Fazia alguns dias que Hermione não via Draco, ela estava começando a ficar preocupada. Não tanto pelo sumiço, mas pelos dois capítulos que faltavam finalizar para a prova. Ela continuou a revisar o conteúdo que tinha em mãos quando Draco apareceu em frente a porta principal da biblioteca. Hermione tentava esconder um sorriso, ora de alívio, ora ela não sabia o motivo.
Assim que o garoto se sentou já foi dizendo:
— Antes de mais nada, eu queria me desculpar, e queria que soubesse...
— Malfoy, temos dois dias até a prova, você pode por favor...
Ambos sorriram e voltaram a rotina de estudos. Passaram horas, gente entrava e saia da biblioteca, a luz natural dava passagem as velas e discretas lamparinas, os entusiasmos foi dando vasão ao sono e cansaço.
— Só ficou pendente sobre o nordeste do Reino de Atlântida, não sei exatamente se ela vai pedir algo mais detalhado – A menina folheou o livro – Esse livro não explica muita coisa – E o fechou.
— Eu acho que sei onde deve falar sobre.
Os dois se levantaram e se espreguiçaram discretamente, Malfoy seguiu por um corredor estreito que havia fileiras e fileiras de livros sobre reinos mágicos e misteriosos. Cada um procurava em uma estante, um de costas para o outro.
— Deve ter algo em um livro sobre o nordeste mágico, ou um livro só sobre Atlântida.
— Uhum – Mione disse concentrada. Enquanto passava os dedos pelas lombadas. – Eu acho que esse deve servir – Ela tirou um livro que falava sobre a vegetação de lugares subaquáticos.
Malfoy se virou para encará-la. O corredor estreito tinha pouca ventilação. A garota passava o indicador no índice, enquanto ele se aproximava. Ele sentia seu corpo sendo atraído pelo dela. Suas costas queimavam. O garoto não conseguia mais ouvi-lá, ele só estava prestando atenção no movimento dos lábios rosados, os cachos caindo como cachoeira em seus ombros, uma parte do pescoço dela a mostra, ele queria tocá-lo. Como ele queria.
Assim que Hermione sorriu quando terminou de ler, Malfoy a puxou pela cintura e a beijou. Beijou como se fosse última coisa que poderia fazer.
A garota tremeu em seu colo, não tinha força nem para segurar o livro, mas quando percebeu a situação que se encontrava ela abriu a boca dando passagem para a língua quente de Malfoy explorá-la, sentia seu hálito de mel a invadindo. Ela passou os braço pelos ombros do menino enquanto ele descansavam sua mão fria no pescoço que tanto havia admirado. Seu polegar sentia o brinco em forma de meia lua que tinha reparado na primeira aula juntos, e agora, agora ele não queria deixá-la.
Hermione abriu os olhos e o empurrou relutantemente. Draco sorria, sorria feito idiota, estava em um torpor, em êxtase, que tudo que conseguia fazer era sorrir
— O que estava fazendo, Malfoy? Você ficou maluco? – Tinha incredulidade em sua voz, e não raiva.
Ela se abaixou para pegar o livro, o garoto revirou os olhos e a acompanhou para assim, novamente a beijar.
Hermione não podia negar, era bom, era bom até demais, mas sua cabeça não poderia vacilar agora, ela tinha uma última prova para se preocupar. O afastou, colocou o livro na prateleira.
— Eu preciso ir.
O loiro a puxou delicadamente pelo pulso. Ele estava sério. Seus dedos finos brincavam com os dedos dela.
— Granger, olha... Eu... Não... Olha, é que... – O que poderia dizer? Não tinha muito o que fazer. Estava feito.
— Eu realmente preciso ir. – Ela se dirigiu a mesa, guardou os materiais da bolsa e saiu da biblioteca.
A cabeça pensando em tudo e em nada, e ambos ao mesmo tempo.
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