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História O verdadeiro Izaya por trás de tudo - Yaoi - O fundo do poço


Escrita por: observerghost

Notas do Autor


É nesse capítulo que a história realmente começa. Me perdoem qualquer erro. Desculpa a confusão da história, escrevo muito rápido às vezes sem nem pensar. Espero que gostem!

Capítulo 2 - O fundo do poço


Orihara, Izaya P.O.V.

Para alguns, a família é a coisa mais importante de todas, sendo assim, acredito que seus familiares são a base para uma pessoa. Como se fosse um chão, e todos precisam de um chão, certo? Se não todos estariam caindo. Não de verdade, mas psicologicamente.

Bem... eu estou caindo. Estou eternamente caindo, pra mim parece não existir um "fundo do poço", e se existe um, ele está demorando para chegar, o que significa, que vai ser muito dolorida a estatelada. 

O fato de eu não ter um chão, de estar caindo infinitamente, é que o sofrimento ainda dura, e isso é muito pior do que estar no fundo do poço, pois quando se está nele, você está praticamente morto. Pessoas mortas não sentem nada. Quando ainda se está despencando, você está vivo, podendo sentir milhões e milhões de sentimentos conhecidos e desconhecidos ao mesmo tempo. Um dos mais perceptíveis, é o sentimento/sensação de solidão, de não ter ninguém, de estar sozinho.

Eu tive uma família, todo mundo tem, porém, isso não diz que ela aja como uma.
Se você tem uma que age como uma, pôde-se considerar uma pessoa de sorte, pois milhares querem ter uma que atue como tal.

Família não necessariamente é aquela típica de filmes, pai, mãe, filho(s). Hoje em dia qualquer coisa pode ser família. Se quiser que seu livro e sua mesa sejam seus pais, você tem esse direito, apesar de achar isso anormal - por que é - , obtuso, sem sentido e um tanto errado. 

Ter uma família não é ter alguém de sangue mais velho que você, e sim ter alguém que te conduza, que te cuide e principalmente, te ensine a amar.

Eu tive uma família, composta por pai, mãe  e duas irmãs. Não, eu não tive, eu tenho uma. Mas eles não estavam nem perto de ser uma família. Não sabiam atuar como uma, não queriam operar como uma. 

Meus pais eram os característicos mafiosos que todos pagariam caros ingressos para ver em telas grandes. Os humanos que tanto amo acham isso um máximo. Eu sei bem como é ter esse tipo de gente tão perto, e digo: não é incrível, é ridículo, é mais que horrível. No fundo, não passam de sociopatas gananciosos e desalmados, que amam aventuras perigosas e cocaína mais do que os próprios filhos.

Não posso dizer que os odiava desde sempre, mas tinha certeza desde sempre que eles não nasceram para ser pais. Não foram feitos para serem meus pais. 

A verdade é que; como eles não demonstravam importância nem afeto por mim e pelas minhas irmãs, nós também não demonstrávamos sentimentos por eles. Do que adianta corresponder uma pessoa que não te corresponde? Nada, se fizer a besteira de corresponder quem não te dá mínima importância, você um é trouxa. Eu sou trouxa, acreditem, mas isso não vem ao caso; não agora.

Como eu nunca recebi carinho dos meus responsáveis, é como se eu não soubesse como é ser tratado com amor - tá, eu realmente não sei - então, eu não sentia falta de querença por parte deles. Pelos menos eu acha que não, fui descobrir isso da pior maneira pelas mãos de uma criatura abespinhada que me apaixonei, mas isso também não vem ao caso; agora.

Se ainda é impossível de compreender, dou um exemplo: vamos dizer que uma pessoa nunca experimentou marshmallow - isso é meio inverossímil -, marshmallow é  bom, porém, se ela nunca provou, ela não sente falta, mesmo sendo maravilhosamente delicioso. Ao contrário de uma pessoa que sempre pode comer e por certo pretexto, não pode mais. Ela sim vai sentir falta. Se for viciada em doces - em específico marshmallow, como os chocólatras são em chocolate - terá uma crise de abstinência. 

