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História O Vizinho do Oitavo Andar - Nove.


Escrita por: coldweather

Notas do Autor


Oi, gente! Não estou tão atrasada assim, estou? Sei que muitos esperaram por esse capítulo, então... Boa leitura!

Capítulo 9 - Nove.


Eu estava escorado no balcão depois de atender uma estudante que me fez andar a papelaria inteira de um lado para o outro a fim de completar uma lista de materiais para o seu curso de inglês.

Não era uma raridade algum cliente exigir um pouco mais de nós, ou seja, tínhamos que decorar em perfeita ordem todos os materiais dispostos em cada corredor se não quiséssemos perder muito tempo.

Anotei em uma pequena caderneta que precisávamos de um novo lote de borrachas de uma marca conhecida, quando meu celular vibrou. Olhei ao redor aproveitando que não havia mais cliente algum no interior da papelaria, para tirar o aparelho do bolso.

Yoongi estava no horário de almoço, já Namjoon, procurando por algum material no estoque. Mais tarde precisaríamos montar a vitrine com os novos materiais que haviam chegado. Era sempre uma loucura ter que arrumar cada mínima estante, montar uma vitrine que fosse chamativa e organizar cada corredor com muito cuidado. Exigia paciência e atenção.

Franzi o cenho, pensando em como eu gostaria de fugir dali naquele dia. Muito trabalho me deixava meio tenso, devo confessar. Não que eu fosse preguiçoso, às vezes só me batia o receio de não ser tão produtivo quanto sempre mostrei ser.

 

“Pirralho favorito: Acabei de fazer a prova! O professor vai corrigir daqui alguns minutos. É a hora da verdade, hyung.”

 

Mordi o lábio com uma ansiedade crescente.

 

“Jimin: Não importa o que eu diga agora, nada vai mudar os números na prova... Mas estou torcendo muito aqui, Jeon. Aliás, achou fácil?”

 

Segundos depois, meu celular tornou a vibrar.

 

“Pirralho favorito: Sim! Até que sim! Tinha só uma questão que fiquei em dúvida do resultado, mas... Fui bem. Hyung, preciso guardar o celular porque o professor não gosta desses “malditos eletrônicos”. Assim que puder, te avisarei... Continue torcendo por mim, acho que você me dá sorte.”

Comprimi um sorriso. Eu recebia mensagens de Jeongguk constantemente. Sempre quando ninguém estava olhando, eu metia a mão no bolso da calça com pressa, sacava o celular e lia mensagens como: “Estou louco para te beijar, hyung.” “Você é tão gostoso, fico conferindo as horas o tempo todo, doido pra chegar o momento de eu te deixar duro de novo.” “Hyuuuuung...”

Ele me tirava do sério, mas não havia motivos para ocultar a minha satisfação sobre isso. Saber que Jeongguk se lembrava de mim e realmente esperava para me ver a fim de desfrutarmos momentos quentes juntos era algo que acabou ganhando um significado especial para mim sem querer.

Algumas coisas acontecem em nossa vida e não sabemos explicar o motivo, elas simplesmente acontecem e pronto. Assim como aconteceu de eu sentir um bilhão de coisas ao mesmo tempo quando pensava em Jeongguk. Depois que tive aquela conversa sobre sentimentos com Taehyung, comecei a reparar mais em mim, no que eu sentia e no que eu ambicionava. Comecei a escutar com mais atenção o que eu fazia questão de esconder.

No começo, tudo não passava de uma grande descoberta recheada de prazer para mim. Jeongguk e eu apenas transávamos e... Só. Ponto final. Isso porque eu não conseguia resistir tanta voluptuosidade, não era capaz de fugir de suas insinuações, dos olhares desejosos e toques que conflagravam. Sexo bruto e selvagem com ele bastava para mim, no entanto eu realmente não havia conhecimento de que iria acontecer algo a mais, não imaginava que me apegaria ao garoto de olhos brilhantes, dentes avantajados e gargalhada contagiante.

Aquele garoto que, mesmo sendo um poço de sensualidade, também sabia ser gentil e... Amável, mesmo quando não era a sua intenção.

A vida resolve surpreender quando a gente menos espera.

Eu não tinha como lutar contra ou algo do tipo; o sentimento que estava nutrindo pelo meu vizinho do oitavo andar estava tomando uma proporção surpreendente. Mas, estava tudo bem. Tudo bem mesmo. Eu estava naquela fase onde começava a enxergar a situação de um ângulo diferente. Afinal, não tinha problema algum me apegar ao vizinho irresponsável que tinha um lado muito bonito.

