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História O Virus - Interativa - Capítulo 4


Escrita por: Kyn-chan

Notas do Autor


Olha eu aqui de novo gente... oioioioioi kkkkkk bem eu demorei um pouco pra postar esse porém finalmente acabei não ficou tão bom quanto eu esperava, mas vai dar por enquanto kkkk bem gente eu sempre esqueço de colocar as fotos dos personagens então na notas finais eu vou deixar a foto de todos os que já apareceram
Boa leitura..... e desculpe qualquer erro gramatical.

Capítulo 4 - Capítulo 4


Capitulo 4

Escuridão, nada além de uma vasta escuridão, alguns diriam que era até reconfortante estar em um lugar escuro, assim você conseguiria usar sentidos que nunca existiu em você, eu por outro lado acho uma tremenda idiotice sinceramente, já havia se passado muito tempo e eu me sentia exausto e tinha plena certeza que John também, estávamos andando há horas e não encontramos nada além de uma caverna pouco visível, minha lanterna tinha deixado de funcionar a horas atrás.

Parei repentinamente respirando profundamente, estava cansado isso se notava até mesmo no escuro, olho John com um pouco de dificuldade por conta da iluminação da caverna, o garoto acabou se sentando no chão frio da caverna ele parecia tão cansado quanto eu, me aproximei do menor e pude notar que ele estava suado e parecia quente presumi que ele estava bastante vermelho e isso não era por que ele estava doente pelo contrário ele estava com medo, eu tinha plena consciência de seu medo, pois eu compartilhava dele naquele momento e não era para menos, afinal estávamos em uma caverna escura e fria não conseguíamos ver nada com muita nitidez, se um vagante se aproximasse da gente, com certeza ele teria toda vantagem em nos seguir, já que transpirávamos medo e sem dúvidas éramos as presas mais fáceis que poderia se encontrar.

– Estou com medo Charly... – John falou finalmente quebrando a tensão que se fazia presente entre nós, ele sabia exatamente o perigo que corríamos aqui, porém ele não queria parecer um covarde. Baixei o olhar para vislumbrar sua face na penumbra e me surpreendi com os seus marejados orbes. Às vezes eu simplesmente esquecia que ele era apenas uma criança, uma adorável e frágil criança.

– John – respiro fundo tentando encontrar as palavras certas. – Vai ficar tudo bem, você é um menino muito forte... – sou interrompendo ao ouvir Yume latir para a frente da caverna e naquele momento senti todos os fios de meu corpo eriçarem – Tudo bem, Yume? – sinceramente não sei o que me deu na cabeça para fazer essa pergunta a uma cachorra eu sabia perfeitamente que ela não ia me responder, o mundo apocalíptico estava me deixando insano.

– Tem alguém aí? – Uma voz grossa e áspera percorreu todos os cantos da caverna, fazendo meu estômago embrulhar de tensão por não estar sozinho em um lugar como aquele, não que John fosse uma má companhia, eu apenas não sabia se era a melhor pessoa para nos manter vivos.

Sem pensar muito peguei John no colo e corri na direção da tal salvação, sem demora um sorriso se fez presente entre meus lábios, nunca pensei que ficaria feliz em ouvir uma simples palavra como um “tem alguém aí?”  Corri por mais algum tempo até que por fim vejo a tão famosa luz no fim do túnel, nunca fiz jus a essa frase, porém agora ela parecia tão verdadeira quanto os próprios vagantes.

– É tão bom ver outro sobrevivente além de min aqui – falo vendo o garoto caminhar em nossa direção, ele me parecia um tanto nervoso em nos encontrar, o garoto de cabelos vermelhos nos olhou com atenção e então abriu um sorriso simpático quase como se voltasse a respirar.

– Ufa.... Que alivio, por um momento achei que fossem mortos-vivos – disse ele relaxando finalmente um pouco suas expressões faciais.

– Tudo bem, agora pode... – minha voz sumiu assim que vejo um vagante atrás do menino, o medo havia me consumido por inteiro novamente e eu não conseguia falar nada, estava em um completo transe profundo... – Cuidado... – grito assim que recobro a consciência.

