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História Obliviate! - O Tiro Saiu Pela Culatra


Escrita por: ScaryMah

Capítulo 2 - O Tiro Saiu Pela Culatra


Os dias se passaram mais lentamente do que a primeira aula de Poções. Alguns alunos estavam com dificuldades de achar os materiais necessários para a poção AmansaKraken que seria feita futuramente.

— Francamente, vinte gramas de ovas de filhotes Ness... – Rony dizia estupefato.

— Nunca vamos encontrar isso. – Harry concordou.

Realmente eram elementos complicadíssimos para qualquer aluno conseguir sozinho. Era preciso diálogo, se ela tivesse dividido o material com o Draco ficaria mais fácil de encontrá-los e até mesmo...

— É isso! Talvez Snape queira que trabalhemos em dupla com a Sonserina para acabar com essas picuinhas e duelos entre as casas.

— Quê? – Harry disse – Para mim está mais pra a sala ficar em silêncio.

— São muitos materiais, além de ser uma poção delicada e complicada, mesmo em duas semanas ficaria exaustivo conseguir tudo isso. Bom, ninguém precisa saber que dividimos isso entre nós três – Os meninos se encararam enquanto ela pegou a lista da bolsa – Olha, eu vou ficar com esses cinco elementos - Disse riscando aleatoriamente a lista com uma pena - Ron, você fica com esses - Ela marcou um xis - e Harry pega esses daqui. – Lembrando que precisamos pegar o triplo para dividir entre nós.

— Brilhante! Brilhante! Assim não precisamos dividir nossas tarefas com o pessoal da Sonserina – Rony sentia-se aliviado.

Hermione sorriu, não estava nem um pouco a fim de depender do Draco ou até mesmo puxar assunto sobre isso ou qualquer coisa, estava mais preocupada em otimizar tempo para as outras tarefas e aulas, e sabia que podia confiar cegamente nos seus amigos, eles iriam fazer o possível para conseguir os materiais. Do contrário, tinham todo tempo do mundo para conversar sobre. Eles aproveitaram a tarde que estava livre e ensolarada, se dividiram e começaram a busca.

A semana passou voando, era legal se encontrar ao final do dia e separar todos os elementos e materiais mágicos para a poção, as ovas de Ness, o pigmento dos pêlos felpudos de Floopoo, as flores in natura de Hibisco, dentre outros.

 

Quando voltaram praquela sala escura e mórbida, foi quase que automático sentar-se nos lugares antigos, até Dino se confundiu quando viu que John, um menino muito alto e magro estava ao seu lado limpando um caldeirão. Enquanto Snape não chegava alguns alunos estavam tendo problemas antes mesmo do preparo da poção em si.

— Achei que isso era sua responsabilidade.

— E como achou? Você nem me perguntou o que queria fazer.

— Era hibisco, não cisco – Johanna disse para seu par.

— Não tenho culpa se não entendi essa letra horrível. - Que murmurou

E assim foi.

Mione sentou-se e separou os materiais em silêncio, não falou com Malfoy, estava orgulhosa por pelo menos estar adiantada quanto à isso. Malfoy sorriu sem fazer barulho, também tirou uma sacola de pano pesada com todos os outros materiais, nada estava em falta. Hermione virou incrédula.

— Você conseguiu tudo isso?  - Os olhos estavam arregalados – Em uma semana, sozinho é impossível...

— Ah, Granger, Granger, você sempre me subestimando. É claro que não foi sozinho – Ele sussurrou - Dividi com Pansy, Leonard e Crabbe, cada um ficou responsável por um tanto, entende?

Ela sentiu uma pontada no estômago, era sua mesma idéia.

— Bom, nesse caso... – Ela dividiu rapidamente o material com as duplas que não tinha, estava com medo de Snape entrar e qualquer momento, nem lhe passou pela cabeça que alguém podia dedurar, mas ela fez o que achava certo. Ela só aceitou se desfazer, pois as flores de hibisco de Draco estava delicadamente cortadas e aparadas.

Snape finalmente entrou, o rosto se contorcendo em um sorriso lascivo ao ver a sala e silêncio, deu rapidamente as instruções e caminhava entre as bancadas enquanto os alunos estavam em processo. Harry notou que ele parecia tenso e doente, olheiras profundas invadiam sua face.

Draco dividiu as tarefas e Hermione concordou sem relutância, ela cortava os caules enquanto ele descascava as flores e amassaria as ovas. A garota tinha que confessar por mais que seu orgulho doesse, Draco era prático e querendo ou não, inteligente. E ambos até conseguiram respirar mais à vontade.

Se Severo achava que seu plano iria prejudicar os alunos, ele estava notavelmente errado, o desempenho da sala era enorme, parecia até outra turma. Até Rony que ficava cabisbaixo e quieto, tinha entendido os segredos da poção de um jeito rude, porém simples, que Pansy havia explicado.

A sala estava mais leve, Harry estava se divertindo, até mesmo quando um pedaço de gengiva solta de dragão ancião havia mordido Goyle, e ele tinha ficado bravo, os alunos da Sonserina não achavam errado, havia sido mesmo engraçado.

Enquanto Hermione fazia sua parte na poção ela jogou uma mecha cacheada atrás da orelha. Draco a encarou, conseguia ver os detalhes de sua boca desenhada, pela primeira vez em todos esses anos reparou que havia se tornado uma garota muito bonita. Ele viu o brinco prateado em forma de meia-lua, era parecido com o que sua mãe usava quando ele era pequeno.

— Gostei do seu brinco – Ele pensou alto.

— Como? – Ela se virou rapidamente, engolindo seco.

— Ah, na... nada – Ele gaguejou pensando na coisa idiota que havia falado.

Ela deu um sorriso lateral:

— Obrigada, é o meu favorito – Passou discretamente o polegar no brinco, sentido sua forma. E finalizou a primeira etapa da poção.



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