História Obsessão - Mortos não contam segredos, part Il

Dois anos antes...

Tínhamos acabado de voltar de uma missão, havia sido um tédio total. Achei que a Cave Of The Demons teria mais ação, mais mortes. Até agora eu só tinha tido paqueras com o dono da boate, e assassinado algumas pessoas de modo patético. Precisava me divertir.

-Está tudo bem? -Senta Andrew ao meu lado.

-Estou entediada. -Digo.

-Acho que posso resolver isso. -Fala ele olhando para o meu corpo.

-Não estou afim de transar, obrigada.

-Em nenhum momento eu falei isso querida. -Ele gargalhou -O que acha de ir a uma boate hoje a noite?

-Já estou cansadas de boates. -Suspiro -Minha missão atual é em uma lembra? -Pergunto óbvia.

-Aquilo é uma boate de fichinha Kinky. -Diz. -Quero te levar a melhor boate de Gotham, qualquer pequena psicopata como você adoraria estar em um lugar como aquele.

-E por quê? -Pergunto curiosa.

-Muitas vitimas inocentes. -Sussurra no meu ouvido. -O predador gosta da caça Kinky. Há quanto tempo você não mata apenas por diversão?

Penso por um instante. Havia muito tempo que eu não caçava por diversão, parecia uma boa.

-Esse será um convite que eu não poderei recusar Corleone. -Dou um sorriso malicioso.

-Te vejo as onze. -Diz simplesmente, e saí dali.

A noite caiu mais rápido do que eu esperava, agradeci por isso. Olhei para o chão e encarei o enorme par de sapatos que estava usando. Passo uma maquiagem bem simples, cobrindo a minha pele com uma camada fina de pó, um blush delicado, e abusei um pouco do rímel e passei um batom lilás.

Vou em direção ao saguão da mansão da Cave Of The Damons, encarando Andrew, sentado no balcão do bar bebendo um drink.

-Ah, minha nossa, como você é linda. -Franziu o cenho, como se aquilo chegasse a doer. Sorri, o encarando indiscretamente.

-Nunca viu uma garota, Corleone? -Perguntei.

-Puta merda, você é muito linda! -Se levantou e caminhou até mim.

-Obrigada, Andrew. -Disse por fim, quase sem graça. -And? -Chamei-se, encarando seu corpo. Aquilo era quase constrangedor.

-Kinky, você é a primeira mulher que me faz ficar duro só por estar...Vestida.

Arregalo os olhos, foi inevitável não olhar na direção que ele citara.

-Isso não foi nada cavalheiro, Andrew. -Falo -Assim não iremos a festa alguma.

-Certo. -Umedeceu os lábios, balançando a cabeça freneticamente. -Desculpa. -riu de si mesmo. -Nossa, desculpa.

-Tudo bem Andrew, não precisa ficar se desculpando.

-Você é a mulher mais gostosa que tive o prazer de observar, Katherine. -Sorriu.

-Oh! Obrigada. -Olho em seus olhos profundamente.

-Vamos?

-Vamos! -Sorri animada, caminhando até a porta.

Entro no banco carona do carro e vamos em direção a famosa boate.

-Qual foi o dia mais feliz da sua vida? -Pergunta. Que diachos de pergunta era essa?

-Hum.. -Penso. -Acho que foi o dia em que fugi do reformatório, tantas novas possibilidades de coisas para fazer, pessoas para matar. Eu quase me senti em um novo mundo.

Andrew me olha desdém, não parecia ser a resposta que ele esperava.

-Quantas pessoas você já matou? -Pergunta.

-Passei muitos anos em um reformatório. -Digo. -Não tive tantas chances de matar, apenas aprendi a manipular mentes.

-Isso não responde a minha pergunta.

-Seis pessoas Andrew. -Olho para fora da janela do carro, demorando um pouco para continuar. -Meus pais, um dos guardas do reformatório e três para a Cave.

-Você sentiu alguma coisa ao matar essas pessoas Katherine? -Pergunta.

-Imagine só, você amadurecer e então saber realmente o que é matar, e lembrar que fez isso com seus pais.

-Você tem sentimentos então? -Pergunta rindo.

-Até mesmo os psicopatas podem amar Andrew. -Digo. -Não sentir isso é o caminho mais fácil.

Ele não fala mais nada, apenas continua dirigindo até chegarmos a enorme boate.

-Uau! -Foi a única coisa que eu consegui dizer.

-É uma das boates mais antigas e conceituadas de Gotham . -sorriu, erguendo umas das sobrancelhas. Achei aquilo extremamente sexy. -Não precisamos passar por toda essa fila. Esse é um dos lados positivos de ser chefe de uma das maiores organizações da cidade.

