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História O Vigia - Last Kiss


Escrita por: lavegass

Notas do Autor


Esse é o único capítulo de "O Vigia" a ser narrado pela Letícia, espero que gostem!

Capítulo 16 - Last Kiss


“Never thought we'd have a last kiss

Never imagined we'd end like this

Your name, forever the name on my lips”

 

Quinta-feira, 14 de Janeiro de 2016.

TRÊS HORAS DEPOIS.

Minha cabeça estava explodindo e naquele momento eu já tinha certeza de que jamais conseguiria parar de chorar. Aquela pequena sala já havia se tornado sufocante com a quantidade de pessoas presentes nela, meus pais, os pais de Fernando, Carolina e minha avó que insistiu em vir depois que minha mãe telefonou para relatar essa tragédia.

Não recebemos nenhuma noticia. Nenhum medico conversou com a gente desde que chegamos até lá e aquela espera parecia eterna. Não ter notícias dele era horrível, mas eu temia que quando finalmente as tivesse elas não fossem o que eu esperava e estava rezando para ouvir.

A porta da sala se abriu e eu me mexi inquieta na cadeira pensando que fosse algum médico, mas não era. Quem entrou foi Omar. Ele parecia assustado e nervoso, assim que me avistou caminhou em minha direção e me puxou para um abraço. Nenhum de nos disse nada, porque não havia nada a se dizer. Tudo o que podíamos fazer por Fernando era esperar e ter fé.

- Alguma noticia dele? – Perguntou quando finalmente nos soltamos. Apenas neguei, aquela altura do campeonato parecia que eu havia me esquecido como se fala.

- Nos vamos achar quem fez isso e ele vai pagar. – Disse Senhor Humberto.

Eu não conseguia pensar em justiça, porque naquele momento a única coisa que me importava era o estado de Fernando. Não tinha ideia de quem havia feito aquilo, ou porque havia feito, minha única certeza é que ele precisava sair dessa o quanto antes.

- Já sabemos quem foi. – Falou dona Teresinha. – Márcia.

- Não vovó, eu estava com a minha mãe o tempo todo, posso garantir que ela não fez isso. – Confirmou Carolina entrando em uma crise de choro novamente. Se tudo aquilo estava sendo difícil para mim eu tinha certeza que para ela era muito pior, pois além de ter o pai entre a vida e a morte tinha que ouvir acusações a respeito de sua própria mãe. Eu não conhecia Márcia muito bem, mas não acreditava que ela fosse capaz de uma barbaridade dessas. Ela parecia ter superado Fernando e cometer um crime como esses a troco de nada simplesmente não fazia sentido.

- Ela esta certa. – Disse Omar. – Eu sei quem fez isso e acredite. Ele já esta pagando. – Todos naquela sala se viraram para ele aflitos. E eu fiquei mais confusa do que nunca. Estávamos travados e nenhum de nos se atreveu a perguntar qualquer coisa, porque não sabíamos o que dizer. Omar provavelmente percebendo isso se prontificou a explicar. Ele se sentou ao meu lado e suspirou enquanto encarava o chão. – Eu cheguei a minha casa e encontrei o meu pai desesperado, ele estava com a roupa suja de sangue e dizia coisas sem sentidos. Pensei que ele havia feito algo contra a minha mãe, afinal, tudo o que eles faziam era brigar. – Ele fez uma pausa limpando algumas lagrimas que escorriam pelo rosto, enquanto eu mordia meus lábios na tentativa de segurar o choro. – Eu subi e vi a minha mãe desesperada no quarto deles dizendo que o meu pai havia cometido uma loucura. Ela estava tão desesperada que eu tive dificuldades em entender, mas quando finalmente consegui, foi a minha vez de me desesperar. – Omar me olhou e puxou a minha mão apertando-a, como se buscasse por forças para terminar de relatar aquela historia. – Minha mãe descobriu que meu pai tinha... Interesses em outros homens. E por alguma razão que eu ainda não sei qual é ele pensou que Fernando foi quem a relatou isso. O resto vocês já sabem...

Eu estava em choque, mas ainda assim consegui ligar tudo aquilo com o que Fernando havia me contado no aeroporto. O senhor Carvajal havia tentado algo com ele na noite anterior e fato de sua esposa ter descoberto logo em seguida fez com que ele automaticamente culpasse Fernando e na hora da raiva e sem ao menos pensar, acabou fazendo o que fez.

Teresinha e Humberto começaram a gritar com o Omar e a fazer uma porção de perguntas às quais não consegui prestar atenção, e eu não conseguia me importa com o que aconteceria com o pai de Omar, tudo o que eu queria e precisava era que Fernando ficasse bem. Minha avó se sentou ao meu lado e me abraçou e eu me recolhi em seu peito na tentativa de desviar o olhar de Carolina porque ao encara-la eu sempre me sentia pior. Todos naquela sala estavam sofrendo, mas a forma como ela demonstrava isso acabava comigo.

