História Obsession - Fazê-lo sofrer

- Nina acorda. – Justin falou pela terceira vez.

- Não. Eu to com sono. Deixa eu dormir. – Peguei o outro travesseiro e coloquei na minha cabeça. – Vai você. Depois eu vou.

- Não senhora. Quem vai trabalhar hoje é você. Levanta. Vai. – Ela veio até a cama e me puxou pela cintura me fazendo levantar.

- Justin, eu quero dormir. – Deitei minha cabeça no ombro dele.

- Nossa. Você ta com preguiça de ir dançar. Ta doente.

- Não. Mas aquelas garotas são burras. Elas não sabem nem segurar na Barra Justin. Eu desisto. – Deitei de novo na cama. – Porque eu não posso dançar? Seria mais prático.

- Nós ja conversamos sobre isso. Não quero você se exibindo. – Ela levantou da cama. – Agora levanta. Quero você la em baixo em menos de meia hora. – Ela falou e saiu do quarto.

Já tinha se passado uma semana, desde o meu jantar com o Victor.

O Justin resolvem fazer uma reforma na boate, e ele pediu pra que eu ficasse responsável. A Alex fez um escândalo quando soube disso, falou que o Justin não precisava mais dela, que ele so colocava eu nos esquemas, e blá blá blá. E resolveu se mudar, ou melhor voltar pra o apartamento dela. Confesso que eu fiquei um pouquinho feliz. Mas isso não adiantou de nada já que ela vive aqui. Isso tudo foi so pra chamar atenção, óbvio do Justin.

Levantei e fui pro banheiro. Fiz minha Higiene. E coloquei uma roupa confortável. E um óculos escuro.

Desci as escadas indo pra cozinha. Justin estava sentado do lado do Ryan e do Chris.

- Porque você ta de óculos? – Chris perguntou.

- Porque uma certa pessoa não me deixou dormir. Então meus olhos estão inchados e com olheiras. E eu não tive tempo de passar maquiagem.

- Caraca. – Chris falou. E Justin Riu.

- Quem mandou você ir dormir quatro horas da manhã. – Justin disse e deu de ombros.

- Eu estava conversando com a minha irmã.

- E sua irmã não estuda não?

- Não no sábado ne Justin – ela riu.

- Ata. Hoje é sábado. Disfarça.

- o que a Gente vai fazer na boate?

- Eu nada. Já você vai trabalhar – Olhei pra ele idignada.

- Você é muito folgado sabia?

- Sabia sim – Ele falou de boca cheia.

- Nojento. – Falei e os meninos riram.

Nós tomamos café e depois fomos nos arrumar. Como sempre Justin passou no mínimo uma hora arrumando aquele topete. Depois de algum tempo ele voltou pra sala.

- Nossa. Pensei que você tinha morrido.

- Vai demorar um pouco pra isso acontecer. Agora vamos – ele pegou a chave de uma Ferrari. Saindo da casa parecendo um louco.

- Porque você anda tão rápido de carro?

- Qual seria a graça de andar em uma Ferrari se não fosse na Potência que ela oferece?

- Você participa de rachas não é?

- pensei que já soubesse disso.

- Era so pra ter certeza.

- Mas por que?

- Nada. Tava so pensando. – Em minutos nos já estávamos em frente a boate.

Sai do carro e olhei pra frente da boate.

- Essa cor ta horrível. – Falei olhando a  cor amarelo queimado pintado na entrada da boate.

- Eu gostei. – Justin falou. Olhei pra ele incrédula e ele riu.

Fui até a parte de dentro da boate. As garotas estavam todas sentadas no chão. Quando eu entrei tive a sensação de escutar um “até que fim”.

Justin como sempre foi direto pro bar. Que não tinha muita coisa. Apenas as bebidas favoritas dele.

- Nossa pensei que você não ia vir hoje. – Uma das garotas falou olhando pra mim.

- Sinceramente. Eu não iria mesmo. – Falei seca pegando a bebida da mão do Justin e virando de vez. Ele me olhou assustado e riu.

- vamos logo começar com isso. - Me aproximei das garotas. – quem ainda não sabe se fixar na Barra? – quarto garotas levantaram a mão. – Ok. As que sabem vai pra aquele lado – Apontei pro lado direito da boate onde tinha algumas barras. – Vocês vão ter que provar que sabem se fixar. E vocês quatro vão pro palco principal. – cada garota foi para seu respectivos lugares.

