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História O virgem e o bi-curioso ( romance gay) - Whisky barato


Escrita por: Escritora_Ana

Notas do Autor


Obrigada a todos que leram beijinhos :)

Capítulo 1 - Whisky barato


 

 

O taxista me deixa no outro lado da rua antes mesmo de eu cogitar a ideia de dar meia volta e voltar para casa. Não gosto de festas, ainda mais em boates baratas com whisky ruim, mas fui encapais de negar isso a Melissa, afinal, ela é minha melhor amiga desde que eu me entendo por gente, logo seria uma total babaquice se eu não fosse. 

Meu nome é Alex, 22 anos, loiro natural com um senso de humor um pouco sombrio, provavelmente graças ao fato de eu ser praticamente viciado em filmes de terror americano.  Sou estudante de cinema e trabalho nas horas vagas numa loja de cds no centro da cidade. Faço amigos fácil porque tenho um bom papo, mas em quesito relacionamento eu diria que não tenho muita sorte.  E mais uma coisa, eu sou gay. 

Hoje é sexta feira, o dia dos jovens saírem para beber e perder a linha, o que não se aplica a mim, já que eu preferia estar em casa vendo séries e comendo pizza como um bom sedentário. 

Agora eu estou aqui no outro lado da rua observando a entrada da boate. A boate esta cheia hoje, pessoas entram e saem o tempo todo. Posso ouvir o som da música eletrônica ecoando e as luzes neon em tons cintilantes refletidas no local. Me questiono se alguém gosta realmente daquilo. Pessoas suadas dançando como lombrigas no sal não parece um sinônimo de diversão para mim. Suspiro vencido vendo que era a hora de entrar e enfrentar meus medos.

Atravesso a rua em passos lentos, com as mãos no bolso da frente da calça jeans surrada e uma mecha loira caindo nos olhos. 

Ao chegar na entrada pego minha identidade pra mostrar que sou maior de idade, o que foi em vão, já que o cara nem se deu trabalho de olhar e já me mandou entrar. Me pergunto se algum dia ele parou para olhar a identidade de alguém, acho que não. 

Entro na boate. A visão era de completo desastre, pessoas dançavam coladas umas com as outras provavelmente bêbadas, algumas se pegavam loucamente, outras tentavam conversar mesmo com a música estupidamente alta. 

Muitas pessoas no mesmo lugar me deixa nauseado e o cheiro de suor e hormônios não ajuda muito. 

Olho em volta do lugar procurando por Melissa.  E logo a encontro dançando com dois caras perto do bar. Ela parecia bêbada, bem bêbada, na verdade não sei nem como ainda consegue ficar em pé. 

Vou até ela e quando ela me vê, sorri e manda os caras irem embora. 

- Quando você disse que viria, eu realmente achei que você estava mentindo-  ela fala me abraçando.

Melissa sempre foi muito bonita. Na escola todos os caras matariam para poder ficar com ela, mas nunca tiveram sorte com isso, e hoje em dia na faculdade, digamos que a história se repete. Melissa é uma morena de olhos verdes, o que pra mim é uma das melhores combinações, mas apesar de sua beleza ela tem outras qualidades como sua inteligência e humor. Talvez seja por isso que ela é minha melhor amiga. Nossa amizade sempre foi bem verdadeira, afinal da fruta que ela gosta, eu como até o caroço, logo nunca tivemos aquele receio de um dia querermos ser mais que amigos. E isso sem dúvidas torna tudo mais fácil. 

- Você esta fedendo a bebida- comento e ela bufa irritada, já me soltando. 

Apesar de não termos problemas de um possível romance, temos problemas de questão de opinião. Eu sempre fui muito certinho, mas Melissa sempre foi mais solta e rebelde. E isso às vezes causa brigas. Por ela ser muito impulsiva, como um bom amigo, eu tenho que para-la e por mais que ela saiba que é necessário, sempre acabamos discutindo. 

- Lá vem você sendo chato- ela fala cansada.

- Eu não teria que ser chato se você não fosse tão imprudente- falo e ela revira os olhos. 

- Será que só nessa noite você pode deixar seu lado certinho em casa ? - ela suplica fazendo beicinho- Por favorzinho, é meu aniversário de 21 anos. 

- Você esta fazendo 22, e seu aniversário já passo- corrijo. 