Carol estava imóvel com o olhar vazio e mesmo após a declaração de Omar ela não conseguiu dizer nada. Parecia estar dopada por remédios ou presa em um mundo paralelo o qual seu pai provavelmente estava bem e fora de perigo.

A médica finalmente apareceu e eu rapidamente me levantei, assim como Teresinha e Carolina.

- Como ele esta? – Perguntou Teresinha.

A médica nos encarou por um tempo com um olhar de pena e naquele momento eu soube que deveria me preparar para o pior.

- Ele continua inconsciente. – Começou. – E eu não quero dar vocês falsas esperanças... Ele está em estado vegetativo e isso poderá durar meses, dias ou horas. O senhor Fernando provavelmente não conseguira sair dessa. Eu sinto muito. Apenas um milagre pode salvá-lo. Na verdade já é um milagre ele não ter morrido de imediato. Porque tiros na cabeça são na maioria das vezes fatais. – Ela nos olhou novamente com pena e respirou fundo. – Em breve o quarto será liberado para vizita, só peço que não entrem todos de uma vez.

Ninguém disse se quer uma palavra, mas assim que a médica se retirou da sala Carolina desabou em choros ao meu lado.

- Eu não quero perder o meu pai. – Falou de forma quase inaudível. – Eu não posso perdê-lo.

- Você não vai. – Falei abraçando-a. - Aquela mulher não sabe o que diz, porque ela não conhece seu pai. Ele é forte e um homem maravilhoso que ainda têm muito que fazer nessa vida. Ela disse que já é um milagre ele estar aqui, bom esse será apenas um dos milagres. Seu pai vai se recuperar, e vai ser em breve. Só não podemos perder a fé.

- Letícia esta certa. – Disse Omar direcionando-se a Carolina. – Você melhor do que ninguém sabe que milagres existem. Seu pai provavelmente também tem um Bevouth, ele merece isso mais do que todo mundo.

Mesmo com todo o desespero todos conseguiram sorrir após ouvir aquilo. Fernando já havia nos narrados diversas vezes aquela historia. E uma pessoa que acreditava e defendia os milagres assim como ele, definitivamente merecia fazer parte de um.

...

“E se eu realmente pensei que algum milagre poderia nos ajudar?

E se o milagre foi ter tido pelo menos um momento com você?” – T.S

...

UM MÊS DEPOIS.

Segunda-Feira, 15 de Fevereiro de 2016.

- Batatas, nós precisamos de mais batatas. Você pode trazer quando estiver voltando? – Perguntou Rodrigo.

- Claro! Já está anotado. – Falei enquanto procurava as chaves do carro desesperadamente.

- Você sabe onde a Carolina e o Omar estão? – Perguntou Morgana.

- Eles estão chegando. Carolina se atrasou porque foi fazer um favor para a avó. - Respondi finalmente encontrando minhas chaves. – Já vou indo, vejo vocês mais tarde. - Os dois acenaram e segui em direção ao carro.

Poderia dirigir de olhos fechados, porque infelizmente eu já conhecia aquele caminho de cor. Eu ia naquele lugar ao menos uma vez por dia a exatamente um mês e um dia. Fernando continuava na mesma, assim como minhas esperanças. Não me importava quanto tempo passasse eu sabia que ele voltaria para mim. E quando isso finalmente acontecesse eu seria a mulher mais feliz do mundo novamente.

Carolina e eu estávamos cuidando do restaurante com a ajuda do meu pai e do senhor Humberto. Teresinha insistiu para que o fechássemos, mas sabíamos que essa não seria a vontade de Fernando. Ele tinha vários planos naquele lugar os quais estávamos dispostos a por em pratica até que ele acordasse.

Todos os funcionários daquele hospital já pareciam me reconhecer e sempre me cumprimentavam muitos deles até mesmo chamando-me por nome. Entrei no quarto de Fernando e suspirei fundo como sempre fazia na tentativa de conter as minhas lagrimas. Nunca iria me acostumar em vê-lo naquela situação.