O ser apodrecido voa no ombro do garoto o fazendo ir ao chão em questão de segundos, sem que eu pudesse fazer nada, o vagante cravou seus dentes primeiramente no pescoço do menor arrancando com facilidade sua pele que agora estava manchada de um intenso escarlate, os gritos agonizantes do garoto ecoavam por toda a caverna.

– Me ajude... por favor... – disse ele em sussurros enquanto me olhava com lágrimas que saiam de suas orbes e caminhavam por sua face agora coberta pelo próprio sangue e por mais que eu tentasse mover qualquer músculo para poder salva-lo dessa dor tão insuportável que deveria estar sentido, não conseguia sair de meu lugar ao ver aquela cena, ver aquela criatura arrancar com tanta rapidez os órgãos internos do menino me deixaram ainda mais aterrorizado, John gritava coisas que eu não fazia ideia do que poderiam ser e Yume latia fortemente, porém eu não os escutava era como se seus sons fossem abafados por toda aquela cena a minha frente, sua pele sendo arrancada pedaço por pedaço e mastigada como se fosse um misero chiclete, me deixava enjoado. Claro que já havia visto vários filmes de terror, na qual o zumbi matava algum personagem, no entanto viver aquilo era muito insano para ser verdade.

Meu corpo ainda se mantinha imóvel no mesmo lugar, eu nem conseguia dizer se estava respirando, foi só então no ultimo latido de Yume que a criatura notou minha presença. Forcei toda minha mente a trabalhar e que por fim consegui voltar totalmente a mim. Seu rosto estava coberto pelo sangue do garoto e alguns fragmentos de pele caiam de sua boca, seus olhos não negavam o quanto estava sedento pelas nossas carnes agora. Desviei em uma fração de segundo meus olhos do vagante para perceber o quão destruidor aqueles seres eram. O menino possuía o olhar perdido igual aos peixes quando se encontravam fora d’água, sua barriga toda abertas e suas vísceras espalhadas por todo canto.

– Corre John! – foi a única coisa que me veio à mente depois de toda aquela cena.

– Não, eu quero ficar com você – disse o menino segurando minha mão com força – Não me importo em morrer aqui – olhei John por alguns instantes, nunca o vi tão seguro de uma coisa como agora. Retribui seu aperto e tento achar a coragem que se desfazia de meu corpo naquele momento.

– Tudo bem, mas fique atrás de mim – eu sabia exatamente o que ia acontecer, porém não ia deixar aquele monstro machucar John. Pelo menos eu ia morrer sabendo que fiz meu máximo para salvar alguém.

De repente um som muito alto e quase ensurdecedor invadiu a caverna, tampei as minhas orelhas com força e assim que o mesmo sumiu voltei a olhar o vagante a minha frente que agora carregava consigo uma abertura de bala no meio de sua testa, não acreditando naquilo pisquei diversas vezes e ao encara-lo novamente a criatura  agora se encontrava no chão e olhei a minha frente, meus olhos tremiam com tudo aquilo, vi um garoto passar por mim e ir até o cadáver do menino que tinha sido devorado vivo atirando em sua cabeça sem remoço, após fazer isso ele volta seus belos olhos azuis iluminados pela luz da lua que entrava pela entrada da caverna a mim.

– Vocês estão bem? – sua voz grossa e seria me provocou calafrios deixando tanto meu corpo quanto eu em total tensão.

Eu não conseguia raciocinar o que tinha acabado de acontecer, como aquilo poderia está acontecendo comigo, a poucos dias atrás eu era apenas um estudante do curso de engenharia e agora estava ali tentando lutar para sobreviver, eu não conseguia pensar em nada e ele continuava a me olhar com seus olhos que possuíam um brilho que nunca havia visto e aquilo me assustava.

– Sim, estamos, obrigada – falei quando finalmente recobrei a consciência.

– Não foram mordidos? – seu jeito de me olhar provocava tremores no meu corpo que não era uma boa coisa, pelo menos não pra min.

– Não, não fomos mordidos – minha voz saiu um pouco mais tremula do que eu pensava, talvez eu ainda estivesse em choque.