Mentira.

Provavelmente tinha sim.

Para Jeongguk, eu não passava de um corpo gostoso. Ele só queria sexo. Apenas sexo.

Talvez eu estivesse confundindo as coisas e me precipitando.

— Está tudo bem com você? – Namjoon perguntou, despertando-me dos pensamentos. Ele estava com uma caixa aparentemente pesada na mão, mas deixou-a no balcão. Pisquei duas vezes e guardei o celular no bolso, deveria me concentrar por completo no trabalho. — Me parece meio ansioso.

— É que um amigo meu fez uma prova importante hoje e ele está prestes a saber se passou ou não de ano.

— Em época de provas eu estudava mais do que tudo, mas me lembro quando fiquei de recuperação em história pela primeira vez em toda a minha vida. Achei que seria o meu fim. – sorriu e suas covinhas surgiram nas bochechas. — Eu vivia para estudar, então não admitia ficar de recuperação de jeito nenhum. A verdade era que a professora de história não gostava muito de mim. Acho que a minha inteligência a subestimava. – gabou-se.

— Você era o típico nerd?

— Não era bem nerd, só prestava atenção nas aulas e tirava boas notas.

— Eu também não era um aluno ruim. – confessei, olhando o interior da caixa que Namjoon havia trazido. — Quando vamos começar a montar a vitrine?

— Quando Yoongi chegar do horário de almoço. Com nós três trabalhando ao mesmo tempo, conseguiremos acabar logo. Acho que tudo vai vender muito rápido, essa nova coleção de cadernos e mochilas chama a atenção.

— Provavelmente. Crianças gostam de material escolar colorido e bem diferente, então... – comentei. — O movimento hoje está fraco, espero que melhore amanhã.

Coloquei a mão sobre o bolso, tentando conter a ansiedade. Queria saber de uma vez por todas se Jeongguk tinha passado de ano ou não. Entretanto, os minutos foram passando e passando e passando...

Yoongi chegou do horário de almoço e bastou para que começássemos a nos focar na vitrine. Era realmente trabalhoso, a atenção precisava ser redobrada, principalmente no momento de colocar os preços em cada produto. Caso estivesse com o preço errado e o cliente quisesse comprá-lo, seria necessário vender pelo valor indicado, ou seja, qualquer erro poderia me trazer um problema muito grande. Enquanto me dedicava, tentei não pensar em Jeongguk em sua escola esperando pela correção do professor, a ansiedade tomando conta de mim. Tentava não pensar que seu ano letivo dependia justamente daquela nota. Ele provavelmente estava tão aflito...

Pensar em Jeongguk fazia o meu coração ficar um pouco mais agitado do que o normal.

Respirei fundo novamente, organizando as mochilas em ordem após limpar os vidros da vitrine. O cheiro bom de plástico novo invadia a loja enquanto deixávamos tudo visualmente bonito e chamativo. Para a minha sorte, Yoongi optou por indicar os preços de cada material, o que me deixou bem mais tranquilo. Talvez a minha falta de atenção – que eu tentava disfarçar naquele momento – fosse me prejudicar.

— O chefe não vai fazer promoção alguma dessa vez? – escutei Yoongi indagar.

— Só quando o próximo ano começar, provavelmente. Com o início das aulas, essa loja vai virar um formigueiro. Aí sim as promoções farão a festa. Imagina o quanto vamos trabalhar... – Namjoon falou em tom de reclamação, enquanto mexia na caixa. Tirou de lá algumas lapiseiras e borrachas.

— Todo começo de ano é assim. Eu me lembro que pelo menos batemos a meta de venda e todo mundo conseguiu faturar muito bem. – respondi, organizando um estojo colorido que com certeza chamaria a atenção das pessoas até mesmo se elas estivessem do outro lado da rua. — O chefe fica feliz com a gente quando isso acontece.

— Claro que sim, é mais dinheiro pra ele. – Namjoon falou baixinho como se o nosso chefe pudesse nos escutar, o que não iria acontecer de jeito nenhum porque naquele momento o chefão estava viajando.

— E mais dinheiro para a gente também. – falei, terminando de ajeitar a alça de uma mochila. — Vamos pensar pelo lado positivo, gente.

— O que está acontecendo com você, Jimin? – Yoongi perguntou com um sorrisinho suspeito. Eu meio que consegui captar algum tipo de malícia ali.

— O que foi? Não está acontecendo nada, ué.