- Boa tarde. – Falei puxando a cadeira e sentando-me ao seu lado. Segurei sua mão delicadamente a acariciando. E quando finalmente olhei para o seu rosto não contive mais as minhas lagrimas. Sentia falta de seus toques, seus beijos e principalmente de ver aqueles lindos olhos negros abertos. – Hoje o dia está muito corrido e foi por isso que eu me atrasei. Ontem o restaurante foi um sucesso. Conseguimos lucrar mais do que no dia da sua inauguração, dá para acreditar? Tudo isso porque um crítico de culinária falou bem sobre nos no jornal local. Mas você precisa acordar logo porque Rodrigo esta levando todo o crédito pela comida e sabemos muito bem que você cozinha melhor que ele. – Acariciei seus cabelos notando que mais fios grisalhos haviam nascido. Fernando os adiava e sempre arrancava alguns quando via. Já eu os achava a coisa mais charmosa do mundo. – Forrest esta enorme. Mas não na altura e sim para os lados. Aquele cachorro come o tempo todo e tudo. Ontem ele devorou os óculos de sol que você me deu quando viajamos para aquele hotel. Eu briguei com ele, mas você sabe o quanto é difícil ficar chateada com o Forrest. – Suspirei fundo novamente e dei um sorriso amarelo. – Ele sente sua falta, assim como todos nos. Na semana passada ele ficou latindo com o regador, provavelmente se lembrando de vê-lo regar as margaridas, as quais estão cada dia mais lindas por sinal. Oh, e eu preciso contar uma coisa e espero que você não fique nervoso. Omar e Carolina finalmente se assumiram. Eles estão namorando. No inicio o senhor Humberto não quis aprovar por que... – As lagrimas novamente molharam o meu rosto e eu me apressei em limpá-las. – Por causa do que aconteceu. – Completei. – Mas eu consegui fazê-lo entender que não era culpa do Omar, Roberto já esta na cadeia e vai pagar pelo que fez. Só precisamos nos concentrar na sua recuperação, ok? A qual eu tenho certeza que acontecera em breve. – Beijei sua mão e logo em seguida o seu rosto. – Precisa acontecer em breve porque eu não aguento mais sentir a sua falta. Você não tem nem ideia do quanto eu preciso de você. Apenas volte para mim logo. Eu imploro. – Novamente eu estava chorando, mas dessa vez não tentei me conter. O tempo ao contrario do que dizem não estava tornando as coisas mais fáceis. Eu ainda não conseguia aceitar e muito menos entender o que havia acontecido.

- Letícia? – Chamou uma voz pela pequena abertura da porta. Era a médica de Fernando. – Posso falar com você?

- Claro. Entre. – Pedi.

- Serei breve. Não queria ter que dar a você essa noticia, mas infelizmente é necessário. – Começou e imediatamente eu senti um aperto ainda maior tomar conta de mim. – A situação de Fernando piorou. Seus batimentos cardíacos não estão nada bons e se ele continuar regredindo como fez de ontem para hoje, infelizmente ele não passara dessa semana.

- E não tem nada que você possa fazer? – Perguntei um pouco alterada.

- Infelizmente não. Já fizemos tudo o que estava ao nosso alcance.

- Podemos levá-lo para outro lugar, outro país. Precisamos salvá-lo. – Supliquei.

- Fernando jamais resistiria a uma viagem tão longa. É como eu disse no inicio desse caso, apenas um milagre pode salvá-lo Letícia. Sinto muito. – Não respondi apenas abaixei o rosto encarando meus próprios pés. – Vou deixar você as sós com ele. – Completou deixando o quarto logo em seguida.

Olhei para Fernando e acariciei o seu rosto.

- Você não pode me deixar. Você precisa achar um jeito de voltar para mim. Por favor, Fernando. Encontre um jeito de voltar para mim. – Supliquei.

...

Não tive coragem de contar o que a médica me disse a ninguém, principalmente Carolina. Ela finalmente parecia estar um pouco mais alegre após ter acertado as coisas com Omar e eu não poderia arruinar aquilo.

Cheguei ao restaurante um pouco mais tarde do que havia combinado, pois só quando estava no meio do caminho me lembrei das benditas batatas e tive que voltar para buscá-las.

Trabalhei assim como todos os dias tentando agir da forma mais normal possível, o que estava cada vez mais difícil, pois as palavras que a Dr. Lisa havia dito não paravam de martelar na minha cabeça. E a cada vez que as analisava novamente, mas assustada e desesperada elas me deixavam.

O movimento estava bem mais tranquilo do que o do dia anterior por ser segunda-feira.

- Os refrigerantes acabaram. – Avisou Omar.

- Tem muito na dispensa da casa, eu me esqueci de trazê-los. – Falou Carolina.

- Tudo bem, eu busco. Não se importa de ficar sozinha? Serei rápida.

- Não, pode ir. Está tranquilo hoje.

- Ótimo. Volto já. – Falei acenando para os dois.

Era um pesadelo entrar naquela casa. Porque sempre que colocava os pés lá me lembrava da cena que eu queria esquecer mais do que tudo.

xxxx

Estava penteando meu cabelo após finalizar o meu banho quando ouvi um barulho alto vindo da sala, não dei muita importância, pois pensei que fosse Fernando derrubando alguma coisa já que ele estava preparando algo para comermos.

Forrest entrou no banheiro desesperado, ele latia uivava e puxava a minha roupa para que eu o acompanhasse. Nunca havia visto-o assim antes.

