História O verdadeiro rei - Capítulo 4

– Como vocês deixaram aquela doida levar o Luffy? – e Nami começou a dar um chilique
– Véi, a gente estava em três, e eram muitos barcos. – Cascão tentou se defender, mas do iria adiantar?
Esse é o “momento julgamento” da nossa história. Só falta o júri decidir se os réus são inocentes ou culpados (e, acreditem se quiser, Mônica e Nami diziam a mesma coisa), mas todos já sabiam que a vítima ainda precisava ser resgatada. Será que eles iriam parar de discutir sobre coisas inúteis e começariam a pensar em um plano para salvar o capitão? Alguma hora eles iriam, mas não agora. Luffy é muito forte, consegue se virar sozinho por um tempo.
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Enquanto eles tentavam bolar uma estratégia para salvá-lo (ou quase isso), Luffy estava acorrentado, sendo levado para “conversar” com Cabeleira Negra.
– Monkey D. Luffy, não é? É um prazer poder conhecê-lo. – uma voz feminina desconhecida, bem rouca e lenta, entrando em contraste com o som do portão de ferro se abrindo.
Aparentava ter pouco mais de trinta anos, mas possuía uma beleza superior a de muitas meninas de dezoito. Ela tinha um corpo escultural, feito na medida certa. Seus olhos castanhos, sua boca rosada e seu nariz levemente arrebitado se completam em um rosto maravilhoso. Os longos e ondulados cabelos negros caíam sobre suas costas, fazendo jus a sua alcunha (cá entre nós, de narrador para leitor, a peruca é muito bem feita). Qualquer homem se sentiria atraído por ela, mas Monkey D. Luffy não é qualquer homem, ele é assexuado... Bem, não para sempre, mas naquele momento ele ainda era.
– Você é a Tia do Espaço que quer me matar?
– Já que você quer ir direto ao ponto... Sim, sou eu.
– Achei que você era mais velha, e talvez meio parecida com a Big Mom. – parecia um pouco surpreso, mas estava achando graça dessa situação. - A Magali disse que você tinha quinhentos anos. Shishishishi.
– EU SOU DE QUINHENTOS ANOS NO FUTURO! NÃO CONFUNDA AS COISAS! O VELHO AQUI É VOCÊ! – e a voz rouca rapidamente se transformou em um grito agudo e ensurdecedor
– Mas eu só tenho dezenove anos, tá na cara que você é bem mais velha do que eu.
– EU NÃO SOU VELHA! EU SOU DO FUTURO! AGORA CALA A BOCA E ME RESPEITA! EU SOU MUITO MAIS VELHA DO QUE VOCÊ!
– Hã? Primeiro você diz que não é velha e agora fala que é velha? Tia do Espaço, você é maluquinha, né? Que pedra você andou ouvindo?
– Você pode ficar quieto só por um minuto?
– Yoshie.
Depois dessa frase o capitão ficou em silêncio.
– Assim está melhor. – soltou uma risada baixa, fazendo seu pequeno e sarcástico sorriso torto tremer um pouco. - Então, você ainda acha que realmente vai ser o Rei dos Piratas?
Não obteve resposta. Ele continuou com a mesma expressão; os olhos semi-abertos e a boca completamente fechada.
– Por que você não me responde?
– Porque ainda se não passou um minuto, ué. – Luffy respondeu como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo. Mas, vamos admitir que, bem lá no fundo, a falta de lógica do homem borracha tem certa lógica. É tão lógico que chega a ser ilógico.
– Escute aqui...
– Escutar o que?
– Eu não vou repetir.
– Hã? Mas você não queria ser escutada?
Cabeleira Negra não sabia onde estava se metendo. Sua disposição era grande, mas a burrice do Chapéu de Palha é incomparável.