História O viking - Depois do Furacão, vem a calmaria

A dor no ombro de Oliver não passava, mesmo com os remédios, a erva que tinha passado, o irlandês não conseguia dormir, por quase uma hora, remoía-se na cama querendo buscar algum conforto, mesmo que seu ombro pulsava de dor, ou suas costelas parasse de incomodar. Levantou-se impaciente e foi para cozinha, buscou um copo no armário abrindo sua garrafa de whisky, tomou a primeira, segunda, terceira, na décima primeira, esperava que seu ombro não doesse mais. Buscou no bolso o seu charuto e foi para porta dos fundos da cozinha. Foi ai que ele pode escutar a voz baixa da menina que parecia estár tendo um pesadelo

-Appa, não me deixa, appa, por favor, socorro.- Ela murmurava, na verdade, o homem se deparou com a garota dormindo no chão da área de serviço, - Appa!!!!

Oliver  revirou os olhos, a pegou no colo e a levou para cama, enquanto caminhava, ainda com dificuldade, mesmo que a garota não parecesse pesar tanto, seu ombro tinha reclamado. Ele a olhava dormir, ela parecia ainda uma garotinha, talvez fosse seu jeito inocente, algo que o deixava com dúvidas sobre ela ser uma boa menina ou se tudo aquilo não passava de uma farsa. Em qualquer hipótese, estava ansioso. Queria ver o poderoso KinShu’ Dunn de joelhos, chorando pela morte da alma de sua filha, mas aquele plano de mata-lá, parecia difócil, ainda pensava em como ela pode salva-lo, mesmo depois de seus homens a baterem, mesmo depois de falar algumas verdades sobre seu pai, que era um homem sem coração, mas ela, Oliver a via como uma rosa, mesmo delicada, aqueles espinhos pareciam machucar, ela sabia se defender.

Ao colocá-la na cama, arrastou o edredom para cobri-la, sentou-se ao lado da garota alisando sua face, ele retirava os cabelos dos olhos da menina que ainda chorava enquanto dormia. Ela era uma grande incógnita. O dedo grosso se arrastava tentando ter cuidado ao limpar o rosto dela, alisava seu rosto, o que parecia ajudar de qualquer forma, ela não estava mais chorando. 

- Ah pequena, eu acho que você não merece mais ficar perto do seu pai

Resmungou, e saio do quarto dela, voltando para sala

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Quando Alicia abriu os olhos, ela não esperava está na cama, claro que tinha ficado assustada, não sabia que horas eram ou como tinha chegado ali. A única coisa que pensava era em seu pai, lembrou-se quando era criança e ele a levava quando dormia no sofá para espera-lo do trabalho. Aquilo era diferente. Ao levantar, abriu a porta do quarto e pode ver o céu na varanda do quarto ao lado, talvez fosse o quarto dele. Voltou a andar caminhando para o corredor passando para a sala, pode vê-lo sentado no sofá, ele soltava uma fumaça e bebia alguma coisa. Cabisbaixa, pensou em voltar para o quarto, ele não tinha nem olhado para ela, o ombro dele estava sujo, a faixa estava melada e ele parecia não está mais naquele mundo, talvez tivesse bebido mais do que devia.

-Você não estancou direito...

-Eu estou bem.

    -  Não está não - As sobrancelhas se uniram para cima como um leve deboche, ao se virar, voltou para o banheiro abrindo as prateleiras, saio catando tudo que achou necessário para poder dá um jeito no ombro dele. - fique parado

-  Você quer cuidar de mim agora?

- Eu deveria deixar você morrer com uma bala - O sorriso se escondeu ao responder de um modo grosseiro. - Vai doer, um pouco...

Usou a tesoura para cortar a faixa, pegou o soro  umedecido para limpar o ombro do rapaz, apesar de ter uma grande vontade de causar dores a ele, ela tinha um grande coração, e tudo que fazia era com cuidado. Alicia tinha tratado do ferimento do homem, dera alguns pontos em seu ombro e fez um novo curativo para estabilizar seu tronco.

- Porque você não para de beber e toma algo para dor?

- Eu não preciso de remédios.

- De nada, Oliver. - Resmungou algo ao se levantar e levar as coisas sujas para o lixo. Lavou as mãos e voltou para sala. - Posso fazer uma pergunta?

- Não.

- Eu vou poder voltar para casa?

- ... Não...É perigoso - mentiu e logo mudou de assunto -  Você está com fome pequena?

- É Alicia. - Falou baixo vendo o homem se levantar como se não tivesse a ouvido, ele caminhou para cozinha e ela o seguiu. - Estou!

Ele tinha dado um sorriso, claro que se Alicia não tivesse olhado bem para ele não teria reconhecido, enquanto se sentava na cadeira, Oliver se movia pela cozinha parecendo um pouco melhor, mesmo que não usasse tanta a mão direita pelo ombro machucado.
Ele cozinhava ovos, tirava um suco da geladeira e entregava tudo para perto de Alicia que dividia a comida para dois, e por alguns segundos, era como se ambos não estivessem sofridos nada naquela noite. Oliver estava diferente, diferente de como Alicia tinha visto da priemria vez, o que era estranho, a jovem coreana as vezes distraida, olhava para ele tão concentrada que esquecia de ser discreta, o quecausou ao ruivo um motivo de sorir e ela ficar corada ao notar que tinha olhado tanto para ele e tentou cortar aquele clima silencioso e o sorriso que parecia mailioso do barbudo.. 

- Oliver, porque meu pai te roubou, se ele tem dinheiro, eu não entendo... - Gaguejou, confusa - O que vocês são?

O rapaz suspirou, pegou na maão delicada da jovem e fez um leve carinho, sabendo ele que teria uma longa historia pela frente.