– Acho bom não estarem mentindo para min, caso contrário eu mato vocês dois em questão de segundos – meu rosto passou de nervoso para irritado, que garoto mais grosso, sinceramente ele me fazia lembrar o Douglas, todavia de uma forma mais assustadora – bem se dizem a verdade, eu conheço um lugar onde podemos passar uma noite – o olhei com atenção, será mesmo que eu poderia confiar nele? Ou era melhor ficar e tentar achar os outros? quer saber que se dane eu confiei em Douglas não vai fazer diferença se eu confiar nesse cara também.

– Vamos....

Odette Casteliny

Eu não sabia muito bem o que fazer, havíamos perdido Charly e John há muito tempo e eu me sentia tão inútil, nunca fazia nada por ele, já Charly sempre fez de tudo para me manter segura. Como eu poderia ser tão fraca? Quando Charly mais precisou de mim eu simplesmente não consegui fazer nada, logo Charly que sempre foi o meu refúgio desde que o conheci, ele é o meu melhor amigo, se um dia eu o visse como um vagante, eu jamais iria me perdoar, enquanto vivesse, ele sempre me protegeu e o que eu fiz por ele? Nada, absolutamente nada, apenas chorei, deixando lágrimas caírem uma atrás da outra, eu era insignificantemente inútil. Olhei a minha volta e vi que Priscila a irmã de Allen, o garoto que nos ajudou a escapar dos vagantes há um tempo atrás estava sentada próximo ao lago olhando algo que talvez pudesse ser uma pista de onde Char estava.

– Priscila, encontrou alguma coisa? – me sento a seu lado com um pouco de receio já que ainda não a conhecia tão bem assim.

– Não, Odette sinto muito é apenas trapos velhos de alguma pessoa – fala a menor com seu rosto carregado de decepção, suas palavras pareciam facas afiadas lançadas contra min, eu não queria ver ninguém mais além de Charly, poderia ser egoísmo, mas eu só queria meu melhor amigo aqui comigo – você está bem? Podemos conversar se quiser – Priscila era gentil isso eu não podia negar, mas naquele momento eu queria ficar sozinha, não queria a encher com minhas magoas ou meus problemas.

– Só preciso ficar um pouco sozinha, Priscila – a olho por alguns segundos – e pensar... – sussurro.

– Claro!!! Leve o tempo que precisar... e mais uma coisa se precisar de ajuda grite – ela parecia realmente preocupada com o que poderia acontecer se eu ficasse sozinha naquele lugar e pra ser sincera eu nem me importava mais com o que aconteceria, estava farta desses vagantes.

Aceno com a cabeça e sem demora a menina sai me deixando sozinha com meus pensamentos e minhas críticas sobre min mesma, não conseguia tirar os olhos da linda água cristalina a minha frente me lembrando o quanto Charly e eu gostávamos de banhar na piscina da casa de meus pais, ri ao pensar que ele sempre se irritava por eu ser uma nadadora melhor que ele. Saio de meus devaneios quando ouço o som de um galho se quebrando e sem demora me levanto olhando em volta à procura de onde veio o barulho.

– Tem alguém aí? – pergunto olhando com rapidez em todas as direções, foi quando vejo um vagante vim em minha direção, caio com o susto que ele me deu ao aparecer tão próximo de mim com sua boca aberta revelando seus dentes podres e ao mesmo tempo afiados.

– Odette! – grita Priscila que sem pensar duas vezes pega um pedaço de madeira que estava próximo a seu pé direito e com rapidez acerta a cabeça do vagante que vai ao chão, a menina dá vários golpes sucessivos em seu crânio o deixando totalmente estraçalhado – você está bem? – diz ela respirando forte por conta do cansaço. 

– Sim, estou... Obrigada Pri – me levanto e a abraço deixando claro o quanto estava agradecida por ela ter salvado minha vida, não quero morrer sem ver a pessoa que mais amo nesse mundo, mas estava farda de ser sempre a garotinha que esperava alguém a ajudar, a partir de agora eu tomaria minhas próprias decisões, vou aprender a me defender sozinha para não precisar da ajuda de ninguém e faria de tudo para manter Charly vivo.

 

 


Notas Finais


Olha eu aqui de novo.
E ai o que acharam do capitulo? espero que tenham gostado.


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