— Ultimamente você está diferente... – falou e eu me dei ao trabalho de negar com a cabeça na mesma hora, como se tudo isso não passasse de uma invenção sem sentido algum. — E eu vi bem como você olhou para aquele garoto que veio te procurar.

— O quê? – Tenho certeza absoluta de que meus olhos dobraram de tamanho. — Que garoto? – perguntei tentando disfarçar ao máximo.

— Aquele que praticamente te fez desaparecer na seção dos cadernos. – riu. — Achou que eu não percebi, foi?

— Ah... – Era complicado desconversar quando tudo era muito óbvio. — Ele é só um vizinho. Ele estava precisando de ajuda para comprar um caderno.

— Ainda não me parece uma boa justificativa, a forma como você estava olhando o pobre garoto... – Uma de suas sobrancelhas subiu de forma insinuante e eu voltei a negar. — Então, devo estar louco...

— Sim, Yoongi. Com certeza você está louco.

— Eu também estou reparando que você está estranho. – Namjoon começou a falar de um jeito cantarolado que me deixou com vontade de rir. — Aliás, é esse vizinho que está esperando a nota da prova? – O olhar era questionador. Eu não tirava a razão de nenhum dos dois por estarem curiosos já que eu quase não entrava em detalhes sobre a minha vida pessoal. Depois que eu terminei meu relacionamento, fiquei ainda mais fechado.

— Aham. – umedeci os lábios. — Mas, sério, não tem nada a ver, é só o meu vizinho.

— Sim... Claro que é. – Yoongi terminou de colocar todos os preços com um sorrisinho satisfeito. — Mesmo sendo seu vizinho, nada impede que você se envolva com ele. Olha, eu te dou a maior força... Você terminou um relacionamento que, sinceramente, era fácil ver como você se sentia pouco a vontade. Então, tá tudo bem, cara.

Não é estranho como tudo parece se esquentar em seu interior quando você está prestes a revelar algo muito sério? Porque, bem, eu me sentia assim. Quente como se estivesse com febre, ainda mais sendo vítima daqueles olhares indagadores.

— Eu nunca tinha me envolvido com um garoto antes, é a primeira vez.

— E está sendo bom? – Foi a vez de Namjoon perguntar, espantando qualquer tipo de estranheza no ar. Eles realmente não me julgaram, pude perceber.

— Claro que está! – Yoongi respondeu por mim. — Olha só pra ele. Dá pra ver que está feliz. – sorriu, seus dentes pequenininhos era tudo o que eu podia ver. — Eu já beijei um cara, se é do seu interesse saber. Foi bom, mas não deu certo porque ele era meio sistemático.

— E por que não beijou outros? – Namjoon perguntou.

— Sei lá. Não senti vontade de beijar mais nenhum. – deu de ombros.

— Jeongguk também foi o único que me despertou essa vontade... Fiquei bem confuso quando comecei a prestar atenção nos detalhes. Tem alguma coisa nele que consegue me deixar diferente, então acabou acontecendo, sabe? – Aquele tipo de conversa era interessante, fazia com que eu me sentisse bem mais próximo deles. Era o tipo de assunto que eu só entrava em detalhes com Taehyung, mas só pelo fato de Yoongi e Namjoon não me tratarem diferente por eu estar me envolvendo com um garoto, me sentia bem o suficiente para tirar qualquer dúvida deles. — Mas... – mordi o lábio, cruzando os braços. A imagem de nós transando invadiu a minha mente e por algum motivo, isso me deixava nervoso. — Ele é uma ótima pessoa.

— Pareceu um garoto inocente. – Namjoon disse. — Depois que ele saiu daqui, Yoongi cochichou no meu ouvido sobre como você ficou. Acho um negócio legal, Jimin. Às vezes, algumas pessoas aparecem em nossa vida para nos mostrar que nem tudo é o que parece ser.

— Sim, inclusive ele não é esse garoto inocente que você está pensando que é. – declarei e eles riram, fazendo com que eu me sentisse ainda mais a vontade. — Ele tem dois lados.

— Todos nós temos... – Yoongi começou a falar, ajeitando a franja na frente de seus olhos. — Mas poucas pessoas podem conhecê-los.

Um carro lá fora passou buzinando e em seguida, uma senhora entrou na papelaria. O assunto morreu e cada um foi para um lado. Me peguei pensando em como eu poderia contar de verdade com aqueles caras que eu trabalhava. Talvez eu devesse ser um pouco mais comunicativo, conversar sobre qualquer coisa e expor minhas opiniões, mas o meu pensamento foi interrompido quando meu celular voltou a vibrar.

