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História O verdadeiro Izaya por trás de tudo - Yaoi - Confissões - Parte 2


Escrita por: observerghost

Notas do Autor


Ele será divido em três partes!

Capítulo 7 - Confissões - Parte 2


Orihara, Izaya P.O.V.

As pessoas me olhavam assustadas, com curiosidade, algumas me ofereciam ajuda, uma minoria fingia que eu nem estava passando por elas; já outras, a maioria na verdade, corriam para longe de mim. Tudo isso porque além de saberem quem sou, eu estava com um corte enorme na cabeça que vazava litros de sangue, deixando um rastro vermelho por onde andava. 

A casa do irmão daquela loira de farmácia sem cérebro não era tão longe da onde eu estava antes, ou seja, pelo tanto que já andei, estava quase chegando ao destino, e mesmo que fosse do outro lado do Japão; eu iria. Na situação em que me encontro, atravessaria todos os oceanos existentes nesse mundo de merda três vezes para conseguir o que preciso.

Atravessei a rua aos gemidos e os carros buzinaram. Foda-se, não é mesmo? Eu passo por onde eu quero na hora que eu quero do jeito que eu quero, isso é uma lei e os seres humanos que se acostumem. 

Quando cheguei na outra calçada, avistei o prédio gigantesco que tinha uma estrutura tecnológica impressionate. Legal; posso ter isso tudo e muito mais sem fazer caras e bocas na frente de uma câmera estúpida. Me aproximei do edifício e me deparei com dois seguranças armados protegendo a entrada. Previ que  encrencariam comigo e como no momento eu não estou com saco pra desviar de tiro, decidi agir como uma pulga - Aliás, de acordo com um certo alguém, eu realmente sou uma pulga -; escalei a construção e admito que demorei mais de dez minutos para subir; é, meu estado esta péssimo. Pulei para dentro da sacada do domicílio do garoto e ponderei sua sala luxuosa. 

- Alguém em casa?! - Perguntei em um tom alto olhando para todos os lados - Me desculpa, mas terei de sujar seu tapete de dez mil dólares - Avisei adentrando mais.

Escutei passos lentos vindo em minha direção e olhei para o corredor da onde o opulento surgiu.

- Mas o que?  - Ele parou na minha frente - Orihara, o que faz aqui?

- Você mentiu a respeito do seu irmão? - Fui direto ao assunto, eu definitivamente não tenho tempo para "Oi, tudo bem? Quer um chá?".

- Deixa eu adivinhar... você foi falar com ele? 

Adoro como ele saca as coisas rápido, ao contrário do seu irmão, aquela anta acéfala.

- Isso mesmo - Confirmei com a cabaça e me aproximei - Então, qual dos dois é o palhaço mentiroso da história? 

- Eu já lhe disse quem, mas ele nunca vai admitir. 

- Então faça-me o favor de... - Fui interrompido pela campainha. 

- Me de licença - Pediu ele indo atender à porta.

Sentei-me no sofá branco e as minhas gostas de sangue que o tingiam faziam um contraste lindo. Fitei aquelas gotas e o tecido branco, e pensei em como os dois me representavam. Um sofá perfeito cheio de manchas. Eu, uma pessoa perfeita, cheia de feridas, e essas marcas nos tornavam imperfeitos, sem valor; sujos. Que comparação ridícula, eu sei. 

- Não acho que seja uma boa hora, irmão - Falou o garoto. 

Congelei; e a única coisa que continuou a se movimentar era meu coração descompassado, já que batia involuntariamente. Levantei bruscamente e fiquei tonto, me apoie no braço do sofá para recuperar o equilíbrio e corri para um dos cômodos mais distantes da sala. Entrei no último quarto e fechei a porta, apoiando minha costas nela. Tentei recuperar o fôlego que foi embora ao escutar a palavra "irmão". O irmão de Kasuka estava aqui. Shizuo. Meu plano de conversar ameaçadoramente com seu irmãozinho, falhou.

Senti vontade de chorar mais uma vez, mas não me consenti a isso. As dores aumentaram, e meu coração, pareceu perder a força; por que eu sempre tenho que correr para longe dele? Por que não posso correr para seu braços? Eu necessito tanto disso. 

Passei os olhos sobre o quarto, tinha uma cama espaçosa no meio dele. Andei tentado firmar meus passos para não cair, meu corpo já não aguentava mais tanto esforço. Me sentei no colchão fofo e cravei meus olhos em meus sapatos pretos. Bem que Shinra - Que saudades de conversar com ele, mesmo sendo um pé no saco, era alguém muito bom; era meu amigo - Disse que eu tinha pés pequenos para um homem. Eu era um homem com um corpo de menino, o oposto de Shizu-chan, que tinha aquele torso definido. 

Passei meus dedos esqueléticos pelo tecido liso e deitei. Fixei-me em olhar para o teto branco intentando para não entrar em um transe.

Eu estava na casa de um estranho jovem rico e seu irmão era um monstro mais do que forte; invencível. Aquilo era um perigo para mim, no entanto, eu não tinha mais forças nem para respirar direito, quem dera para lutar ou fugir. Ignorei a chance que estava dando para a morte, precisava descansar, se não me recuperasse... o fundo do poço, vocês já sabem. 

Fechei os olhos. 

...

Adormeci.

 



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