História Obscuridade entre o amor - Descobrimento

                          CAPÍTULO 1

  
Se você espera ler algo com um final comovente ainda há tempo para trocar teu foco de leitura, o que está prestes a ler conta a história de um garoto cujo o pai e a mãe haviam morrido a sua frente  em meio ao centro da cidade, quando por uma desventura se encontraram com  os antigos rivais da luta entre famílias
  Passaram se anos o garoto já completava seus 15 anos, vivendo por desventura em um orfanato para garotos  abandonadas e  assim ia  levando consigo o trauma de infância.
-hey Austin, você não vai acreditar !  Diz seu colega de quarto Arthur
-O que Arthur . Pergunto mesmo sem interesse
  Arthur é uma pessoa carente, ele tem 17 anos e se auto considera meu irmão mais velho, ele é legal mas as vezes me da medo porque é muito, muito, MUITO tarado
-Eu vi o Sam sem toalha, ele estava saindo do banho e sem querer o pequeno Zac caiu na frente dele, o Sam é realmente um fofo e não pensou duas vezes em ajudar Zac.
-Bem não sei o que pensar disso, o único pênis que você ainda não viu dessa casa foi o meu e o do Zac, o que é meio óbvio pois ele é uma criança
Na hora Arthur pula na cama onde estou e se deita junto  e diz
- É porque você é especial para mim
Sem ter o que responder simplesmente  me viro para a parede e vou dormir apertando o mais forte possível o meu resquício de passado, o urso de pelúcia que herdei de meus pais.
   Por estarmos em um orfanato somente de garotos nossa distração era brincadeiras como se fossemos garotos gays, mas isso não impedia que os mesmos fossem os pegadores da escola. Estávamos no final do ano e por estarmos perto do dia de ação de graças não saímos muito para que pudéssemos nos divertir pela cidade, na Luv House não tínhamos um horário específico para sair, no entanto tínhamos para voltar pois essa era uma grande preocupação da Sra. Lenine
   A noite está fria e não consigo dormir, Arthur parece estar dormindo mas a única visão que tenho é da lua que transparece na janela de nosso quarto, quando me levanto para ir sentar na pequena poltrona que temos ao lado da janela Arthur se vira para mim
-O que está fazendo Austin ? Já é tarde e  amanhã temos que fazer os afazeres nos cômodos da casa
-Não  consigo dormir
-Se ficar aí desta forma vai acabar pegando um resfriado, quer se deitar comigo, ?
    Convivo com Arthur a 8 anos e esta  é a primeira vez que ouço isso, apesar de ser algo estranho aceito, ergo o cobertor e me deparo com ele  somente de  cueca, fico um pouco parado por certo tempo
-Austin, o calor que está aqui em baixo vai sair se você ficar com o cobertor erguido  e por fora dele

    Então assim entro, me aconchego dentro do cobertor e durmo junto ao meu irmão por mais esta sombria noite.

    Acordo de manhã e reparo que Arthur não esta mais na cama, quando me viro para o lado o encontro ainda de cueca sentado na pequena poltrona olhando para a janela como se estivesse  feliz em ver  algo muito especial.
-Você acordou, conseguiu dormir bem ? Teve bons sonhos ? .Diz Arthur em voz serena
-Mais ou menos, não sonho com algo bom a algum tempo, portanto já me acostumei
    O clima fica um pouco quieto até que se é possível ouvir um barulho através da porta, é como se alguém estivesse sussurrando algo
-Você está ouvindo isso?  . Pergunto
-Sussurros talvez ? Diz Arthur
     Me aproximo até a fechadura da porta e tento escutar algo, acabo sem ouvir nada
-Parou !. Digo
-Bem de qualquer forma vamos nos arrumar, logo os afazeres vão se aglomerar e vamos demorar até o término das coisas
   Imediatamente sigo até o armário e pego a roupa que menos gosto para usar, assim não sujo as outras. A partir sigo até o banheiro e termino de me  arrumar, desço até o Hall e me sento no canto das escadarias esperando por Arthur.
-Estava me esperando ? Desculpa a demora acabei ficando um pouco mais no banheiro para tirar os pelos que estão crescendo em meu rosto
-Tudo bem, nada de anormal, vamos para que cômodo hoje ?
-Vamos até a cozinha ver o que a senhora Lenine preparou para nós, precisamos comer primeiro e depois  veremos no quadro de avisos
    Chegando até a cozinha fico sem fome e vou direto ao quadro de avisos, sem nem mesmo me sentar junto ao Arthur, ao chegar lá encontro Nico que diz
-Hoje é o seu dia e daquele garoto que dorme contigo, não é? Bem dia de sorte  ao que parece a Senhorita  Lenine não deixou tarefas para hoje.
-Bom, tanto faz, até mais Nico.
-Até, espero que tenha um bom dia curtindo sua pequena "folga"
   Dou um sorriso e me viro voltando ao local onde Arthur está, ele me olha com um olhar confuso e diz
-O que temos que fazer hoje ?

-A Senhorita Lenine não deixou tarefas para nós hoje, podemos fazer algo em dupla se quiser, me diga se encontrar alguma distração.