Prendi a respiração e a ansiedade golpeou o meu estômago. Enfiei a mão no bolso, desbloqueei o aparelho e lancei um olhar para a tela.

 

“Pirralho favorito: Adivinha?”

 

Antes que eu pudesse responder, meu celular tornou a vibrar.

 

“Pirralho favorito: Nós vamos comemorar do jeito que eu quiser, hyung. Espero que esteja animado da forma como eu estou.”

 

Sorri de alívio, sentindo a felicidade me tomar.

Já tinha perdido a conta das vezes que tinha sorrido ao receber mensagens daquele certo vizinho. Não queria mais contar porque sabia que sorriria mais vezes. Com rapidez, segurei o celular com firmeza e digitei uma mensagem, não deixando de prestar atenção no movimento da loja já que eu atenderia o próximo cliente que adentrasse.

 

“Jimin: Vamos comemorar hoje, sem falta. Aliás, parabéns, querido aluno.”

 

“Pirralho favorito: Não se esqueça, só consegui passar de ano porque o meu professor é o melhor. O meu professor, só meu.”

 

Não lhe respondi por meio de uma mensagem, mas mentalmente. Eu sabia que ele estava certo. Eu era dele, só dele.

 

O vizinho dele, o professor dele, o hyung dele.

 

 

-

 

 

— Porra, Jimin. Você é tão bom nisso. – Foi o que Jeongguk disse quando caiu ao meu lado, ofegante. As bochechas coradas, a franja molhada colada em sua testa. Percebi que deixá-lo nessas condições, ofegante, transpirado da cabeça aos pés, era algo que eu realmente gostava de fazer.

Havíamos transado loucamente, como sempre. Sem pausas para respirar, nós só queríamos saber de nos tocarmos, de aproveitar cada precioso segundo. Entre suspiros e gemidos, não era difícil perceber que eu não era capaz de me controlar quando eu estava com ele. O limite passava a ser uma palavra desconhecida.

Fechei os olhos durante alguns segundos, sentindo os fortes efeitos do orgasmo recente e relaxei o corpo sobre o colchão. Puxei o ar pela boca e umedeci os lábios na tentativa de regularizar a respiração ainda afoita, até sentir os dedos de Jeongguk brincarem nos fios do meu cabelo.

— Você também é.  – falei, a voz um tanto arrastada devido a letargia após uma maratona de sexo.

— Você acha, é? E do que você mais gosta que eu faça com você?

— Você vai mesmo me fazer dizer em voz alta?

— Com certeza. – Seus olhos brilharam quando ele resvalou seus lábios quentes nos meus. — Eu quero que você diga tudinho, não me esconda nada. Não seja um hyung ruim...

— Eu gosto quando você me deixa duro, Jeongguk. E sim, como você já observou, isso acontece muito rápido, mas é porque você sabe me provocar do jeito certo, na hora certa, e porra, isso é injusto. Gosto quando você toca o meu corpo sem limitações, assim fico com vontade de te foder o mais rápido possível e bem forte. – falei e os olhos de Jeongguk continuaram brilhando. Ele gostava de escutar coisas desse tipo, então, prossegui: — Gosto quando estou dentro de você, e aí... Bem, você começa a gemer de um jeitinho tão manhoso que me faz ter vontade de continuar metendo em você sem piedade alguma. – Meus olhos captaram o momento exato em que Jeongguk mordeu o lábio; era uma grande evidência de que estava mesmo gostando de ouvir aquelas indecências. Eu também estava começando a me empolgar com o rumo que a conversa estava tomando. — E eu, caralho, fico descontrolado com as suas reações, a maneira como você rebola e parece desesperado para que eu te invada cada vez mais... – soltei um sorriso provocante. — E eu nem falei do boquete ainda... A sua boca no meu pau, porra, Jeongguk. Eu estou viciado nisso, se é o que você quer saber.

— Eu estou ficando excitado de novo. – revelou e nós rimos.

— Excitado, é? – perguntei baixinho, traçando a linha de sua coluna com as pontas dos dedos com sutileza. Ele se contraiu imediatamente com o meu toque, mas voltou a sorrir de leve, gostando da sensação de ser acariciado por mim. Nossos corpos ainda estavam meio trêmulos, então pequenos estímulos causavam grandes efeitos sobre nós.

— Muito...

