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História Obsessed - Insane


Escrita por: Matana

Capítulo 3 - Insane


Fanfic / Fanfiction Obsessed - Insane

Férias. O que talvez muitos amam ouvir, mas para mim por três anos, significava não ver Clifford.
E não ver Clifford era um saco.

Era desconfortante pensar na última vez que o vi, pior era sua expressão enquanto deixava aquela sala.

Tão entorpecido...

Passei três anos com esse mesmo sentimento.
Eu podia me lembrar claramente na primeira vez que o vi...
Sentado em um banco qualquer eu observava alunos recebendo medalhas por estarem nos rankings dos melhores.

Eu não iria receber, eu não precisava e nem queria ver a alegria dos outros ao receber.
As árvores se movimentavam muito naquele dia, o tempo até parecia estar mais estranho...

Fechei meus olhos, sentindo o vento correndo para todos os lados.
Foi apenas 3 segundos...

Um...Dois....Três

Abri meus olhos e pela primeira vez vi Michael Clifford passando.
Foram apenas três segundos, para me apaixonar...

Desde aquele dia meus olhos precisavam de uma dose, precisavam de Clifford.
Eu precisava de Clifford.

Era como se nada me importasse, como se eu o amasse mais do que eu mesmo.
Eu não queria sentir isso, se eu tivesse mantido meus olhos fechados, sem abri-los eu não teria me apaixonado, teria?

Não há como se arrepender, a única coisa que eu poderia culpar agora era o meu coração.

Esse meu coração tão teimoso.

Deitado na cama, sentindo o frio dos lençóis no meu rosto, eu tentava não pensar muito.
Senti meu celular vibrar ao meu lado, apenas estiquei minhas mãos e peguei.
Sem vontade alguma de se levantar.

*-Luke vamos sair hoje?*- Era Calum do outro da linha, conseguia escutar um barulho forte.

*-É uma hora da manhã cara... Vai dormir.*- Com o celular no ouvido, me virei observando o céu, na minha janela.

Uma hora da manhã, jovens costumam estar se divertindo...
Isso era o que Calum sempre dizia, mas ele provavelmente não estava com vontade, de me fazer ser menos carrancudo.

*-Vamos te buscar aí... Precisa ficar um pouco bêbado...*- Desliguei, tentando criar forças para me levantar e me trocar.

Coloquei apenas uma bermuda preta e uma regata cinza.
Ouvi uma buzina perto da minha casa, xinguei Calum e Ashton enquanto tentava colocar o tênis.

Abri a janela, descendo devagar, com o barulho que eles fizeram já podia acordar a vizinhança toda.

Ashton acelerou o carro, antes que alguém  pudesse ver qualquer coisa.
Para a minha mãe , o filho dela nunca sairia uma hora da manhã para se divertir.

Eu podia sentir o clima entre Calum e Ashton, não me incomodei de fato.
Desde de pequeno eu era o castiçal...

O carro parou bruscamente, parei meus olhos em uma enorme casa, com som extremamente alto e jovens fumando no jardim.

-Porra, eu não vou entrar aí...- Pensei que se divertir era apenas sair para qualquer lugar e não fazer nada.
Não imaginava uma festa, cheia de gente esquisita dançando como loucos, com bafo de cerveja.

*-Pare de ser velho Hemmings.*- Ashton batia a porta enquanto Calum tentava me tirar do carro.
Como eu não fazia idéia de onde estava, não tinha como voltar e eu teria de ficar naquela bagunça toda.

A festa nem era de uma pessoa que eu conhecia, na verdade nem os outros dois conheciam, talvez éramos apenas os penetras.

Nem deu tempo de entrar na casa e eu já recebia um monte de cerveja na mão.
Deixei apenas uma, aquilo não me mataria, era apenas uma.

Se eu bebesse, talvez eu conseguiria manter Clifford longe de meus pensamentos.
Era apenas uma, mas quando abri meu olhos eram três, quando estava na pista de dança eram cinco, quando joguei minha camisa no chão eram dez.
Depois eu já não me lembrava quantas eram...

Senti pessoas esquisitas que eu nem conhecia, levantando uma garrafa cheia e molhando todos, senti o líquido se misturando com o meu corpo suado.