- O que foi? – Perguntei. – Está bem, o que você quer me mostrar? – Questionei enquanto o seguia. Forrest desceu aquelas escadas correndo. Definitivamente havia algo errado com aquele cachorro e no momento em que coloquei os pés na sala entendi o que era. Fernando estava deitado de bruços no chão e uma grande quantidade de sangue contornava o seu corpo.

xxxx

 Naquele dia eu não estava apenas desesperada como também me senti impotente. O homem que eu amava estava morrendo e não havia nada que eu pudesse fazer. Eu revivia aquela cena todas as noites, ela já havia se tornado o meu pesadelo frequente, do qual eu provavelmente jamais me livraria.

Peguei os refrigerantes rapidamente e os coloquei no carro. Evitava ficar muito tempo naquele lugar e já havia tirado inclusive Forrest de lá. Fui ligar para Carolina no caminho para perguntar se precisavam de mais alguma coisa, e foi só ai que eu percebi que havia esquecido o telefone.

- Merda. – Resmunguei já ligando o carro e apressando-me para ir embora.

Quando estacionei o carro na porta do restaurante eu me assustei. Ele estava fechado e através da porta de vidro pude ver Carolina, Omar, Morgana, e Rodrigo sentados. Carolina estava abraçada a Omar. Entrei rapidamente para saber o que estava acontecendo.

- Por que vocês fecharam o restaurante? – Perguntei caminhando em direção à mesa. – Algum problema? – Olhei para Carolina e seu rosto estava banhado em lagrimas.

- Ligaram para o seu telefone do hospital- Falou, e após ouvir aquela frase pude sentir o meu coração se acelerar. A conversa que eu havia tido com a médica mais cedo novamente se passou pela minha cabeça e as lagrimas já tomavam conta dos meus olhos. – É o meu pai. – Falou Carolina começando a chorar. – Ele acordou. – Completou em meio a um pequeno sorriso. Eu a olhei boquiaberta. Rezando para que tivesse ouvido direito.

...

Liberamos Morgana e Rodrigo e seguimos rapidamente em direção ao hospital, meus pais e os pais de Fernando já estavam lá, assim como sua médica.

- Só estava esperando por vocês para começar a explicá-los. – Falou assim que adentramos a sala. – Um milagre finalmente aconteceu, porque nenhum médico nesse hospital tem uma explicação para a melhora de Fernando. É claro que várias pessoas já acordaram de um estado vegetativo, mas quando se leva um tiro na cabeça e sobrevive é raríssimo não sofrer nenhum dano cerebral, mas Fernando esta bem. Muito bem na verdade. A memória dele esta perfeita, ele se lembra de todos vocês e não vê a hora de vê-los. Seus sinais vitais estão ótimos e ele já conseguiu mover as pernas e braços muito bem. Fernando renasceu de novo. E isso é graças à fé de vocês. Especialmente a sua Letícia. – Disse olhando-me. – Você veio todos os dias visitá-lo e acredito que suas conversas com ele foram o que o deram força para lutar.

Eu a abracei como forma de agradecimento, naquele momento não conseguia dizer nada, ainda estava impactada com aquela noticia maravilhosa. Fernando havia voltado, ele havia voltado para mim.

- Eu sei que todos vocês devem estar desesperados para vê-lo. E eu gostaria de poder deixar todos entra-lo, mas apesar de Fernando estar consideravelmente bem ele precisa descansar e como já esta tarde, infelizmente eu não posso permitir que todos entrem, então vocês precisam fazer um acordo.

- Letícia e Carolina. – Disse Dona Teresinha surpreendendo-me. – Por mais que eu esteja morrendo de vontade de ver o meu filho e sei que ele também quer me ver. Acredito que nesse momento ele precisa da filha e dá mulher que ama, a qual fez com que esse momento se tornasse real.

- Obrigada. – Sussurrei em agradecimento. Teresinha segurou a minha mão com ternura e apenas assentiu.

Era agora, eu iria ver Fernando, mas dessa vez ele estava bem. Dessa vez eu conversaria e ele responderia dessa vez eu veria o seu sorriso do qual eu estava morrendo de saudades, escutaria sua voz e o mais importante: Veria seus olhos e dessa vez eles estariam abertos e cheios de vida. E naquele momento eu tinha a certeza de que os milagres não são a prova do impossível, eles na verdade servem, apenas, como confirmação do que é possível e só entendemos direito o milagre da vida quando deixamos que o inesperado aconteça. 


Notas Finais


Vi que muita gente acertou nos comentários do capítulo passado quem tinha feito isso com o Fernando haha
Bom, esse capítulo foi o penúltimo. Como os anteriores foram bem curtinhos prometo trazer um último capítulo longo e muito especial, além de um bônus após ele, por isso ele provavelmente só será postado após o final de semana. Obrigada de verdade a todos que acompanharam até aqui! ;*


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