Quando a promotora abriu passagem eu pude observar, meu coração pareceu parece. A música inacreditavelmente alta ocupou meus ouvidos, numa batida ritma e forte, meu peito conseguir sentir as vibrações.

-Quer dançar comigo? -Pergunta.

-Eu não sou muito boa em dançar. -Grito por causa da música alta.

-Deixa a música te guiar. -Deixe-se levar. -Sorri. -Vem cá. -Me puxou pela cintura, colando nossos corpos. Só sente.. -Passou as mãos pelos meus braços, Alisando-os, enquanto os erguia.

Ah sim, eu estava sentindo. A batida da música se intensificou , fechei meus olhos, enquanto Andrew me guiava.  Uma hora alisava meus braços; outra descia as mãos até meu quadril, segurando firme e movendo-o. Abri meus olhos e vi o quão perto estava de seus lábios. Ele engoliu seco. No entanto, a cena não passava mais acelerada no ritmo da música, mas justamente ao contrário: Como se estivesse em câmera lenta.

-Eu vou te beijar. -Avisou, e eu somente assenti, descendo meus braços e apoiando-o em seu ombro. Andrew se aproximou e não demorou mais que dois segundos para seus lábios tocassem os meus, num beijo calmo.  Andrew desceu uma das mãos para sua coxa e foi indo até a parte interna dela.

-Andrew..

-Só aproveita o momento...

-Andrew, não. -Falo. -Você é meu chefe.

-E qual o problema nisso Katherine? -Pergunta -Eu observo a maneira que você me olha todos os dias.

-Você está com a Soila.

-Eu a Soila apenas nos divertimos as vezes. -Diz. -Eu quero você Katherine, eu te quis desde o dia em que te vi pela primeira vez em minha sala.

-Não me faça se arrepender disso, Andrew. -Me aproximo e o beijo profundamente. Eu precisava de uma agitação na minha vida, e não vejo um modo melhor do que um pouco de romance.

Atualmente...

Abri os olhos surpresa e vi que ele estava apavorado.

-Kinky...

Arregalei os olhos, e pela primeira vez hoje, olhei realmente para ele. Olhei nos seus olhos. Eu reconhecia aqueles olhos...

-Andrew?

-Eu não posso acreditar! Você e o Coringa? -Pergunta estático.

-And, por favor, vá embora. -Digo.

-Eu não vou fazer isso Katherine. -Me empurra na parede levemente. -Você me deve respostas.

-Sobre o quê, Andrews? -Pergunto tentando me fazer de desentendida. Ah Andrews.. Se você soubesse.. Estou fazendo tudo isso por você.

-Você ainda pergunta! -Diz irritado. -Você sumiu Katherine! Sem dizer nada. Eu pensei que você havia morrido.

-Eu apenas fui embora, Andrew.

-E não pensou em se despedir? -Pergunta. -Eu lamento a sua morte por dois malditos anos!

-Apenas me deixe em paz. -Falo com a minha voz mais fraca do que nunca.

Empurro sua mão que estava atava encostada na parede, atrapalhando minha passagem e saio correndo em direção a boate. Aviso o coringa e vou até ele.

-Está tudo bem? -Pergunta se aproximando, e desliza as mãos dos meus braços até minhas coxas.

-Tá sim. -Digo e o abraço. O Coringa fica surpreso, não deve receber muitos abraços, mas depois de um tempo ele acaba retribuindo. Consigo avistar Andrew entrando na boate e me olhando  cheio de fúria. Desfaço o abraço e o beijo intensamente. Coringa distribuía mordidas fortes em meu pescoço, deslizou uma das mãos na parte interior da minha coxa. Engoli seco, eu estava gostando disso. Nossos olhos se encontraram, e tudo que vi foi desejo. Sinto o volume do Mr.C  tocar minha barriga. Eu estava pronta para dizer algo, se não fosse os dedos habilidosos dele tocarem minha calcinha. Engulo seco,  e sinto os dedos dele subir e descer por cima do algodão, ele afasta aquele pedaço de pano e penetra um dedo dentro da minha intimidade. Longe demais...

-Coringa! -Alerto. -Estamos em uma boate cheia de gente.

-E não é isso que torna tudo muito mais interessante?

-Aqui não. -Digo.

-Se prepare para quando chegarmos em casa então. -Sussurra em meu ouvido.

Procuro por Andrew com o olhar, avisto-o na porta me olhando decepcionado e saindo da boate em seguida. Você só faz burradas Katherine! Porém isso era necessário. Você ainda vai me perdoar querido. Desculpe por quebrar seu coração