As que disseram já saber se fixar na Barra fizeram tudo direitinho. As outras eu levei um pouco de tempo pra ensinar. Mas depois se algumas horas eu consegui.

- Nina vem cá. – Justin chamou. Fui até ele. – O orçamento dessa reforma é esse mesmo? – ele me olhou confuso.

- É. Porque?

- Isso Não tá barato de mais não? –

- Você não tem dinheiro pra ta fazendo reforma cara. Eu optei por fazer uma coisa mais barata por enquanto. Quando a boate abrir você vai ganhar dinheiro é aí sim vai poder transformar isso aqui na melhor boate de Miami. – Ele riu.

- Ok então.

- Era so isso? – ele me olhou de cima a baixo e não respondeu minha pergunta. Apenas me puxou fazendo eu cair sentada em seu colo e me beijou. Sua boca era quente, e feroz; mas ao mesmo tempo doce e macia. Eram sensações inexplicáveis as que eu sentia com ele.

Ele separou nossos lábios mordendo meu Lábio inferior, com força, que chegou a fazer um pequeno corte. Dei um tapa no ombro dele. Que o faz sorriu. Levantei de seu colo e olhei pras garotas que encaravam a gente pasmas.

- Que é? Nunca viram ninguém se beijando não? – Falei com elas que voltaram a fazer o que estavam fazendo.

Justin levantou e veio até mim.

- Você se vira sozinha?

- Você vai pra onde?

- comprar comida. To varado de fome. – ele falou de uma forma tão simples que me fez rir.

- Ok. Pode ir. Mas trás pra mim também. - Ele riu e saiu da boate.

Peguei os papéis que ele tava olhando e comecei a analisar.

- bom meninas. Agora vamos aprender o Fireman básico. É muito simples. É apenas ficar presa na Barra com os joelhos. Dessa forma – Fui ate uma Barra e fiz. – Agora tentem vocês. – elas foram até a Barra e começaram a tentar fazer.

- Não sabia que você dançava pole dance. - ouvi uma voz rouca atrás de mim. Me virei dando de cara com uma par de olhos verdes e um sorriso de lado.

- Victor? O que você ta fazendo aqui?

- pensei que você fosse loira.– Ele sorriu.

- Não gosto muito de ir do jeito que eu sou, em encontros de negócios.

- claro entendo. Mas então... você já começou a reformar a boate?

- É. Sim. Quanto mais rápido melhor. É... meninas. Podem descansar um pouco depois a gente volta. Me diga o que veio fazer aqui.

- podemos ir a um lugar mais reservado?

- claro. Venha. Por aqui. – Ele foi andando na Minha frente. Segurei uma das dançarinas que estavam perto de mim. – Se o Justin chegar diz a ele que o Victor está aqui. – Sussurrei no ouvido dela e ela assentiu.

Fui andando até o escritório acompanhada de Victor.

Justin On:

Sai da boate e fui direto pra um mc donalds que tinha aqui perto.

Fiquei sentado em uma das mesas olhando o cardápio.

- Nossa bebê quanto tempo você não vem aqui – Vanessa uma garçonete que eu já dei uns pega apareceu na minha frente.

- Oi Vanessa. Me trás um clubhouse, um extra salada, duas Mcfritas e duas cocas de 700 ml.

- Nossa bebê ta com fome em. – ela riu, aquela risadinha de puta sabe. – Pra quem é essa comida toda? Você nem come salada.

- É da pra ir fazer logo o meu pedido? – Falei tentando ser simpático. O que não funcionou.

- calma que eu já volto. – Ela foi até a cozinha. Depois é alguns segundos ela voltou. – Vamo botar o papo em dia?

- que papo? A gente nunca nem conversou. Eu so sei seu nome porque é o básico.

- Nossa, como você ta grosso. Na verdade sempre foi.

- é sempre fui grosso sim. Agora vai buscar minha comida porque eu to morrendo de fome. – Ela me olhou e levantou da cadeira.

A Vanessa sempre foi muito chata. Grudenta. E eu não suporto isso. Então é melhor nem da ousadia.

Ela voltou com os hambúrgueres em uma caixinha, e me entregou.