Assim é comigo. Não sinto falta de apreço nenhum. Quer dizer, quando pequeno não, mas agora, é diferente.

O dia em que eu descobri que odiava os meu progenitores, foi o dia que eles tiraram a única coisa que me fez chegar mais perto de amar. 

Eu tinha um gato preto, ele tinha lindos olhos verdes, um rabo peludo e macio. Gostava muito dele, ou melhor, só gostava dele. Não tinha mais ninguém nem algo que eu me interessava a não ser ele. O nome dele era Jon Jon. Esse felino era meu único amigo - quando criança, claro, depois fui conhecer um "amante" de biologia caralho de pervertido na escola - , era meu parceiro de pilantragem e de negócios. Guardião dos meus segredos. Ninguém podia toca-lo. Cuidava dele com minha vida. Ele era minha vida. Sim, um gato era uma das minhas razões de viver - outra é o porvir. 

Em uma dia normal - que se tornaria o pior de todos - cheguei em casa - depois de ir ao parque, sozinho -, indo direto pro quarto. Nunca vou esquecer dessa cena. Aquela imagem me dá arrepios e ânsia de vomito até hoje. Neste dia, foi um dos poucos dias que chorei de verdade. 

Encontrei meu gato, meu melhor amigo... minha vida, morta, ensanguentada em cima da cama. Aquilo doeu tanto, que depois de pouco tempo sem ele, tentei suicido pela primeira vez. Sim, ninguém é feito de pedra. A única coisa pelo qual eu sentia amor, não estava mais lá e foi tirada da pior maneira. Penso até hoje se ele sofreu muito. Não gosto de pensar, porém, é inevitável.

Eu sempre soube os responsáveis daquela ação, daquele crime contra duas vidas - a minha e a do meu felino. E jurei pelo meu gato, que vou vinga-lo e o fim desses monstros não está muito longe de ser executado.

Um mês depois, meus pais fugiram sei lá pra onde, deixando minhas irmãs por minha conta. Eu tinha dez anos na época, não fazia ideia de como se cuidava de duas menininhas  - uma delas agitada, a outra era tão calma que parecia estar em transe. 

Como eu nunca avia tido experiências com crianças, devo ter feito muitas besteiras para elas quererem me matar hoje. Nós não nos damos bem, de vez em quando surge alguma irmandade entre nós três, mas é raro. 

Nos dias de agora, moro em um apartamento gigante em Shinkoju com minha secretária - que só tem uma expressão, apaixonada pelo próprio irmão - Namie-san. Faz mais de treze anos que não vejo meus odiados pais. O dia do reencontro não vai mais demorar tanto, prometi isso ao meu bichano. 

Então, tudo aquilo que seria minha base, não é, é mais o meu fundo do poço. Não sei me relacionar com as pessoas, não sei amá-las, ninguém me ensinou como fazer isso, quero dizer, amo demais os humanos, não como eles amam os outros. Amo do meu jeito. Todo pai ama seu filho, disso quase todos tem certeza; eles me amavam? Não sei, mas estou amando do jeito que eles me ensinaram. 

Não sinto falta do amor dos humanos, não sinto falta de como eles amam; e sim viciado sem nunca ter provado. E tinha a esperança, de que certa pessoa asna - que perde as estribeiras tão rápido - pudesse me mostrar. 

Ainda tenho, ainda espero - que mais parece uma ilusão, um sonho - algo desse alguém, mas está bem difícil...


Notas Finais


Relembrando mais uma vez, que essa história é para maiores de 18 anos! Se você é uma criança, que 'tá se achando porque 'tá lendo sexo nessa idade, aqui vai um conselho de alguém que já passou dos 20... VAI BRINCAR, OU CONTINUE AQUI E DESTRUA SUA SAÚDE MENTAL!


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