    Saio antes que ele possa responder e vou até o quarto para me distrai, pego meu Ipod e me deito para ouvir músicas. Coloco em para ouvir algumas músicas da Alessia Cara  e... que músicas.  Ao término da primeira música ouço um barulho da porta se abrindo e lá estou eu e Arthur novamente sozinhos no mesmo quarto. Ao me virar me deparo com o mesmo de toalha entrando no quarto para se trocar, ao olhar para o braço do mesmo encontro alguns pequenos cortes,mas  finjo não ter visto nada e comento

-Obrigado
Arthur sem entender pergunta
-Porque ,? Afinal não tive a oportunidade de te ajudar em nada ainda
-Obrigado por ser quem você é e me tratar de forma especial, quando cheguei aqui imaginei que não fosse encontrar alguém que me tratasse assim sendo por parte odiado

-Bem... Austin você não precisa dizer Obrigado,  te trato da forma como lhe vejo, como um irmão, como uma parte de mim

    Fico sem  o que responder e dou um leve sorriso que é o suficiente para Arthur vir me abraçar  com algumas lágrimas nos olhos da forma como estava. Ficamos ali por um tempo olhando para a janela e vendo as nuvens se mover lentamente para esquecermos por alguns instantes a realidade que vivemos. Por um momento me senti  como se tudo que estivesse a minha volta tivesse desaparecido e eu estivesse flutuando junto a um alguém. Arthur  e eu ficamos ali como dois velhos amigos lembrando dos antigos acontecimentos da  Luv House, não sei o que sinto nestes instantes por ser algo diferente, cujo lembra  a  sensação que eu tinha quando estava junto   pessoa inquieta e insegura de si. Parecia não ter rumo e eu gostaria de me aproximar de ti mas não sabia como. No começo foi um pouco difícil pois você ainda carregava consigo certa frieza mas ainda sim tinha um bom coração.

-Arth, eu mal sei o que responder, mesmo você sendo um pouco estranho em certas horas é digno de uma personalidade  cujo amor não se coloca medidas

Ficamos ali nos olhando até que decido chama - lo para ir ao jardim junto a mim, Arthur aceita e sem dar passos muito rápidos vamos indo, porém  exiate um certo  silêncio, em um momento sinto como se  tivesse estragado minha relação amigável com Arth até que ele começa um assunto

-Vou sair daqui no próximo mês, terei de morar sozinho e começar a trabalhar.

-Uau Arthur,  que legal ... 

Sinto me triste por dentro,  ouvir  isso de alguém que me fez sentir bem após certo tempo longe das pessoas que eu considerava especial.

-Sim... Austin, gostaria de ir morar comigo ,? Terei de me estabilizar em uma residência primeiro mas logo que isso acontecer lutarei para que você consiga ir

-Arthur eu ... Sim, Eu quero ir morar contigo!

Arthur fica feliz neste momento é assim como eu mal vê a hora de que este dia chegue. Olho para o relógio e já são 15:00 da tarde,  passamos um bom tempo percorrendo os corredores da Luv House, e eu ainda não comi nada oque faz rapidamente com que meu estômago  comece a roncar 

-Estou com fome, Arthur gostaria de ir até a cozinha comigo,? 

-Tenho que ir trocar de roupa, vou resolver parte dos documentos para a saída do orfanático,  não tem sido fácil tirar todos os documentos que preciso.

-Por tanto nos encontramos  mais tarde.

    Chegando até a cozinha fui em direção ao armário, encontrei alguns pacotes de macarrão instantâneo e escolhi um para fazer. Enquanto eu enchia a panela com água e levava até o fogão para esquentar a água vi Zac correndo através do corredor que ligava o Hall de entrada a cozinha e banheiros.

-Zac ? Está tudo bem ?! 

-A A Austin, o Arthur estava coberto de sangue!.

     Zac estava apavorado a ponto de gaguejar, o pequeno mesmo em momentos de tensão tentava se acalmar, foi um trauma para ele. 

-ONDE ELE ESTÁ ?!

-NA porta do banheiro que tem lá em cima!

    Na hora sai correndo, eu estava tremendo. Não sabia o que esperar. Chegando lá, já com as pernas trêmulas encontrei Nico ao lado de Arthur limpando o sangue de seu rosto, Arthur estava extremamente ensanguentado, não sabia o que pensar e simplesmente comecei a deixar que as lagrimas presas em meus olhos escorressem.

-Nico! Como ele está,? 

  Com voz serena e compassiva Nico responde

-Bem... Ele só teve um corte através das costas, ele está desmaiado por conta do impacto mas logo vai acordar.

    Na hora me agachei e fiquei ao lado de Arthur, sem o que pensar, sem o que falar. Eu e nico o levamos para cama e passamos um pano com água para  que oa ferimentos fossem limpos para evitar futuras infecções. A este horário o Sr. Jackson não esta em casa para nós olhar  por tanto somos um pouco livres, Nico achou melhor que não contássemos sobre o incidente para evitar que Arthur se atrasasse na hora de sair da Luv House. A partir  dali eu já estaria aflito, Puxei a  poltrona para perto da cama e me sentei ao lado de  Arthur, Ali fiquei e descansei, tendo como esperança conseguir proteger Arth ao menos uma vez.