa de uma viagem a negócios. Eu devia ter dado mais valor a tudo que já passou. 

Quando percebi, eu já estava no aeroporto. Sai do carro e senti a brisa gelada. O senhor colocou as malas na calçada. O paguei e fui atrás de um carrinho para colocar as bagagens. 

Entrei, e vi que o local estava bem vazio. Fui para a fila. Mostrei documentos, troquei informações, peguei papéis e coloquei as malas na esteira. Faltava uma hora e meia para o meu voou.   

Fui a procura de um banheiro para ver o estado do meu rosto e depois compraria algo para comer. Rodei o aeroporto inteiro e finalmente achei os sanitários. Ao abrir a porta, dei de frente com um homem alto. 

- Desculpa, eu não... 

Meu coração simplesmente parou. 

- Shizu... eu achei que você não...

Ele me beijou de uma maneira intensa, me envolvendo num abraço aconchegante. 

- Eu vou com você.

- O que?! - Arregalei os olhos - Mas como?

- Eu falei com a Namie ontem à noite. Dei um jeito de conseguir passagens para São Petersburgo com o mesmo horário. 

- Então é por isso que ela estava estranha comigo... - Tive que rir. 

- Eu ainda estou chateado com você, mas eu não te deixaria ir sozinho para lugar nenhum. 

- Eu sei me cuidar - Sorri.

- Aham. Você pretendia ir ao banheiro, certo?

- Sim - Olho para o lado - Mas você mesmo pode me dizer. Como estou? 

- Você está linda, minha pulga. 

Lhe beijei novamente e dei minha mão a ele, que a segurou com firmeza. A dele era tão quente e macia. 

- Eu estou com fome - Avisei e o puxei para andarmos.

- No andar de cima tem varias lanchonetes, quer ir lá?

- Pode ser - Balancei a cabeça - É ótimo! 

Fomos para a praça de alimentação no andar superior. Nós comemos alguns lanches. E mal percebemos que já estávamos atrasados, até eu checar o relógio do meu celular.

- SHIZU-CHAN! - Saltei da cadeira - Estamos atrasados. 

Shizuo me colocou em seu ombro rapidamente.

- Ei! O que pensa que está... 

- Eu corro mais rápido - Interrompeu. 

Ele saiu em disparada para a aérea da embarcação. As pessoas nos olhavam curiosas, enquanto eu tinha um ataque de riso. 

Já na aérea de embarcação, vimos o resto das pessoas entrarem. Era possível ver o avião que íamos viajar, através da parede do vidro. Como a do meu escritório. 

- Eu devia ter te escutado ontem... - Comentou Shizuo.

- Na verdade, devíamos ter tido a ideia de você vir junto ontem. Somos tão idiotas... - Revirei os olhos.

- Sim, mas eu terei de voltar antes. Não posso deixar tudo o que tenho. Pra você é fácil achar um lugar pra ficar. Aliás, Kasuka está aqui. 

- Eu sei, Shizu-chan. Mas eu também vou voltar para Ikebukuro um dia. É só um ano.

Nós demos as mãos novamente e entramos no tubo que liga o prédio ao avião. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Agradeço imensamente todos aqueles que me acompanharam até aqui. Obrigada, de verdade! 💛


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