— Ótimo. Você sabe, nunca tive nada com um cara antes… E essa experiência com você, bem... Está sendo muito melhor do que eu esperava. – Sem que eu tivesse a chance de conter, um pequeno filme passou em minha cabeça. A maneira como ele se aproximou vagarosamente de mim, atiçou a minha imaginação ao me provocar de tantas maneiras diferentes (e ainda continuava provocando), até estarmos ali, deitados, conversando depois de termos transado bastante a ponto de ficarmos sem fôlego. — Tem noção do que você fez comigo? – Minha questão era séria.

— Eu te apresentei o lado bom do sexo, hyung. Nada melhor do que um homem, não é? – Sua voz se tornou mais intensa. Ele sempre tinha resposta para tudo, aparentemente. — Ah, fala sério. Eu ganho de mil a zero de qualquer garota que você já fodeu. – ditou com orgulho. — Eu sou bom no sexo, hyung. Eu sei que sou.

— E é bem convencido também. – ri soprado, voltando a apoiar a cabeça no travesseiro.

— Às vezes... – Jeongguk rolou na cama e sentou em meu quadril, mostrando-se mais do que à vontade. Seus cabelos pretos e bonitos apontavam para várias direções do quarto, sua pele, ainda transpirada, parecia cintilar sob a luz. Meu pênis encontrava-se no meio de suas nádegas e ele me lançou um olhar extremamente provocante. — Está mais do que permitido se gabar quando você sabe que é muito bom em alguma coisa, hyung. Você pode se gabar também, você é gostoso... – E então, Jeongguk ousou rebolar. E lá estava ele me provocando outra vez, me moldando habilidosamente em suas mãos da maneira exata como gostava. — Você beija muito bem... – rebolou outra vez e continuou me olhando. Tão sensual. Tão malicioso. — E como se não pudesse melhorar, você sabe meter como ninguém. – Ele simulou uma penetração, as nádegas esfregando-se sobre o meu membro.

Acontece que ele apoiou as duas mãos sobre o colchão, o rosto se aproximou do meu quando constatou que eu já estava ficando duro mais uma vez. Aquele garoto era insaciável e estava me tornando um também. Seus lábios contornaram o meu maxilar sem pressa alguma, sua língua quentinha passeou em meu queixo.

— Ah, Jeongguk. – Fechei os olhos, meu pênis começava a latejar, necessitado por atenção.

Eu não esperava que ele fosse agir rápido ao trocar as posições novamente, assim como também não esperava que ele fosse segurar minhas coxas, fazendo com que minhas pernas circundassem sua cintura bonita. Pude sentir seu membro encostar-se na minha entrada e a sensação conseguiu expulsar todo o ar dos meus pulmões. Agarrando os lençóis, ergui o tronco, atônito. Jeongguk acompanhava a minha situação. Meu semblante, em momento algum, conseguiu esconder minha surpresa.

— Quer saber de uma coisa também? – Ele perguntou e seu pênis resvalou-se novamente em minha entrada de forma lenta, acariciando-me. — A gente pode tentar outras coisinhas diferentes, não é? Porque, me deixe te avisar, eu também sei foder muito, muito, muito bem. – A palavra “foder” sempre soava injustamente insinuante de seus lábios, causando-me um arrepio gostoso. — Eu te garanto que você não vai se arrepender.

Jeongguk não me deu nem tempo de responder, optou por deixar a sugestão no ar e se levantou da cama rapidamente com um sorriso travesso, sumindo por entre o corredor.

Deixei minha cabeça cair no travesseiro, o coração batendo forte, a confusão se fazendo presente. Nunca pensei que as coisas poderiam mudar na cama, nunca havia cogitado tal possibilidade. No entanto, era exatamente assim que Jeon Jeongguk agia, ele realmente gostava de surpreender. De me enlouquecer.

Fechei os olhos, fazendo desenhos invisíveis em meu tronco com as pontas dos dedos. Eu ainda estava excitado pra caralho. Ao me lembrar da sensação do pênis rijo do Jeongguk em minha entrada em uma insinuação mais do que clara de que desejava me foder, aqueles olhares, a maneira como seus lábios vermelhinhos roubavam a minha atenção... Minha mente se embaralhou ainda mais. De qualquer forma, algo fazia questão de me dizer que aquilo era gostoso. Ele dentro de mim.

Eu poderia experimentar, certo?

Por que... Bem, eu queria.

Afinal, o que eu não deixava Jeon Jeongguk fazer comigo?

 


Notas Finais


E é isso aí, deixei a insinuação e saí correndo, ksalijdakga.

PS: Muito obrigada pelo carinho, favoritos e comentários!


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