- SÓ isso? – Não responde. Peguei uma nota de 50 dólares e entreguei a ela.

- Fica com o troco. – Sai da lanchonete e fui pro meu carro.

Quando cheguei na frente da boate tinha uma Mercedes estacionada na frente.

Entrei na boate e não vi a Nina.

- Onde tá a Nina? – perguntei olhando pras garotas.

- Ela pediu pra avisar que o Victor ta ai. – uma das garotas falou. Como assim aquele babaca ta aqui?

- Onde eles tão? - encarei a garota.

- No escritório. – Peguei meu celular e voltei pro meu carro.

Não era a hora do Víctor saber que eu conhecia a Nina. Muito menos que ela trabalha pra mim.

Disquei o número da Nina.

Ligação:

- o que ele ta fazendo aqui?

- pai? Oi pai! Eu não posso falar agora. Mas depois eu te ligo tudo bem?

- faz ele ir embora agora. Expulsa ele, sei la. Mas tira ele da minha boate.

- Ok. Eu vou tentar resolver mais esse problema. Agora foi calmo. Quando eu terminar eu ligo. Tchau pai. – ela desligou o celular.

Nina On:

Depois que desliguei o telefone Percebi que Victor me observava com cautela.

- Meu pai é muito preocupado.

- Aconteceu alguma coisa?

- Não. Apenas um segurança dele desapareceu. Coisa besta.

- Ok. Então vamos voltar a nossa conversa.

- Claro. Você me disse que tinha um convite.

- Exatamente. Eu vou dar uma festa de gala, no proximo sabado. Apenas uma reunião entre amigos. Nada especial. E gostaria que você fosse.

- uma festa? No sábado. É... não sei se eu posso ir.

- porque?

- tenho muitas coisas ainda pra resolver. Não posso garantir nada.

- Faça um esforço. Você poderei conhecer outros empresários aqui de Miami. Seria bom para os negócios de seu pai.

- É realmente seria ótimo –

- Então? Vamos?

- é.... tudo bem. Eu vou.

- Onde eu posso ir te buscar? – Arregalei os olhos.

- me buscar? Não precisa. Eu tenho carro posso ir sozinha.

- Claro que não. Eu faço questão de ir te buscar.

- Realmente não precisa.

- Mas eu vou – Ele falou sério. – Me passa seu endereço.

- É... meu endereço? Você pode me passar seu número que eu te mando meu endereço.

- Porque você não me passa agora?

- Eu não sei direito o endereço. Vai que eu te passo um e você vai parar em outro lugar.

- Como você não sabe seu próprio endereço.

- Eu ainda não estou totalmente estabilizada na Cidade. E eu nunca tenho endereço fixo. – Ele semicerrou os olhos

- Ok. Aqui está meu número. Você me liga e a gente resolve tudo.

- Ok. Combinado.

- Bom agora eu tenho que ir. Foi muito bem te ver de novo. – Ele levantou e eu o acompanhei.

Levei ale até a porta da boate e percebi que o carro de Justin estava do outro lado da rua. Com os vidros fechados.

- Não esqueça de me ligar. – Victor falou fazendo minha atenção voltar pra ele.

- Claro não vou esquecer. – Sorri pra ele.

Ele entrou no seu carro e deu partida. Entrei dentro da boate peguei minha bolsa e voltei pra fora. Vi que Justin Tava saindo do carro. Andei mais rápido até ele.

- Vamo pra casa. – Ela entrou de novo no carro.

- O que ele queria?

- me convidar pra uma festa?

- que festa? – ele deu partida no carro.

- Uma festa de gala. E eu aceitei. Mas tem um problema.

- além do cara ter vindo atrás de você? Qual é?

- Ele que ir me buscar.

- Droga.

- Eu pensei em usar o apartamento da Ana.

- Você ficaria bem lá?

- Eu tenho que enfrentar isso Justin.

- Ok. Eu também tive uma ideia.

- Qual?

- você vai ser minha isca.

- pra que?

- pra destruir ele.

- Porque você não mata ele de vez?

- Porque seria fácil de mais. Eu quero que ele sofra, e esse sofrimento vai ser você.

- Como eu vou ser o sofrimento dele?

- Você já ouviu falar em amor? Então. Ele faz as pessoas sofrerem. E você será o amor dele.