Parecia estar tudo rápido, eu estava em um lugar, mas em segundos eu estava em outro.
Corri até o banheiro, sentindo algo querendo sair, eu precisava vomitar.
Vomitava enquanto havia pessoa deitadas no chão do banheiro, provavelmente apagadas.

Eu não queria mais ficar rodeado de gente, eu queria ficar sozinho.
Cambaleava entre os corredores da casa, procurando por um lugar vazio, mas tudo tinha pessoas se pegando e se drogando.

Me encostei em uma parede do último corredor.
Senti um sentimento ruim, a bebida não fazia o mesmo efeito, não pude evitar de segurar lágrimas.

As pessoas procuram se apaixonar por quem sente o mesmo, não é?
Por que se apaixonar por Michael parece tão errado?

Eu não tinha mais certeza do que pensar.
Se apaixonar por Clifford era um inferno, porque aquele amor era uma guerra que por anos venho lutando.

Nem chorar estava fácil, parecia que estava faltando um pedaço em mim.
Eu era um rapaz forte, até me apaixonar.

Ouvi passos que estavam cada vez mais próximos, me preocupei se fosse Calum ou Ashton, não queria dizer o motivo de estar chorando, nem eu sabia.

Não era nenhum dos dois. Era um cara de seus cabelos bagunçados, meus olhos não conseguiam nem ver seu rosto.
Senti as mãos quentes me puxando, eu queria que me soltasse, eu queria ficar sozinho.

*-Luke... Está tudo bem?*- A voz rouca impregnou na minha alma.

Como se eu já não conhecesse aquela voz.
Aquele toque.
Aquele calor.

-Eu já não sei mais... como assumir o controle...- Falava tentando esconder as lágrimas.
- É como se eu não estivesse mais no controle de esconder esses sentimentos.- Minha cabeça latejava, meus olhos estavam sendo tampados por causa das lágrimas.

Suas mãos mantinham meu corpo em pé, mas eu me sentia caído.
Eu estava transbordando, guardar tudo aquilo, sem ter como soltar para fora, estavam me matando.

-Poderia me soltar?- Falei enquanto tentava me soltar, nem sequer houve movimento do mesmo.
-Por quanto tempo vai me segurar?! Por quanto tempo ainda vai me deixar assim?!- Grito com a voz fraca, tentando me soltar, era decepcionante não conseguir me soltar de Michael e nem me soltar daquele sentimento.

-Você viu aquela foto, não viu?- Ainda com as mãos me apertando, ele esperava por uma resposta, aquilo importava tanto?

-Estava caindo de sua mochila.- Senti suas mãos apertando mais, senti minha cabeça explodindo.

Como foi ficar assim?

-Isso lhe importa?- Abaixo a cabeça, meus olhos se fechavam, esperando para acordar daquele pesadelo.

Mais uma vez suas mãos me apertaram, antes que eu pudesse gritar para parar, Clifford me empurrou com força na parede.
Suas mãos apertavam o meu pescoço, seus dedos acariciavam as minhas veias do pescoço.

Michael não era o mesmo Michael de antes.

-Não é o único que não aguenta mais tudo isso...  Não é o único que está machucado...- Sua voz não era mais uma poesia, estava mais para uma melodia conturbada.

Me sentia a pior pessoa, por gostar daquele ato insano.
Eu gostava da maneira que aquelas mãos me apertavam.

Nossos olhos pareciam estar conversando, senti suas mãos se soltando de meu pescoço.
Olhos cansados de estarem por tanto tempo abertos, se fecharam em sincronia, nossos lábios secos foram de encontro, como um bêbado que precisava molhar sua boca com cerveja.

Depois as coisas foram ficando difíceis de serem lembradas.
Apenas pequenas cenas passavam como raios.

Michael Clifford mordia todo o meu corpo, suas mãos me apertavam, ofegos entre beijo e coisas sem sentido sendo ditas.

Naquela noite  fomos o fogo e a gasolina se conhecendo.
Tão perigoso, tão intenso e tão obsessivo era o que estávamos fazendo.

Primeiro amor...
Primeiro beijo...
Minha primeira vez...
Como pode ele ser sempre o primeiro?


 


Notas Finais




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