- Detalhes, detalhes, mas responda a minha pergunta- ela fala fazendo biquinho de novo.

Eu odeio quando ela faz essa carinha, porque eu sei que ela consegue tirar qualquer coisa de mim quando à faz. Mas é aquele ditado " vamos fazer o que ?", ela já esta bêbada mesmo, já é maior de idade, então o que custa deixar ela se divertir ? além do mais quem sabe até eu me divirta um pouco. 

- Tudo bem, mas por favor prometa que não vai fazer nada que seja motivo de prisão- falo e ela sorri abertamente. 

- Ótimo, agora vamos no bar, porque você precisa de álcool, e daqueles bem fortes- ela fala me puxando pela mão até o bar. 

- Querida, se eu quisesse álcool eu tomava acetona - falo. 

Essa noite não vai acabar bem...

                                                                                               (...)

Melissa e eu tomamos vários drinks no bar, e quando chegamos no décimo eu já estava razoavelmente alterado. Não sou acostumado a beber, logo, fico bêbado fácil, ainda mais com aqueles drinks de balada que contém mais vodca que outra coisa. 

Agora eu estou sentado no bar, afogando minhas magoas em whisky barato e ruim, enquanto Melissa dança loucamente com um cara na pista de dança. Me pergunto quantos caras ela já deve ter sarrado nessa noite. 

Passa-se alguns minutos e Melissa vem até mim sorrindo igual uma maluca, não que ela não seja. 

- Aquele cara não para de te olhar- ela fala se sentando do meu lado.

- Você deve estar vendo coisas, às vezes a bebida faz isso- fala num suspiro.

Ela deve estar louca mesmo, o só muito bêbada, para disser uma coisa dessas. Não que eu não seja bonito ou atraente para que um cara se interesse por mim, até porque eu sou bonito, ou pelo menos é isso que dizer sem querer me gabar, é só estranho na minha opinião. 

- Eu não estou bêbada, certo, talvez um pouco- suspira- Mas eu não to vendo coisa, aquele cara esta realmente te olhando- ela fala apontando para alguém atrás de mim.

E lá estava ele. A uns dez metros de mim tinha um cara, e que cara, sentado em uma mesa no fundo da boate. Ele me olhava e ao ver que eu também o olhava, ele desviou o olhar provavelmente envergonhado. Me viro de novo para Melissa que sorria de orelha a orelha. 

- Ele é um gato- ela comenta. 

Isso era verdade, eu não posso negar. O "cara" era um gato, um perfeito moreno, seus cabelos eram raspados do lado deixando suas orelhas a mostra, onde é possível ver que tem vários pircings. Ele vestia uma roupa estilosa, arrisco até a dizer que provavelmente ele tem uma banda. Mas com uma beleza daquelas, porque diabos ele estaria olhando para mim ?

- Sim, ele é um gato- admito por fim.

- Porque você não vai lá falar com ele ?- sugere Melissa. 

-  Você esta louca ? eu nem conheço ele.. além do mais talvez ele nem esteja olhando para mim- falo incrédulo. 

- Primeiro, não eu não estou louca, segundo, não se conhece ninguém sem falar com ela primeiro, e terceiro, sim, ele está te olhando- ela fala autoritária. 

- Ae, e como você pode ter tanta certeza?- falo cruzando os braços.

- Eu tenho e pronto- ela fala também cruzando os braços. 

- Ok, então se na hipótese ele estiver me olhando, isso não quer dizer nada, tem horas que eu fico olhando para alguém, mas não quer dizer que eu esteja querendo algo com ela, na verdade na maioria das vezes, eu estou pensando o que que eu vou comer no jantar - falo. 

- Você nunca vai saber se não tenar...- ele fala. 

Bem, isso é verdade, mas será que vale a pena? quer saber ? que se dane, eu vou lá.

-  Certo, eu vou...- falo ficando em pé. 

-  Esse é o meu garoto- ela fala sorrindo.

- Mas o que eu faço quando chegar lá ?- pergunto. 

- Seja você mesmo, e se der errado bota a culpa na bebida- ela fala. 

- Certo...então me deseje sorte...- falo esperançoso. 

- Caia do palco- ela fala. Continua ou não ? deixe suas opiniões e ideias nos comentários :)



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